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Transcrição:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA TRABALHO DE SÃO PAULO CAPITAL. VARA DO CLAUDIA BATISTA CÁCERES, brasileira, casada, analista de marketing II, portadora da CTPS nº 88215, série nº 00301/SP, do PIS nº 13315581818, do RG nº 41.830.338-1 SSP/SP, inscrita no CPF/MF sob o nº 354.346.958-44, nascida em 30/09/1987, filha de Ivonete Batista Caceres, residente e domiciliada na Rua Adolfo Asson, 35, Bairro Vila Nova Savoia, São Paulo, SP., CEP: 03532-030, vem perante V.Exa., por seu advogado propor RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, nos termos do artigo 840 da CLT em face de EVEN CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 43.470.988/0001-65, estabelecida na Rua Hungria, 1400, 2º andar, conjunto 21, Bairro Jardim Europa, São Paulo, SP., CEP: 01455-000, pelos seguintes motivos: I - DO CONTRATO DE TRABALHO A Reclamante foi contratada aos serviços da Reclamada em 07/06/2010, exercendo as funções de analista de marketing II, percebia ultimamente R$ 4.083,30 mensais e foi demitida sem justa causa em 12/02/2014 e com o aviso prévio indenizado o contrato de trabalho foi extinto em 22/03/2014.

II - DAS TAREFAS DA RECLAMANTE A Reclamante foi contratada para exercer as funções de analista de marketing II e durante todo o pacto laboral realizou as seguintes tarefas: - cuidava de toda a parte de eventos da reclamada; - participava dos plantões nos eventos; - participava das promoções de ruas; - cuidava da liberação de materiais para os eventos. Esclarece ainda a reclamante que trabalhava no setor de incorporação fazendo parte da equipe de marketing, o que exigia lançamentos, bem como o denominado "Even Day". III DA JORNADA DE TRABALHO APLICAÇÃO DO ARTIGO 74, 2º, DA CLT APLICAÇÃO DA SÚMULA 338, I, DO TST Da jornada contratual de trabalho A reclamante foi contratado para cumprir a jornada contratual de 2ª a 6ª feira das 09:00 às 18:00 horas com 1 hora para refeição e descanso. Da real jornada de trabalho Ocorre que, na realidade dos fatos a reclamante laborava das 08:00 às 22:00 horas de 2ª a domingo com apenas 50 minutos de intervalo para refeição e descanso com 1 folga semanal em dias alternados, ou seja, laborava além da jornada contratual de trabalho.

Esclarece a reclamante que desde a contratação até fevereiro de 2012 a reclamada não deixava os empregados que laboravam no setor da incorporação anotar a jornada de trabalho. Diante das várias reclamações trabalhistas ajuizadas em face da reclamada (doc. 27), a partir de março de 2012 a jornada de trabalho passou a ser controlada através de cartão de ponto que não correspondia com a real jornada de trabalho, pois os empregados eram obrigados a registrar apenas os horários internos na reclamada, ou seja, os cartões de ponto não demonstram a jornada nas atividades externas. IV DAS HORAS EXTRAS APLICAÇÃO DO ARTIGO 7º, XIII, DA CF APLICAÇÃO DO ARTIGO 58 DA CLT Conforme horário de trabalho declinado no item anterior, a Reclamante laborava além da 8ª hora diária e além da 44ª hora semanal, violando o disposto no artigo 7º, XIII, da CF e o artigo 58, da CLT, sendo que as horas extras não lhe eram pagas pela reclamada nem compensadas com folgas. Desta forma, faz jus a obreira ao pagamento das horas extras realizadas, bem como seus reflexos ao salário para efeito de descansos semanais remunerados (Súmula 172 do TST), férias + 1/3 (Artigo 142, 5º, da CLT), 13º salários (Súmula 45 do TST), aviso prévio (Artigo 487, 5º, da CLT) e FGTS + 40% (Artigo 15 da Lei 8.036/90 e Súmula 63 do TST). Registre-se que as horas extras devem ser pagas com os adicionais previstos na cláusula quarta das Convenções Coletivas de Trabalho (docs. 22/25).

