PROPOSITURA A PRESIDENTE DA ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE DO MINHO TRIÉNIO 2017-2020 PARA UMA ESCOLA COMUNICATIVA E DIALÓGICA Ana Paula Macedo Professora Coordenadora
Este e o momento da expressa o de todos. Transformar a escola num lugar que potencie a comunicaça o dialo gica, favoreça a interpretaça o e conceba o conhecimento como dia logo. 1
Programa de ação 2016-2019 A Propositura a Presidente da Escola Superior de Enfermagem, da Universidade do Minho, situa-se no âmbito de uma perspetiva de escola como organização comunicativa, apeladora de dimensões afetivas ou das sensibilidades dos seus atores. Este posicionamento reintroduz preocupações éticas capaz de transformar a escola num lugar de diálogo, de responsabilidades solidárias, num espaço de conhecimento mútuo. O presente documento compartilha pontos de vista relativos à investigação e inovação, ao ensino e à interface com a sociedade. No atual quadro intensivo de conhecimento e informação, pretende-se que a Escola de Enfermagem se reafirme num projeto, cuja oferta formativa lhe dê reconhecimento nacional e internacional enquanto disciplina e profissão. Espera-se, portanto, que a ESE-UMinho seja uma referência, capaz de construir redes, realçando a vertente da investigação, na partilha de informações e experiências. O desafio está na construção de uma Escola que atenda à diversidade, à compreensão do que ocorre no seu interior, dando espaço ao diálogo e ao trabalho conjunto (estudantes, docentes, trabalhadores não docentes), porque só assim estarão criadas as condições para o confronto da igualdade e dos direitos face à diferença e pluralidade dos seus atores. 2
ESTRATÉGIA A escola de Enfermagem integrada na universidade do Minho, desde 2005, tem procurado aproximar-se da missão da Universidade, dentro da sua natureza de ensino politécnico. Os desafios prementes que se colocam ao nível do Ensino Superior são transversais a este nível de ensino, prosseguindo os vetores estratégicos da universidade do Minho e da Enfermagem Portuguesa. É ambição da presente candidatura responder aos reptos para o desenvolvimento de um Programa de Ação para o triénio 2017-2020, procurando que a coesão da Escola de Enfermagem seja difundida por todos estudantes, docentes e trabalhadores não docentes -, ao nível das suas práticas organizacionais, tendo em consideração o código de conduta ética, bem como, as diretivas europeias e mundiais relativas às suas vertentes ensino; investigação; interação com a sociedade. Torna-se imperioso nos próximos anos consolidar e desenvolver a vertente de internacionalização, reforçando a sua presença nas redes e organismos internacionais de ensino e investigação, sendo que para tal é necessário: i) captar estudantes estrangeiros e em mobilidade; ii) desenvolver parcerias internacionais que suportem o desenvolvimento de projetos de ensino interorganizacionais; iii) fomentar a participação dos estudantes, docentes, dos funcionários não docentes e não investigadores nas estruturas e atividades da Universidade, apelando a uma intervenção participada; iv) promover encontros informais, num clima de discussão abrangente, para a comunidade da escola; v) valorizar do Conselho Consultivo como órgão de impulsionamento da missão da Escola. A UM tem como princípio a descentralização, através da autonomia e responsabilidade das Unidades Orgânicas de Ensino e Investigação (UOEI), na gestão dos seus recursos humanos e financeiros. Neste sentido, torna-se desejável que a Escola de Enfermagem esteja preparada para alguns dos desafios e oportunidades, nomeadamente, e em especial, no que resultar de uma gestão dentro de um regime fundacional, atendendose a novas soluções financeiras. 3
Esta propositura pretende encetar esforços que resultem numa infraestrutura pensada para o desenvolvimento de projetos de ensino inovadores, para o desenvolvimento da investigação em Enfermagem nas diferentes áreas de atividade (gestão, assessoria, ensino, educação e formação e a prestação de cuidados) e, para o desenvolvimento de iniciativas de interação com a comunidade. DESTAQUES OPERACIONAIS Ao longo dos próximos três anos pretende-se atender aos seguintes Vetores Estratégicos: Vetor Estratégico 1 VE1. Desenvolver e diferenciar o Ensino de Enfermagem (1º, 2º e 3º ciclo); Vetor Estratégico 2 VE2. Posicionar a Escola de Enfermagem como uma Escola de distinção na investigação em Enfermagem; Vetor Estratégico 3 VE3. Valorizar o conhecimento em Enfermagem; Vetor Estratégico 4 VE4. Mobilizar a comunidade ESE para responder aos desafios societais a nível regional, nacional e internacional; Vetor Estratégico 5 VE5. Melhorar as infraestruturas de apoio à missão da ESE. 4
