AULA 10- Amplificador Diferencial ou Par Diferencial

Documentos relacionados
BREVE HISTÓRICO SOBRE O TRIODO

MÓDULO 8: INTRODUÇÃO AO AMPLIFICADOR DIFERENCIAL

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA ELETRÔNICA 1 - ET74C Prof.ª Elisabete Nakoneczny Moraes

Aula 21: Análise CC (Polarização) em circuitos com TBJs (p.246, p )

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA ELETRÔNICA 1 - ET74C Prof.ª Elisabete Nakoneczny Moraes

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA ELETRÔNICA 1 - ET74C Prof.ª Elisabete Nakoneczny Moraes

REFERENCIAL TEÓRICO COMPLEMENTAR

AMPLIFICADOR DIFERENCIAL

Eletrônica (amplificadores operacionais-introdução) Prof. Manoel Eusebio de Lima

A seguir, uma demonstração do livro. Para adquirir a versão completa em papel, acesse:

Aula 3 MODELO ELÉTRICO DO DIODO SEMICONDUTOR

Aula 15 Amplificadores Operacionais (pág. 453 a 459)

ROTEIRO OFICIAL 08 TJB

Análise CA para o TBJ. Prof. Dr. Ulisses Chemin Netto ET74C Eletrônica 1

Aula 22: O Transistor como Amplificador (p , p )

ROTEIRO 09 e 10 Circuito Amplificador de Pequenos Sinais

Transistores Bipolares de Junção (BJT) Plano de Aula. Contextualização. Contextualização

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA ELETRÔNICA 1 - ET74C Prof.ª Elisabete Nakoneczny Moraes

AULA 11- Amplificador de Múltiplos Estágios

Aula 8. Transistor BJT. Prof. Alexandre Akira Kida, Msc., Eng. Eletrônica

AULA 12- Exercício Amplificador de Múltiplos Estágios e Multivibrador 555

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA ELETRÔNICA 1 - ET74C Prof.ª Elisabete Nakoneczny Moraes

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA ELETRÔNICA 1 - ET74C Prof.ª Elisabete Nakoneczny Moraes

Curso Técnico em Eletroeletrônica Eletrônica Analógica II

Curso Técnico em Eletroeletrônica Eletrônica Analógica II

AULA 14- Controlador Analógico

Conversão de Saída Diferencial para saída única

ELETRÔNICA II. Aula 09 CONFIGURAÇÕES COMPOSTAS PAR DIFERENCIAL. Claretiano 2015 Mecatrônica Prof. Dra. Giovana Tripoloni Tangerino

3 e I x = 0,2I E (considere inicialmente = ). (b) Recalcule I E (somente) para o caso do transistor apresentar = 100.

1. Introdução aos Circuitos com Amplificador Operacional

Análise de TJB para pequenos sinais Prof. Getulio Teruo Tateoki

ELETRÔNICA II CAPÍTULO 3

A família de reguladores 78XX fornece tensões de saída reguladas e fixas de 5V até 24V, tornando-os muito úteis em uma larga escala de aplicações.

Polarização universal

Transistores Bipolares Parte I. Prof. Jonathan Pereira

EN Dispositivos Eletrônicos

Amplificadores de pequenos sinais ( emissor comum )

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA ELETRÔNICA 1 - ET74C Prof.ª Elisabete Nakoneczny Moraes

LABORATÓRIO DE DISPOSITIVOS ELETRÔNICOS Guia de Experimentos

Tópicos de Eletrônica

Terceira Lista-Aula - Disciplina : Eletrônica - PSI 2306

Transistor Bipolar de Junção - TBJ Cap. 4 Sedra/Smith Cap. 2 Boylestad Cap. 6 Malvino

Universidade Tecnológica Federal do Paraná Departamento Acadêmico de Eletrotécnica Engenharias Eletrônica 1 ET74C Profª Elisabete N Moraes

Curso Técnico em Eletroeletrônica Eletrônica Analógica II

Prof. Sérgio Takeo Kofuji Prof. Antonio Carlos Seabra

Eletrônica (amplificadores operacionais) Prof. Manoel Eusebio de Lima

Eletrônica II. Germano Maioli Penello. Aula 13

ROTEIRO OFICIAL 07 TJB

AMPLIFICADORES DE POTÊNCIA

1/6/2010 IFBA. CELET Coordenação do Curso Técnico em Eletrônica Professor: Edvaldo Moraes Ruas, EE. Vitória da Conquista, 2010 IFBA.

