DL 75/2006 Requisitos e balanço dois anos após a entrada em vigor

Documentos relacionados
C I R C U L A R D E I N F O R M A Ç Ã O A E R O N Á U T I C A PORTUGAL

SEGURANÇA FUNCIONAL EM TÚNEIS RODOVIÁRIOS

Acção de Sensibilização sobre Higiene e Segurança Alimentar. 15 de Março de 2007

Compilação Técnica da Obra Compilação Técnica da Obra

Sistema de Gestão da Prevenção em

Auditoria de Segurança Rodoviária e Revisão de Projectos de Estradas

O 7º CRP E A REDE RODOVIÁRIA NACIONAL

SUMÁRIO ENQUADRAMENTO LEGAL FUNCIONAMENTO DA COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO PROTOCOLO ENTRE A ANPC E A ORDEM DOS ENGENHEIROS

REPÚBLICA PORTUGUESA PLANEAMENTO E INFRAESTRUTURAS

A Cibersegurança na Regulação das Comunicações Electrónicas. International Seminar Cyber Security: An action-based approach

*AGÊNCIA*DA*AVIAÇÃO*CIVIL*DA*GUINÉ0BISSAU** Despacho*nº /2016*

REGULAMENTOS ESPECÍFICOS

SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EM EDIFÍCIOS ESCOLARES

2014 Plano de Formação

Possibilidades de Financiamento pela União Europeia Contributos Comunitários

PLANO DE SEGURANÇA E SAÚDE

O Registo Nacional de Material Circulante RNMC

Trabalho 6. Mestrado Integrado em Engenharia Civil. Direcção de Obras 2007/2008

PRINCIPIOS GERAIS DE PREVENÇÃO COORDENAÇÃO SEGURANÇA EM OBRA. José Delgado PRINCIPIOS GERAIS DE PREVENÇÃO DE RISCOS PROFISSIONAIS

O TÚNEL FAIAL/CORTADO (MADEIRA)

Ficha Informativa + Segurança

Linhas Gerais para uma Proposta de Alteração Legislativa relativa a Projectos e Obras de Instalações Eléctricas de Serviço Particular

Enquadramento do Projecto no Regime Jurídico de AIA

Jornal Oficial da União Europeia L 146/7

CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO DE HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO E AMBIENTE PLANO DE ESTUDOS

INDICE Parte I Enquadramento Geral do Plano Introdução Âmbito de Aplicação Objectivos Gerais... 9

Decreto-Lei 306/2007 de 27 de Agosto

Carta de Missão. Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves

AS VIAS DE COMUNICAÇÃO

Ministério da Comunicação Social;

ANÁLISE DE RISCOS PARA TÚNEIS RODOVIÁRIOS

A perspectiva do IMTT sobre a Regulamentação Ferroviária de Segurança. Emídio Cândido

1. Definição de Processo Comissionamento

Gestão do Risco para a Saúde

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DA ACÇÃO DE FORMAÇÃO NA ÁREA ESPECÍFICA DE SCIE

Q U E M S O M O S Presente no mercado desde 2004, a

Jornal Oficial nº L 225 de 12/08/1998 p

EN 81-20/50. Introdução. José Pirralha CT IPQ - Caparica

Rumo a um Espaço Europeu de Segurança Rodoviária: orientações políticas sobre segurança rodoviária

ESTRUTURA DO CURSO DE CONSELHEIROS DE SEGURANÇA DO TRANSPORTE DE MERCADORIAS PERIGOSAS

Segurança Contra Incêndio em Edifícios Dificuldades Frequentes dos Projectistas na Aplicação do RJSCIE

Preparação Verificação Aprovação

PLANO DE EMERGÊNCIA. Introdução. Objectivos do PEI. Identificação de Riscos. Constituição do PEI Curiosidades Conclusão

Jornadas Técnicas cmc 2017 Inspeções em Veículos. cmc clube minho clássico Inspeções e Ensaios Domingos Bastos

BASES JURÍDICAS PARA O PROCESSO LEGISLATIVO ORDINÁRIO. económico geral. das instituições

