LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO NO MUNICÍPIO DE PRUDENTÓPOLIS

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Transcrição:

1 LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO NO MUNICÍPIO DE PRUDENTÓPOLIS GOMES, Mirian Clara Uady Dallabrida 1, MACOHON, Edson Roberto 2, KLOSOWSKI, Ana Léa 3 RESUMO: O Levantamento Fitossociológico consiste na identificação da composição florística de um determinado local. O Presente estudo consiste em um projeto de extensão universitária, inserido no programa Universidade Sem Fronteiras, da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná SETI. E teve como objetivo identificar as espécies de pastagem apícola existentes nas localidades de Tijuco Preto, Vista Alegre, Papanduva de baixo e Piquiri, no Município de Prudentópolis. Foram feitas várias saídas de campo para dar seqüência ao levantamento, identificando todas as espécies, incluindo as não apícolas. Após identificadas as espécies, foi elaborado um calendário fonológico, onde consta a época de floração de cada espécie, bem como a época em que há mais disponibilidade de pólen e néctar para as abelhas coletarem em cada localidade distinta. PALAVRAS CHAVES: identificar, espécies. SOCIOLOGICAL SURVEY IN THE CITY OF PRUDENTOPOLIS SUMMARY: The phytosociological survey is to identify the composition of a particular location. The present study consists of a university extension project, the curriculum University Without Borders, the Secretary of State for Science, Technology and Higher Education of Paraná SETI. And aimed to identify the species of bee pasture in the existing locations Tijuco Preto, Vista Alegre, Papanduva de Baixo e Piquiri, the city of Prudentópolis. We made several field trips to follow up the phytosociological survey, identifying all species, including non bee. After the identification of species, Has produced a calendar phonological, which indicates the time of flowering of each species, and the time when there is more availability of pollen and nectar for bees collecting at each site separately. KEYWORDS: identify, species. INTRODUÇÃO Prudentópolis conquistou o título de Capital do Mel há muitos anos, em virtude de produzir grande quantidade de mel com uma produção em torno de 95000 Kg/ano (IBEGE, 2007). A pastagem apícola representa o campo floral ou vegetação com flores para o suprimento de néctar e pólen para as abelhas necessário para a elaboração do mel, da cera, coleta da própolis e preparo da geléia. (Helmunth Weise 2002) A pastagem também é 1 1 GOMES, Mirian Clara Uady Dallabrida. Bolsista do Projeto Associativismo Apícola no Município de Prudentópolis Programa Universidade Sem Fronteiras. Acadêmica do curso de Engenharia Florestal, Universidade Estadual do Centro Oeste, UNICENTRO, Paraná Brasil, mi_uady@hotmail.com 2 MACOHON, Edson Roberto, Prof Mestre em Administração, Coordenador e Orientador dos Projetos Associativismo Apícola no Município de Prudentópolis e Inovação Tecnológica na Apicultura, Universidade Estadual do Centro Oeste, contador, Paraná Brasil, ermacohon@irati.unicentro.br 3 KLOSOWSKI, Ana Léa Macohon, Profª Mestre em Contabilidade Avançada, Coordenadora e Orientadora dos Projetos Inovação Tecnológica na Apicultura e Associativismo Apícola no Município de Prudentópolis, Universidade Estadual do Centro Oeste, contadora, Paraná Brasil, alea@irati.unicentro.br

