unes JAMILE ICASSATTI SAUD UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: TEORIA E PRÁTICA

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Transcrição:

unes UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: TEORIA E PRÁTICA ANÁLISE DO TEMPO DE CONTROLE DE CUPINS SUBTERRÂNEOS Coptotermes gestroi e Heterotermes tenuis (Isoptera: Rhinotermitidae) ATRAVÉS DO SISTEMA DE ISCAS A BASE DE HEXAFLUMURON NO CONSUMIDOR FINAL. JAMILE ICASSATTI SAUD Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Entomologia Urbana. 12/2010

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: TEORIA E PRÁTICA ANÁLISE DO TEMPO DE CONTROLE DE CUPINS SUBTERRÂNEOS Coptotermes gestroi e Heterotermes tenuis (Isoptera: Rhinotermitidae) ATRAVÉS DO SISTEMA DE ISCAS A BASE DE HEXAFLUMURON NO CONSUMIDOR FINAL. JAMILE ICASSATTI SAUD ORIENTADORA: DRA. ANA EUGÊNIA DE CARVALHO CAMPOS CO-ORIENTADOR: MSC. FRANCISCO JOSÉ ZORZENON Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Entomologia Urbana. 12/2010

JAMILE ICASSATTI SAUD ANÁLISE DO TEMPO DE CONTROLE DE CUPINS SUBTERRÂNEOS Coptotermes gestroi e Heterotermes tenuis (Isoptera: Rhinotermitidae) ATRAVÉS DO SISTEMA DE ISCAS A BASE DE HEXAFLUMURON NO CONSUMIDOR FINAL. Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Entomologia Urbana. Comissão Examinadora Rio Claro, de de

A minha mãe, Iaracy Icassatti, avó Claudina Icassati (in memoriam) e irmão Heryaldo Tarozzo Filho. Por serem exemplos de caráter, dedicação e amor. Dedico e ofereço.

AGRADECIMENTOS A minha orientadora Dra. Ana Eugênia de Carvalho Campos, pela orientação neste trabalho. Ao meu co-orientador Msc Francisco José Zorzenon pela revisão, auxilio, sabedoria na condução deste trabalho e amizade. A minha mãe Iaracy D Aquino Icassatti pela nossa caminhada, incentivo, paciência, amor e carinho recebido em todos os momentos da minha vida. Ao meu irmão Heryaldo Tarozzo F pela ajuda e compreensão. As queridas tias Alzira Icassatti Suzuki e Ivone Porto Icassatti pelo apoio e carinho recebido. Ao querido Gustavo Coral, pela ajuda e conselhos. À querida Talita Vieira Zampieri Mikola por toda a ajuda, conselhos e momentos de alegria e amizade. Aos amigos Moises Eustáquio e Marcelo Gomes pela amizade e grande incentivo. Aos professores do curso de Entomologia Urbana pela sabedoria e conhecimento transmitidos. Aos colegas do Curso de Entomologia, colegas de profissão por todo tempo passado juntos. A Syngenta, por me liberar em dias de trabalho para participar deste Curso. A todos que não foram citados, porém fazem ou fizeram parte da minha vida.

Há homens que lutam um dia e são bons. Há outros que lutam um ano e são melhores. Há os que lutam muitos anos e são muito bons. Porém, há os que lutam toda a vida. Esses são os imprescindíveis." (Bertolt Brecht) Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível. (São Francisco de Assis)

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO... 1 2. OBJETIVOS... 5 3. MATERIAIS E MÉTODOS... 5 3.1 Escolha das planilhas para análise... 7 3.2 Classificação dos dados... 8 3.2.1 Classificação das classes das estruturas... 8 3.2.2 Classificação dos pontos de iscagem... 8 3.3 Análise dos dados... 8 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO... 9 4.1 Estado de São Paulo... 9 5 CONCLUSÃO... 11 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 12

RESUMO Cupins são insetos verdadeiramente sociais e possuem uma grande importância econômica como pragas de madeira e de outros materiais celulósicos, além de exercer papel essencial nos processos de decomposição e ciclagem de nutrientes. Cupins subterrâneos causam danos consideráveis para casas e outras estruturas. O Sistema Sentricon que tem como ingrediente ativo de suas iscas o hexaflumuron e representa uma abordagem de controle integrado para a eliminação de colônias de cupins subterrâneos dos gêneros Coptotermes e Heterotermes, sua intenção é formar a base para um programa contínuo que visa à proteção estrutural contra cupins subterrâneos. A análise dos dados foi feita baseada no Sistema Prolinx, com dados de 3 empresas no Estado de São Paulo. E analisou-se o tempo de controle do cupim Coptotermes sp no Estado de São Paulo em três tipos de Estruturas.