V DO INTERVALO PARA REFEIÇÃO E DESCANSO NORMA DE PROTEÇÃO À SAÚDE DO TRABALHADOR APLICAÇÃO DO ARTIGO 71 DA CLT APLICAÇÃO DA SÚMULA 437, I e III, DO TST Como descrito no item "III", a reclamante laborava das 08:00 às 22:00 horas de 2ª a domingo com apenas 50 minutos de intervalo para refeição e descanso. Assim, temos que a reclamante não desfrutava corretamente do intervalo para refeição e descanso, o que é vedado pelo artigo 71, caput, da CLT. CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO Art. 71. Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de seis horas, é obrigatório a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de uma hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de duas horas.... Desta forma, nos termos do parágrafo 4º do mesmo artigo consolidado e da Súmula 437, I e III, do TST, faz jus o obreiro ao pagamento de 1 hora extra por dia trabalhado e seus reflexos para efeito de descansos semanais remunerados, férias + 1/3, 13º salários, aviso prévio e FGTS + 40%. VI DOS FERIADOS LABORADOS APLICAÇÃO DA LEI 605/49 APLICAÇÃO DA SÚMULA 146 DO TST Esclarece o obreiro que durante todo o pacto laboral participava dos eventos e lançamentos da reclamada e laborou nos feriados, sem qualquer compensação. Nos termos da Lei 605/49 e Súmula 146 do TST, as horas laboradas nos feriados devem ser remuneradas com adicional de 100%.

Assim, faz jus a obreira ao pagamento de 100% sobre os feriados laborados e seus reflexos para efeito de descansos semanais remunerados (Súmula 172 do TST), férias + 1/3 (Artigo 142, 5º, da CLT), 13º salários (Súmula 45 do TST), aviso prévio e FGTS + 40% (Artigo 15 da Lei 8.036/90 e Súmula 63 do TST). Feriados (Federais, Estaduais e Municipais): Confraternização Universal - 1º de janeiro; Aniversário do Município 25 de janeiro; Sexta Feira da Paixão; Tiradentes - 21 de abril; Dia do Trabalho - 1º de maio; Corpus Christi; Revolução Constitucionalista - 09 de julho; Independência do Brasil - 07 de setembro; N. Sra. Aparecida - 12 de outubro; Finados - 02 de novembro; Proclamação da República - 15 de novembro; Dia da Consciência Negra 20 de novembro; Natal - 25 de dezembro. VII DO REEMBOLSO DOS VALORES DESCONTADOS NO TRCT APLICAÇÃO DO ARTIGO 462 DA CLT APLICAÇÃO DO ARTIGO 2, CAPUT, DA CLT APLICAÇÃO DO ARTIGO 477, 5º, DA CLT Quando do pagamento das verbas rescisórias a reclamada efetuou o desconto de R$ 4.155,87 a título de descontos de banco de horas (doc. 11). Ocorre que, esses valores foram descontados de forma indevida, pois a reclamante fazia horas extras habitualmente, sendo que as horas extras não lhe eram pagas pela reclamada nem compensadas com folgas. Como descrito no item "III,diante das várias reclamações trabalhistas ajuizadas em face da reclamada (doc. 27), a partir de março de 2012 a jornada de trabalho passou a ser controlada através de cartão de ponto que não correspondia com a real jornada de trabalho, pois os empregados eram obrigados a registrar apenas os horários internos na reclamada, ou seja, os cartões de ponto não demonstram a jornada nas atividades externas.

