INFORMAÇÂO 054/2012 DAP/SUPCOL PROTOCOLO Nº / 2012 INTERESSADO: CARLOS EDUARDO ALVES TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA ASSUNTO: Consulta Técnica

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Transcrição:

INFORMAÇÂO 054/2012 DAP/SUPCOL PROTOCOLO Nº 76375 / 2012 INTERESSADO: CARLOS EDUARDO ALVES TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA ASSUNTO: Consulta Técnica 1. IDENTIFICAÇÃO E HISTÓRICO Trata-se de consulta do Técnico em Eletrotécnica Carlos Eduardo Alves quanto a atribuições profissionais do Técnico em Eletrotécnica para: (1) Elaborar e executar projetos de rede de distribuição elétrica, cabines primárias, postos de transformação e linhas de transmissão, cuja demanda não ultrapasse 800 KVA; (2) Elaborar laudo técnico para um engenheiro eletricista que esteja solicitando acervo técnico junto ao CREA. Conforme informações de arquivo, o Técnico em Eletrotécnico Carlos Eduardo Alves encontra-se registrado sob nº 5062955277, desde 17/09/2009, com atribuições profissionais do Art. 2º da Lei 5.524/68, do art. 4º do Decreto Federal nº 90.922/85, e do Decreto nº 4560/02, circunscritas ao âmbito dos respectivos limites de sua formação. 2. LEGISLAÇÃO 2.1. Lei nº 5.524/68 - Dispõe sobre o exercício da profissão de Técnico Industrial de nível médio. 2.2. Decreto nº 90.922/85 - Regulamenta a Lei nº 5.524, de 5 de novembro de 1968 Dispõe sobre o exercício da profissão de técnico industrial e técnico agrícola de nível médio ou de 2º grau. 2.3. Resolução nº 345/90 - Confea - Dispõe quanto ao exercício por profissional de Nível Superior das atividades de Engenharia de Avaliações e Perícias de Engenharia. 2.4. Resolução nº 1025/09 - Confea - Dispõe sobre a Anotação de Responsabilidade Técnica e o Acervo Técnico Profissional, e dá outras providências. 2.5. Decisão Plenária nº PL-0718/2007 CONFEA: Consulta do CREA-RO sobre atribuições profissionais do técnico de nível médio para assinatura de laudos técnicos de vistoria. 3. DESTAQUES DA LEGISLAÇÃO MENCIONADA (GRIFO NOSSO) 3.1. A Lei Nº 5.524/68 estabelece em seu artigo 2º: Art. 2º - A atividade profissional do Técnico Industrial de nível médio efetiva-se no seguinte campo de realizações: 1 de 6

I - conduzir a execução técnica dos trabalhos de sua especialidade; II - prestar assistência técnica no estudo e desenvolvimento de projetos e pesquisas tecnológicas; III - orientar e coordenar a execução dos serviços de manutenção de equipamentos e instalações; IV - dar assistência técnica na compra, venda e utilização de produtos e equipamentos especializados; V - responsabilizar-se pela elaboração e execução de projetos compatíveis com a respectiva formação profissional. 3.2. Os artigos 3º e 4º do Decreto Nº 90.922/85 estabelecem: Art. 3º - Os técnicos industriais e técnicos agrícolas de 2º grau, observado o disposto nos arts. 4º e 5º, poderão: I - conduzir a execução técnica dos trabalhos de sua especialidade; II - prestar assistência técnica no estudo e desenvolvimento de projetos e pesquisas tecnológicas; III - orientar e coordenar a execução dos serviços de manutenção de equipamentos e instalações; IV - dar assistência técnica na compra, venda e utilização de produtos e equipamentos especializados; V - responsabilizar-se pela elaboração e execução de projetos compatíveis com a respectiva formação profissional. Art. 4º - As atribuições dos técnicos industriais de 2º grau, em suas diversas modalidades, para efeito do exercício profissional e de sua fiscalização, respeitados os limites de sua formação, consistem em: I - executar e conduzir a execução técnica de trabalhos profissionais, bem como orientar e coordenar equipes de execução de instalações, montagens, operação, reparos ou manutenção; II - prestar assistência técnica e assessoria no estudo de viabilidade e desenvolvimento de projetos e pesquisas tecnológicas, ou nos trabalhos de vistoria, perícia, avaliação, arbitramento e consultoria, exercendo, dentre outras, as seguintes atividades: 1) coleta de dados de natureza técnica; 2) desenho de detalhes e da representação gráfica de cálculos; 3) elaboração de orçamento de materiais e equipamentos, instalações e mão-de-obra; 4) detalhamento de programas de trabalho, observando normas técnicas e de segurança; 5) aplicação de normas técnicas concernentes aos respectivos processos de trabalho; 6) execução de ensaios de rotina, registrando observações relativas ao controle de qualidade dos materiais, peças e conjuntos; 7) regulagem de máquinas, aparelhos e instrumentos técnicos. III - executar, fiscalizar, orientar e coordenar diretamente serviços de manutenção e reparo de equipamentos, instalações e arquivos técnicos específicos, bem como conduzir e treinar as respectivas equipes; IV - dar assistência técnica na compra, venda e utilização de equipamentos e materiais especializados, assessorando, padronizando, mensurando e orçando; V - responsabilizar-se pela elaboração e execução de projetos compatíveis com a respectiva formação profissional; VI - ministrar disciplinas técnicas de sua especialidade, constantes dos currículos do ensino de 1º e 2º graus, 2 de 6