1 INTRODUÇÃO Cupins, formigas, algumas abelhas e algumas vespas são insetos eussociais ou verdadeiramente sociais por apresentarem as seguintes características: Cuidado cooperativo com a prole, ou seja, os ovos e os jovens são cuidados pelos irmãos mais velhos; Casta reprodutiva (alados, rei e rainha) ao mesmo tempo em que há castas estéreis (operários e soldados); Sobreposição de gerações: no caso de cupins, pais (rei e rainha) e filhos (operários e soldados) convivem na mesma colônia. Às vezes os cupins são confundidos com formigas pelos leigos, mas na verdade, como estes insetos são sociais, tem em comum vários comportamentos e adaptações decorrentes deste fato, mas não são parentes próximos, sendo também morfologicamente diferentes (ZORZENON et al, 2006). Até o momento foram descritas 2 866 espécies, ocorrendo aproximadamente 550 espécies na região neotropical, divididas entre Termitidae (381 spp), Kalotermitidae (130 spp), Rhinotermitidae (29 spp), Serritermitidae (3 spp) e Termopsidae (1 spp). Os cupins praga são representados por aproximadamente 80 espécies no mundo das quais cerca de 30 espécies no Brasil, sendo 12 espécies agrícolas e 21 espécies urbanas (CONSTANTINO, 2009). No Brasil, encontramos representantes de quatro famílias de cupins: Kalotermitidae, Rhinotermitidae, Serritermitidae e Termitidae. Os cupins têm uma grande importância econômica como pragas de madeira e de outros materiais celulósicos, além de exercer papel essencial nos processos de decomposição e ciclagem de nutrientes (CONSTANTINO, 1999). Cupins subterrâneos causam danos consideráveis para casas e outras estruturas. Aproximadamente 1 bilhão de dólares são gastos anualmente na prevenção de cupim, controle e medidas de reparação nos Estados Unidos (Potter, 1997).

Com a finalidade de ajudar na identificação das espécies de cupins, são agrupados conforme seus hábitos de nidificação em quatro classes distintas: cupins de madeira, cupins de solo e cupins arborícolas e de madeira úmida. Possuem uma alta capacidade de destruir e danificar o madeiramento de construções, postes de linhas de transmissão de eletricidade, mourões de cerca e dormentes, comprometendo a segurança destas. No âmbito doméstico atacam portas, batentes, assoalhos e muitas outras peças de madeira em uso (BERTI FILHO, 1993). Dos cupins de hábito subterrâneo que causam prejuízo econômico, Coptotermes gestroi (= C. havilandi) (Isoptera: Rhinotermitidae) é uma das espécies comumente associada ao ambiente urbano no Brasil (LELIS, 1994). Esta distribuído em todas as regiões do mundo (PEARCE & WAITE, 1994) e segundo CONSTANTINO, 2007, engloba 76 espécies descritas. Heterotermes tenuis (Isoptera: Rhinotermitidae) tem sido também associado a infestações estruturais. O método tradicional de tratamento de cupins subterrâneos é através de uma barreira química ao redor da estrutura a ser tratada. Entretanto, iscas contendo hexaflumuron têm sido utilizadas com sucesso para a eliminação de populações de cupins subterrâneos (SU, 1994; SU et al, 1997). A utilização de iscas consiste na impregnação de um substrato palatável ao cupim com um ingrediente ativo de ação lenta, para que possa ser distribuído a todos os indivíduos da colônia. O uso de iscas à base de hexaflumuron demonstrou ser efetivo para o controle de cupins subterrâneos Coptotermes sp.e Heterotermes sp (JUSTI JUNIOR et al, 2002). A aplicação de iscas à base de hexaflumuron em sítios históricos, como o Museu Nacional da Estátua da Liberdade, nos Estados Unidos, demonstrou que populações de cupins subterrâneos podem ser eliminadas com um mínimo de intervenção junto a esses monumentos (SU et al.,1998). O Sistema Sentricon que tem como ingrediente ativo de suas iscas o hexaflumuron e representa uma abordagem de controle integrado para a eliminação de colônias de cupins subterrâneos dos gêneros Coptotermes e Heterotermes, sua intenção é formar a base para um programa contínuo que visa à proteção estrutural contra cupins subterrâneos. Para utilização do Sentricon o primeiro passo é a inspeção, estruturas são inspecionadas nos locais onde os cupins possam estar presentes. Depois disso estações de monitoramento (Figura 1) são colocadas ao redor da estrutura a ser tratada. Após a instalação, essas estações são monitoradas e detectando a presença de atividade

