TECNOLOGIAS DE DESODORIZAÇÃO -Aplicaçãono sector das Águas e dos Resíduos - Março 2011 Isabel Saraiva
DESODORIZAR PORQUÊ? MINIMIZAR O IMPACTE AMBIENTAL DA INSTALAÇÃO DEFESA DO BEM-ESTAR DAS POPULAÇÕES Quando se aplica? Depende da envolvência da Instalação (proximidade a aglomerados populacionais), dimensão, configuração e etapas de tratamento. Há oportunidades de melhoria, para redução dos custos de investimento e de funcionamento? MUITAS 2
Mas atenção aos preconceitos! DESODORIZAR PORQUÊ? Existem logo tresandam! Conselho prático para aumentar no imediato a eficiência dos sistemas de desodorização: dar a conhecer as Instalações às populações, mostrar como funcionam e os benefícios que trazem para o Ambiente. 3
EMISSÃO DE ODORES
PRINCIPAIS COMPOSTOS ODORÍFICOS Compostos de azoto: Amónia (NH 3 ) - odor acre, irritante Degradação biológica Descargas industriais Aminas (R-NH) Compostos de enxofre: H 2 S - odor forte a ovo podre, tóxico Mercaptanos (R-SH) Compostos orgânicos de carbono R-COH, COV s 5
PONTOS CRÍTICOS DE LIBERTAÇÃO DE ODORES Em ETAR: Obra-de-entrada Maior interface água-ar maior libertação de odores 6
PONTOS CRÍTICOS DE LIBERTAÇÃO DE ODORES Em ETAR Pré-tratamento Maior tempo de retenção nos tanques maior libertação de odores 7
PONTOS CRÍTICOS DE LIBERTAÇÃO DE ODORES Em ETAR: Descarregadores Locais com queda do efluente/ escorrências/ lamas Regime turbulento favorece libertação dos compostos odoríficos 8
PONTOS CRÍTICOS DE LIBERTAÇÃO DE ODORES Em ETAR: Linha de lamas (espessadores, poços de lamas primárias, etapa de desidratação) Espessador aberto Com coberturas
PONTOS CRÍTICOS DE LIBERTAÇÃO DE ODORES Em ETAR: Linha de lamas (espessadores, poços de lamas primárias, etapa de desidratação) Antes: lamas em contacto com ar -10-
PONTOS CRÍTICOS DE LIBERTAÇÃO DE ODORES Em Estações de Tratamento de Resíduos Triagem de resíduos, por exemplo para alimentar as centrais de valorização orgânica. -11-
TECNOLOGIAS PARA TRATAMENTO DE ODORES -12-
PRINCIPAIS TECNOLOGIAS Existem várias soluções disponíveis no mercado: - Lavagem química - Adsorção gás-sólido (normalmente carvão activado) -Tratamento biológico A ETAR da Guia foi primeira ETAR a ser desodorizada em Portugal, em 1989-13-
PRINCIPAIS TECNOLOGIAS Em Portugal (em 2004): carvão activado 20% Holanda (em 2000): trat. biológico 13% introdução lavagem química 67% carvão activado, 2% lavagem química, 11% dos gases em tanques de arejamento, 9% sist. Biológicos, 78% - 14-
Desodorização por via química Torre ácida Torre oxidante + alcalina 2NH 3 + H 2 SO 4 (NH 4 ) 2 SO 4 H 2 S+4NaOCl +2NaOH - Na 2 SO 4 +2H 2 O+4NaCl CH 3 SH+6NaClO 6NaCl+CO 2 +SO 2 +2H 2 O SO 2 +2NaOH Na 2 SO 3 +H 2 O
Desodorização por via química Interior da torre ácida Interior da torre oxidante + alcalina -16-
Desodorização por via química ETAR de Matosinhos - 17- -17-
Desodorização por via química ETAR do Barreiro IDAD Março 2011 - -1818 -
Desodorização por processos biológicos Tipo de soluções: - Biofiltros(biofilters) Biofiltro na ETAR de Espinho - Biofiltros humidificados (biotrickling filters) - Biomassa em suspensão (bioscrubbers) -19-
Desodorização por processos biológicos H 2 S + 2O Bacteria 2 2H + + SO 2-4 bacteria NH 3 + O 2 NH 4+ + NO 2 -+ NO 3 - Odors + O 2 VOCs + O 2 Support bacteria bacteria Odorless compounds Harmless compounds Clean air Biofilm Pollutant Pollutant degrading microorganisms Contaminated air -20-
