Especial Reforma Trabalhista. Saiba o que Mudou

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Transcrição:

Especial Reforma Trabalhista Saiba o que Mudou A Lei 13.467/2017 (Chamada de Reforma Trabalhista), foi publicada no dia 14 de julho de 2017, e entrou em vigor no dia 11 de Novembro de 2017, trazendo várias alterações na Legislação Trabalhista. Conheça os principais pontos. NEGOCIAÇÃO Anteriormente, convenções e acordos coletivos podiam estabelecer condições de trabalho diferentes das previstas na legislação apenas se conferissem ao trabalhador um patamar superior ao previsto em lei. Com a Reforma Trabalhista: 1 / 18

- Sindicatos e empresas podem negociar condições de trabalho diferentes das previstas em lei, mas não necessariamente num patamar melhor para os trabalhadores. - Convenções e acordos coletivos poderão prevalecer sobre a legislação quando, entre outros, dispuserem sobre os direitos dispostos no art. 611-A da CLT. (O art. 611-B da CLT dispõe sobre os direitos que não podem ser reduzidos ou suprimidos por acordo ou convenção coletiva). - Negociações entre a empresa e os funcionários com diploma de nível superior que ganham mais de R$ 11.062,62 - o equivalente a 2 vezes o teto do benefício do Regime Geral da Previdência Social - e que sejam referentes a pontos como jornada de trabalho, benefícios, participação nos lucros, plano de cargos e salários não precisam passar pelo sindicato. - Acordo ou convenção coletiva sobre enquadramento do grau de insalubridade prevalecerá sobre a lei, desde que respeitadas as normas de Segurança do Trabalho e normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho.* * (Medida Provisória nº 808 de 14/11/2017). APLICAÇÃO AOS CONTRATOS 2 / 18

A Lei 13.467/2017 (Reforma Trabalhista), aplica-se integramente a todos os contratos de trabalho em curso no país e aos processos em andamento. * (Medida Provisória nº 808 de 14/11/2017). REGISTRO E ANOTAÇÕES NA CTPS O que muda com a Reforma: Registro de Empregado: A multa por falta de registro em carteira será proporcional ao porte da empresa: R$ 3.000,00 para as empresas em geral e R$ 800,00 para microempresa ou empresa de pequeno porte (art. 47 da CLT). Anotações na CTPS: O art. 47-A da CLT estabelece multa de R$ 600,00 por falta de anotações como férias, acidentes de trabalho, jornada, qualificação civil ou profissional, além dos demais dados relativos à admissão do empregado no emprego e outras circunstâncias de proteção do trabalhador. 3 / 18

JORNADA DE TRABALHO Anteriormente, a jornada era limitada a 8 horas diárias, 44 horas semanais e 200 horas mensais, podendo haver duas horas extras no dia. COM A REFORMA TRABALHISTA: Com exceção às categorias relacionadas à saúde, a jornada de trabalho de 12 horas seguidas por 36 horas de descanso (12x36) somente poderá ser negociada por acordo coletivo*, respeitado o limite de 44 horas semanais (ou 48 horas, com as horas extras), e 220 horas mensais, conforme art. 59-A da CLT. (*conforme alteração dada pela Medida Provisória nº 808 de 14/11/2017). BANCO DE HORAS Anteriormente, o excesso de horas em um dia de trabalho poderia ser compensado em outro dia, desde que não excedesse, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, respeitado o limite de 10 horas diárias. Com a Reforma Trabalhista, o banco de horas pode ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação se realize no mesmo mês. HORAS EXTRAS 4 / 18

