POLÍTICA ESTADUAL DE SAÚDE MENTAL, ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS



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Transcrição:

POLÍTICA ESTADUAL DE SAÚDE MENTAL, ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS PPA 2010-2013 Orientações aos Gestores Municipais 2009

Paulo Hartung Governador do Estado do Espírito Santo Ricardo Ferraço Vice-Governador do Estado do Espírito Santo Anselmo Tozi Secretário de Estado da Saúde Francisco José Dias da Silva Subsecretário de Regulação e de Organização da Atenção à Saúde Anselmo Dantas Subsecretário de Gestão Hospitalar Maria de Lourdes Soares Subsecretária para Assuntos de Administração e Financiamento da Atenção à Saúde Deivis Bravin Guimarães Gerente de Regulação e Assistência em Saúde Joanna D Arc Barros De Jaegher Chefe do Núcleo Especial de Normalização Jacqueline Silvestre Inêz Maria Antunes Paes Torres Coordenadora Vicente Lima Equipe da Coordenação Estadual de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas

APRESENTAÇÃO O presente documento integra a POLÍTICA ESTADUAL PARA A ORGANIZAÇÃO DA REDE DE SAÚDE MENTAL, ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS. Objetiva contribuir com os municípios para avaliarem a possibilidade gradativa de inclusão de novos serviços de saúde mental no Plano Pluri Anual PPA 2010-2013. O eixo norteador da política é a reorientação do modelo assistencial saindo de uma lógica hospitalocêntrica para as lógicas da atenção psicossocial, da redução de riscos e danos, com fortalecimento da rede multicêntrica. No Campo da Saúde Mental o Governo do Estado tem incentivado a criação de serviços com novas tecnologias, realiza investimentos na ampliação do acesso com qualidade e na educação permanente, potencializando a rede. Propõe-se que os municípios criem serviços de saúde mental com foco no acesso dos usuários de drogas, toxicômanos (usuário dependente), pessoas com sofrimentos psíquicos - em especial, crianças e adolescentes. A perspectiva com a organização da rede de atenção em saúde mental, álcool e outras drogas é também favorecer a reinserção social dos usuários. Esse estudo apresenta dados epidemiológicos relacionados às internações psiquiátricas por transtornos mentais, uso de álcool e outras drogas 2001 a 2005 e 2008 da SESA e SIH/DATASUS. Apresenta um mapa dos serviços de saúde mental existentes por macro e microrregião e os serviços necessários, que faltam serem criados, por município, de acordo com os parâmetros do Ministério da Saúde e da SESA. Esses têm como base o número populacional e os dados epidemiológicos para a organização de serviços, conforme as Portarias GM do Ministério da Saúde nº. 224/1992, 189, 336/2002 e também a. Esse manual dispõe também os passos para estruturação de serviços da rede, programa arquitetônico ANVISA RDC 50/2002, solicitação de incentivo financeiro e o Fluxo para cadastramento de CAPS Centro de Atenção Psicossocial.

I. DADOS EPIDEMIOLÓGICOS Transtornos Mentais Transtornos Mentais Severos e Persistentes Incidência na população 3 % Transtornos Mentais Leves 10 % Dependência de álcool e de outras drogas 13,3 %: 12,3 % - álcool 1,0 % - maconha * % do uso de múltiplas drogas não foi levantado nessa pesquisa, 2005 Fonte: Ministério da Saúde, CGSM, 2006 Para a finalidade do planejamento em saúde, a tabela sintetiza diversos estudos, agrupando os transtornos mentais em severos e persistentes e leves. Observa-se que a alta incidência constitui o principal desafio para o acesso ao atendimento em saúde mental na rede pública: a elevada taxa de dependência de drogas - álcool e outras drogas- faz deste o principal problema de saúde pública de nosso país, de acordo com o Relatório do Ministério da Saúde, 2006. II. CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO CAPIXABA O alcoolismo na Estratégia Saúde da Família é registrado como situação referida no cadastro domiciliar do Sistema de Informação da Atenção Básica - SIAB. Os dados de alcoolismo referido a homens e mulheres na idade de 15 anos ou mais, no Espírito Santo de 2001-2005 indicam: Elevação do registro de alcoolismo na população com 15 anos acima, ao longo de cinco anos; Diminuição na prevalência por 10 mil habitantes; Que a complexidade do tema exige capacitação da Estratégia Saúde da Família para nivelamento conceitual, melhor investigação e abordagem. No ano 2007, foram 19.823 registros de alcoolismo em situação referida - SIAB, sendo 44 de alcoolismo em criança e adolescente até 14 anos.