termítica coloca-se a isca Recruit II (Figura 2) que é um tubo isca que contém dentro uma celulose impregnada com Hexaflumuron e se encaixa dentro da estação de solo. Em locais fora do solo, em que é detectada a atividade de cupins, coloca-se a isca Recruit AG (Figura 3), ou isca aérea, que consiste em uma caixa plástica que também contém celulose impregnada com Hexaflumuron. Este principio ativo é um regulador de crescimento, possui ação lenta, e é transmitido pelos operários para colônia através da trofalaxia. Após o término da atividade dos cupins, as iscas são retiradas e são colocados novos dispositivos de monitoramento. Figura 1: Estação de solo e dispositivo de monitoramento.

Figura 2: Tubo isca Recruit II. Figura 3: Tubo isca Recruit AG.

2 OBJETIVOS Este trabalho teve por objetivo analisar o tempo de controle de colônias de cupins em clientes atendidos com o tratamento através de Iscas a Base de Hexaflumuron, utilizando o Sistema Sentricon, no período de 2001 a 2009 no Estado de SP. 3 MATERIAIS E MÉTODOS Para realizar a aplicação do Sistema Sentricon, é necessária a realização por um Operador Autorizado Sentricon, que é uma Empresa devidamente certificada para este trabalho. O controle de instalações e monitoramento é realizado através de um sistema denominado Prolinx. O Prolinx é um sistema de gerenciamento do Sistema Sentricon o qual integra recursos para acompanhamento dos clientes e de locais onde o sistema é implantado incluindo a situação das Estações Sentricon instaladas. Programa também as visitas de inspeção e monitoramento e armazenamento de dados, como local, espécie de cupim e tempo que cada tipo de isca permaneceu em cada ponto. Este sistema é composto pelo Prolinx XL (Figura 4, 5 e 6), que é uma planilha Excel, que possui três abas sendo elas: Cliente (Figura 4), Local Tratado (Figura 5) e Pesquisar Cliente e Faturamento (Figura 6) sendo ela alimentada pelo Prolinx Paper, que se trata de um formulário padronizado onde as informações do cliente e das inspeções devem ser colocadas quando se utiliza o Sistema Sentricon. A análise dos dados foi feita baseada no Sistema Prolinx, com dados de 3 empresas no Estado de São Paulo.

Figura 4: Prolinx XL aba Cliente. Figura 5: Prolinx XL aba Local Tratado.

Figura 6: Prolinx XL aba Pesquisar Cliente e Faturamento. 3.1 Escolha das planilhas para análise Para análise de resultados foi utilizado o Prolinx XL, por se tratar de um meio digital o qual se encontra os dados agrupados dos anos de 2001 a 2009. Selecionou-se os 3 primeiros Operadores Autorizados Sentricon do Estado de São Paulo, através de um ranking em que os critérios de avaliação utilizados foram: número de clientes, organização e atualização de dados. 3.2 Classificação dos dados Os dados foram classificados primeiramente em classes sendo separadas por tipo de estruturas, e nomeados como CASA, PRÉDIO e OUTROS. Em cada unidade de cada classe agrupou-se os respectivos componentes, ou seja, iscas que foram utilizadas na análise dos dados de tempo de controle da colônia e feita a contagem dos dias que estas iscas permaneceram no local.