28/10/2010 IFBA. CELET Coordenação do Curso Técnico em Eletrônica Professor: Edvaldo Moraes Ruas, EE. Vitória da Conquista, 2010.

AULA 5- REALIMENTAÇÃO POSITIVA

CAPÍTULO IV AMPLIFICADORES OPERACIONAIS 4.1. TENSÕES E CORRENTES DE COMPENSAÇÃO OU OFFSET

Estruturas Analógicas

TE054 - Cap.1 - Amplificadores de Múltiplos Estágios

Décima Lista-Aula - Disciplina : Eletrônica I - PSI 3321

Eletrônica e Eletrotécnica Automotiva

INSTRUMENTAÇÃO ELECTRÓNICA. Trabalho de Laboratório AMPLIFICADOR DIFERENCIAL

Tecnologia em Automação Industrial 2016 ELETRÔNICA II Aula 11 Amplificadores Operacionais Par diferencial e características elétricas

Transistor Bipolar de Junção TBJ Cap. 4 Sedra/Smith Cap. 2 Boylestad Cap. 6 a 8 Malvino

Amplificadores Operacionais

Eletrônica Aula 06 CIN-UPPE

Tecnologia em Automação Industrial ELETRÔNICA II. Aula 11 Amplificadores Operacionais. Prof. Dra. Giovana Tripoloni Tangerino

29/10/2010. Vcc Vce ic Rc. Vcc Rc. ic Vce. Ganho DC dotransistor. Vcc Vce ic Rc. VBB Rb. ib Vbe. ic ib ib. Vcc Vce ic Rc. VBB Vbe.

O Diodo real na região de ruptura reversa Aula 8

Capítulo 11 Referência Bandgap

Tecnologia em Automação Industrial ELETRÔNICA II. Aula 14 Amplificadores Operacionais~: Amplificador de Instrumentação

Transistores Bipolares de Junção (TBJ) Parte II

Tecnologia em Automação Industrial ELETRÔNICA II. Aula 02. Revisão: transistores BJT. Prof. Dra. Giovana Tripoloni Tangerino

Definição: Dimensionar os resistores de polarização de modo que o transistor opere na região linear.

AMPLIFICADOR OPERACIONAL DIDÁTICO

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA ELETRÔNICA 1 - ET74C Prof.ª Elisabete Nakoneczny Moraes

UNIVERSIDADE LUSÓFONA DE HUMANIDADES E TECNOLOGIAS LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA ELECTRÓNICA GERAL

Prof. Carlos T. Matsumi Página 1

Eletrônica Aula 06 CIN-UPPE

ROTEIRO OFICIAL 02 Circuito com Diodos NOTA: ASSIDUIDADE 1,0 ESTÉTICA 1,0 CONTEÚDO 2,5 COLETA DADOS 3,0 CONCLUSÃO 1,5 EXERCÍCIOS 1,0 TOTAL

Aula 9 SCR / TRIAC (Potência) Amplificadores Operacionais

AMPLIFICADORES OPERACIONAIS

Interruptores Semicondutores

Eletrônica II. Germano Maioli Penello. II _ html.

transistor bipolar parte 3

Capítulo 6: Transistor e amplificação em RF

A Realimentação Série-Paralelo Aula 24

Transistores Bipolares de Junção (BJT) TE214 Fundamentos da Eletrônica Engenharia Elétrica

Tecnologia em Automação Industrial 2016 ELETRÔNICA II

Capítulo. Meta deste capítulo Entender o princípio de funcionamento de osciladores em duplo-t.