Internações Psiquiátricas por uso de álcool e múltiplas drogas 2001 2005: Nº de internações 1400 1200 1000 800 600 400 200 Álcool Múltiplas drogas 0 10-14a 15-19a 20-24a 25-29a 30-34a 35-39a 40-44a 45-49a 50-54a 55-59a 60 ou mais Faixa etária Figura 1: Internações por uso de álcool e por uso de múltiplas drogas de 2001 a 2005 - ES Fonte: SIH/DATASUS/MS 2007 Internações Psiquiátricas por uso de álcool e outras drogas, ES 2008: Drogas de uso Faixa Etária 10-14 15-19 20-24 25-29 30-34 35-39 Álcool - 7 54 102 172 276 Opiácio - 2 4 7 8 10 Canabinóide - 6 1 3 1 3 Sedativos - - 1-2 2 Cocaína 2 6 9 21 7 1 Múltiplas Drogas 5 154 338 319 160 111 Fonte: SESA, 2009 Os dados são preocupantes, irradiam na intersetorialidade e indicam a necessidade de maior inclusão da atenção aos usuários de álcool e de outras drogas, para a faixa etária de 12 a 29 anos e a suas famílias, na multiplicidade dos serviços da rede. Apresentamos o mapa da rede em funcionamento:

III INTERNAÇÕES PSIQUIÁTRICAS TRANSTORNOS MENTAIS, ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS F.00 à F. 99, CID 10, ES 2008 E SERVIÇOS QUE FALTAM, POR MUNICÍPIOS Microrregiões municípios População Nº de Internações Psiquiátricas Porcentagem internações psiquiátricas Serviços que faltam, de acordo com parâmetros do Ministério da Saúde e SESA São Mateus 243.641 325 0,13 - Boa Esperança 13.182 12 0,09 - Conceição da Barra 27.029 59 0,22 CAPS I Jaguaré 23.125 34 0,15 CAPS I Montanha 18.723 30 0,16 - Mucurici 5.914 6 0,10 Equipe Saúde Mental Pedro Canário 24.196 19 0,08 CAPS I Pinheiros 23.656 62 0,26 CAPS I Ponto Belo 7.161 11 0,15 - São Mateus 100.655 92 0,09 CAPS AD em construção Colatina 403.284 734 0,18 - Água Doce do Norte 12.163 20 0,16 Equipe Saúde Mental Águia Branca 9.520 16 0,17 Equipe Saúde Mental Alto Rio Novo 6.251 8 0,13 Equipe Saúde Mental Baixo Guandu 29.722 45 0,15 Equipe Saúde Mental Barra de São 41.301 87 0,21 CAPS I Francisco Colatina 110.713 97 0,09 CAPS III,CAPS AD Ecoporanga 23.919 46 0,19 CAPS I Governador 10.324 21 0,20 Equipe Saúde Mental Lindenberg Mantenópolis 11.692 48 0,41 Equipe Saúde Mental Marilândia 10.615 7 0,07 Equipe Saúde Mental Nova Venécia 46.080 72 0,16 CAPS I em construção Pancas 18.690 36 0,19 Equipe Saúde Mental São Domingos do 8.150 21 0,26 Equipe Saúde Mental Norte São Gabriel da Palha 30.255 137 0,45 CAPS I São Roque do Canaã 10.786 18 0,17 Equipe Saúde Mental Vila Pavão 9.059 4 0,04 Equipe Saúde Mental Vila Valério 14.044 51 0,36 Equipe Saúde Mental Linhares 274.133 382 0,14 - Aracruz 77.414 85 0,11 CAPS AD, CAPS II Ibiraçu 10.679 23 0,22 - João Neiva 14.697 16 0,11 Equipe Saúde Mental Linhares 130.901 224 0,17 CAPS AD Rio Bananal 17.174 23 0,13 - Sooretama 23.268 11 0,05 CAPS I Vitória 753.012 2020 0,27 - Cariacica 362.277 1291 0,36 CAPS AD, CAPS i, CAPS II,Res.Terapêutica Santa Leopoldina 12.727 46 0,36 Equipe Saúde Mental Viana 60.191 143 0,24 CAPS I Vitória 317.817 540 0,17 CAPS III, Res. Terapêut. Serra / Santa 503.650 632 0,13 Teresa - Fundão 16.125 61 0,38 -