3.2.1 Classificação das classes das estruturas Os dados foram classificados em 3 tipos de classes diferentes. Na primeira classe denominou-se: CASA estruturas residenciais térreas ou de até dois andares, PRÉDIO estruturas compostas por apartamentos e condomínios e OUTROS estruturas como lojas, restaurantes, igrejas, escolas, hospitais, museus e órgãos governamentais. 3.2.2 Classificação dos pontos de iscagem Após a classificação das estruturas, cada unidade foi mapeada com seus pontos de iscagem denominados: Recruit II como presença de isca de controle no solo e Recruit AG como presença de isca aérea. 3.3 Análise dos dados Quando é detectada alguma atividade de cupins é colocada uma isca seja ela Recruit II presente no solo ou Recruit AG isca aérea a qual é relacionada no Prolinx com o código de barras e data de instalação é realizado um acompanhamento do período que ela permanecer no local. Foi caracterizado como tempo de controle dos cupins o período em que permaneceram nestas unidades algum tipo de isca. Após a cessão da atividade estas iscas são retiradas e realizada sua baixa no Prolinx.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Das duas espécies de cupins avaliados, não foram encontrados dados referentes a Heterotermes sp. nas avaliações, apenas Coptotermes sp. 4.1 Estado de São Paulo Tabela 1. Número de unidades avaliadas por categoria, no Estado de São Paulo no período de 2001 a 2009. Casa Prédio Outros Total 604 120 180 904 Nesta tabela observa-se o número de estruturas tratadas no Estado de São Paulo separadas por tipo de unidade. Tabela 2. Número médio de dias de controle de Coptotermes sp., no Estado de São Paulo no período de 2001 a 2009. Média de dias para o controle Casa Prédio Outros 106,31 92,73 109,78 *Média dos dias de controle nas unidades, para o cupim Coptotermes sp. Nota-se na tabela 2, a média dos dias de controle nas unidades, para o cupim Coptotermes sp no Estado de São Paulo, utilizando o período em que as iscas Recruit II ou Recruit AG permaneceu na unidade tratada. Observa-se a comparação entre os Estados de São Paulo

Dias 110 105 100 95 90 85 Casa Prédio Outros 80 Casa Prédio Outros Figura 7: Relação do número de dias de controle de Coptotermes sp no Estado de São Paulo, no período de 2001 a 2009. Ao analisar os dados, notou-se que estavam desordenados e alguns com datas que não faziam sentido, sendo em alguns casos data de retirada do componente após a data da colocação do componente. Houve um tempo desprendido para a ordenação destes dados. Notou-se também que na coluna destinada a espécie de cupim, de um total de 1945 estruturas analisadas, apenas 1 estrutura foi identificada com a espécie Heterotermes sp por esse motivo não foi analisado. Este fato pode ser devido à falta de conhecimento na identificação do cupim, outro fato pode ser a não venda deste tipo de sistema para a espécie, mas essas hipóteses devem ser estudadas em um novo trabalho.

5 CONCLUSÃO Pode se concluir que no Estado de São Paulo o tempo de controle do cupim Coptotermes sp foi no mínimo atingido foi em Prédio no Estado de São Paulo com 92,73 dias e o máximo atingido em Outros com 109,78 dias.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BERTI FILHO, E., Manual de pragas em florestas; Cupins ou térmitas. São Paulo, IPEF/SIF, V. 3. 56p. 1993. CONSTANTINO, R. Chave Ilustrativa para identificação dos gêneros de cupins (insecta: isoptera) que ocorrem no Brasil. Papéis Avulsos de Zoologia, Universidade de São Paulo. 40 (25): 387-448.1999. CONSTANTINO, R. On-Line Termites Database. Disponivel em: <http://vsites.unb.br/ib/zoo/catalog.html >. Acesso em: 29 nov 2010. JUSTI JUNIOR, J. POTENZA, M. R., ALMEIDA, S. L. Iscas: uma nova tecnologia para eliminação de colônias de cupins subterrâneos em estruturas complexas prédios históricos, arquivos e bibliotecas. Resultados no Brasil. P 79, 2002. Disponível: http://www.abracor.com.br/pdfs/xi_port.pdf#page=78. Acesso em: 19 de fevereiro de 2010. LELIS, A.T.Termite problem in São Paulo city - Brazil. In: CONGRESS OF THE INTERNATIONAL UNION FOR THE STUDY OF SOCIAL INSECTS (IUSSI), 12., 1994, Paris, France, Proceedings, p. 253. LOPEZ, G. A. C. Curso: Cupins biologia e controle. APRAG, 2002. MILL, A.E. 1991. Termites as structural pests in Amazônia, Brazil. Sociobiology, 19: 339-348. PEARCE, M.J.; WAITE, B.S. A list of termite genera (Isoptera) with comments on taxonomic changes and regional distribution. Sociobiology, Chico, v. 23, p. 247-262,1994. Potter, M. 1997. Termites, pp.232ð332. In S.A.Hedges [ed.], Handbook of pest control, 8th ed. Mallis. G.I.E.,Cleveland, OH. SU, N.-Y. The termite bait age dawns. Pest Control, June,1994b. SU, N.-Y; THOMAS J.D.; SCHEFFRAHN R.H. Elimination of subterranean termite populations from the Statue of Liberty National Monument using a bait matrix containing

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