desde que possua formação específica, incluída a pedagógica, para o exercício do magistério nesses dois níveis de ensino. 1º - Os técnicos de 2º grau das áreas de Arquitetura e de Engenharia Civil, na modalidade Edificações, poderão projetar e dirigir edificações de até 80m2 de área construída, que não constituam conjuntos residenciais, bem como realizar reformas, desde que não impliquem em estruturas de concreto armado ou metálica, e exercer a atividade de desenhista de sua especialidade. 2º - Os técnicos em Eletrotécnica poderão projetar e dirigir instalações elétricas com demanda de energia de até 800 Kva, bem como exercer a atividade de desenhista de sua especialidade. 3º - Os técnicos em Agrimensura terão as atribuições para a medição, demarcação de levantamentos topográficos, bem como projetar, conduzir e dirigir trabalhos topográficos, funcionar como perito em vistorias e arbitramentos relativos à agrimensura e exercer atividade de desenhista de sua especialidade. 3.3. O art. 2º da Resolução nº 345/90 dispõe: Art. 2º - Compreende-se como a atribuição privativa dos Engenheiros em suas diversas especialidades, dos Arquitetos, dos Engenheiros Agrônomos, dos Geólogos, dos Geógrafos e dos Meteorologistas, as vistorias, perícias, avaliações e arbitramentos relativos a bens móveis e imóveis, suas partes integrantes e pertences, máquinas e instalações industriais, obras e serviços de utilidade pública, recursos naturais e bens e direitos que, de qualquer forma, para a sua existência ou utilização, sejam atribuições destas profissões. 3.5. O art. 58 da Resolução nº 1025/09 dispõe: Art. 58. As informações acerca da execução da obra ou prestação de serviço, bem como os dados técnicos qualitativos e quantitativos do atestado devem ser declarados por profissional que possua habilitação nas profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea. Parágrafo único. No caso em que a contratante não possua em seu quadro técnico profissional habilitado, o atestado deverá ser objeto de laudo técnico. 3.5. Decisão Plenária nº PL-0718/2007 CONFEA: Consulta do CREA-RO sobre atribuições profissionais do técnico de nível médio para assinatura de laudos técnicos de vistoria. Ref. SESSÃO : Plenária Ordinária nº 1.343 DECISÃO : PL-0718/2007 PROCESSO : CF-2917/2002 INTERESSADO : Crea-RO 3 de 6