Itaguaçu 14.212 39 0,27 - Itarana 10.746 7 0,07 - Laranja da Terra 11.126 7 0,06 Equipe Saúde Mental Santa Maria de 33.468 Jetibá 45 0,13 CAPS I construção Santa Teresa 20.747 24 0,12 CAPS I Serra 397.226 449 0,11 CAPS i (CTT/i), CAPSIII, Residência Terapêutica Vila Velha/ Venda 681.981 1466 0,21 N. do Imigrante - Afonso Cláudio 31.489 116 0,37 CAPS I Alfredo Chaves 14.507 46 0,32 - Anchieta 20.144 37 0,18 Equipe Saúde Mental Brejetuba 11.161 36 0,32 - Conceição do Castelo 11.773 66 0,56 - Domingos Martins 32.304 71 0,22 CAPS I Guarapari 103.113 256 0,25 CAPS AD (CTT) Marechal Floriano 13.208 25 0,19 - Piúma 17.019 110 0,65 - Venda Nova do 19.684 36 0,18 Equipe Saúde Mental Imigrante Vila Velha 407.579 667 0,16 Cachoeiro do CAPS i (CTT/i), CAPS II, CAPS III, Res.Terapêut. 419.159 Itapemirim 3422 0,82 - Apiacá 7.864 19 0,24 - Atilio Vivacqua 9.272 66 0,71 - Cachoeiro de CAPS AD construído (CTT) 198.962 2084 1,05 Itapemirim CAPS II/III, CAPS i Castelo 33.197 186 0,56 CAPS I construção Iconha 11.872 52 0,44 Equipe Saúde Mental Itapemirim 32.354 196 0,61 Eq. S. Mental, CAPS I Jerônimo Monteiro 11.146 110 0,99 Equipe Saúde Mental Marataízes 32.351 154 0,48 CAPS I (CTT/SM) Mimoso do Sul 27.059 100 0,37 Eq. S. Mental, CAPS I Muqui 14.322 146 1,02 Equipe Saúde Mental Presidente Kennedy 10.786 62 0,57 - Rio Novo do Sul 11.440 139 1,22 Equipe Saúde Mental Vargem Alta 18.534 108 0,58 Equipe Saúde Mental Guaçuí 174.788 681 0,39 - Alegre 31.222 238 0,76 CAPS I Bom Jesus do Norte 9.638 1 0,01 Equipe Saúde Mental Divino de São 4.997 12 0,24 Equipe Saúde Mental Lourenço Dores do Rio Preto 6.288 31 0,49 Equipe Saúde Mental Guaçuí 26.648 57 0,21 Equipe Saúde Mental Ibatiba 20.370 99 0,49 CAPS I Ibitirama 9.243 30 0,32 Equipe Saúde Mental Irupi 10.708 22 0,21 - Iúna 26.248 70 0,27 CAPS I Muniz Freire 18.497 100 0,54 Equipe Saúde Mental São José do Calçado 10.929 21 0,19 -

IV. PARÂMETROS PARA A ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇOS A Política Estadual orienta os municípios a proporcionarem atenção às pessoas com sofrimentos em saúde mental, álcool e outras drogas. Incentiva a criação de novos serviços em rede e o fortalecimento dos existentes, com base nas Portarias MS: 224/92, 336/02, 1612/05, 189/02: Atenção primária Equipes de saúde mental em todos os municípios e estrategicamente em locais com menos de 20 mil hab; As ações de saúde mental na atenção básica devem seguir o modelo de redes de cuidado de base territorial e atuação transversal com outras políticas específicas, estabelecimento de acolhimento e vínculos. Atenção secundária Centros de Atenção Psicossocial Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são serviços de saúde mental, abertos e comunitários do Sistema Único de Saúde SUS, destinados a prestar atenção diária a pessoas com transtornos mentais severos e persistentes. Seu objetivo é oferecer atendimento à população de sua área de abrangência, realizando o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. Critério do MS: populacional. CAPS I em municípios com 20 mil habitantes até 69.900 mil hab. Os CAPS I atendem pessoas com sofrimentos psíquicos graves e usuários de álcool e outras drogas, com idade a partir de 18 anos; CAPS AD - específico na atenção a usuários de álcool e outras drogas e ações de redução de riscos/danos, em municípios de 70 a 200 mil hab; CAPS II específico para pessoas com sofrimentos psíquicos graves, com idade a partir de 18 anos, em municípios de 70 a 200 mil hab;

