DIVULGA JULGAMENTO DOS RECURSOS CONTRA AVALIAÇÃO DA PROVA PRÁTICA DO CONCURSO PÚBLICO Nº 003/2014 ADM O Prefeito do Município de Ituporanga, no uso de suas atribuições, juntamente com a Comissão Municipal de Concurso Público e o Instituto o Barriga Verde, tornam público o que segue: 1. As decisões dos recursos contra a prova prática seguem no quadro abaixo: CARGO Motorista do SAMU CANDIDATO 0199 Carlos Alberto Berns Alegação/solicitação O candidato apresenta diversos recursos contra a prova prática requerendo seu cancelamento. 1. Item 6.6.5. do edital; 2. Item 6.6.7 do edital; 3. Item 6.6.12 do edital; 4. Item 6.6.14 do edital; 5. Uso do pisca-alerta; 6. Velocidade permitida; DECISÃO: INDEFERIDO Resta indeferido os recursos do candidato conforme pareceres a seguir: Parecer da Banca Examinadora: - Considerando que o candidato apresentou recursos contra o edital, os quais são intempestivos conforme item 9.1 e subitem 9.1.1. - Considerando que o candidato apresentou recursos tempestivos contra a prova prática porém manuscritos em leta cursiva, diferente do que estabelece a alínea a do item 9.2, sendo a maioria ilegíveis e de difícil de interpretação da argumentação do candidato. - Considerando que as provas práticas foram realizadas de acordo com o item 6.6 do edital e seus subitens, sendo organizada pela banca executora, supervisionadas pela Comissão Municipal, e os itens omissos do edital decididos de acordo com o que diz o subitem 12.14 do edital. Conclui-se que restam indeferidos os recursos do candidato, porém está banca sobre a prova prática faz os seguintes esclarecimentos: 1 - Da Fundamentação De início, se esclarece que a prova prática de direção para os cargos de motorista do SAMU, teve como finalidade precípua aferir os conhecimentos dos candidatos, avaliando o comportamento do candidato com relação aos procedimentos a serem observados durante o trajeto, as regras gerais de trânsito e o desempenho na condução do veículo, tais como: rotação do motor, uso do câmbio, freios, localização do veículo na pista, velocidade desenvolvida, obediência à sinalização de trânsito (vertical e horizontal) e semafórica, como também outras situações durante a realização do exame, conforme itens do edital (6.6.16 e seus subitens). Devendo o candidato operar o equipamento/veículo de forma adequada, partindo do local em que se encontrava, sem cometer erros ou demonstrar insegurança que ofereça risco para si, para os avaliadores e para o equipamento, atendendo as orientações de execução definidas pelo avaliador, de forma adequada, atendendo aos critérios indicados. Ao final do teste o veículo/equipamento deverá ser conduzido, se for o caso, ao seu local de origem. 2 Dos Critérios de avaliação A avaliação foi organizada conforme diz o edital no item 6.6.16.3, sendo: 2.1) FALTAS GRAVES: - descontrolar-se no plano, no aclive ou no declive; - entrar na via preferencial sem o devido cuidado;
- usar a contramão de direção; - subir na calçada destinada ao trânsito de pedestre; - deixar de observar a sinalização da via, sinais de regulamentação; - deixar de observar as regras de ultrapassagem, de preferência da via ou mudança de direção; - exceder a velocidade indicada para a via; - perder o controle da direção do veiculo em movimento; - deixar de observar a preferência do pedestre quando estiver ele atravessando a via transversal na qual o veículo vai entrar, ou quando o pedestre não tenha concluído a travessia, inclusive na mudança de sinal; - deixar porta do veículo aberta ou semi-aberta durante o percurso da prova ou parte dele; - fazer incorretamente a sinalização devida ou deixar de fazê-la; - deixar de usar o cinto de segurança; (obs.: tanto do condutor quando dos passageiros) 2.2) FALTAS MÉDIAS: - executar o percurso da prova, no todo ou em parte, sem estar o freio de mão inteiramente livre; - trafegar em velocidade inadequada para as condições da via; - interromper o funcionamento do motor sem justa razão, após o início da prova; - fazer conversão com imperfeição; - usar a buzina sem necessidade ou em local proibido; - desengrenar o veiculo nos declives; - colocar o veículo em movimento sem observar as cautelas necessárias; - avançar sobre o balizamento demarcado quando da colocação do veículo na vaga; - usar o pedal da embreagem antes de usar o pedal de freio nas frenagens; - utilizar incorretamente os freios; - não colocar o veículo na área balizada em, no máximo, três tentativas. 