Continua válido o limite de 2 horas diárias para realização de horas extras, podendo ser ultrapassado em caso de necessidade imperiosa ou força maior, sem que o empregador esteja obrigado a negociar com o sindicato ou mesmo comunicar a autoridade competente. INTERVALO INTRAJORNADA O que mudou com a reforma: - O intervalo mínimo para jornada acima de 6 horas pode ser reduzido por meio de acordo ou convenção, desde que respeitado o limite mínimo de 30 minutos. (art. 611-A da CLT). - Horários de descanso, alimentação, higiene pessoal e troca de uniforme não integram a jornada de trabalho. HORAS IN ITINERE O que mudou com a reforma: Independentemente do tempo transcorrido, o empregado não terá direito a computar o tempo de deslocamento como se estivesse a serviço do empregador, assim, tal período não deve ser computado como jornada de trabalho. 5 / 18

JORNADA PARCIAL DE TRABALHO Anteriormente, no regime de jornada em tempo parcial, era permitida jornada de até 25 horas semanais, sem horas extras. Como ficou após a Reforma Trabalhista: A jornada parcial pode ser: - de até 30 horas semanais, sem horas extras; - de 26 horas semanais, com até 6 horas extras. TRABALHO AUTÔNOMO O que mudou com a Reforma: - A CLT passa a contemplar a figura do autônomo, que poderá prestar serviços para um único empregador, de forma continua, sem vínculo empregatício. 6 / 18

- Fica vedada a celebração de cláusula de exclusividade no contrato de trabalho, podendo o autônomo prestar livremente serviços a outros*. * (Medida Provisória nº 808 de 14/11/2017). - Havendo exclusividade, restará descaracterizado o trabalho autônomo, reconhecendo-se o vínculo empregatício. - O trabalhador autônomo poderá recusar a realização da atividade solicitada, garantida a aplicação de cláusula de penalidade prevista em contrato. TRABALHO INTERMITENTE Não era previsto pela CLT, e foi regulamentado pela Reforma Trabalhista. Principais características: - O funcionário é contratado com registro em CTPS, e poderá alternar períodos de serviço (por hora, diário, ou mensal), e períodos de inatividade, com direitos trabalhistas preservados. - É necessária aceitação do trabalhador, e a jornada deve ser comunicada com 3 dias de antecedência. - O valor/hora deve constar do contrato. - Fica vedada penalidade de multa de 50% por falta do serviço, podendo ser fixada outra penalidade contratual.* - Carência de 18 meses entre a demissão de trabalhador em tempo integral e sua recontratação como intermitente.* - Possibilidade de parcelamento das férias em três períodos.* - Rescisão automática do contrato se não 7 / 18

houver convocação do trabalhador pelo período de 1 ano.* - Prazo de 24 horas para responder à solicitação do empregador.* - Pagamento até o 5º dia útil do mês.* - O período de inatividade NÃO será considerado tempo à disposição, e não será remunerado.* Contribuição previdenciária e FGTS: O recolhimento cabe ao empregador, baseado nos valores pagos no mês, devendo fornecer ao empregado o comprovante do cumprimento dessas obrigações. Ao empregado caberá efetuar a contribuição previdenciária complementar, se sua remuneração mensal for inferior ao salário mínimo. Extinção de contrato - verbas rescisórias: Metade do aviso prévio indenizado, indenização sobre o Saldo do FGTS, e integralidade das demais verbas trabalhistas, sem o recebimento de seguro-desemprego. Direito a movimentar 80% do FGTS em caso de demissão por justa causa. (*conforme alterações pela Medida Provisória nº 808 de 14/11/2017). TRABALHO HOME OFFICE A legislação trabalhista não contemplava essa modalidade de trabalho. Com a Reforma Trabalhista: - Foi regulamentado o teletrabalho (ou trabalho em home office), que será formalizado através de contrato detalhando todas as atividades que serão realizadas pelo funcionário. 8 / 18

- Ficam por conta do empregador todos os gastos concernentes à realização do trabalho, tais como energia elétrica, internet, infraestrutura e equipamentos necessários. - Havendo acordo entre as partes, podem ser intercalados períodos de trabalho presencial e trabalho home office, devendo tal circunstância ser inserida no contrato de trabalho, por aditivo contratual. - O regime de trabalho em home office poderá ser alterado para presencial por determinação do empregador, caso em que deverá ser respeitado prazo de transição de no mínimo 15 dias. TERCEIRIZAÇÃO - Carência de 18 meses entre a demissão de um trabalhador efetivo e sua recontratação como terceirizado. - O terceirizado deverá ter as mesmas condições de trabalho dos efetivos, como atendimento em ambulatório, alimentação, segurança, transporte, capacitação, e qualidade de equipamentos. DESCANSO 9 / 18