Estabelece o regime contra-ordenacional do Regulamento de Segurança de Barragens aprovado pelo Decreto-Lei n.º 344/2007, de 15 de Outubro

TEXTO INTEGRAL. Artigo 1.º Objecto

Medidas de Autoprotecção Utilizações Tipo IV - Escolares

O que muda em 1 de julho de 2013

Decreto Relativo à organização e às modalidades de funcionamento da Direcção Geral dos Concursos Públicos

FORMAÇÃO DE CONSELHEIROS DE SEGURANÇA DO TRANSPORTE DE MERCADORIAS PERIGOSAS

Seminário: Diretiva de equipamentos sob pressão (ESP) e. O papel das Diretivas no licenciamento dos ESP

CÓDIGO DE CONDUTA Janeiro de

PT Jornal Oficial da União Europeia L 167/ 39. DIRECTIVA 2004/54/CE DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO de 29 de Abril de 2004

às Vias de Comunicação

ICTs and improving road safety

6170/17 aap/ip 1 DGC 2B

Conceitos base Ciclo de decisão e papel da AIA. Princípios internacionais

Cadastro de Fornecedores de Bens e Serviços

Agenda Iniciativa INSPIRE Directiva INSPIRE Obrigações dos Estados-Membros Directiva INSPIRE em Portugal Transposição da Directiva Actividades desenvo

1. Apresentação. 2. Legislação de enquadramento. 3. Tramitação dos processos 4. Fluxograma. 5. Anexos NORMA DE PROCEDIMENTOS RM

REGULAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO / VIGILÂNCIA

BRAGA PORTO LISBOA REGULAMENTO FUNCIONAMENTO CURSO DE FORMAÇÃO ESPECÍFICA EM SCIE-ELABORAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DE PROJETOS E PLANOS SEGURANÇA CONTRA

SEGURANÇA ALIMENTAR Sistema HACCP

BACKBONE DATA SHARING (SPA PROTOTYPE)

Historial da Legislação Acústica em Portugal

PRODUTOS DE CONSTRUÇÃO Novo Regulamento, o que Muda

IV Jornadas de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho 1 de junho de 2016 TEMA: QUAIS AS OBRIGAÇÕES DE EMPREGADORES/TRABALHADORES EM MATÉRIA DE SHST?

Em cumprimento do disposto na Decisão da Comissão de /531/CE. Período de abrangência

1.1. Vigilância Sanitária da Qualidade da Água para Consumo Humano

TÚNEIS INTEGRADOS na REDE TERN e com EXTENSÃO SUPERIOR a 500 M

DIRECTIVA SOBRE GESTOR AVSEC

"PROJECTO DE ESPECIFICAÇÃO PARA

COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS. Projecto de REGULAMENTO DA COMISSÃO (UE) N.º.../2010

PIN Talk in Portugal Improving Urban Road Safety

Responsabilidade Ambiental Obrigações do operador no âmbito do Regime RA. Vera Lopes, 27 de Junho, Alfragide

GESTÃO DA SEGURANÇA NO TRABALHO

COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS

ESTRUTURA ORGANIZATIVA DA ISCMPSA

REGULAMENTO DO SERVIÇO MUNICIPAL DE PROTECÇÃO CIVIL. Introdução

CATÁLOGO DE FORMAÇÃO ESTRATEGOR

2268 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A N. o de Março de 2006 PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Sistema de avaliação da qualidade dos serviços de águas e resíduos prestados aos utilizadores

TRABALHOS DE REPARAÇÃO E MANUTENÇÃO SEGUROS

Decreto-Lei Nº 306/2007

Qualificação dos Profissionais de Segurança contra Incêndio em Edifícios

Autónomos Desafios à Infraestrutura

Lei n.º 44/2004, de 19 de Agosto

Desta forma, as entidades que pretendam desenvolver a actividade de certificação das ITED estão sujeitas a registo no ICP-ANACOM.

II docentes e pesquisadores na área específica, que utilizam animais no ensino ou pesquisa científica.

