No que se refere ao planejamento para intervir na realidade social, julgue os itens subsecutivos.

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Transcrição:

DECRETO No 6.214/2007, LOAS; BPC; Planejamento; Estratégias, Instrumentais e Técnicas de Intervenção e Parecer Social no INSS ANALISTA DO SEGURO SOCIAL CADERNO LUA Julgue o item abaixo à luz da Lei n.o 8.742/1993 (LOAS) e do Decreto n.º 6.214/2007, que regulamenta o BPC da assistência social devido à pessoa com deficiência e ao idoso. Questão 35: Caso uma pessoa com deficiência que receba BPC passe a exercer atividade remunerada na qualidade de microempreendedor individual, o órgão concedente desse benefício deverá suspendê-lo. COMENTÁRIO: Estudamos que essa afirmativa contempla uma das hipóteses de suspensão, em caráter especial, do BPC para beneficiários com deficiência, expressa no Decreto nº 6.214/1993, art. 47-A que determina que: O Benefício de Prestação Continuada será suspenso em caráter especial quando a pessoa com deficiência exercer atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor individual, mediante comprovação da relação trabalhista ou da atividade empreendedora. (Incluído pelo Decreto nº 7.617, de 2011) No que se refere ao planejamento para intervir na realidade social, julgue os itens subsecutivos. Questão 74. Na perspectiva do planejamento estratégico situacional, o momento explicativo é representado pelo desenho de ações ou projetos específicos e pela definição dos produtos e resultados esperados. COMENTÁRIO: Segundo Carlos Matus (2010), o momento explicativo do método de Planejamento Estratégico Situacional (PES), se refere ao momento em que se deve identificar, selecionar, descrever e explicar problemas, apresentando e selecionando o que ele chama de nós críticos, ou seja, as causas do problema. Bibliografia: MATUS, Carlos. Adeus Senhor Presidente. Governantes governados. São Paulo: Edições Fundap, 2010.

Questão 75. O planejamento se restringe às decisões técnicas relacionadas à elaboração de um plano, o qual se limita à identificação do que deve ser realizado para a mudança de determinada realidade. COMENTÁRIO: O planejamento é um processo contínuo e não se restringe às decisões técnicas de um plano, tão pouco se limita, meramente, a identificação do que deve ser realizado para mudar uma determinada realidade. O planejamento, sobretudo o estratégico situacional, não trata apenas de avaliar os fatos presentes e a tomada de decisões sobre o futuro, mas questiona principalmente qual é o futuro de nossas decisões, uma vez que todas elas impactam diretamente em realidades sociais futuras. Bibliografia: MATUS, Carlos. Adeus Senhor Presidente. Governantes governados. São Paulo: Edições Fundap, 2010. Questão 76. No planejamento estratégico situacional, recomenda-se a análise das motivações dos atores envolvidos para a definição da viabilidade política de determinado programa. COMENTÁRIO: A análise das motivações dos atores se torna fundamental, uma vez que os atores se inserem de maneiras diferentes na realidade, aderindo a distintas ideologias, interesses e intenções que se diferenciam. Os atores devem fazer parte de todo o processo de planejamento e a viabilidade política de um determinado programa dependerá, diretamente, da colaboração, rejeição e indiferença dos outros atores envolvidos. Bibliografia: MATUS, Carlos. Adeus Senhor Presidente. Governantes governados. São Paulo: Edições Fundap, 2010. Acerca das estratégias, dos instrumentos e das técnicas de intervenção utilizados pelo assistente social nos diferentes espaços sócio-ocupacionais, julgue os itens seguintes. Questão 77. A socialização das informações constitui uma ação de fortalecimento do usuário para acessar determinados bens ou serviços, o que inclui o direito dos usuários de usufruírem de todo conhecimento socialmente produzido. COMENTÁRIO: A socialização das informações está pautada no compromisso da garantia do direito à informação, como direito fundamental de cidadania.