influencia direta na cor do mel, densidade, sabor e cristalização. Podendo ser mais escuro como o mel de Bracatinga, ou mais claro. O conhecimento da flora e época de floração constituem uma importante ferramenta para otimizar a produção de mel. As informações sobre a seqüência das floradas são essenciais para avaliar a disponibilidade de alimentos para as abelhas durante o ano todo. O Levantamento Fitossociológico tem por objetivo a quantificação da composição florística, estrutura, funcionamento, dinâmica e distribuição de uma determinada vegetação. No presente trabalho foi realizado o levantamento fitossociológico em quatro Localidades do Município de Prudentópolis Pr, sendo elas: Tijuco Preto, Vista Alegre, Papanduva de baixo e Piquiri. Foram identificadas as espécies existentes na região dos apiários totalizando uma área 800m². Com os dados obtidos no levantamento, com ajuda de literatura especializada, descreveu se a fenologia de cada espécie identificada. Em um segundo estagio, utilizando se da fenologia descrita, foi elaborado um calendário floral, indispensável para o desenvolvimento da apicultura. 2 MATERIAIS E MÉTODOS A metodologia aplicada foi da seguinte forma: Foram amostradas quatro localidades do Município de Prudentópolis (Tijuco Preto, Papanduva de baixo, Vista Alegre e Piquiri). Áreas recobertas por Floresta Ombrófila Mista (Floresta com araucária), nos estágios de Capoeira, Faxinal e Floresta Nativa, durante o mês de Julho de 2009. Em cada localidade foram instalada 2 unidades amostrais com dimensões 10X10m (100m² por unidade amostral), totalizando uma área de amostragem de 200m² por Localidade. A distância entre cada parcela foi de 10 metros. Foi medido o CAP de todas as espécies de porte arbóreo que se incluam dentro da parcela, sendo necessário, para tal inclusão, ter um CAP igual ou acima de 15cm.Foram estimados índices de valores de importância. As espécies arbóreas foram identificadas no local, sendo elas pastagem apícola ou não, para saber qual a freqüência de cada espécie em cada localidade. Após esses levantamentos com a listagem das espécies existentes, pesquisou se a fenologia destas. 2

3 RESULTADOS E DISCUSÕES Através do levantamento obtiveram se os resultados para cada localidade apresentados a seguir: Vista Alegre: Mata Nativa. Família Nome Popular Nome Cientifico N. de indivíduos % Tiliaceae Acoita cavalos Luehea divaricata 1 4 Flacourtiaceae Guaçatunga Casearia sylvestris 3 12 Aquifoliaceae Erva mate Ilex paraguariensis 3 12 Meliaceae Cedro Cedrela fissilis 1 4 Lauraceae Canela guaica Ocotea puberula 5 20 Lauraceae Imbuia Ocotea porosa 1 4 Rosaceae Pessegueiro bravo Prunus sellowii 3 12 Fabaceae Cabriuna Myrocarpus frondosus 1 4 Leguminosae Faboideae Timbó Lonchocarpus muehlbergianus 1 4 Leguminosae Mimosoideae Monjoleiro bravo Acacia polyphylla 1 4 Lauraceae Canela Branca Nectandra lanceolata 3 12 Myrsinaceae Capororoca Rapanea ferruginea 2 8 25 Jan. fev. mar. abril maio jun. jul. ago. set. out. nov. dez. Luehea divaricata X X X Casearia sylvestris X X X Ilex paraguariensis X X X Cedrela fissilis X X Ocotea puberula X X Ocotea porosa X X Prunus sellowii X X X Myrocarpus frondosus X X Lonchocarpus muehlbergianus X X X X Acacia polyphylla X X X X Nectandra lanceolata X X X X Rapanea ferruginea X X Foram registrados 25 indivíduos, distribuídos em 10 famílias e 12 espécies. Sendo a de maior freqüência à espécie Ocotea puberula (20%), porém é uma planta de baixo valor apícola, apesar de menos presentes as espécies Casearia sylvestris e Prunus sellowii tem um bom valor apícola. Em relação a fenologia a melhor época para a produção de mel é de Outubro a Dezembro. 3

4 Vista Alegre: Mata Nativa 90 80 70 60 50 40 CAP N. de Arv. 30 20 10 0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 Vista Alegre: Capoeira Família Nome popular Nome cientifico N. de indivíduos % Anacardiaceae Aroeira vermelha Schinus terebinthifolius 4 8,70 Sapindaceae Miguel pintado Cupania vernalis 2 4,35 Lauraceae Canela amarela Nectandra lanceolata 7 15,22 Lauraceae Canela Guaica Ocotea puberula 5 10,87 Leguminosa Bracatinga Mimosa scabrella 6 13,04 Leguminosae Faboideae Timbó Lonchocarpus muehlbergianus 9 19,57 Myrsinaceae Capororoca Rapanea ferruginea 12 26,09 Euphorbiaceae Espinheira Santa Pachystroma longifolium 1 2,17 46 jan. fev. mar. abril maio jun. jul. ago. set. out. nov. dez. Schinus terebinthifolius X X X X X Cupania vernalis X X X Nectandra lanceolata X X X X Ocotea puberula X X Mimosa scabrella X X X Lonchocarpus muehlbergianus X X X X Rapanea ferruginea X X 4