Ressalte-se que o empregador é quem assume os risco da atividade econômica (aplicação do artigo 2, caput, da CLT) e como a reclamada violou a legislação trabalhista no que tange a jornada de trabalho todas as horas extras devem ser pagas e o desconto efetuado no TRCT deve ser reembolsado. Registre-se que o artigo 477, 5º, da CLT proíbe que o empregador efetue descontos em valores superiores ao de 1 mês de remuneração do empregado. Desta forma, nos termos dos artigos 2, 462 e 477, 5º, da CLT a reclamada deve reembolsar a reclamante dos valores que foram descontados de forma indevida. VIII DA PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS - PLR PAGAMENTO PROPORCIONAL APLICAÇÃO DO ARTIGO 7º, XI, DA CF APLICAÇÃO DA LEI 10.101/00 APLICAÇÃO DA SÚMULA 451 DO TST Esclarece a obreira que durante todo o período laborado percebeu as PLRs integrais nos anos de 2010 a 2013, conforme determinavam as Convenções Coletivas de Trabalho. Ocorre que, a reclamante em fevereiro/2014 foi demitida sem justa causa e com o aviso prévio indenizado teve o contrato de trabalho extinto em 22/03/2014 e por este motivo não recebeu da reclamada o valor da PLR proporcional ao ano de 2014. Assim, as reclamadas devem ser compelidas no pagamento da PLR proporcional de 2014 (aplicação do art. 7º, XI, CF, Lei 10.101/00 e súmula 451 do TST).

IX DAS OUTRAS RECLAMAÇÕES TRABALHISTAS Informa a reclamante que fez a pesquisa no site do TRT/SP e descobriu que a reclamada já foi processada em inúmeras reclamações trabalhistas pelos mesmos fatos elencados nos itens anteriores, o que demonstra o total desrespeito da empresa perante seus empregados (doc. 27). X DO CONVÊNIO MÉDICO EM CO-PARTICIPAÇÃO CANCELAMENTO INDEVIDO DO CONVÊNIO PELO EMPREGADOR REEMBOLSO DAS DESPESAS MÉDICAS APLICAÇÃO DO ARTIGO 30 DA LEI Nº 9.656/98 APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 186, 927 E 949 DO CÓDIGO CIVIL A reclamante possuía convênio médico em co-participação com a reclamada como determina a cláusula sexta das convenções coletivas de trabalho (docs. 22/25). O convênio médico tinha como beneficiário a reclamante e seus dependentes. Quando da demissão sem justa causa em 12/02/2014, a reclamada em nenhum momento confirmou com a obreira a manutenção do convênio médico. No dia 01/03/2014 a filha da reclamante (Luíza Caceres Vieira) sofreu uma queda em casa e bateu a cabeça. A reclamante em situação de emergência "correu" com a criança para o Hospital Vitória e quando do atendimento teve a dolorosa notícia de que o convênio médico tinha sido cancelado em 28/02/2014. Como a filha da reclamante precisava do pronto atendimento, a obreira teve que passar em consulta particular e arcar com o pagamento dos serviços médicos no valor de R$ 390,00 (docs. 19/21).

Absurda a atitude da reclamada em cancelar o convênio médico da reclamante sem mesmo consultá-la sobre a manutenção do plano como determina o artigo 30 da Lei nº 9.656/98. Registre-se que a reclamada cancelou o convênio médico da obreira mesmo com o contrato de trabalho em vigor, pois o contrato de trabalho foi extinto apenas em 22/03/2014 (doc. 06). Se a Súmula 440 do TST proíbe ao empregador cancelar o plano de saúde ou assistência médica no caso de afastamento do empregado por doença, no caso da reclamante percebe-se que o empregador extrapolou o seu poder diretivo, já que cancelou o plano de saúde da reclamante mesmo com o contrato de trabalho em vigência. Desta forma, nos termos dos artigos 186, 927 e 949 do Código Civil, faz a reclamante ao reembolso das despesas médicas no valor de R$ 390,00. XI DA INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL CONVÊNIO MÉDICO EM CO-PARTICIPAÇÃO CANCELAMENTO INDEVIDO DO CONVÊNIO PELO EMPREGADOR APLICAÇÃO DO ARTIGO 30 DA LEI Nº 9.656/98 APLICAÇÃO DO ARTIGO 1º, III, DA CF APLICAÇÃO DO ARTIGO 5º, V E X, DA CF APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 186, 927 DO CÓDIGO CIVIL Como declinado no item anterior, a reclamante possuía convênio médico em coparticipação com a reclamada como determina a cláusula sexta das convenções coletivas de trabalho (docs. 22/25). O convênio médico tinha como beneficiário a reclamante e seus dependentes.