Anteriormente, o trabalhador que exercia a jornada padrão de 8 horas diárias tinha direito a no mínimo uma hora, e no máximo duas horas de intervalo para repouso ou alimentação. Após a Reforma: O intervalo poderá ser negociado, desde que tenha pelo menos 30 minutos. Se o empregador não conceder o intervalo mínimo para almoço, ou se for concedido parcialmente, o funcionário terá direito a indenização no valor de 50% da hora normal de trabalho sobre o tempo não concedido. FÉRIAS Anteriormente, as férias de 30 dias podiam ser fracionadas em até 2 períodos, sendo que um deles não podia ser inferior a 10 dias. Havia possibilidade de 1/3 do período ser pago em forma de abono. Após a Reforma: - As férias poderão ser fracionadas em até três períodos, mediante negociação, contanto que um dos períodos seja de pelo menos 14 dias, e os demais de no mínimo 5 dias cada. 10 / 18

- É necessária a concordância do empregado, que deverá ser comunicado com 30 dias de antecedência. SALÁRIO O que mudou com a Reforma: - Benefícios como auxílios, prêmios, abonos e ajuda de custo, ainda que habituais, NÃO integram a base salarial, não sendo contabilizados na cobrança dos encargos trabalhistas, imposto de renda, e previdenciários. - Prêmios por bom desempenho não integram o salário, desde que pagos por até 2 vezes ao ano.* - Salários altos: Quem recebe valor acima do dobro do teto da Previdência (cerca de R$ 11 mil) pode ter as relações contratuais negociadas individualmente, sem presença do sindicato. - Salário Mínimo e Piso Salarial: Deixam de ser obrigatórios, podendo a empresa pagar seus funcionários por produtividade, desde que de acordo com o sindicato. - Ajuda de custo superior a 50% do salário mensal integrará a remuneração do empregado.* 11 / 18

- Gratificação de função integra o salário para todos os efeitos.* - Gorjetas: Retorno do 4º do art. 457 da CLT, prevendo que gorjeta não é receita própria do empregador. (*conforme alterações pela Medida Provisória nº 808 de 14/11/2017). EQUIPARAÇÃO SALARIAL Requisitos para equiparação salarial: - Deve ser entre empregados contemporâneos no cargo ou na função. - Comprovação de que exerce a mesma função, com mesma perfeição técnica. - A diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador deve ser de até 4 anos. - A diferença de tempo na função não pode ser superior a 2 anos. 12 / 18

- Fica vedada a indicação de paradigma remoto, ainda que o paradigma contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial própria. - Em relação a eventuais discriminações em decorrência de sexo e etnia, foi estabelecida multa em favor do empregado discriminado, no valor de 50% do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL Anteriormente, o recolhimento da contribuição sindical era obrigatório, e feito anualmente, por meio do desconto equivalente a um dia de salário do trabalhador. Após a Reforma Trabalhista: Agora a contribuição sindical é opcional. O recolhimento da contribuição deixa de ser obrigatório, e deve ser autorizado expressamente pelo trabalhador, caso faça essa opção. DEMISSÃO Atualmente, a CLT contempla 3 formas de demissão: 13 / 18