2.3) FALTAS LEVES: - Negligenciar o controle do veículo provocando nele movimento irregular; - ajustar incorretamente o banco do veículo destinado ao condutor; - não ajustar devidamente os espelhos retrovisores; - apoiar os pés no pedal da embreagem com o veículo engrenado e em movimento; - engrenar as marchas de maneira incorreta; - interpretar com insegurança as condições dos instrumentos do painel. Na avaliação dos conhecimentos dos candidatos sobre direção, com veículo em movimento, atribuiu-se nota a cada um, tendo em vista a prática de alguma das FALTAS previstas nos tópicos 2.2, 2.3 e 2.4, desta fundamentação, observadas no percurso estabelecido, o qual foi igual para todos os candidatos do cargo de motorista em todos os veículos utilizados, garantindo assim a igualdade e isonomia. Os candidatos ao cargo de Motorista do SAMU tiveram sua nota final da prova prática, aferida de acordo com o Edital item 6.6.16.4. 3. DO FUNDAMENTO DA PROVA PRÁTICA A prova prática de direção veicular tem previsão no 6.6.16 do Edital, combinado com o anexo III do conteúdo programático para o cargo, sendo aplicada a todos os candidatos. 4. DOS CANDIDATOS HABILITADOS Para esta fase do concurso foram habilitados os candidatos que atingiram nota igual ou superior a 5,00 (cinco), na prova escrita. Nomes estes constantes da convocação publicada, constando relação de datas e horários e publicada nos órgãos de divulgação do certame, que foram convocados para a prova através do Edital regularmente publicado. Na data e horário designado, compareceram apenas os candidatos constantes das listas de presença de realização da prova prática. 5. DA REALIZAÇÃO DA PROVA PRÁTICA Durante a realização das provas práticas foram cumpridas todas as determinações do edital, conforme previsto no item 6.6.16 e seus subitens. Destacando-se:
a) Não realizaram as provas os candidatos que não compareceram, no local das provas e não compareceram no horário indicado no Edital de Convocação, ou que não se apresentarem munidos da Carteira de Habilitação na categoria exigida e nem mesmo os candidatos não classificados na prova escrita. b) Os candidatos a Prova Prática foram chamados por ordem alfabética, assinando a lista de presença sendo considerado ausente o candidato que não se apresentou na hora da chamada, cumprindo-se o item 6.6.5 do edital. c) Após a chamada no horário e local determinado na convocação, os candidatos foram conduzidos ao local do trajeto das provas e lá foram chamados para a realização da prova prática. 6. DA AVALIAÇÃO DE CADA CANDIDATO Na aplicação da prova adotou-se um percurso comum para todos os candidatos dos cargos de motorista, durante o qual, eram realizadas manobras tendentes a aferir os conhecimentos e a prática de direção veicular do candidato. O avaliador preencheu o formulário de avaliação de acordo com a desenvoltura do candidato, atribuindo pontos negativos a cada um dos candidatos, conforme as faltas cometidas. Os formulários eram assinados pelos candidatos no encerramento da prova e o avaliador explicava as faltas cometidas, sempre que encerrava a prova do candidato, não podendo este alegar desconhecimento dos itens avaliados ou das faltas cometidas. O candidato ao assinar o termo de realização da prova prática atestou terem sido cumpridas todas as normas editalícias. Ao finalizar a prova os candidatos retiravam-se do local, não constando em ata qualquer outra irregularidade, conforme apontado pelo candidato que não se manifestou no dia da prova. Os candidatos foram avaliados dentro das normas de trânsito e não estavam em atendimento de emergência para que fosse aplicado o artigo 29 do código de trânsito. 7. DOS VEÍCULOS UTILIZADOS Para realização da prova, a Banca Examinadora utilizou veículos pertencente ao Município de Ituporanga, que, foram previamente definidos e preparados pela Comissão Municipal de Concurso, através da Secretaria de Obras, sendo que conforme o edital: - Os candidatos ao se inscreverem aceitaram as condições do edital e os veículos disponibilizados para a prova prática são exatamente os veículos pertencentes ao Município de Ituporanga, nos quais os candidatos aprovados deverão exercer as funções e atribuições exigidas para o cargo. - O erro formal sanável, que não prejudicou a viabilidade ou classificação dos candidatos, não alterando em nada as habilidades de cada concorrente, que consta do edital e apontado pelo candidato ao referir-se ao município de Porto União, é de obviedade incontestável, sendo que o mesmo poderia ter sido apontado no prazo recursal do edital, fato este não realizado pelo candidato. 