Jornal Oficial da União Europeia L 97/3

Decreto executivo n.º 66/99 de 7 de Maio

16.º ENCONTRO DE VERIFICADORES AMBIENTAIS EMAS

OBJECTIVO ÂMBITO DA CERTIFICAÇÃO INTRODUÇÃO

1 - Elementos Caracterizadores do Curso

O DL 35/2005 Alterações ao Plano Oficial de Contabilidade

Verificação do Relatório de Conformidade do Projecto de Execução com a DIA (RECAPE)

Segurança do Trabalho na Construção PSS

Transcrição:

DL 75/2006 Requisitos e balanço dois anos após a entrada em vigor Ana Maria Meira Seminário Gestão da Segurança e da Operação e Manutenção de Redes Rodoviárias e Aeroportuárias

24 MAR 99 França e Itália Incêndio no Túnel de Monte Branco Camião com farinha e margarina incendeia-se 39 Mortos

29 MAI 99 - Áustria Incêndio no Túnel de Tauern Camião de tintas explode originando incêndio que envolve 24 veículos. 12 Mortos

24 OUT 01 - Suíça Incêndio no Túnel de St Gotthard Colisão frontal de dois veículos pesados. 11 Mortos

Ocorrência de acidentes muito graves em túneis europeus, num curto espaço de tempo; Tomada de consciência generalizada da importância da segurança em túneis rodoviários; A Comissão Europeia, na sequência do trabalho realizado por diversos especialistas multidisciplinares, elaborou relatório com recomendações a ter em conta ao nível da operação dos túneis, infraestrutura e utilizadores; Aprovação da Directiva Comunitária 2004/54/CE (29 Abril 2004); - Define um conjunto mínimo de requisitos para túneis rodoviários da RRT; - Aplicação a Túneis da RRT, com extensão superior a 500 m; - Objectivo de harmonização do nível de segurança; - 2 anos para transposição para a Lei Nacional de cada Estado membro.

O Dec-Lei nº 75/2006 de 27 de Março A transposição da Directiva 2004/54/CE para a ordem jurídica nacional pretende: Prevenir situações críticas que possam pôr em perigo a vida humana, o meio ambiente ou as instalações do túnel; Reduzir as consequências dos acidentes, em particular dos incêndios, impondo pré-requisitos que permitam um nível mínimo de segurança nos túneis da rede rodoviária transeuropeia e da rede rodoviária nacional: - Pessoas envolvidas nos acidentes / incidentes se salvem a si próprias; - Os utentes possam actuar de modo a prevenir maiores consequências; - Assegurar a acção eficaz dos serviços de emergência; - Proteger o meio ambiente e limitar os danos materiais.

Dec-Lei nº 75/2006 de 27 de Março Entrou em vigor a 20 de Abril de 2006 Aplicação Todos os túneis da rede rodoviária transeuropeia; Todos os túneis da rede rodoviária nacional; com extensão superior a 500 m, qualquer que seja o seu estado: - Em serviço; - Em construção; - Em fase de projecto.

Túneis abrangidos pelo Dec-Lei 75/2007 Túnel da Gardunha RRT A23/IP2 Extensão 1620 m Entidade Gestora Scutvias

Túnel de Castro Daire Estradas de Portugal, de S.A. S.A. RRT A24/IP3 Extensão 818 m Entidade Gestora Norscut

Túnel da Portela RRT A27/IP9 Extensão 815 m Entidade Gestora Euroscut Norte

Túnel do Grilo IC17 (CRIL) Extensão 580 m Entidade Gestora Grande Lisboa

Túnel de Montemor A9 (CREL) /IC18 Extensão 740 m Entidade Gestora Brisa

Dec-Lei nº 75/2006 de 27 de Março Define Os níveis de responsabilidade As entidades envolvidas Os requisitos mínimos de segurança A obrigação de efectuar inspecções periódicas A obrigação de efectuar análises de riscos

Dec-Lei 75/2006 de 27 de Março Entidades Definidas Autoridade Administrativa Entidade Gestora do Túnel Agente de Segurança do Túnel Entidade Inspectora