Demissão sem Justa Causa: Gera direito ao 13º proporcional, férias, aviso prévio, saque integral do FGTS, multa de 40% do FGTS, e acesso ao seguro-desemprego. Pedido de Demissão pelo funcionário: Gera direito aos dias trabalhados, férias e 13 salário proporcionais, mas não há direito ao FGTS e seguro-desemprego. Demissão por Justa Causa: Gera direito somente ao saldo de salário daquele mês e eventuais férias vencidas. Com a Reforma Trabalhista NÃO são alteradas as formas de demissão já existentes e os direitos que lhe são concernentes. Foi acrescentada uma nova forma de extinção do contrato de trabalho, a DEMISSÃO CONSENSUAL: O contrato de trabalho poderá ser extinto de comum acordo, com pagamento de metade do aviso prévio, e metade da multa de 40% sobre o saldo do FGTS (ou seja, 20%). O empregado poderá movimentar até 80% do valor depositado pela empresa na conta do FGTS, mas não terá direito ao seguro-desemprego. RESCISÃO Anteriormente, a rescisão do contrato de trabalho de mais de 1 ano precisava ser homologada sindicato ou Ministério do Trabalho. Após a Reforma: 14 / 18

- Não há mais obrigatoriedade de homologação, e o desligamento pode ser formalizado na própria empresa, independentemente do tempo de serviço. - O empregador deve fazer a anotação na CTPS, a comunicação da dispensa aos órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo de 10 dias, a contar do término do contrato, independentemente da forma de aviso prévio (trabalhado ou indenizado). TERMO DE QUITAÇÃO ANUAL Com a Reforma Trabalhista foi criado o termo de quitação anual de obrigações trabalhistas (art. 507-B da CLT), possibilitando que o empregado, na vigência ou não do contrato de trabalho, declare o recebimento total das obrigações trabalhistas. O termo deve ter ciência e homologação por parte do sindicato da categoria, e uma vez feito, impossibilita que as mesmas obrigações sejam questionadas na Justiça do Trabalho. GRAVIDEZ Como era: Mulheres grávidas ou lactantes eram proibidas de trabalhar em lugares com condições insalubres. Não havia limite de tempo para avisar a empresa sobre a gravidez. 15 / 18

Após a Reforma: Gestantes serão afastadas, enquanto durar a gestação, de quaisquer atividades, operações ou locais insalubres, exercendo suas atividades em local salubre, excluído, nesse caso, o pagamento de adicional de insalubridade. Poderão, no entanto, exercer atividades e operações insalubres em grau médio ou mínimo, apresentando atestado médico que autorize. * Lactantes somente serão afastadas de atividades insalubres, em qualquer grau, se apresentarem atestado médico que recomende o afastamento durante a lactação.* Permanece o prazo de 30 dias para mulher demitida informar a empresa sobre a gravidez. *(conforme alterações pela Medida Provisória nº 808 de 14/11/2017). JUSTIÇA DO TRABALHO Alterações após a Reforma: - Honorários de Sucumbência na Justiça do Trabalho e pagamento de honorários periciais e das custas do processo pela parte que perder a demanda judicial trabalhista, ainda que seja beneficiária de justiça gratuita. - Justiça Gratuita: Anteriormente concedida aos que recebiam menos de dois salários mínimos, ou que declarassem não ter condições de arcar com as custas do processo, agora a Justiça Gratuita será concedida aos que recebem menos de 40% do teto do INSS e a quem comprovar não possuir recursos. 16 / 18

- Valor das indenizações Foram estabelecidos limites para as indenizações: O valor da indenização ao trabalhador em caso de condenação por dano moral e ofensa à honra, como assédio, será calculado com base no teto de benefícios do INSS (R$ 5,5 mil), e de acordo com a gravidade do dano moral, tendo parâmetros definidos. Foram acrescentados gênero e orientação sexual no rol dos bens juridicamente tutelados inerentes à pessoa natural.* O valor das indenizações poderão ser elevados ao dobro em caso de reincidência.* Acidentes fatais não estarão sujeitos a limites ou parâmetros e conceito de reincidência*. *(conforme alterações pela Medida Provisória nº 808 de 14/11/2017).... 17 / 18

LEI DA REFORMA TRABALHISTA ( Lei 13.467/2017 CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO (CLT) MP nº 808, de 14 de novembro de 2017 18 / 18