Bibliografia: MIOTO, Regina C. T..Orientação e acompanhamento de indivíduos, grupos e famílias. In. Serviço Social. Direitos e Competências Profissionais. Brasília. CFESS. 2010). Segundo Silva (2000): A socialização das informações é um componente fundamental para a viabilização de direitos, pois se apresenta como uma ação de fortalecimento do usuário para acessar esses direitos e para mudar a sua realidade. Bibliografia: SILVA, M. L. L. da. Um novo fazer profissional. Brasília: UnB, 2000. p. 111-124. (Caderno de Capacitação em Serviço Social e Políticas Sociais, módulo 4. Questão 78. No desempenho de atividades como assessor ou consultor, espera-se que o assistente social realize o estudo da realidade e discuta as demandas e necessidades prioritárias, em conjunto com a equipe da instituição e (ou) dos movimentos sociais a que presta assessoria/consultoria. COMENTÁRIO: Para Matos (2010), o desempenho de atividades como assessor ou consultor, espera-se que o assistente social realize o estudo da realidade e discuta as demandas e necessidades de preferência em conjunto com a equipe que será assessorada [...] Bibliografia: MATOS, Maurílio C. Assessoria, consultoria, auditoria e supervisão técnico. In. Serviço Social. Direitos e Competências Profissionais. Brasília. CFESS. 2010. Questão 79. O profissional assistente social pode dispensar a elaboração prévia de roteiro para a condução de uma oficina se o objetivo desta for facilitar a discussão, incrementar a participação e promover a construção coletiva. COMENTÁRIO: O roteiro será o instrumento norteador da ação (oficina) e em razão disso não poderá ser dispensada a sua elaboração prévia, ou seja, o seu planejamento. Ele possui o papel fundamental de orientar e ou auxiliar o que será realizado durante a oficina, mesmo que se tenha como objetivos incrementar a participação e promover a construção coletiva. Cabe ressaltar que, o roteiro deve ser flexível no sentido de sofrer adaptações e até modificações para que se atinjam os objetivos planejados com da atividade.

Questão 80. O uso da técnica de clarificação em uma entrevista permite que o entrevistado compreenda a situação a partir do ponto de vista do entrevistador, além de estimular a mudança de tema em caso de silêncio prolongado. COMENTÁRIO: De forma alguma no uso da técnica de clarificação ou de qualquer outra, a situação deve ser compreendida a partir da perspectiva do entrevistador (assistente social). A busca é compreender a realidade a partir do ponto de vista de quem é entrevistado (demandante/usuário do Serviço Social). O uso da técnica de clarificação tem como objetivo colaborar para que o entrevistado a compreenda o que é dito durante na entrevista, ajudando-o a detalhar os acontecimentos, ou seja, o entrevistador deve encorajar o entrevistado a ser preciso nos seus relatos. Fonte: As Etapas e Técnicas de Entrevista, por Maria de Lurdes dos Santos Pereira. Acesso pelo endereço eletrônico: http://www.miluzinha.com/wp-content/uploads/2011/12/as- Etapas-e-T%C3%A9cnicas-da-Entrevista.pdf. Considerando que o parecer social no INSS tem como objetivo fornecer elementos para o reconhecimento de direitos, julgue os itens subsequentes. Questão 81. Na realização de entrevistas para a elaboração de um parecer social, o assistente social deve ignorar as informações contidas nos prontuários ou processos relativos à situação em estudo, para não ser influenciado na sua opinião técnica. COMENTÁRIO: Para fins de elaboração do parecer social é imprescindível a realização prévia do estudo social para conhecimento da realidade que se pretende intervir. Desta forma, as informações documentais, incluindo prontuários e processos, serão indispensáveis para a aproximação da realidade social do demandante/usuário do Serviço Social. Bibliografia: FÀVERO, Eunice. O estudo social em perícias, laudos e pareceres técnicos: contribuição ao debate no judiciário, no penitenciário. CFESS. São Paulo: Cortez, 2013. Questão 82. Em se tratando de parecer social com vistas à concessão de um benefício assistencial, o assistente social deve encaminhar ao setor solicitante o parecer por ele elaborado, juntamente com o estudo socioeconômico realizado.