5 Pachystroma longifolium X X X X Foram registrados 46 indivíduos, distribuídos em 7 famílias e 8 espécies. Sendo a de maior freqüência a espécie Rapanea ferruginea (26,09%).Em relação a fenologia a melhor época para a produção de mel é de Outubro a Dezembro. Nas áreas de ocorrência de bracatinga(mimosa scabrella) o ano apícola inicia com essa florada. (Pegoraro 2002). O pólen é de excelente valor apícola. Vista Alegre: Capoeira 120 100 80 60 CAP N. de Arv. 40 20 0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 Tijuco Preto: Parcela 1 Família Nome popular Nome cientifico N. de indivíduos % Myrsineaceae Capororoca Rapanea ferruginea 4 17,39 Myrtaceae Cerejeira Eugenia involucrata 1 4,35 Aquifoliaceae Guabirobeira Campomanesia xanthocarpa 3 13,04 Meliaceae Cedro Cedrela fissilis 2 8,70 Lauraceae Canela guaica Ocotea puberula 1 4,35 Aquifoliaceae Erva mate Ilex paraguariensis 3 13,04 Lauraceae Canela ferrugemnectandra megapotamica 1 4,35 Sapindaceae Miguel pintado Cupania vernalis 4 17,39 Leguminosae Faboideae Timbó Lonchocarpus muehlbergianus 1 4,35 Lauraceae Canela de viado Halietta apiceulata 1 4,35 Fabaceae Sucupira branca Pterodon emarginatus 2 8,70 23 jan. fev. mar. abril maio jun. jul. ago. set. out. nov. dez. 5

6 Rapanea ferruginea X X Eugenia involucrata X X X Campomanesia xanthocarpa X X X Cedrela fissilis X X Ocotea puberula X X Ilex paraguariensis X X X Nectandra megapotamica X X X X Cupania vernalis X X X Lonchocarpus muehlbergianus X X X X Halietta apiculata X X Pterodon emarginatus X X Foram registrados 23 indivíduos, distribuídos em 8 famílias e 11 espécies. Sendo as mais freqüentes Cupania vernalis (17,39%), sendo esta de grande importância na fonte de néctar e Rapanea ferruginea (17,39%). Campomanesia xanthocarpa (13,04), boa planta apícola e principalmente polinífera. Ilex paraguariensis (13,04) valor apícola médio. Em relação à fenologia a melhor época para a produção de mel é de Setembro a Dezembro. Tijuco Preto: 1 120 100 80 60 CAP N. de Arv. 40 20 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 Tijuco Preto: Parcela 2 Família Nome Popular Nome cientifico N. de indivíduos % Myrsinaceae Guabiroba Campomanesia xanthocarpa 8 61,54 Lauraceae Canela Nectandra lanceolata 3 23,08 Aquifoliaceae Erva mate Ilex paraguariensis 1 7,69 Sapindaceae Miguel pintado Cupania vernalis 1 7,69 13 6