Quando da demissão sem justa causa em 12/02/2014, a reclamada em nenhum momento confirmou com a obreira a manutenção do convênio médico. No dia 01/03/2014 a filha da reclamante (Luíza Caceres Vieira) sofreu uma queda em casa e bateu a cabeça. A reclamante em situação de emergência "correu" com a criança para o Hospital Vitória e quando do atendimento teve a dolorosa notícia de que o convênio médico tinha sido cancelado em 28/02/2014. Como a filha da reclamante precisava do pronto atendimento, a obreira teve que passar em consulta particular e arcar com o pagamento dos serviços médicos no valor de R$ 390,00 (docs. 19/21). Absurda a atitude da reclamada em cancelar o convênio médico da reclamante sem mesmo consultá-la sobre a manutenção do plano como determina o artigo 30 da Lei nº 9.656/98. Registre-se que a reclamada cancelou o convênio médico da obreira mesmo com o contrato de trabalho em vigor, pois o contrato de trabalho foi extinto apenas em 22/03/2014 (doc. 06). É evidente que o prejuízo da reclamante não foi apenas patrimonial, mas principalmente emocional. Também é inegável que o trabalhador é prejudicado pelo cancelamento sem aviso do seu plano de saúde e tomar a ciência da situação apenas na hora da necessidade da utilização dos serviços médicos.

Registre-se que o empregado nessa situação fica amplamente angustiado pela surpreendente e dolorosa notícia de que não poderá passar pelo atendimento médico pelo cancelamento do convênio. É por este motivo que a reclamada deve ser condenada ao pagamento de uma indenização por dano moral para que essa atitude da empresa não se torne corriqueira com os demais empregados. Cabe ressaltarmos que o trabalhador é sujeito e não objeto da relação contratual, e tem direito a preservar sua integridade física, intelectual e moral, em face do poder diretivo do empregador. A subordinação no contrato de trabalho não compreende a pessoa do empregado, mas tão-somente a sua atividade laborativa, esta sim submetida de forma limitada e sob ressalvas, ao jus variandi. (TRT 2ª Região 04ªT, ac. 20090875219, Rel. Ricardo Artur Costa e Trigueiros, DOE: 23 de out. de 2009 in www.trt02.gov.br). Assim, temos que a reclamada extrapolou completamente o seu poder diretivo previsto no artigo 2º da CLT, impedindo a reclamante de desfrutar de seu direito constitucional à saúde (artigo 6º da CF), senão vejamos: Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela União indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:... III a dignidade da pessoa humana; Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma da Constituição. Desta feita, s.m.j., resta configurado grave atentado à dignidade do trabalhador, a ensejar indenização de no mínimo R$ 20.000,00 por dano moral (art. 5º V e X, CF; 186 e 927 do NCC), de modo a imprimir feição suasória e pedagógica à condenação.