Seguidamente são apresentados os objetivos e medidas que contribuirão para a sustentabilidade dos vetores apresentados. Objetivos Medidas VETORES Consolidar a formação do 1º ciclo Desenvolver a formação pós-graduada e 2º ciclo de estudos Promover a criação do 3º ciclo de estudos - Reestruturação da oferta educativa (revisão do Plano de Estudos da licenciatura; consolidação científica e pedagógica de novos planos de estudos em áreas de especialização emergentes). - Desenvolvimento de uma cultura de avaliação dos processos de ensino/aprendizagem e das práticas pedagógicas. - Qualificação do mapa de ETis. -Prospeção de financiamento de infraestruturas de apoio ao Ensino. -Contratação de Investigadores Investigador FCT. -Estabelecimento de protocolos com Universidades nacionais e internacionais para a organização de programas Doutorais. VE1, VE2, VE3, VE4 VE1, VE2 VE1, VE2, VE5 VE2, VE3 VE1, VE2, VE3 Potenciar o impacto do conhecimento em Enfermagem e seus resultados no desenvolvimento socioeconómico -Promoção do CIEnf. como centro FCT. -Prospeção de estratégias de apoio e captação de financiamento de I&D (FCT, H2020). VE1, VE2, VE3 VE1, VE2, VE5 5
Objetivos Medidas VETORES -Gestão integrada da investigação e inovação em Enfermagem. Articulação com organizações de capital relevante para a missão da Escola OE, Ministério da Saúde (DGS); UICISA; ACES, Hospitais e Centros Hospitalares; ICN; FINE; IES nacionais e estrangeiras; CCDRN; Comissão Europeia. V1, V2, V3, V4 Consolidar os Sistemas de Avaliação da Qualidade (SIGAQ-UM, Avaliar o Desempenho do Pessoal Docente e Pessoal Não Docente e Não Investigador) Divulgar a escola de enfermagem de acordo com os seus projetos de ensino e investigação, de interação com a comunidade local/regional e abertura à internacionalização. -Dinamização da criação e desenvolvimento de uma revista de investigação em saúde/enfermagem associada ao CIEnf -Promoção da produção científica -Desenvolvimento de instrumentos adequados ao Pessoal trabalhador docente e não docente no nível de Ensino Superior Politécnico. -Desenvolvimento de sistemas de informação, comunicação e imagem (site, newsletter, informações, divulgação). -Capacitação de recursos humanos e materiais. -Estabelecimento de parcerias com instituições, organismos e empresas nacionais e internacionais no contexto dos projetos a desenvolver. -Incrementação da rede nacional/internacional com vista ao apoio à inovação e especializações inteligentes na área de Enfermagem. -Gestão do Gabinete de Enfermagem como uma plataforma de interação com a sociedade. - Dinamizar a participação dos estudantes dos diferentes ciclos de estudos nas atividades da Escola. VE1, VE2, VE3, VE4 VE1, VE2, VE3, VE4 VE5 VE3, VE4, VE5 VE1, VE2, VE3, VE4 VE2, VE3, VE4 VE2, VE3, VE4 VE2, VE3, VE4 VE2, VE3, VE4, VE5 VE4 6
SÍNTESE Uma Escola Comunicativa ou Dialógica é aquela que afirma a responsabilidade solidária e reconhecimento da nossa identidade constituída dialogicamente pelo cuidado com os outros. Neste desígnio sobressai a Escola como espaço social em construção permanente, num processo de assunção de compromissos que combinam os pensamentos dos vários atores da comunidade académica. No desenvolvimento do programa de ação da Escola de Enfermagem da Universidade do Minho para os próximos três anos de mandato, considera-se essencial uma gestão efetiva ao nível dos desafios que se irão colocar nas diferentes vertentes (ensino, investigação, interação com a sociedade), contando, para tal, com o compromisso dos diversos atores. A ideia de Escola que acolhe programas de desenvolvimento locais e que acompanha o progresso e a inovação, ocupando um lugar distinto, passará certamente: i) pelo incremento de iniciativas nacionais e internacionais; ii) pelo alargamento dos seus projetos de cooperação com outras universidades, integrando várias redes e iii) pelo estabelecimento de protocolos de articulação interorganizacional. Neste processo, é conveniente referir a importância da integração da Escola num centro nacional de investigação em ciências de saúde e numa rede europeia de infraestruturas de investigação na área, enquadrada no eixo de investigação de excelência do Horizon 2020, estruturas desafiadoras e simultaneamente de suporte à organização de projetos. É finalidade do presente documento ser consultado e partilhado para a concretização do programa de ação, contando com a participação de todos que fazem parte desta unidade orgânica. Na concretização deste projeto são propostos como vice-presidentes os seguintes professores: - Maria Goreti Silva Ramos Mendes - João Manuel Pimentel Cainé - Simão Pedro Pereira Vilaça 7
Esta equipa presidencial assumirá com responsabilidade e transparência este projeto de governo da Escola Superior de Enfermagem da Universidade do Minho. A Proponente: Ana Paula Morais de Carvalho Macedo 8