jan. fev. mar. abril maio jun. jul. ago. set. 7 out. nov. dez. Campomanesia xanthocarpa X X X Nectandra lanceolata X X X X Ilex paraguariensis X X X Cupania vernalis X X X Foram registrados 13 indivíduos, distribuídos em 4 famílias e 4 espécies. Sendo a de maior freqüência a espécie Nectandra lanceolata (23,08%).Em relação a fenologia a melhor época para a produção de mel é de Outubro e Novembro. Tijuco Preto: 2 120 100 80 60 CAP N. de Arv. 40 20 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Piquiri Família Nome Popular Nome Cientifico N. de indivíduos % Lauraceae Canela Guaica Ocotea puberula 3 12 Tiliaceae Açoita Cavalo Luehea divaricata 4 16 Meliaceae Canjerona Cabralea canjerona 1 4 Myrsinaceae Capororoca Rapanea ferruginea 2 8 Sapindaceae Miguel Pintado Cupania vernalis 7 28 Canelaceae Pimenteira Capsicodendron dinisii 1 4 Myrtaceae Capoteiro Campomanesia guazumaefolia 2 8 Leguminosae Faboideae Timbó Lonchocarpus muehlbergianus 1 4 Leguminosae Mimosoideae Monjoleiro Acacia polyphylla 1 4 Leguminisae Mimosoideae Ingá Inga uruguensis 1 4 Asteraceae Vassourão Piptocarpa axilaris 1 4 Flaucourtiaceae Guaçatunga Casearia sylvestris 1 4 7

8 25 jan. fev. mar. abril maio jun. jul. ago. set. out. nov. dez. Ocotea puberula X X Luehea divaricata X X X Cabralea canjerona X X Rapanea ferruginea X X Cupania vernalis X X X Capsicodendron dinisii Campomanesia guazumaefolia X X Lonchocarpus muehlbergianus X X X X Acacia polyphylla X X X Inga uruguensis X X X X Eupatorium polystachyum Casearia sylvestris X X Foram registrados 25 indivíduos, distribuídos em 10 famílias e 12 espécies. Sendo a de maior freqüência a espécie Cupana vernalis (28%).Em relação a fenologia a melhor época para a produção de mel é de Agosto a Novembro. Piquiri: Rio Barra Grande Família Nome Popular Nome Cientifico N. de indivíduos % Lauraceae Canela guaica Ocotea puberula 4 18,18 Sapindaceae Miguel pintado Cupania vernalis 5 22,73 Anacardiaceae aroeira Schinus terebinthifolius 5 22,73 Lauraceae Canela amarelanectandra lanceolata 1 4,55 Leguminosae Faboideae Timbó Lonchocarpus muehlbergianus 3 13,64 Leguminosae Mimosoideae Monjoleiro Acacia polyphylla 4 18,18 22 jan. fev. mar. abril maio jun. jul. ago. set. out. nov. dez. Ocotea puberula X X Cupania vernalis X X X Schinus terebinthifolius X X X X X Nectandra lanceolata X X X X Lonchocarpus muehlbergianus X X X X Acacia polyphylla X X X X Foram registrados 22 indivíduos, distribuídos em 5 famílias e 6 espécies. Sendo as de maior freqüência as espécies Cupania vernalis (22,73%) e Schinus terebinthifolius (22,73%), ambos 8

com bom valor apícola, sendo este ultimo um bom produtor de própolis. Em relação à fenologia a melhor época para a produção de mel é de Outubro a Dezembro. 9 Piquiri: Rio Barra Grande 100 90 80 70 60 50 CAP N. de Arv. 40 30 20 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Papanduva de Baixo: 1 Família Nome Popular Nome Cientifico N. de indivíduos % Protaceae Carvalho brasileiro Roupala brasiliensis 1 3,85 Rutaceae Mamica de porca Zanthoxy lumrhoifoliuoun 1 3,85 Annonaceae Ariticum do mato Rollinea silvatica 1 3,85 Canelaceae Pimenteira Capsicodendron dinisii 4 15,38 Flaucourtiaceae Guaçatunga Casearia sylvestris 6 23,08 Flaucourtiaceae Guaçatunga Branca Casearia gossypiosperma 2 7,69 Aquifoliaceae Erva mate Ilex paraguariensis 1 3,85 Palmae Jerivá Syagrus romanzoffiana 1 3,85 Lauraceae Imbuia Ocotea porosa 6 23,08 Canelaceae Pimenteira Capsicodendron dinisii 1 3,85 Fabaceae Sucupira amarela Sweetia fruticosa 1 3,85 Rhamnaceae Uva Japão Hovenia dulces 1 3,85 26 jan. fev. mar. abril maio jun. jul. ago. set. out. nov. dez. Roupala brasiliensis X X Zanthoxy lumrhoifoliuoun X X Rollinea silvatica X X Capsicodendron dinisii X X X Casearia sylvestris X X 9