CAPS III - específico para pessoas com sofrimentos psíquicos graves, com idade a partir de 18 anos, proporciona atenção diária e também cinco (05) cinco leitos de atenção noturna, em municípios acima de 200 mil hab; CAPS i Infanto-juvenil: para atendimento de crianças e adolescentes com sofrimentos psíquicos graves e por uso de álcool e outras drogas, em municípios com 200 mil hab; Atenção terciária Leitos de Atenção Integral Serviços necessários no conjunto da rede: leitos em Hospitais Gerais, em CAPS III, Urgência Psiquiátrica e Atenção Hospitalar ao usuário de drogas. Urgência Psiquiátrica Funciona 24 h com leitos de observação até 72 h. Leitos em CAPS III: Máximo de 5 (cinco). Leitos Psiquiátricos em Hospitais Gerais: Contemplar leitos para crianças e adolescentes e adultos. Serviços Hospitalares de Referência na Atenção Integral a Usuários de Álcool e de Outras Drogas: desintoxicação, síndromes de abstinências com complicações clínicas e/ou psiquiátricas. Leitos Psiquiátricos em Hospital Especializado - Psiquiátrico Serviços Residenciais Terapêuticos As Residências Terapêuticas são moradias ou casas inseridas preferencialmente na comunidade, destinadas a cuidar de pessoas com algum sofrimento psíquico e que estiveram internadas por longo período em hospitais psiquiátricos, não possuindo laços sociais e vínculos familiares.

V. COBERTURA ASSISTENCIAL NO ES, 2008 Centros de Atenção Psicossocial Macrorregião CAPS 2007 CAPS 2008 CAPS 2009 + 5 Entregas Centro 09 10 11 Norte 04 05 07 Sul 03 04 06 ES 16 19 24 Cobertura 0,40 0,45 0,55 População ES estimada IBGE 3.351.669 3.453.648 3.464.285 Critérios para avaliação da cobertura: CAPS por 100 mil hab. Ponderado. Muito boa: acima de 0,70 Regular a boa: entre 0,50 a 0,69 Regular / baixa: 0,35 a 0,49 Baixa: 0,20 a 0,34 Insuficiente / crítica: abaixo: 0,2 CAPS I: 50 mil hab. CAPS II, AD, i: 100 mil hab. CAPS III: 150 mil hab. VI. PROGRAMA ARQUITETÔNICO MÍNIMO E CARACTERIZAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE MENTAL Este programa foi elaborado em função do dimensionamento e quantificação da Resolução da ANVISA RDC nº 50 de 2002. Portaria GM/MS n 336/2002 CAPS I: Municípios com população entre 20.000 e 70.000 habitantes. População alvo: usuários de álcool e outras drogas e pessoas com sofrimentos psíquicos graves MS, 2005; Funcionamento de 8 às 18h, em 2 turnos, 5 dias úteis da semana. Assistência prestada: a. Atendimento individual

b. Atendimento em grupos c. Atividades em oficinas terapêuticas d. Visitas domiciliares e. Atendimento à família f. Atividades comunitárias g. Uma refeição para pacientes assistidos em 1 turno e 2 refeições para pacientes assistidos em 2 turnos CAPS I UNIDADE/AMBIENTE DIMENSIONAMENTO UNID. DIMENSÃO (min.) Sala de espera para pacientes e 1 (1,2 m² por pessoa) acompanhantes Área para registro pacientes (com arquivo) 1 5,0m² Sala administrativa 1 (5,5m² por pessoa) Sala de atendimento em grupo/ Sala de atendimento à família/ Sala de reuniões*¹ 1 (1,2m² por pessoa) max. para 15 pessoas Sanitários para pacientes ( 1 p/ sexo) 2 3,2m² dím. min.: 1,7m Sala de atendimento individual Pop. alvo 7,5m² Área para atendimento em oficinas 1 A depender das atividades Sala de estar/ multiuso 1 (1,5m² por pessoa) Quarto de observação ( opcional) 1 (4,5m² por cama) Sanitário para funcionários (1 p/sexo) 2 3,2m² dím. min.: 1,7m Área de serviço-dml, lavagem roupas 1 10,0m² Copa *² 1 8,0m² Refeitório 1 (1m² por pessoa) *¹ Funcionam dependendo da demanda podem ser ambientes separados. *² Pode ser compartilhada com o refeitório. Observações: a. Em CAPS existentes deve ser adaptado ao menos 1 sanitário para deficientes Recursos humanos: a. Min. 20 pacientes/ turno, máx. 30 pacientes/ turno b. Equipe mínima: 1médico, 1 enfermeiro, 3 profissionais de nível superior, 4 profissionais de nível médio. CAPS II: Municípios com população entre 70.000 e 200.000 habitantes. População alvo: pessoas com sofrimentos psíquicos graves; Funciona de 8h às 18h, 2 turnos, 5 dias úteis/semana, 3 o turno até 21h; Assistência prestada: a. Atendimento individual b. Atendimento em grupos