EMENTA: Consulta do Crea-RO sobre atribuições profissionais do técnico de nível médio para assinatura de laudos técnicos de vistoria. DECISÃO O Plenário do Confea, reunido em Brasília de 25 a 27 de julho de 2007, apreciando a Deliberação nº 036/2007- CEAP e o Relatório e Voto Fundamentado em Pedido de Vista exarado pelo Conselheiro Federal José Elieser de Oliveira Júnior, relativos ao processo em epígrafe, que trata de consulta formulada pelo Crea-RO, com vistas ao esclarecimento a respeito das atribuições profissionais de técnicos de nível médio para assinatura de laudo técnico de vistoria, e considerando que o exercício da profissão de Técnico Industrial de nível médio está definido através do art. 2º, da Lei nº 5.524, de 5 de novembro de 1968, regulamentada pelo Decreto nº 90.922, de 6 de fevereiro de 1985; considerando que o art. 4º do Decreto nº 90.922, de 1985, dispõe que: As atribuições dos técnicos industriais de 2º grau, em suas diversas modalidades, para efeito de exercício profissional e de sua fiscalização, respeitados os limites de sua formação, consistem em: (...) II) prestar assistência técnica e assessoria no estudo de viabilidade e desenvolvimento de projetos e pesquisas tecnológicas, ou nos trabalhos de vistoria, perícias, avaliação, arbitramento e consultoria, exercendo dentre outras, as seguintes atividades:1) coleta de dados de natureza técnica; 2) desenho de detalhes e da representação gráfica de cálculos; 3) elaboração de orçamento de materiais e equipamentos, instalações e mão-de-obra; 4) detalhamento de programas de trabalho, observando normas técnicas e de segurança; 5) aplicação de normas técnicas concernentes aos respectivos processos de trabalho; 6) execução de ensaios de rotina, registrando observações relativas ao controle de qualidade dos materiais, peças e conjuntos; 7) regulagem de máquinas, aparelhos e instrumentos técnicos. ; considerando que a expressão prestar assistência técnica e assessoria no estudo..., define, sem qualquer dúvida, que ao técnico cabe prestar assistência ou auxiliar alguém, neste caso, Engenheiros, Arquitetos ou Agrônomos; considerando que o Decreto nº 4.560, de 30 de dezembro de 2002, alterou o Decreto nº 90.922, de 1985, mas conservou integralmente intacto o art. 4º deste último Decreto; considerando que a Resolução nº 345, de 27 de julho de 1990, estabelece: Art. 1º - Para os efeitos desta Resolução, define-se: a) Vistoria é a constatação de um fato, mediante exame circunstanciado e descrição minuciosa dos elementos que o constituem, sem a indagação das causas que o motivaram; b) Arbitramento é a atividade que envolve a tomada de decisão ou posição entre alternativas tecnicamente controversas ou que decorrem de aspectos subjetivos; c) Avaliação é a atividade que envolve a determinação técnica do valor qualitativo ou monetário de um bem, de um direito ou de um empreendimento; d) Perícia é a atividade que envolve a apuração das causas que motivaram determinado evento ou da asserção de direitos; e) Laudo é a peça na qual o perito, profissional habilitado, relata o que observou e dá as suas conclusões ou avalia o valor de coisas ou direitos, fundamentadamente. Art. 2º - Compreende-se como a atribuição privativa de Engenheiros em suas diversas especialidades, dos Arquitetos, dos Engenheiros Agrônomos, dos Geólogos, dos Geógrafos e dos Meteorologistas, as vistorias, perícias, avaliações e arbitramentos relativos à bens móveis e imóveis, suas partes integrantes e pertences, máquinas e instalações industriais, obras e serviços de utilidade pública, recursos naturais e bens e direitos que, de qualquer forma, para a sua existência ou utilização, sejam atribuições destas profissões. considerando que a Lei nº 7.270, de 1984, que modifica o Código de Processo Civil, dá a seguinte redação ao 1º do art. 145: os peritos serão escolhidos entre profissionais de nível universitário, devidamente inscritos no órgão de classe competente, respeitado o disposto no Capítulo VI, Seção VII, deste Código ; considerando, finalmente, que não há, no momento, o que mudar ou ainda interpretar quanto à legislação vigente, de clareza ímpar, o que, de forma equivocada, ocorreu com a edição da Decisão PL 0022/2005, de 25 de fevereiro de 2005, a qual concluiu que o Decreto nº 90.922, de 6 de fevereiro de 1985, em seu art. 4º atribui aos Técnicos Industriais a competência para vistoriar, periciar, avaliar arbitrar e ser consultado no âmbito do seu exercício para elaboração dos seus projetos, execuções e/ou manutenções. DECIDIU aprovar o Relatório e Voto Fundamentado em Pedido de vista, na forma apresentada pelo Relator que conclui: 1) Pela revogação da Decisão PL-0022/2005. 2) Orientar aos Regionais que não é atribuição dos técnicos de 2º grau, a emissão, de forma isolada, de laudos de vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico. Presidiu a Sessão o Engenheiro Civil MARCOS TÚLIO DE MELO. Votaram favoravelmente à Deliberação nº 036/2007-CEAP os senhores Conselheiros Federais IRACY VIEIRA SANTOS SILVANO, JOÃO DE DEUS COELHO CORREIA e OSNI SCHROEDER. Votaram favoravelmente ao Relatório e Voto Fundamentado em Pedido de Vista os senhores Conselheiros Federais ADMAR BEZERRA ALVES, ALINE FARIA SIQUEIRA, CLÁUDIO FORTE MAIOLINO, CLÁUDIO 4 de 6