Amplificadores Diferenciais Aula 17

Introdução sobre Pares Diferenciais (Bipolares e MOS)

ROTEIRO OFICIAL 09 TJB NPN

Transistores Bipolares de Junção (TBJ) Parte I

Aula 7 Transistores. Patentes

12 - Álgebra de Boole aplicada a Circuitos Digitais Função AND: Fundamentos de TI

Estruturas Analógicas Capítulo V

DOCUMENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Tecnologia em Automação Industrial ELETRÔNICA II. Aula 13 Amplificadores Operacionais Configurações Lineares: Integradores, diferenciadores

Universidade Federal de São João del-rei. Material Teórico de Suporte para as Práticas

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA ELETRÔNICA 1 - ET74C Prof.ª Elisabete Nakoneczny Moraes

Introdução 5. Amplificador em coletor comum 6. Princípio de funcionamento 7

Transcrição:

UNIVERSIDADE TENOLÓGIA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO AADÊMIO DE ELETROTÉNIA ELETRÔNIA ET74B Prof.ª Elisabete Nakoneczny Moraes AULA 10- Amplificador Diferencial ou Par Diferencial uritiba, 18 de outubro 016. INTRODUÇÃO O Amplificador Diferencial é um circuito eletrônico capaz de receber dois sinais ao mesmo tempo e fornecer uma saída com o resultado que será a diferença amplificada destes sinais. É desejável que os transistores tenham características muito próximas. http://www.ti.com/lit/an/sloa054e/sloa054e.pdf http://www.ti.com/lit/an/slyt165/slyt165.pdf Antonio Pertence Apêndice A Boylestad seção 1.9 Sedra, cap 6 Malvino, cap 17 18 Out 16 Aula 10 - Amp Diferencial - Introdução 1

POLARIZAÇÃO D álculo de níveis de tensão D para que o componente opere na condição desejada: 1. have eletrônica a) Saturação on b) orte off. Amplificador: nesta condição pequenas variações de Vbe Ib resultam em grande da tensão Vce Ic Ic=IE/ Rc Vo1 Vo Rc Ic=IE/ +Vcc -VEE Re IE 18 Out 16 Aula 10 - Amp Diferencial - Introdução 3 POLARIZAÇÃO D Ex Boylestad 1.8 Determine as tensões e correntes D do circuito, supondo R =3k9, RE=3k3 e Vcc=VEE=9V a) álculo de IE: Ic=IE/ Ic=IE/ +Vcc Rc Rc Vo1 Vo -VEE IE Re Análise por nós: V1 V 0,7 ( 9) I E Re 3k3 I 9 0,7, ma E 3k3 5 b) álculo I: I I E 5mA 1, c) álculo V Vo1=Vo=Vc Vcc I R Vc Vc 9 1,5m.3k9 4,1V 18 Out 16 Aula 10 - Amp Diferencial - Introdução 4

OPERAÇÃO A: SINAIS DE ENTRADA Terminação Simples: é quando um sinal é aplicado numa entrada e a outra é conectada ao GND. Terminação Dupla ou Diferencial: é quando dois sinais de polaridades opostas são aplicados nas entradas; Modo omum: é quando um mesmo sinal, podendo ser também de mesmo potencial e de defasagem 0º entre si, é aplicado nas entradas. 18 Out 16 Aula 10 - Amp Diferencial - Introdução 5 REVISÃO:MODELO ELÉTRIO DO TJB (Modelo matemático do diodo) Sedra, seção 4. MODELO I D I S V D VT ( e 1) r i Fator de escala Onde: I D = corrente no diodo (A) I S = corrente de saturação (A) V D = tensão no diodo (V) + pol. direta - pol. reversa I I B = coeficiente de emissão. Função de V D que também depende do material: 1. V T = tensão térmica (V) 5mV/ 6mV. 18 Out 16 Aula 10 - Amp Diferencial - Introdução 6 3

REVISÃO: MODELO ELÉTRIO DO TJB i I S e vbe V T r i i B i I S e vbe V T i E i I S e vbe V T 18 Out 16 Aula 10 - Amp Diferencial - Introdução 7 ORRENTES DE OLETOR NO MODO DIFERENIAL Sendo idênticos os transístores, como a soma das correntes de emissor é constante, quando se varia a tensão diferencial vd vbe1 vbe, a corrente transfere-se de um para o outro transistor. Essa variação das correntes em função da tensão diferencial é representada a seguir: A expressão das correntes pode ser dada por: i 1, I 1 e EE v D v T 18 Out 16 Aula 10 - Amp Diferencial - Introdução 8 4

