ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS CONSTITUCIONAIS, DIREITOS, LIBERDADES E GARANTIAS

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Transcrição:

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS CONSTITUCIONAIS, DIREITOS, LIBERDADES E GARANTIAS deve ser debatida, é a 1 Comissão parlamentar, de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias : Foi essa reclamação que levou a Senhora Presidente da Assembleia da República a reencaniinhar a referida missiva a esta Comissão, foi a essa reclamação que o oficio desta Comissão procurou responder e terá sido essa reclamação que levou a 8a Comissão a solicitar à Comissão a que presido emissão de parecer sobre os eventuais problemas de constitucionalidade suscitados pela Petição. Em relação às demais considerações expendidas por V. Ex.a e sem cuidar de apreciar nesta sede a precisão jurídica das mesmas mantém-se a afirmação de que não é esta Comissão constitucionalmente competente para suscitar a fiscalização da constitucionalidade das normas em vigor, uma vez que tal competência está atribuida, nos termos das alíneas b) e f) do n. 2 do artigo 281. da Constituição da República Portuguesa, à Senhora Presidente da Assembleia da República ou a um décimo dos Deputados, e não às comissões parlamentares. É certo que a cada uma das comissões caberá sempre, nas áreas da sua competência, uma atribuição diversa desta, que é a da verificação do cumprimento da Constituição e das leis e a apreciação dos atos do Governo e da Administração a fiscalização política da constitucionalidade a que V. Ex.a se refere. Mas também é verdade que esta não é uma atribuição específica da 1 a Comissão ou um seu monopólio, mas uma competência comum a todas as outras comissões permanentes e ainda aos Deputados individualmente considerados. Com os melhores cumprimentos, O PRESáTE DA C MISSÃO (Fernando Negr o) Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias Assembleia da República Palácio de São Bento 1249-068 Lisboa Tel. 21 391 9530/96 67/ Fax: 21 393 69 41 / E-mau: Comissao.1A-CACDLGXII(ar.parlamento.pt

b) Todavia, como Docente universitário e como jurista, não posso concordar de todo com a afirmação da pg. 2, 2. parágrafo do Ofício remetido, que refere o seguinte: a Comissão de Assuntos Constitucionais (..) não é competente para averiguar da existência de vícios de inconstitucionalidade, que devem ser arguidos junto do Tribunal Constitucional. 1) Em primeiro lugar, a afirmação é imprecisa: O nosso sistema de fiscalização jurisdicional da constitucionalidade não é de fiscalização concentrada, mas misto, de fiscalização sucessiva difusa, por todos os tribunais (art. 204. ), e de fiscalização sucessiva concentrada, caso haja um recurso para o Tribunal Constitucional (artigos 280.0, 11.0 1, ai. a), ai. b), e n. 3). 2) Em segundo lugar, e mais importante, a fiscalização jurisdicional da constitucionalidade é apenas uma das modalidades de fiscalização. A par dela, existe a fiscalização politica da constitucionalidade (que, aliás, foi aquela que existiu desde o advento do constitucionalismo europeu oitocentista: fiscalização da constitucionalidade da lei por parte do Parlamento, que a aprovava, em nome de a lei encarnar a vontade geral (ROUSSEAU) e de as suas decisões serem sempre correctas; diversamente do que sucedeu no constitucionalismo norte-americano, desde o célebre caso julgado pelo Supremo Tribunal Federal, Marbury versus Madison, de 1804). Por isso,com todo o respeito, não é verdade que a Assembleia da República (e, por maioria de razão, a 1 Comissão, a que preside) não tenha competência para exercer a chamada fiscalização política da constitucionalidade. Basta atentar no artigo 1 62., al. a), 1 a parte, da Constituição: Compete à Assembleia da República, no exercício de funções de fiscalização: a) Vigiar pelo cumprimento da Constituição (...) (acrescentando, a seguir, e das leis, o que envolve designadamente a apreciação das ilegalidades sui generis que envolvam actos jurídico-públicos, tais como as que decorram por violação de um Tratado internacional por uma fonte infra-subordinada, seja ela uma lei em sentido, formal, seja um regulamento administrativo). Embora a Assembleia da República não possa declarar a inconstitucionalidade com força obrigatória geral, não deixa de ser verdade que o Parlamento tem o poder e o dever de fazer, verificando a existência da invalidade e repondo ajuridicidade violada; à luz da competência genérica para vigiar pelo cumprimento da Constituição (artigo 1 62., ai. a)[1]), sendo aqui aplicável o princípio do autocontrolo da validade[2]. [1] Em nosso entender, seria incorrecto afirmar que só se pode falar de verdadeira e própria fiscalização da constitucionalidade quando ela compete a órgãos jurisdicionais (em sentido contrário, VITAL MOREIRA, A fiscalização concreta no quadro do sistema misto de Justiça constitucional, in Boletim da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, Volume Comemorativo, Coimbra, 2003, pg. 822). Com efeito, pode e deve haver flscalização por parte de órgãos políticos e administrativos. [2] Neste sentido, PAULO OTERO, Direito Constitucional Português, II, a ed., Almedina, Coimbra, 2010, 12.10, 1, pgs. 69-70. b ) Basta mencionar o seguinte, a título meramente elucidativo, para comprovar o raciocínio expostõ: i) Ao elaborarem um projecto de lei, os próprios Deputados ou grupos parlamentares exercem a fiscalização política de constitucionalidade; 2