Autoridade Administrativa Determinar a suspensão ou a restrição da exploração de um túnel; Determinar as condições em que podem ser restabelecidas as condições normais de circulação; Exigir a realização de testes e de inspecções regulares dos túneis e a elaboração dos respectivos requisitos de segurança Exigir a instituição de programas de organização e funcionamento, incluindo planos de resposta de emergência, planos para a formação e para o equipamento dos serviços de emergência; Exigir a definição do procedimento a seguir para o encerramento imediato de um túnel em caso de emergência; Exigir as medidas de redução de riscos necessárias;

Autoridade Administrativa 1ª fase - Estradas de Portugal, EPE; 2ª fase - Criação do InIR - Instituto de Infra-estruturas Rodoviárias - cujo Conselho Directivo entrou em funções em Outubro de 2007, assumindo as funções de AA. Assim, o ponto nº 1 do artgº 5º do Dec-Lei 75/2006 de 27 de Março terá que ser alterado. Em 2008 o InIR integrou o CT do PIARC, tendo vindo a assumir a coordenação do trabalho de avaliação de conformidade dos túneis rodoviários da RRN com as Concessionárias, para posterior envio de informação para a CE.

Entidade Gestora do Túnel Nomear o agente de segurança e submeter o mesmo à aprovação da Autoridade Administrativa; Realizar testes e inspecções regulares aos túneis e elaborar os respectivos requisitos de segurança; Instituir programas de organização e funcionamento, incluindo planos de resposta de emergência, planos para a formação e para o equipamento dos serviços de emergência; Definir o procedimento a seguir para o encerramento imediato de um túnel em caso de emergência; Adoptar as medidas de redução de riscos necessárias; Preparar o relatório de ocorrência de qualquer incidente ou acidente ocorrido no túnel e proceder ao envio deste à Autoridade Administrativa.

Agente de Segurança do Túnel Assegurar a articulação com os serviços de emergência e participar na preparação dos programas operacionais; Participar na planificação, execução, e avaliação das operações de emergência; Participar na definição dos planos de segurança e na especificação da estrutura, dos equipamentos, e da exploração, quer em relação aos novos túneis, quer em relação às modificações a introduzir nos túneis existentes; Garantir que o pessoal operacional e os serviços de emergência recebem a formação adequada e participar nos exercícios realizados periodicamente; Emitir parecer relativo à entrada em serviço da estrutura, relativamente aos equipamentos e à exploração do túnel; Garantir que os túneis e os equipamentos afectos ao túnel são mantidos em bom estado e devidamente reparados; Participar na avaliação de qualquer incidente ou acidente importante.

Entidade Inspectora Pode ser qualquer entidade que efectua inspecções, avaliações e ensaios, desde que funcionalmente independente da Entidade Gestora do Túnel; Deve possuir um elevado nível de competência e de qualidade nos seus procedimentos; A Autoridade Administrativa pode desempenhar as funções de Entidade Inspectora.

Requisitos definidos no DL 75/2006 Os requisitos mínimos a considerar nos túneis rodoviários são definidos em função : Extensão do túnel; Tráfego que circula no túnel, por via; com implicações directas nas opções tomadas ao nível: Sistemas de Gestão e Controlo dos túneis (medidas estruturais, iluminação, ventilação, postos de emergência, alimentação de água, sinalização, centro de controlo, sistemas de vigilância, equipamento de encerramento do túnel, sistemas de comunicação, alimentação de energia de emergência e resistência do equipamento aos incêndios);

Parâmetros de Segurança Extensão do Túnel; Número de galerias; Perfil Transversal Tipo; Traçado em planta e perfil longitudinal: Características do tráfego (volume de tráfego, riscos de congestionamento; % de veículos pesados, presença de VMP); Velocidade de projecto. Sempre que se constata que um túnel apresenta uma característica específica no que se refere a um destes parâmetros deve ser feita uma Análise de Riscos.