XII - DO DUMPING SOCIAL INDENIZAÇÃO PARA REPARAÇÃO DE DANOS A prática do chamado dumping social aos poucos começa a ser identificada em alguns processos trabalhistas existentes. Como ainda é um fenômeno pouco difundido entre a classe trabalhadora, a constatação dessa prática ilícita acaba ocorrendo tardiamente, já no curso do processo e pelo próprio julgador, que não poderá determinar o pagamento de indenização de ofício. O termo dumping foi primeiro utilizado no Direito Comercial, para definir o ato de vender grande quantidade de produtos a um preço muito abaixo do praticado pelo mercado. No Direito Trabalhista a idéia é bem similar: as empresas buscam eliminar a concorrência à custa dos direitos básicos dos empregados. O dumping social, portanto, caracteriza-se pela conduta de alguns empregadores que, de forma consciente e reiterada, violam os direitos dos trabalhadores, com o objetivo de conseguir vantagens comerciais e financeiras, através do aumento da competitividade desleal no mercado, em razão do baixo custo da produção de bens e prestação de serviços. Várias são as práticas que podem configurar o dumping social, como a falta da registro de empregados, o descumprimento de jornada de trabalho, a terceirização ilícita, inobservância de normas de segurança e medicina do trabalho, entre outras.

Temos a necessidade de difundir o que é o dumping no âmbito trabalhista, a fim de punir os empregadores que insistem em desrespeitar direitos dos empregados com o fim de crescimento econômico desleal. É uma prática bastante comum, porém pouco conhecida pela classe trabalhadora, que muitas vezes tem seus direitos violados reiteradamente, mas acaba aceitando a situação. Portanto, reconhecida qualquer prática que configure dumping social, ao demandar em juízo, o ofendido deve incluir a pretensão de reparação na inicial da ação trabalhista. Caso contrário, o ilícito pode ficar sem a devida punição, já que ao julgador é vedado deferir a indenização de ofício, como tem decidido o TST nos processos, por aplicação dos artigos 128 e 460 do CPC. Empresas que praticam o dumping são consideradas fraudadoras e causam danos não apenas aos seus empregados, mas também a empregadores que cumprem com seus deveres trabalhistas, pois eles acabam sofrendo perdas decorrentes da concorrência desleal. Com a constatação da prática ilícita e do dano, surge o dever de reparar os ofendidos. Desta forma, como a reclamada cometeu várias irregularidades desrespeitando os direitos trabalhistas da reclamante (itens IV, "V", "VI", "VII", "VIII" e X ), o que caracteriza o dumping social, deve ser condenada ao pagamento da indenização a ser fixada pela MM. Vara.

Esclarece a obreira que o valor arbitrado deve atingir as suas finalidades, quais sejam, o desestímulo e a compensação, levando-se em conta a capacidade econômica das reclamadas e o caráter pedagógico da reparação. Requer a reclamante que a indenização seja paga para uma Instituição designada pela Vara do Trabalho. XIII DO RESSARCIMENTO DAS DESPESAS PROCESSUAIS APLICAÇÃO DO ARTIGO 8º DA CLT APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 389 E 404 DO CÓDIGO CIVIL Nos termos do artigo 8º da CLT e dos artigos 389 e 404 do Código Civil, a Reclamada deverá ressarcir a Reclamante com juros e correção monetária e ressarcir inclusive as despesas de honorários de advogado, no importe de 30% do valor da condenação. Os honorários previstos nos artigos 389 e 404 do Código Civil de 2002 estão relacionados com os contratados entre o cliente e o seu advogado, não se trata de sucumbência, mas de ressarcimento integral do dano. Em outras palavras, esse ressarcimento legal direcionado ao lesionado não se interage com a verba honorária imposta pela sucumbência, havendo, assim, uma plena autonomia dos honorários sucumbenciais em relação aos contratuais. A verba honorária imposta pelo Novo Código Civil é uma indenização de Direito Material, não guardando nenhuma relação com o Direito Processual, sendo que o seu titular é o lesionado e não o seu advogado.