8. DO PERCURSO O percurso foi definido e determinado no dia da prova, pelos avaliadores, os quais possuem credenciais e experiência comprovada para tal. O percurso foi comum a todos os candidatos, garantindo a igualdade de condições. O percurso foi escolhido com base nos seguintes critérios: - Escolha de via pertencente à malha viária municipal, evitando-se rodovias estaduais e federais. - Escolha de trajeto comum a todos os candidatos e comumente utilizados por veículos municipais. - Trajeto com sinalização de trânsito adequada para avaliar as faltas estipuladas no formulário. - Todos estes critérios definidos a fim de garantir maior segurança dos candidatos, avaliadores e transeuntes. 9. DA BANCA EXAMINADORA E DOS AVALIADORES A Banca Examinadora era formada por profissionais devidamente qualificados e era composta por: - Um Fiscal que examinava a condição do candidato estar habilitado ou não para a prova prática, conferindo documentos e identificando-o na lista de presença e ata de prova. - Um coordenador geral de prova, que verificou as condições estabelecidas no edital e nas decisões da Comissão municipal.
- Comissão Municipal que avaliou se a equipe de profissionais contratados cumpriam com as determinações exigidas. - Três membros do IOBV, que refizeram os cálculos dos avaliadores para garantir que os cálculos realizados no dia da prova estivessem corretos, conferindo as notas dadas nos formulários de avaliação. O formulário de avaliação foi previamente definido por esta banca, conforme prevê o edital no item 6.6.14. Portando o conceito de Banca examinadora que consta do edital item 6.6.14, é exatamente este descrito acima e não há motivo para que no edital fosse definido quantos seriam, suas qualificações, muito menos nomes dos profissionais que a compõe, pois o sigilo e integridade da banca devem ser mantidos. QUALIFICAÇÃO DA BANCA DE AVALIAÇÃO EDSON MULLER Coordenador Geral da Prova Prática Membro da Banca Elaboradora da Prova prática e formulários de avaliação. CNH n. 00973169947 Categoria AE, possui 13 anos de experiência em Auto Escola (2001 a 2014 Auto Escola Omega). Possui registro como Instrutor de Trânsito com registro no DETRAN sob número 1948/02, Diretor de Ensino com registro no DETRAN sob número 940/10, com registro no DETRAN sob número 823/10, Examinador de Trânsito com registro no DETRAN sob número 397/2012, Possuí Curso Superior em Processos Gerenciais, concluinte do curso de Administração. Instrutor de Curso de MOPP. DAVINO HOEPERS Avaliador Membro da Banca Elaboradora da Prova prática e formulários de avaliação. CNH 0218349460, categoria AD, ensino médio completo, trabalhou 8 anos como Policial Militar de SC,, Instrutor de Teórico e de Prova Prática de Auto Escola, com experiência de 8 anos (Auto Escola Omega). Registro no DETRAN-SC de instrutor de trânsito e de prova prática sob número 2027/02. INDIANARA SEMAN Coordenadora Geral do IOBV - Membro da Banca Elaboradora da Prova prática e formulários de avaliação. Bacharel em Direito, Pós graduada em Gestão Pública Funcionária Pública JOHN LENON MARCOLINO - Fiscal Avaliador Verificação de horários, documentos e habilitação. Cursando Nível Superior em Direito Funcionário Público. Membro da Banca responsáveis pela conferência das notas dos formulários de avaliação: ELIZENE CASSIA CAPISTRANO SALVADOR, presidente do IOBV, pedagogo, pós graduada, estudante de Direito. CAROLINE PUHELER, administradora responsável do IOBV, tesoureira, graduada em administração. ELIZANGELA GOETTEN DE LIMA, analista de recursos humanos, turismóloga. Não há como o candidato alegar que não há uma banca formada ou que a banca examinadora não estava presente no local. 