10 Casearia gossypiosperma X X Ilex paraguariensis X X X Syagrus romanzoffiana X X X X X X X Ocotea porosa X X Capsicodendron dinisii X X X X X X Sweetia fruticosa X X X Hovenia dulces X X X X X X X Foram registrados 26 indivíduos, distribuídos em 10 famílias e 12 espécies. Sendo as de maior freqüência as espécies Casearia silvestris (23,08%) sendo uma planta de valor apícola e Ocotea porosa (23,08%) que é sem valor apícola. Em relação a fenologia a melhor época para a produção de mel é de Agosto a Dezembro. Papanduva de Baixo 100 90 80 70 60 50 40 Circunferência Quantidade 30 20 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 Papanduva de Baixo: 2 Família Nome Popular Nome Cientifico N. de indivíduos % Lauraceae Canela guaica Ocotea puberula 1 3,23 Araucariaceae Pinheiro Araucaria angustifolia 4 12,90 Asteraceae Vassourão Piptocarpa axilaris 2 6,45 Myrsineaceae Capororoca Rapanea ferruginea 10 32,26 Anacardiaceae Aroeira Vermelha Schinus terebinthifolius 4 12,90 Rhamnaceae Uva Japão Hovenia dulces 4 12,90 Meliaceae Cedro Cedrela fissilis 2 6,45 Rutaceae Mamica de Porca Zanthoxy lumrhoifoliuoun 2 6,45 Flacourtiaceae Guaçatunga Casearia sylvestris 2 6,45 31 10

11 jan. fev. mar. abril maio jun. jul. ago. set. out. nov. dez. Ocotea puberula X X Araucaria angustifolia X X Eupatorium polystachyum Rapanea ferruginea X X Schinus terebinthifolius X X X X X Hovenia dulces X X X X X X X Cedrela fissilis X X Eupatorium polystachyum Zanthoxy lumrhoifoliuoun X X Casearia sylvestris X X X Foram registrados 31 indivíduos, distribuídos em 9 famílias e 9 espécies. Sendo a de maior freqüência a espécie Rapanea ferruginea (32,26%). Araucária angustifólia, boa fornecedora de própolis. Hovenia dulces e Zanthoxy lumrhoifoliuoun plantas de excelente valor apícola. Em relação a fenologia a melhor época para a produção de mel é de Agosto a Novembro. CONCLUSÕES No total foram encontradas 25 famílias, com predomínio das Lauraceae, Sapindaceae e Myrsineaceae, e 34 espécies dentre as quais se destacaram: Ocotea puberula (17,65%), Lonchocarpus muehlbergianus (14,71%) e Cupania vernalis (14,71%). Após a elaboração do calendário floral pode ser concluído que os meses mais propícios para a atividade apícola são os meses de Setembro a Dezembro, nos quais há maior abundância de flores. E os meses mais impróprios são de Fevereiro a Junho, devido poucas plantas florescerem nesta época. O calendário pode ser modificado pelos próprios apicultores devido a variação da época de floração de um ano para o outro pelas mudanças climáticas. A análise fitossociológica foi satisfatória auxiliando na identificação das espécies indicadas para atividades apícolas e dispondo dados sobre a sua fenologia para subseqüente formação do calendário. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS WEISE, H. APICULTURA Novos Tempos. Ed. e Livraria Agropecuária. 200 CRANE, E. Livro do mel. Ed. Nobel S. A 1983 PEGORARO, A. Técnicas para boas praticas apícolas. 1ª Ed. Curitiba Layer Studio Gráfico e Editora Ltda., 2007. Ambiente Brasil. Disponível em: http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3? base=./florestal/index.html&conteudo=./florestal/inventario.html Acesso em : 28 de agosto, 2009 Câmara Municipal de Prudentóplis Disponível em: http://www.cmprudentopolis.pr.gov.br/home/ vereador/preposicao.php?id=136. Acesso em : 27 de agosto, 2009 11

12 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: <>http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1: Acesso em: 28 de agosto, 2009. 12