Diante da violação de seus direitos, não só em eventuais situações extrajudiciais como judiciais, o trabalhador deve ser indenizado pelas despesas havidas com o seu advogado, sob pena de violação da própria razão de ser do Direito do Trabalho, ou seja, de sua origem protetora. A restituição do seu crédito há de ser integral, como bem assevera o disposto no artigo 389 do Novo Código Civil, ou seja, as perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo juros, custas e honorários de advogado. A decisão judicial deverá fixar, a título de indenização, os valores efetivamente contratados entre o trabalhador e o seu advogado, quando de fato houver o reconhecimento da procedência parcial ou total da postulação deduzida em juízo. Claro está que essa indenização será um crédito do empregado, na qualidade de parte da relação jurídica processual, já que se trata de um ressarcimento das despesas havidas por ele em face da atuação profissional de seu advogado. CÓDIGO CIVIL Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado. Art. 404. As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo juros, custas e honorários de advogado, sem prejuízo da pena convencional.

XIV EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO AO MINISTÉRIO DO TRABALHO E AO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO Como a reclamada desrespeitou as regras da jornada de trabalho não pagando as horas extras, efetuou descontos indevidos no TRCT da reclamante e cancelou de forma indevida o seu plano de saúde, cometeu irregularidades passíveis de penalidades administrativas, bem como cometeu o crime contra a organização do trabalho (artigo 203 do Código Penal). Essas irregularidades praticadas pela reclamada prejudicaram a reclamante tanto na esfera trabalhista quanto na esfera previdenciária. CÓDIGO PENAL Art. 203. Frustrar, mediante fraude ou violência, direito assegurado pela legislação do trabalho: Pena detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois) anos, e multa, além da pena correspondente à violência. Assim, requer a reclamante a expedição de ofícios ao Ministério do Trabalho e Ministério Público do Trabalho para a instauração de processo administrativo e processo criminal em face da reclamada e de seus sócios/diretores. XV - DOS RECOLHIMENTOS FISCAIS APLICAÇÃO DO ARTIGO 114, VIII, DA CF APLICAÇÃO DO ARTIGO 876 DA CLT APLICAÇÃO DA LEI 12.350/10 APLICAÇÃO DA SÚMULA 368 DO TST APLICAÇÃO DA OJ 400 DA SDI-1 DO TST Com relação aos recolhimentos fiscais, entende a reclamante que os descontos não incidem sobre as verbas postuladas (reembolso de valores, PLR proporcional, dano moral e ressarcimento de honorários de advogado).

Requer a aplicação da Instrução Normativa RFB nº 1.127 de 7.02.2011 que trata dos procedimentos a serem observados na apuração do Imposto de Renda Pessoa Física incidente sobre os rendimentos recebidos acumuladamente. O texto segue os ditames da Medida Provisória 497, de 28 de julho de 2010, convertida na Lei 12.350, de 20 de dezembro de 2010, e apresenta uma tabela progressiva pela qual os limites de isenção e parâmetros das alíquotas mensais aplicáveis para a retenção do IR são multiplicados pelo número de meses envolvidos nos cálculos de liquidação. Registre-se, que nos termos da Orientação Jurisprudencial nº 400 da SDI-1 do TST os juros de mora não integram a base de cálculo do imposto de renda, independentemente da natureza jurídica da obrigação inadimplida. XVI - DOS PEDIDOS Ante o exposto, pleiteia a Reclamante a procedência da Reclamação Trabalhista para condenar a Reclamada ao pagamento das seguintes verbas: a) Pagamento das horas extras além da 8ª hora diária e além da 44ª hora semanal, como descrito no item IV a apurar a1) Reflexos das horas extras em DSR s a apurar a2) Reflexos das horas extras nas férias + 1/3 a apurar a3) Reflexos das horas extras no 13º salário a apurar a4) Reflexos das horas extras no aviso prévio a apurar b) Pagamento de 1 hora extra por dia de trabalho pela não concessão do intervalo legal para refeição e descanso, nos termos do item V a apurar