PEREIRA CALHEIROS, FERNANDO JOSÉ DE MEDEIROS COSTA, FERNANDO LUIZ BECKMAN PEREIRA, ISACARIAS CARLOS REBOUÇAS, JAQUES SHERIQUE, JORGE LUIZ DA ROSA VARGAS, JOSÉ ELIESER DE OLIVEIRA JÚNIOR, PAULO BUBACH, PEDRO IDELANO DE ALENCAR FELÍCIO, PEDRO LOPES DE QUEIRÓS, RICARDO ANTONIO DE ARRUDA VEIGA e RODRIGO GUARACY SANTANA. Absteve-se de votar o senhor Conselheiro Federal AINABIL MACHADO LOBO.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-. Cientifique-se e cumpra-se. Brasília, 27 de julho de 2007. Eng. Civ. Marcos Túlio de Melo Presidente 4. ASPECTOS RELEVANTES 4.1. Com relação ao questionamento quanto a atribuições profissionais do Técnico em Eletrotécnico para elaborar e executar projetos de rede de distribuição elétrica, cabines primárias, postos de transformação e linhas de transmissão, cuja demanda não ultrapasse 800 KVA, verificase: Que tanto a Lei Nº 5.524/68, em seu art. 3º, item V; bem como o Decreto Nº 90.922/85, em seu art. 2º, item V, atribuem ao Técnico em Eletrotécnica responsabilizar-se pela elaboração e execução de projetos compatíveis com a respectiva formação profissional. Que o 2º do art. 4º do Decreto nº 90.922/85, dispõe que Os técnicos em Eletrotécnica poderão projetar e dirigir instalações elétricas com demanda de energia de até 800 Kva, bem como exercer a atividade de desenhista de sua especialidade. 3.2. Com relação ao questionamento quanto a atribuições profissionais do Técnico em Eletrotécnico para elaborar laudo técnico para um engenheiro eletricista que esteja solicitando acervo técnico junto ao CREA, verifica-se: Que o item II do art. 4º do Decreto nº 90.922/85 atribui: prestar assistência técnica e assessoria no estudo de viabilidade e desenvolvimento de projetos e pesquisas tecnológicas, ou nos trabalhos de vistoria, perícia, avaliação, arbitramento e consultoria, exercendo, dentre outras, as seguintes atividades: 1) coleta de dados de natureza técnica; 2) desenho de detalhes e da representação gráfica de cálculos; 3) elaboração de orçamento de materiais e equipamentos, instalações e mão-de-obra; 4) detalhamento de programas de trabalho, observando normas técnicas e de segurança; 5) aplicação de normas técnicas concernentes aos respectivos processos de trabalho; 6) execução de ensaios de rotina, registrando observações relativas ao controle de qualidade dos materiais, peças e conjuntos; 7) regulagem de máquinas, aparelhos e instrumentos técnicos. 5 de 6

5. CONCLUSÃO Considerando os questionamentos do consulente, seu título, nível de graduação e atribuições profissionais, conferidas a este, cabe responder: 5.1. Quanto a atribuições para elaborar e executar projetos de rede de distribuição elétrica, cabines primárias, postos de transformação e linhas de transmissão, cuja demanda não ultrapasse 800 KVA: 5.1.1. Que as atividades técnicas correspondentes a projeto e direção de instalações elétricas, com demanda de energia de até 800 Kva, previstas no Decreto nº 90.922/85, art. 4º, 2º, encontram-se limitadas ao que dispõem a Lei Nº 5.524/68, art. 3º, item V e o Decreto Nº 90.922/85, art. 2º, item V, a saber: responsabilizar-se pela elaboração e execução de projetos compatíveis com a respectiva formação profissional. 5.2. Quanto à elaboração de laudo técnico para um engenheiro eletricista: 5.2.2. Competir ao Técnico de 2º grau, em face de suas atribuições profissionais do Decreto nº 90.922/85, art. 4º, 2º, a assistência técnica e assessoria nos trabalhos de vistoria, perícia, avaliação, arbitramento e consultoria - privativas dos Engenheiros em suas diversas especialidades, dos Arquitetos, dos Engenheiros Agrônomos, dos Geólogos, dos Geógrafos e dos Meteorologistas - exercendo, dentre outras, as atividades de: 1) coleta de dados de natureza técnica; 2) desenho de detalhes e da representação gráfica de cálculos; 3) elaboração de orçamento de materiais e equipamentos, instalações e mão-de-obra; 4) detalhamento de programas de trabalho, observando normas técnicas e de segurança; 5) aplicação de normas técnicas concernentes aos respectivos processos de trabalho; 6) execução de ensaios de rotina, registrando observações relativas ao controle de qualidade dos materiais, peças e conjuntos; 7) regulagem de máquinas, aparelhos e instrumentos técnicos. Obs.: Sugerimos dar conhecimento ao requerente, quanto a Decisão PL-718/2007 CONFEA. São Paulo, 13 de agosto de 2012. Ricardo de Mello Assistente Técnico - DAP/SUPCOL Registro Funcional nº 0818 6 de 6