ADESÃO AO PROGRAMA DE PUERICULTURA DA ESF LUBOMIR URBAN AÇÕES DESENVOLVIDAS PELO PET-REDES UEPG/SMSPG

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Transcrição:

ISSN 2238-9113 ADESÃO AO PROGRAMA DE PUERICULTURA DA ESF LUBOMIR URBAN AÇÕES DESENVOLVIDAS PELO PET-REDES UEPG/SMSPG Área temática: Saúde Aline Mara Ferreira (alinemara008@hotmail.com) Vitória Monteiro (vick-monteiro@hotmail.com) Rosicleia Dos Passos (rosi.nf@hotmail.com) Márcia Helena Baldani Pinto (marciabaldani@gmail.com) Resumo A puericultura é uma área da pediatria que visa manter a criança saudável para garantir seu pleno desenvolvimento. Durante o ano de 2014 observou-se baixa adesão das mães adscritas à uma área da Unidade de Saúde da Família Lubomir Urban, Ponta Grossa. Diante disso, nos meses de abril e maio de 2015 foi realizado um projeto que constou de diferentes métodos para a orientação e motivação das mães, através de palestras nas reuniões da Pastoral da Criança, visitas domiciliares a todas as crianças de zero a dois anos, com informações detalhadas às mães sobre a puericultura. Também houve modificação no processo de trabalho da equipe de saúde durante a puericultura, através de consultas com a participação ativa do Agente Comunitário de Saúde responsável. Com isso, observou-se que houve aumento significativo de mães que aderiram ao programa de puericultura, passando de 25% de adesão em 2104, para 93% em 2015. Palavras-chave: Puericultura. Visita domiciliar. Criança. Introdução As ações de puericultura, área da Pediatria direcionada à prevenção e de promoção da saúde, têm por objetivo manter a criança saudável para garantir seu pleno desenvolvimento, de modo que atinja a vida adulta sem influências desfavoráveis dos problemas ocorridos da infância (DEL CIAMPO et al, 2005). No âmbito das políticas de saúde, os programas de puericultura são desenvolvidos na atenção básica, e tem por proposta a proteção e o fomento ao desenvolvimento integral da criança no período crítico e sensível da primeira infância (BRASIL, 2012). Para serem efetivos necessitam da participação ativa do indivíduo e da sociedade, pressupondo a integração multiprofissional da equipe devidamente amparada pelos diferentes níveis de referência do sistema de saúde (DEL CIAMPO et al, 2005). Objetivos

Este trabalho tem por objetivo apresentar as ações desenvolvidas pelo PET-Redes da Unidade de Saúde da Família Lubomir Antonio Urban em Ponta Grossa, junto a área adscrita à uma das Equipes de Saúde da Família (Área 38), a qual apresentou baixa adesão das mães ao programa de puericultura no ano de 2014. Estas ações visaram esclarecer sobre a importância da puericultura e modificar a forma de agendamento das consultas com participação ativa dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), buscando aumentar a adesão ao programa. Referencial teórico-metodológico Cabe à Equipe de Saúde da Família o desenvolvimento das ações envolvidas no acompanhamento da criança (BRASIL, 2012). Segundo a Linha Guia da Rede Mãe Paranaense, o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento faz parte da avaliação integral à saúde da criança, sendo previsto: o registro na carteira da criança, a avaliação do peso, altura, perímetro cefálico, desenvolvimento, vacinação, intercorrências, estado nutricional, bem como orientações sobre os cuidados com a criança (alimentação, prevenção de acidentes e higiene); A monitorização do crescimento (aumento da massa corporal) e desenvolvimento (habilidades cada vez mais complexas) é considerada a ação eixo na atenção primária à saúde da criança (PARANÁ, 2012). O Calendário Mínimo de Consultas para Assistência à Criança contempla um intervalo de oito consultas no 1º ano de vida, sendo mensal até o 6º mês de vida, trimestral do 6º ao 12º mês, duas consultas no 2º ano de vida (semestral de 12 até 24 meses), e uma consulta a partir do 3º ano. Também deverá ser feita uma consulta odontológica para o bebê, mesmo antes da primeira dentição, com o objetivo de prevenir e controlar a doença cárie em crianças de 0 a 36 meses. Até a faixa etária de cinco anos, recomenda-se uma visita domiciliar mensal realizada pelo ACS. Além disso, a equipe deverá acolher as crianças sempre que apresentarem intercorrências e necessitarem de atendimento independentemente do calendário previsto. Em 2014, os integrantes do PET-Redes realizaram levantamento da adesão das mães da Área 38 às consultas de puericultura na USF Lubomir Urban, e verificaram que apenas 25% delas compareciam adequadamente. Diante disso, a estratégia elaborada foi realizar a busca ativa de todas as mães/crianças, abordagem sobre a importância do acompanhamento na puericultura e agendamento de retorno. Inicialmente, os prontuários das crianças de 0 a 2 anos cadastradas na área 38 foram organizados por microárea, totalizando seis. Nos meses de abril a maio de 2015, o ACS de cada microárea, acompanhado da enfermeira preceptora e de duas acadêmicas petianas