b1) Reflexos das horas extras em DSR s a apurar b2) Reflexos das horas extras nas férias + 1/3 a apurar b3) Reflexos das horas extras no 13ºsalário a apurar b4) Reflexos das horas extras no aviso prévio a apurar c) Pagamento dos feriados laborados, como descrito no item VI a apurar c1) Reflexos dos feriados laborados em DSR s a apurar c2) Reflexos dos feriados laborados nas férias + 1/3 a apurar c3) Reflexos dos feriados laborados no 13º a apurar c4) Reflexos dos feriados laborados no aviso prévio a apurar d) FGTS sobre as verbas acima + 40% a apurar e) Reembolso dos valores descontados de forma indevida no TRCT, como descrito no item "VII" R$ 4.155,87 f) Pagamento da Participação nos Lucros e Resultados, como descrito no item VIII a apurar g) Reembolso dos valores gastos com as despesas médicas, como descrito no no item "X" R$ 390,00 h) Indenização por dano moral pelo fato de a reclamada cancelar de forma indevida o convênio médico, nos termos do item "XI" i) Indenização por Dumping Social, como descrito no item XII j) Ressarcimento das despesas da autora com honorários de advogado, como descrito descrito no item XIII a apurar a apurar a apurar k) Recolhimentos fiscais, como fundamentado no item XIV. l) Expedição de ofício ao MTb e MPT, nos termos do item XV.

XVII DOS REQUERIMENTOS Nos termos do parágrafo 3º, do artigo 625-D, da CLT, informa a Reclamante que até a presente data não foi criada a Comissão de Conciliação previa de sua categoria. Vale ressaltar que mesmo que tivesse sido criada a Comissão, a passagem pela mesma é facultativa, não constituindo condição da ação e nem tampouco pressuposto processual na reclamatória trabalhista, não se perdendo de vista o princípio maior colhido da Carta Constitucional de que nenhuma lesão ou ameaça a direito poderá ser excluída pela lei da apreciação do Poder judiciário, nos termos do art. 5º, XXXV, da CF (Inteligência da Súmula n.2 do TRT da 2ª Região). Requer a Reclamante a concessão dos benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, por ser pessoa pobre na acepção legal do termo, pois sua atual situação econômica não lhe permite pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio e de sua família, nos termos do art. 5º, LXXIV, CF, dos arts. 2º e 3º, II, e 4º da Lei 1.060/50, da OJ 269 da SDI-1 do TST, e da súmula nº 05 do TRT da 2ª Região. Em face do exposto, pede e espera a Reclamante, seja a presente ação julgada totalmente procedente, condenando-se as Reclamadas no pagamento das verbas pleiteadas, monetariamente atualizadas, computados os juros de mora, além de custas e despesas processuais.

Para tanto, requer se digne V.Exa., determinar a notificação das Reclamadas, nos endereços declinados para que, querendo, contestem a presente Reclamação, sob pena de sofrerem os efeitos da revelia. Finalmente, requer provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, especialmente pelo depoimento pessoal do representante legal da 1ª Reclamada, sob pena de confissão, oitiva de testemunhas, perícias e outros, se necessários. XVIII DO VALOR DA CAUSA Atribui-se à causa, para efeito de custas e alçada, o valor de R$ 65.000,00 (sessenta e cinco mil reais procedimento ordinário). OBS: TODAS AS NOTIFICAÇÕES E INTIMAÇÕES DEVERÃO SER FEITAS, EXCLUSIVAMENTE, EM NOME DO DR. MARCO ANTONIO SILVA DE MACEDO JUNIOR, COM ESCRITÓRIO NA RUA DA CONSOLAÇÃO, 65, CONJ. 42, CENTRO, SÃO PAULO, SP. Nestes Termos, Pede Deferimento. São Paulo, 28 de novembro de 2014. MARCO ANTONIO SILVA DE MACEDO JUNIOR OAB/SP 148.128 INI_EVEN - CLAUDIA