c. Atividades em oficinas terapêuticas d. Visitas domiciliares e. Atendimento à família f. Atividades comunitárias g. 1 refeição: pacientes em 1 turno e 2 refeições: pacientes 2 turnos. UNIDADE/AMBIENTE Sala de espera para pacientes e acompanhantes CAPS II DIMENSIONAMENTO UNID. DIMENSÃO Mn. 1 (1,2 m² por pessoa) Sala registro pacientes(com arquivo) 1 5,0m² Sala administrativa 1 (5,5m² por pessoa) Sala de atendimento grupo/ Sala de atendimento à família/ Sala reuniões*¹ 1 (1,2m² por pessoa) máx. para 15 pessoas Sanitários p/ pacientes (1 p/ sexo) 2 3,2m² dím. min.: 1,7m Sala de atendimento individual Pop. alvo 7,5m² Área para atendimento em oficinas 1 depender das atividades Sala de estar/ multiuso 1 (1,5m² por pessoa) Quarto de observação (opcional) 1 (4,5m² por cama) Sanitário p/funcionários (1 p/ sexo) 2 3,2m² dím. min.: 1,7m Área de serviço (DML, lavagem roupas) 1 10,0m² Copa *² 1 8,0m² Refeitório 1 (1,0m² por comensal) *¹ Funcionam em função de uma agenda, podem ser ambientes separados. *² Pode ser compartilhada com o refeitório. Observações: a. Em unidades existentes deve ser adaptado ao menos 1 sanitário para deficientes Recursos humanos: a. Min. 30 pacientes/ turno, max. 45 pacientes/ dia b. Equipe mínima: 1médico, 1 enfermeiro, 4 profissionais de nível superior, 6 profissionais de nível médio. CAPS i Infanto-juvenil : Municípios com população de cerca de 200.000 habitantes. População alvo: crianças e adolescentes com sofrimentos psíquicos graves e/ou usuários de álcool e outras drogas; Funcionamento de 08h às 18h, em 2 turnos, 5 dias úteis da semana. Pode comportar 3 o turno até 21:00h; Assistência prestada:

a. Atendimento individual b. Atendimento em grupos c. Atividades em oficinas terapêuticas d. Visitas domiciliares b. Atendimento à família c. Atividades comunitárias d. Desenvolvimento de ações intersetoriais e. Uma refeição para pacientes assistidos em 1 turno e 2 refeições para pacientes assistidos em 2 turnos CAPS i Infanto-juvenil UNIDADE/AMBIENTE DIMENSIONAMENTO UNID. DIMENSÃO (min.). Sala de espera para pacientes e acompanhantes 1 (1,2 m² por pessoa) Área para registro de pacientes (com arquivo) 1 5,0m² Sala administrativa 1 (5,5m² por pessoa) Sala de atendimento em grupo/ Sala de atendimento à família/ Sala reuniões*¹ 1 (1,2m² por pessoa) max. para 15 pessoas Sanitários para pacientes (1 p/ sexo) 2 3,2m² dím. min.: 1,7m Sala de atendimento individual Pop. Alvo 7,5m² Área para atendimento em oficinas 1 A depender atividades Sala de estar/ multiuso 1 (1,5m² por pessoa) Quarto de observação opcional 1 (4,5m² por cama) Sanitário para funcionários (1 p/ sexo) 2 3,2 m² dím. min.: 1,7m Área de serviço (DML, lavagem roupas) 1 10,0m² Copa *² 1 8,0m² Refeitório 1 (1,0m² por comensal) *¹ Funcionam em função de agenda, dependendo da demanda podem ser ambientes separados. *² Pode ser compartilhada com o refeitório. Observações: a. Deve ser adaptado ao menos 1 sanitário para deficientes; b. Min. 15 crianças e/ou adolescentes/ turno, max. 25 pacientes/ dia c. Equipe mínima: 1médico, 1 enfermeiro, 4 profissionais nível superior, 5 profissionais de nível médio. CAPS ad álcool e outras drogas: Municípios com população superior 70.000 habitantes População alvo: usuários de drogas Funciona de 8h às 18h, em 2 turnos, 5 dias/semana. Pode ter 3 o turno até 21h Manter 2 a 4 leitos para desintoxicação e repouso Assistência prestada:

a. Atendimento individual b. Atendimento em grupos c. Atividades em oficinas terapêuticas d. Visitas domiciliares e. Atendimento à família f. Atividades comunitárias g. Uma refeição para pacientes em 1 turno e duas /pacientes em 2 turnos. h. Atendimento de desintoxicação CAPS ad II UNIDADE/AMBIENTE DIMENSIONAMENTO UNID. DIMENSÃO (min.). Sala de espera para pacientes e 1 (1,2 m² por pessoa) acompanhantes Área para registro de pacientes (c/arquivo) 1 5,0m² Sala administrativa 1 (5,5m² por pessoa) Sala de atendimento grupo/ Sala de atendimento família/sala reuniões*¹ 1 (1,2m² por pessoa) max. para 15 pessoas Sanitários para pacientes ( 1 p/sexo) 2 3,2m² dím. min.: 1,7m Sala de atendimento individual Pop. Alvo 7,5m² Área para atendimento oficinas 1 Atividade/expressão Sala de estar/ multiuso 1 (1,5m² por pessoa) Sala atendimento/ desintoxicação *² 1 sala 2 leitos (7,0m² por leito) Quarto para repouso ou observação 2 (4,5m² por cama) Banheiro para funcionários(1 p/sexo) 2 3,6m² dím. min.: 1,7m Área serviço (DML, lavagem roupas) 1 10,0m² Copa *³ 1 8,0m² Refeitório 1 (1,0m² por comensal) Funcionam, dependendo da demanda podem ser ambientes separados. *² Definir o suporte de equipamentos médico-assistenciais necessários. *³ Pode ser compartilhada com o refeitório. Observações: em unidades deve ser adaptado ao menos 1 sanitário para deficientes. Recursos humanos: a. Min. 25 pacientes/ turno, max. 45 pacientes/ dia b. Equipe mínima: 2 médico, 1 enfermeiro, 4 profissionais de nível superior, 6 profissionais de nível médio. CAPS III: Municípios com população acima de 200.000 habitantes. População alvo: pessoas com sofrimentos psíquicos graves; Funcionamento 24h, diariamente; Assistência prestada: a. Atendimento individual b. Atendimento em grupos

c. Atividades em oficinas terapêuticas d. Visitas e atendimentos domiciliares e. Atendimento à família f. Atividades comunitárias g. Acolhimento noturno, nos feriados e finais de semana, com no máximo 5 leitos, para eventual repouso e observação. h. Uma refeição para pacientes em 1 turno, duas/ pacientes em 2 turnos e quatro refeições diárias para os que estão no serviço durante 24h contínuas CAPS III UNIDADE/AMBIENTE DIMENSIONAMENTO UNID. DIMENSÃO (min.) Sala de espera para pacientes e acompanhantes 1 (1,2 m² por pessoa) Área para registro pacientes (c/ arquivo) 1 5,0m² Sala administrativa 1 (5,5m² por pessoa) Sala de atendimento grupo/ Sala de atendimento família/ Sala de reuniões*¹ 1 (1,2m² por pessoa) max. para 15 pessoas Sanitário para pacientes*² (1 p/ sexo) 2 3,2 m² dím. min.: 1,7m Sala de atendimento individual Pop. alvo 7,5m² Área para atendimento em oficinas 1 depender das atividades Sala de estar/ multiuso 1 (1,5m² por pessoa) Quarto para repouso e/ou observação 2 (4,5m² por cama) Quarto para plantão 1 5m² com dím. min.: 2m Sanitário para funcionários ( 1 p/ sexo) 2 3,2m² dím. min.: 1,7m Área de serviço (DML, lavagem roupas) 1 10,0m² Copa *³ 1 8,0m² Refeitório 1 (1,0m² por comensal) *¹ Funcionam, dependendo da demanda podem ser ambientes separados. *² Pelo menos um banheiro para deficientes, com 4,8m² e dim. min. de 1,7m *³ Pode ser compartilhada com o refeitório. Observações: a. Em unidades existentes deve ser adaptado ao menos 1 sanitário para deficientes b. Copa e refeitório exclusivo para funcionários opcional. Recursos humanos: f. Min. 40 pacientes/ turno, max. 60 pacientes/ dia g. Equipe mínima: 2 médicos, 1 enfermeiro, 5 profissionais de nível superior, 8 profissionais de nível médio. h. Acolhimento noturno: 3 técnicos/ auxiliares de enfermagem, 1 enfermeiro, 1 profissional de nível médio. i. Para 12h diurnas, nos sábados, domingos e feriados: 1 profissional de nível superior, 3 técnicos/auxiliares de enfermagem, 1 enfermeiro, 1 profissional de nível médio.