realizaram a busca ativa das crianças, orientando as mães sobre a importância da puericultura. Isto aconteceu por meio de visitas domiciliares com conversas diretas, questionamentos e respostas para as dúvidas das mães, e apresentação de material com informações e imagens previamente selecionadas para facilitar o acesso ao conhecimento. Além das visitas domiciliares, a enfermeira da ESF, preceptora do PET-Redes, fez palestras educativas sobre o tema Puericultura junto ao grupo que participa dos encontros da Pastoral da Criança no bairro, que abrange também mães com crianças de 0 a 3 anos de idade. A Pastoral da Criança tem sido importante aliada das ações desenvolvidas pela ESF. Organismo de ação social da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Pastoral alicerça sua atuação na organização da comunidade e na capacitação de líderes voluntários que ali vivem e assumem a tarefa de orientar e acompanhar as famílias vizinhas em ações básicas de saúde, educação, nutrição e cidadania tendo como objetivo o "desenvolvimento integral das crianças, promovendo, em função delas, também suas famílias e comunidades, sem distinção de raça, cor, profissão, nacionalidade, sexo, credo religioso ou político" (Artigo 2º do Estatuto). Trabalham por um mundo sem mortes materno-infantis evitáveis e onde todas as crianças, mesmo as mais vulneráveis, viverão num ambiente favorável ao seu desenvolvimento. (PASTORAL DA CRIANÇA, 2009). Além de ações de cunho educativo e motivacional, a organização do agendamento das consultas de puericultura na USF também sofreu modificações. Uma microárea por semana é acompanhada pela enfermeira, e o ACS responsável participa de forma ativa das consultas, aumentando assim o elo entre a comunidade e a Unidade de Saúde, além de melhorar o controle do número de mães que estão aderindo, no global e por microárea.

Fig.1: Consulta de puericultura. Fig. 2: Visitas domiciliares com o ACS. Fig. 3: quadro ilustrativo sobre o desenvolvimento do bebê. Resultados Após as ações educativas nos domicílios, durante as quais buscou-se orientar as mães sobre a importância da puericultura, o grupo observou que uma grande porcentagem delas passou a aderir ao programa. Agora, a nova forma de agendamento permite o rápido diagnóstico de quais microáreas apresentam mais mães que não estão levando as crianças às consultas. Após as ações, de 57 crianças da Área 38 que deveriam estar fazendo o acompanhamento na USF atualmente, percebe-se que apenas 4 delas não tem comparecido às consultas, ou seja, 7%, enquanto 93% está fazendo o acompanhamento de forma adequada. Comparando-se com o levantamento realizado ao longo de 2014, em que 25% das mães da área 38 da Unidade não levavam as crianças às consultas, principalmente aquelas das áreas de risco, de mais baixa escolaridade e nível sócio econômico, pode-se atribuir sucesso à estratégia utilizada. Considerações finais

Levar conhecimento às mães sobre a puericultura, de forma a envolver diversos profissionais da área de saúde, bem como utilizar métodos de agendamento eficientes resultaram na maior adesão ao programa de puericultura, e permitiram o controle de forma eficaz das quais não estão aderindo. O desafio que se apresenta a este grupo de PET-Redes é, a partir dos resultados, contribuir para que a estratégia seja ampliada junto à Rede de Atenção Materno- Infantil do município de Ponta Grossa. Referências DEL CIAMPO, L. A. et al. O Programa de Saúde da Família e a Puericultura. Ciência & Saúde Coletiva, v.11, n. 3, p. 739-743, 2006. PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE. Linha Guia: Mãe Paranaense. SESA- PR. Curitiba, 2012. PASTORAL DA CRIANÇA. Quem Somos. Disponível em: <http://www.pastoraldacrianca.org.br/pt/quemsomos>. Acesso em: 9 de junho de 2015. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA. Saúde da criança: desenvolvimento e crescimento infantil. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.