2006 / 2008 Acções desenvolvidas

Autoridade Administrativa A EP, EPE, enquanto Autoridade Administrativa, diligenciou no sentido de dar resposta às obrigações assumidas perante a CE, nomeadamente no que diz respeito à(ao): Identificação das entidades gestoras dos túneis; Nomeação dos respectivos agentes de segurança; Avaliação da conformidade dos túneis; Envio da avaliação preliminar da conformidade dos túneis da RRT à CE; Implementação de eventuais medidas correctivas.

Avaliação da conformidade dos Túneis De acordo com a calendarização definida pela CE, Portugal procedeu à avaliação da situação real de cada um dos túneis inseridos na RRT (com assessoria do LNEC) no sentido de informar a CE sobre a conformidade dos mesmos, ao nível: das infra-estruturas de segurança e das características técnicas e funcionais dos equipamentos; da sinalização específica de segurança; da documentação e dos procedimentos de segurança existentes; da exploração.

Avaliação da conformidade dos Túneis 1ª Fase Análise e verificação da documentação de projecto e de segurança dos túneis; Vistoria aos túneis com o Agente de Segurança; Realização de alguns testes; Informação preliminar à CE sobre a conformidade dos túneis. 2ª Fase Realização de inspecção pormenorizada; Relatório Final e avaliação de eventuais não conformidades.

Conclusões gerais da avaliação de conformidade Os túneis abrangidos pelo DL 75/2006 são relativamente recentes. Assim, constatou-se que apesar da não existência de legislação específica sobre a matéria, à data da construção dos mesmos, havia sido feito um esforço significativo no sentido de seguir as tendências internacionais em matéria de segurança em túneis; De um modo geral, verificou-se que a grande maioria dos requisitos definidos na Directiva / DL estão em conformidade; Constatou-se, no entanto, alguns aspectos que têm que ser melhorados e rectificados.

2006 / 2008 O que mudou?

Análise de Risco Foram desenvolvidas as primeiras Análises de Risco em túneis rodoviários, com características particulares: Extensão superior a 1000 m; ou Urbanos (condicionados em termos espaciais, com pendentes próximas do limite aceitável e com tráfego muito intenso). Essas AR foram desenvolvidas por consultores estrangeiros, sobretudo da Holanda e Áustria (países com grande experiência nesta matéria) ou através de Faculdades, as quais estão a dar passos significativos no sentido de se adaptarem à nova realidade.

Segurança em Túneis - Presente É hoje notória uma sensibilização crescente por parte de todos os intervenientes no processo de concepção, construção e exploração de túneis rodoviários, no que aos aspectos de segurança diz respeito (infra-estrutura e utilizadores); A terminologia relativa à segurança de túneis começa a ser utilizada de forma corrente; Na concepção de um túnel rodoviário, passaram a ser equacionados e avaliados diversos cenários e as consequências associadas aos mesmos, no sentido de se verificar se o túnel apresenta um nível de segurança aceitável ou se é necessário introduzir medidas de correcção e prevenção;

Segurança em Túneis Presente / Futuro Importa contudo realçar que a aplicação directa dos requisitos mínimos constantes do Dec-Lei 75/2006, pode não ser suficiente para garantir a segurança de um túnel; Os actores que intervêm na concepção de um túnel, em particular os projectistas, têm a responsabilidade de evidenciar, demonstrar e garantir a segurança do mesmo; A Análise de Risco será, cada vez mais, uma ferramenta obrigatória na avaliação da segurança de túneis rodoviários prevendo-se que a mesma passe a ser considerada de forma sistemática; A segurança de um túnel começa no Projecto, pelo que é nessa fase que é fundamental investir no sentido de se encontrarem soluções adequadas, equilibradas e seguras.

Factores intervenientes na segurança Utilizadores Operação Segurança Túneis Rodoviários Infra-estrutura Veículos

Notas Finais Porventura nunca haverá túneis rodoviários absolutamente seguros, porquanto a engenharia e os seus actores não controlam todas as variáveis que interagem no sistema global que compõe um Túnel; No entanto, compete a todos nós desenvolver esforços no sentido de garantir que os túneis viários que vierem a ser construídos, independentemente da sua extensão, apresentem condições de segurança para todos os seus utilizadores.

Muito Obrigada!