Portaria n 106 MS de 2000 SERVIÇOS RESIDENCIAIS TERAPÊUTICOS EM SAÚDE MENTAL: Estrutura física: a. Sala de estar (com boa comodidade) b. Copa e cozinha (geladeira, fogão, filtro, armários...) c. Abrigar no máximo 8 usuários, acomodados em até 3 usuários por dormitório (com cama e armário) d. Oferecer 3 refeições diárias (no mínimo) SERVIÇO RESIDENCIAL TERAPÊUTICO EM SAÚDE MENTAL - SRT UNIDADE/AMBIENTE DIMENSIONAMENTO UNID. DIMENSÃO (min.) Sala de estar 1 - Copa e cozinha 1 - Quarto Até 3 (4,5 m² por cama) Área de serviço 1 10,0m² Banheiro 1 3,6 m² dím. min.: 1,7m Quarto para repouso noturno do cuidador 1 4,5m² Observações: a. Em unidades existentes deve ser adaptado ao menos 1 sanitário para deficientes b. É recomendável que a residência possua área externa para deambulação. c. Os ambientes comuns não estão definidos por metragem, pois nem sempre são utilizados por todos ao mesmo tempo, e na realidade são ambientes residenciais, dimensionando os quartos como referencial. Recursos humanos: a. Maximo 8 usuários por SRT b. Equipe mínima: 1médico, 2 profissionais de nível médio. VII. ESTRUTURAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE MENTAL Como implantar Equipe de Saúde Mental no Município O que é Equipe de Saúde Mental? A equipe de saúde mental na UBS ou USF é a referência na atenção primária que vai atender, acompanhar e cuidar na lógica da atenção psicossocial, pessoas com sofrimentos psíquicos: neuroses, psicoses e/ou uso excessivo de álcool e outras drogas. Deve ser composta, no mínimo, de três profissionais de saúde: um profissional médico psiquiatra e/ou generalista e dois profissionais de nível

superior: psicólogo, assistente social, enfermeiro, farmacêutico e/ou outra categoria profissional integrante das profissões de saúde. Como organizar uma equipe na Unidade de Saúde Procure conhecer a legislação e as normas técnicas que se aplicam à saúde mental: Lei nº. 10.216/01 e Portarias: 224/92, 106/00, 336/02, 189/02, 251/02 e 154/2008 (Núcleo de Apoio a Saúde da Família). Procure conhecer o Plano Diretor de Regionalização da Assistência PDR e as atribuições do módulo assistencial, da micro e da macrorregião as quais seu município está vinculado. Todo processo deve ser discutido e planejado pelos profissionais de saúde que integrarão a equipe, o gestor municipal e o gerente da Unidade de Saúde a qual a equipe estará vinculada. Elabore o diagnóstico da situação de saúde mental de seu município. Para tanto solicite à Coordenação Estadual os dados da internação psiquiátrica e a rede de saúde mental existente no Estado. Elabore a Política Municipal e o Plano de Ação de Saúde Mental que devem conter os princípios e as diretrizes da política de saúde mental, o tipo de serviço, o fluxo do atendimento, o processo de trabalho, as atividades, o mapa de medicamentos e as ações intersetoriais a serem desenvolvidas. Encaminhe a documentação para aprovação do Conselho Municipal de Saúde. Encaminhe, através de ofício, a documentação para a Superintendência Regional de Saúde para análise, parecer e homologação do serviço junto a CIB Microrregional. A solicitação deverá conter: a relação nominal dos membros da equipe, local e horário de funcionamento e o nome do Coordenador Municipal de Saúde Mental. Após a Resolução de aprovação para criação do serviço, a CIB Microrregional enviará a Câmara Técnica da CIB Estadual para homologação em plenária e publicação. A CIB Estadual enviará a Coordenação Estadual de Saúde Mental e a Gerência Estratégica de Assistência Farmacêutica a cópia da resolução. Os medicamentos necessários para dispensação aos usuários do serviço deverão seguir a Portaria nº. 3237/2007, Art. 3º, que regulamenta o