Desodorização por processos biológicos - BIOFILTROS Factores importantes: Humidade ph através de chuveiros humidificação do gás à entrada Temperatura Nutrientes -21-
Desodorização por processos biológicos - BIOFILTROS Biofiltro Suldouro Qar= 46.000 m 3 /h -22-
Desodorização por processos biológicos BIOFILTROS HUMIDIFICADOS Nestesistemao meiode enchimentoé inertee a águapercola através do meio para manter as condições óptimas. Clean Air Polluted Air Inert Packing with Active Biofilm
Desodorização com carvão activado Contaminantes ficam retidos no meio adsorvente(grânulos de carvão activado). Regeneração no local: -com água -com soda Substituição quando atinge saturação. Duração muito variável, dependendo das concentrações de entrada. Por vezes é usado como complemento de afinação de outros tratamentos -24-
Desodorização com carvão activado ETAR Norte (Leiria) -25-
CUSTOS DE EXPLORAÇÃO Custos mensais com energia e reagentes de um sistema desodorização química (caudal de ar: 75.000 Nm3/h) 12,000 10,000 8,000 6,000 4,000 2,000 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez -26-
CUSTOS DE EXPLORAÇÃO Distribuição dos consumos energéticos Total: 300.000 kwh/mês ETAR 200.000 HE, desodorização química Desodorização - ventilação 15% Restantes equipamentos da ETAR 72% Desodorização - bombas recirculação 13% -27-
Controlo na origem BOAS PRÁTICAS Ex: melhoria das condições de funcionamento e limpeza, adequação das rotinas de operação, controlo de descargas industriais, manter níveis adequados de arejamento, etc -28-
BOAS PRÁTICAS Capacidade de regulação dos caudais de ar (para poder reduzir/ aumentar nº de renovações) Aspiração na origem (reduz caudais a desodorizar) -29-
BOAS PRÁTICAS Confinamentodas zonas de libertação de odores (ex: aplicação de coberturas) Utilização de equipamento de medição e controlo para ajustar funcionamento do sistema -30-
MONITORIZAÇÃO DE H 2 S EM SISTEMAS DE DESODORIZAÇÃO Janeiro -31-
MONITORIZAÇÃO DE H 2 S EM SISTEMAS DE DESODORIZAÇÃO Maio -32-
MONITORIZAÇÃO DE H 2 S EM SISTEMAS DE DESODORIZAÇÃO Agosto -33-
MONITORIZAÇÃO DE H 2 S EM SISTEMAS DE DESODORIZAÇÃO -34-
MONITORIZAÇÃO DE H 2 S EM SISTEMAS DE DESODORIZAÇÃO -35-
PROCESSOS DE CONTROLO -36-
PROJECTOS DE INOVAÇÃO A Efacec tem trabalhado em parceria com a Wedothec, nos seguintes projectos: desenvolvimento de material filtrante para biofiltroscom recurso a matérias primas nacionais (que sirva de alternativa aos materiais importados da outros países europeus) tecnologia de biotricklingpara conversão de torres de lavagem química em sistemas biológicos; H 2 S 2NaOH+4NaOCl 4NaCl + Na 2 SO 4 +2H 2 O + O 2 +CO 2 H 2 S 2H + + SO -- 4-37-
PROJECTOS DE INOVAÇÃO -38-
CONCLUSÕES As tecnologias de desodorização têm uma procura crescente São parte integrante dos projectos de ETARse sistemas tratamento de resíduos. Tem de haver maior consciência sobre o impacte ambiental e económico destes tratamentos (consumo significativo de recursos) Deve-se aproveitar ao máximo o potencial dos processos biológicos, usando as soluções já disponíveis e desenvolvendo novas.
Apartado 3003 Rua Eng. Frederico Ulrich 4471-907 Moreira Maia Tel: +351 229 402 000 Fax: +351 229 403 599 E-mail: isabelsaraiva@efacec.com OBRIGADO