11. DA UTILIZAÇÃO DO PISCA-ALERTA 1. Conforme edital um dos conteúdos avaliados é direção defensiva. A Direção Defensiva, também chamada de Condução Defensiva, é o conjunto de técnicas e procedimentos utilizados, pelo motorista, com o objetivo de prevenir ou minimizar os acidentes de trânsito e suas consequências. O motorista defensivo abre mão do seu direito no trânsito de modo a priorizar a segurança, o bem estar e a vida. 2. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o pisca-alerta deve ser usado para indicar aos demais usuários da via que o veículo está imobilizado ou em situação de emergência. Apesar de o artigo 40 do CTB, que regulamenta o uso dessa sinalização, deixar claro que ela serve para chamar a atenção de todos para o fato de aquele veículo estar paralisado, a parte das situações de emergência encontra respaldo nas orientações de direção defensiva. 3. Vejamos a definição de pisca-alerta, segundo o Anexo I do CTB: PISCA-ALERTA - luz intermitente do veículo, utilizada em caráter de advertência, destinada a indicar aos demais usuários da via que o veículo está imobilizado ou em situação de emergência. 4. Embora seja comum a orientação no sentido de nunca se utilizar o pisca-alerta com o veículo em movimento, pela forma como o dispositivo legal foi redigido, é possível admitir este tipo de utilização,
desde que se trate de situação de emergência. Não estando definido ou descrito no CTB quais são estas situações de emergência. 5. Assim, todas as vezes que o condutor deparar-se com qualquer situação de emergência, deve acionar o pisca-alerta, para que os demais condutores fiquem sabendo, de modo imediato, que há na via algum problema adiante, seja um acidente ou uma manobra inevitável, a fim de que tenham a oportunidade de prevenirem-se e não envolverem-se num possível acidente ou mesmo ocasionarem um. 6. Com base nestas colocações, o motorista defensivo em movimentação em pátios fechados onde há circulação de pedestres e veículos deve acionar o pisca-alerta a fim de alertar os veículos e pedestres sobre sua manobra, evitando acidentes. Neste caso apenas o aviso sonoro pode não surtir efeitos se considerarmos que no local possa existir deficientes auditivos. 7. Para esta finalidade, o pisca-alerta tem a capacidade de comunicar com muita eficiência, devendo, portanto, ser utilizado com certeza. Aplicando-se aqui a Direção Defensiva Preventiva, que é a técnica onde o Motorista, procura Prever possíveis situações de risco encontradas no trânsito, de maneira que fique sempre preparado para reagir diante de tais circunstâncias e evitando surpresas. 8. Citamos ainda o site: http://atualidadesdodireito.com.br/eduardocabette/2013/04/03/normas-gerais-de-circulacao-e-condutauma-questao-de-educacao/, o qual diz: Quanto à lanterna intermitente de advertência, pisca-alerta, o condutor só poderá utilizá-la em duas situações, sendo a primeira em imobilizações ou situações de emergência (art. 40, V, a CTB) e a segunda quando a regulamentação da via assim determinar (art. 40, V, b CTB). O intuito do pisca alerta é advertir, mostrar a terceiros que o veículo, condutor, passageiro ou outro aspecto relevante, como, por exemplo, a pista, o trânsito está em situação anormal. Contudo não é permitido o uso do pisca-alerta com o veículo em movimento, sendo a regra, a não utilização, somente sendo previstas as exceções do art. 251, I CTB. O Código de Trânsito Brasileiro é genérico quando trata no art. 251, I, das situações de emergência, não sabendo se são em relação ao veículo, à pista ou qualquer outra situação, não trazendo assim um rol taxativo, deixando para o agente da autoridade fiscalizadora a interpretação legal. 9. Neste caso o agente com autoridade fiscalizadora eram os avaliadores da prova prática devidamente constituídos para essa atribuição, que verificando situação anormal em pátio fechado, havendo prova em dois veículos simultaneamente, (enquanto um estava manobrando o outro poderia estar entrando no pátio), conclui-se a necessidade de tal sinalização. 10. Os candidatos reclamantes deixaram de realizar tal sinalização, sendo que os demais cumpriram todas as etapas, os quais não podem ser prejudicados em detrimento da falta cometida por outros 12. CONCLUSÃO Mediante as colocações acima e à inquestionável capacidade da autoridade avaliadora, ficam indeferidos os recursos interpostos e mantida a classificação do cargo de motorista. Ituporanga (SC, 09 de junho de 2014 Arno Alex Zimmermann Filho Prefeito Municipal Instituto o Barriga Verde