COMENTÁRIO: O parecer social corresponde a uma avaliação teórica e técnica dos dados coletados durante a realização do estudo social, pressupondo a existência de um relatório social (interno ou externo). Desta forma, o parecer social corresponde a conclusão de um determinado estudo social, que inclui a análise do estudo socioeconômico e em razão disso, não há a necessidade de encaminhar ao setor solicitante o próprio estudo socioeconômico realizado, uma vez que o relatório e parecer social contemplam a análise prospectiva e posicionamento técnico do assistente social. Questão 83. O parecer social constitui mecanismo de averiguação de veracidade dos fatos, quando solicitado pela Procuradoria Federal Especializada do INSS, tendo, nessa situação, caráter sigiloso. COMENTÁRIO: Segundo o Manual Técnico do Serviço Social junto ao INSS (2012), o estudo social que fundamenta a elaboração do parecer social é de caráter sigiloso e armazenado em prontuário próprio do Serviço Social. Sendo assim, ele sempre terá o caráter sigiloso, independente do solicitante. Cabe lembrar que o sigilo é garantido pelo Código de Ética do Assistente Social de 1993. Ressalto que, o Manual do INSS (2012) define que: O parecer social consiste no pronunciamento técnico do assistente social, com base no estudo de determinada situação, e tem como objetivo fornecer elementos para reconhecimento de direitos, manutenção e recurso de benefícios e decisão médicopericial. Desta forma, o parecer social não consiste em um mecanismo de averiguação da veracidade dos fatos, mas sim um posicionamento técnico diante a realidade social estudada que teve como orientação a utilização de instrumentais e técnicas sociais, com a finalidade de viabilizar direitos no âmbito das instituições governamentais ou não governamentais. Bibliografia: FÀVERO, Eunice. O estudo social em perícias, laudos e pareceres técnicos: contribuição ao debate no judiciário, no penitenciário. CFESS. São Paulo: Cortez, 2013. Questão 84. No caso de a intervenção do assistente social ser feita em conjunto com outros profissionais, a avaliação da situação deve contemplar a opinião da equipe técnica emitida em um documento único assinado por um representante da equipe.

COMENTÁRIO: A Resolução nº 557/2009 é bem clara quanto a proibição da assinatura, em um único, em documentos para profissionais do Serviço Social que atuem com outra categoria ou em equipes multiprofissionais. Art. 4. Ao atuar em equipes multiprofissionais, o assistente social deverá garantir a especificidade de sua área de atuação. Parágrafo primeiro - O entendimento ou opinião técnica do assistente social sobre o objeto da intervenção conjunta com outra categoria profissional e/ ou equipe multiprofissional, deve destacar a sua área de conhecimento separadamente, delimitar o âmbito de sua atuação, seu objeto, instrumentos utilizados, análise social e outros componentes que devem estar contemplados na opinião técnica. Questão 85. O laudo documento que expressa de forma clara e precisa a conclusão do estudo social oferece subsídios para a tomada de decisões relativas a direitos sociais. COMENTÁRIO: O laudo é um documento que contém parecer ou opinião conclusiva do que foi estudado e observado sobre determinada realidade social que possui a característica principal de subsidiar a tomada de decisões por terceiros, sobretudo no âmbito do sistema judiciário. Bibliografia: FÀVERO, Eunice. O estudo social em perícias, laudos e pareceres técnicos: contribuição ao debate no judiciário, no penitenciário. CFESS. São Paulo: Cortez, 2013. Questão 86. O parecer social deve conter uma análise prospectiva da situação estudada e indicar hipóteses sobre desdobramentos e consequências da situação. COMENTÁRIO: Segundo Eunice Fávero (2013), o parecer social é a conclusão de determinado trabalho durante o processo de intervenção e está para além de uma avaliação do passado, também, deve realizar uma análise prospectiva, isto é, apontar que desdobramentos determinada situação podem tomar. Bibliografia: FÀVERO, Eunice. O estudo social em perícias, laudos e pareceres técnicos: contribuição ao debate no judiciário, no penitenciário. CFESS. São Paulo: Cortez, 2013. 1. Com referência à avaliação para a concessão do BPC e da aposentadoria da pessoa com deficiência, julgue os próximos itens.