Componente Básico do Bloco de Financiamento da Assistência Farmacêutica, cujos valores da Parte Fixa e da Parte Variável dos Grupos de Hipertensão e Diabetes, Asma e Rinite e Saúde Mental passam a compor valor único de financiamento, no Componente Básico. A execução e o financiamento da assistência farmacêutica na atenção básica são de responsabilidade das três esferas de gestão, sendo a aquisição e a dispensação dos medicamentos e insumos de responsabilidade dos Municípios. Como implantar Centro de Atenção Psicossocial - CAPS 1. Estruturação da Equipe: Portaria MS 336/02, no ítem referente ao CAPS relaciona a equipe técnica mínima; 2. Solicitação antecipada do incentivo ao Ministério da Saúde: de R$ 20 mil para equipar o CAPS I; de R$ 50 mil para equipar o CAPS ad, o CAPS II, o CAPS i e o CAPS III. Para a solicitação do incentivo antecipado, devem-se seguir os seguintes procedimentos: a) Encaminhar ofício com a solicitação do incentivo ao Ministério da Saúde, com cópia para a respectiva Secretaria de Estado da Saúde, com os seguintes documentos: Projeto terapêutico do serviço. Cópia das identidades profissionais dos técnicos compondo equipe mínima, segundo as diretrizes da Portaria 336/GM, de 19/02/02. Termo de Compromisso do gestor local, assegurando o inicio do funcionamento do CAPS em até 03 (três) meses após o recebimento do incentivo financeiro de que trata esta Portaria nº 245/GM de 17/02/05. Proposta técnica de aplicação do recurso. OBS: Se o CAPS não for implantado em 90 dias, o recurso recebido deverá ser devolvido ao MS. Os incentivos serão transferidos, em parcela única,

aos respectivos fundos do município, sem onerar os respectivos tetos da assistência de média e alta complexidade. (Portaria nº 245/GM de 17/02/05). COMO INCLUIR O PROGRAMA DE VOLTA PARA CASA - PVC O Programa de Volta para Casa - PVC dispõe sobre a regulamentação do auxílio-reabilitação psicossocial para assistência, acompanhamento e integração social fora da unidade hospitalar, de pessoas acometidas de sofrimentos psíquicos graves com história de longa internação psiquiátrica. VIII. FLUXO PARA CADASTRAMENTO DO SERVIÇO DE CAPS NORMATIZAÇÃO DA SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE Considerando a necessidade de realização de vistoria técnica no processo de solicitação de cadastramento dos CAPS Centro de Atenção Psicossocial, conforme Portaria SAS/MS nº. 189/2002, o fluxo é o seguinte: 1º. O município solicita à Superintendência Regional de Saúde, via ofício, a realização da vistoria técnica; 2º. A Superintendência Regional designará uma comissão ou um profissional de saúde para realizar in loco a vistoria técnica e emitir parecer, cumprindo as Portarias MS: SAS nº. 189/2002 e GM nº. 336/2002; 3º. O parecer da vistoria técnica deverá ser anexado ao processo; 4º. O município encaminhará o processo do pedido de cadastramento à Câmara Técnica da CIB microrregional para análise e aprovação, que posteriormente enviará para a plenária da mesma; 5º. Após aprovação, anexar a resolução ao processo e enviar a câmara técnica da CIB Estadual para avaliação e pauta da plenária da CIB Estadual; 6º. A CIB Estadual homologará e anexará a resolução ao processo;

7º. A CIB Estadual informará a Coordenação Estadual de Saúde Mental o número do processo em tramitação com cópia da resolução de aprovação; 8º. A CIB Estadual enviará o processo ao Secretário de Estado da Saúde para providências e encaminhamento ao Ministério da Saúde/SAS/ASTEC Coordenação Nacional de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, solicitando o cadastramento em cumprimento à Portaria MS/SAS nº. 189/2002. IX. CONSIDERAÇÕES FINAIS Considerando a complexidade das questões, os serviços de saúde mental habilitados ao atendimento de usuários devem aliançar parcerias com vários atores sociais locais, usufruindo de espaços comunitários, escolas, centros culturais e de convivência, programas de inclusão social e de geração de trabalho e renda, cooperativas de economia solidária, dentre outros. Incentiva-se formas de organização local para ampliação da discussão temática com constituição intersetorial e desenvolvimento de ações que promovam mudança cultural. Propõe-se que as respostas a serem construídas, contemplem intervenções múltiplas e diferenciadas, respeitando as realidades regionais, ampliando não só na criação de novos serviços com tecnologia psicossocial e de base territorial, mas na qualidade da atenção em rede. Estamos à disposição! Equipe da Coordenação Estadual em Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas Contatos: 27-31372365 smental@saude.es.gov.br; ineztorres@saude.es.gov.br