2 Universidade de Coimbra, Volume Comemorativo, Coimbra, 2003, pg. 822). i) Ao elaborarem um projecto de lei, os próprios Deputados ou grupos parlamentares exercem a fiscalização b ) Basta mencionar o seguinte, a título meramente elucidativo, para comprovar o raciocínio exposto: Com efeito, pode e deve haver fiscalização por parte de órgãos políticos e administrativos. pgs. 69-70. [2] Neste sentido, PAULO OTERO, Direito Constitucional Português, II, a ed., Almedina, Coimbra, 2010, 12.10, 1, à luz da competência genérica para vigiar pelo cumprimento da Constituição (artigo 162., ai. a)[1]), sendo aqui aplicável o verdade que o Parlamento tem o poder e o dever de fazer, verificando a existência da invalidade e repondo ajuridicidade violada; [1] Em nosso entender, seria incorrecto afirmar que só se pode falar de verdadeira e própria fiscalização da Embora a Assembleia da República não possa declarar a inconstitucionalidade com força obrigatória geral, não deixa de ser princípio do autocontrolo da validade[2]. em sentido formal, seja um regulamento administrativo). as que decorram por violação de uni Tratado internacional por uma fonte infra-subordinada, seja ela uma lei constitucionalidade quando ela compete a órgãos jurisdicionais (em sentido contrário, VITAL MOREIRA, A fiscalização concreta no quadro do sistema misto de Justiça constitucional, in Boletim da Faculdade de Direito da a) Vjjar pelo cumprimento da Constituição ( )fl (acrescentando, a seguir, e das leis, o que envolve designadamente a apreciação das ilegalidades sui generis que envolvam actos jurídico-públicos, tais como República, nos termos do artigo do Regimento da AR; porém, mas sem fundamento na letra do artigo 169., n. 1, cfr. Prof. JORGE MIRANDA, Manual de pelas comissões parlamentares; iii) Ao apreciarem uma iniciativa legislativa, os Deputados não proponentes exercem também fiscalização Faço votos de que a boa doutrina seja aplicada por parte dos Senhores Deputados, bem como pelos grupos e 2. E nulo todo o acto (...) que tenha por objecto a renúncia à titularidade ou ao exercício da competência 1. A competência (...) é irrenunciável e inalienável. o aforamento de uni princípio geral de Direito Público que é aplicável afortiori, por argumento de b ) Portanto, e com todo o respeito por Vossa Excelência, considerar que a AR não seria competente para iv) Na apreciação parlamentar de actos legislativos (art. 169. ), não é feita qualquer restrição aos motivos ii) Um projecto de lei que seja inconstitucional não deve ser admitido pela Presidente da Assembleia da política de constitucionalidade; política da constitucionalidade; pela qual é feita; podendo, pois, estar em causa razões de inconstitucionalidade (em sentido contrário, Direito Constitucional, tomo V). apreciar a constitucionalidade implicaria uma renúncia à competência, que não é admissível em Direito Público (conforme se refere no artigo 29., n. 1, do Código do Procedimento Administrativo, que constitui maioria de razão, mutatis mutandis, também à Assembleia da República): designadamente pela 8a Comissão, que apreciará a Petição apresentada. Compete à Assembleia da República, no exercício de funções de fiscalização:

em http://www.icjd.pt/sites/default/files/content/corpodocente/curriculums/imb cvicin 14 maio2013.pdf Curriculum vitae disponível Docente da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa i Constitucionalista Á equipa de apoio à 1.a Comissão 1 4 4 4 4 4 4 4 IIBIi i. 1 4 1249-068 LISBOA Telefone: 21 391 95 30 / 96 67 Fax: 21 393 6941 3 Portal da Comissão E-mau: Comissao.1A-CACDLGXll,ar.oarlamento.pt Direitos, Liberdades e Garantias Comissão de Assuntos Constitucionais, Com os melhores cumprimentos, Encarrega-nos o Senhor Presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, Deputado Fernando Negrão, de junto enviar o ofício (em anexo), em resposta à exposição que V. Ex.a. dirigiu ao Gabinete da Senhora Presidente da Assembleià da República, sobre o assunto em epígrafe. Dr. Ivo Miguel Barroso Exmo. Senhor No dia 23 de Maio de 2013 às 21:07, Comissão ia - CACDLGXII@ar.parlamento.pt> escreveu: CACDLG XII <Comissao.lA Ivo Miguel Barroso Com respeitosos cumprimentos,

4 inconstucional (para além de comprovadamente promóver a iliteracia em publicações oficiais e privada, na imprensa e na população em geral). inconstucionai (para além de comprovadamente promover a iliteracia em publicações oficiais e privada, na imprensa e na população em geral). Em defesa da lingua portuguesa, o remetente deste e-mau não adopta o Acordo Ortográfico de 1990, devido a este ser inconsistente, incoerente e inconstitucional (para além de comprovadamente promover a iliteracia em publicações oficiais e privada, na imprensa e na população em geral). Em defesa da língua portuguesa, o remetente deste e-mali não adopta o Acordo Ortográfico de 1990, devido a este ser inconsistente, incoerente e Em defesa da língua portuguesa, o remetente deste e-mali não adopta o Acordo Ortográfico de 1990, devido a este ser inconsistente, incoerente e IvoMB Ivo MB Ivo MB r

Tel. 21 391 95 30/96 67 / Fax: 21 393 69 41/ E-mau: Comissao.1A-CACDLGM1(ar.øarIamento.pt Assembleia dà República de São Bento inconstitucionalidade de normas em vigor, que devem ser arguidos junto do Tribunal DIREITOS, LiBERDADES E GARANTIAS Em primeiro lugar, porque tal reflexão não se inscreve nas competências específicas desta Comissão, antes estando ao alcance de todos os Deputados. Em COMISSÃO DE ASSUNTOS CONSTITUCIONAIS, segundo, porque a Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias não é competente para deliberar sobre a existência de vícios de Constitucional. Contudo, sempre a Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias se pode pronunciar a pedido da Comissão Parlamentar de Educação Ciência e Cultura, e assim o fará, relativamente às questões de natureza constitucional que forem suscitadas, através de parecer que fará parte integrante do O PRESIDNTE DA COMISSÃO processo da petição em causa que correrá na referida Comissão de Educação. Com os melhores cumprimentos, ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA..1 1249-068 Lisboa Palácio Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias (Fernando Negr )