Questão 87. A avaliação para a concessão do BPC às pessoas com deficiência deve orientar-se pelos princípios da Classificação Internacional de Doenças, da Organização Mundial de Saúde. COMENTÁRIO: O que orienta a avaliação a que a pessoa com deficiência estará sujeita é a Classificação Internacional de Funcionalidades, Incapacidade e Saúde - CIF, conforme o art. 16, do Decreto nº 6.214/2007 que estabelece que: A concessão do benefício à pessoa com deficiência ficará sujeita à avaliação da deficiência e do grau de impedimento, com base nos princípios da Classificação Internacional de Funcionalidades, Incapacidade e Saúde - CIF, estabelecida pela Resolução da Organização Mundial da Saúde n o 54.21, aprovada pela 54 a Assembleia Mundial da Saúde, em 22 de maio de 2001. (Redação dada pelo Decreto nº 7.617, de 2011) Questão 88. A concessão de benefícios destinados às pessoas com deficiência está condicionada a avaliação prévia. No caso de aposentadorias, essa avaliação restringe-se à perícia médica e, no caso do BPC, à avaliação pelo assistente social. COMENTÁRIO: A primeira afirmativa da questão está correta, porém, na sequência a banca afirmou que a avaliação para fins de aposentadoria é realizada somente pela perícia médica. Todavia, esse assunto não é regulamentado pelo Decreto nº 6.214, mas sim pela lei do Direito Previdenciário. Em seguida a banca afirmou que a avaliação do BPC é realizada somente pelo assistente social e sabemos que segundo o Decreto 6.214, determina que: Art. 16. A concessão do benefício à pessoa com deficiência ficará sujeita à avaliação da deficiência e do grau de impedimento, com base nos princípios da Classificação Internacional de Funcionalidades, Incapacidade e Saúde - CIF, estabelecida pela Resolução da Organização Mundial da Saúde n o 54.21, aprovada pela 54 a Assembleia Mundial da Saúde, em 22 de maio de 2001. (Redação dada pelo Decreto nº 7.617, de 2011) 1 o A avaliação da deficiência e do grau de impedimento será realizada por meio de avaliação social e avaliação médica. (Redação dada pelo Decreto nº 7.617, de 2011) 2 o A avaliação social considerará os fatores ambientais, sociais e pessoais, a avaliação médica considerará as deficiências nas funções e nas estruturas do corpo, e ambas considerarão a limitação do desempenho de atividades e a restrição da participação social, segundo suas especificidades. (Redação dada pelo Decreto nº 7.617, de 2011)

3 o As avaliações de que trata o 1 o serão realizadas, respectivamente, pelo serviço social e pela perícia médica do INSS, por meio de instrumentos desenvolvidos especificamente para este fim, instituídos por ato conjunto do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do INSS. (Redação dada pelo Decreto nº 7.617, de 2011) AVALIAÇÃO TÉCNICA DAS QUESTÕES: Não considero haver possibilidade de recurso em nenhuma das questões analisadas acima. Núbia Lima Especialista em Gestão Pública, Servidora da Secretaria de Políticas para a criança, o adolescente e a juventude do DF. Formada em Serviço Social pela Universidade Católica de Brasília. Pós graduada em avaliação e monitoramento em políticas sociais, mediação de conflitos familiares e escolares e gerontologia. Professora universitária das Faculdades Projeção, desde 2010. Há cinco anos ministra aulas em cursos preparatórios para concursos na área de conhecimentos específicos para o Serviço Social. Facilitadora em cursos de qualificação profissional em gestão pública e privada e formação de lideranças. Consultora de programas de preparação para aposentadoria e Coach Profissional. GRAN CURSOS ONLINE