GANHO DE TENSÃO A TERMINAÇÃO SIMPLES Determinação do Ganho: através da superposição dos efeitos de Vi1 e Vi Vo Av Vi1 18 Out 16 Aula 10 - Amp Diferencial - Introdução 9 EQUIVALENTE A TERMINAÇÃO SIMPLES onsiderando que os TJB s são idênticos: E que RE seja muito elevado, tem-se: 18 Out 16 Aula 10 - Amp Diferencial - Introdução 10 5

GANHO DE TENSÃO TERMINAÇÃO SIMPLES 18 Out 16 Aula 10 - Amp Diferencial - Introdução 11 EXEMPLO Boylestad 1.19 p. 395 18 Out 16 Aula 10 - Amp Diferencial - Introdução 1 6

EXEMPLO Boylestad 1.19 p. 395 18 Out 16 Aula 10 - Amp Diferencial - Introdução 13 GANHO DE TENSÃO A TERMINAÇÃO DUPLA Por superposição, resulta em uma análise semelhante à terminação simples 18 Out 16 Aula 10 - Amp Diferencial - Introdução 14 7

GANHO DE TENSÃO A MODO OMUM 18 Out 16 Aula 10 - Amp Diferencial - Introdução 15 EQUIVALENTE A MODO OMUM 18 Out 16 Aula 10 - Amp Diferencial - Introdução 16 8

EXEMPLO Boylestad 1.0 p. 396 18 Out 16 Aula 10 - Amp Diferencial - Introdução 17 ONTEXTUALIZAÇÃO DO MODO OMUM omponentes de entrada em modo comum: sinal cuja origem é a mesma fonte. O ganho de modo comum é dado por: V c ( V ) V +Vcc +Vcc V1 -Vcc V 1 V 1 -Vcc V c ( V ) 1 V1 18 Out 16 Aula 10 - Amp Diferencial - Introdução 18 9

ONTEXTUALIZAÇÃO DO MODO OMUM V c ( V ) 1 V1 Ruído Ruído Ruído Ruído Ruído: sinal proveniente de uma mesma fonte!! 18 Out 16 Aula 10 - Amp Diferencial - Introdução 19 http://www.smar.com/brasil/artigostecnicos/artigo.asp?id=166 ONTEXTUALIZAÇÃO DO MODO OMUM Rejeição de Modo omum RRM (MRR ommon Mode Rejection Ratio) expressa a capacidade do AmOp em rejeitar os sinais em modo comum. O ganho de modo comum é dado por: VO A ( ) A Quanto maior a RRM d c V V RRM maior é a proximidade com Ac o amplificador ideal. Equação Fundamental: V V O O ( V V ) Ad ( V V ) Ac A V A V d d Onde: Vd tensão modo diferencial Vc tensão modo comum Ad ganho diferencial Ac ganho modo comum c c Busca-se que o par diferencial (idealmente) responda a sinais diferenciais (i.e., a diferença das tensões de entrada) e rejeite o modo comum, i.e., não reage a sinais idênticos. 18 Out 16 Aula 10 - Amp Diferencial - Introdução 0 10

USO DE FONTE DE ORRENTE (F) ONSTANTE O amplificador diferencial deve apresentar um ganho diferencial elevado (Ad), que deve ser muito superior ao ganho em modo comum (Ac). A melhora desta condição pode ser feita analisando a expressão do ganho em modo comum: Esta equação indica que quanto maior o valor do RE, menor é o Ac. *Bom amplificador diferencial deve possuir Ad>>Ac *A razão de rejeição em modo comum = Ad/Ac pode ser melhorada reduzindo-se Ac. Uma solução para obter este efeito é a substituição do RE por uma fonte de corrente constante que resulta em um substancial aumento da resistência de emissor para a referência, tendo em vista que uma F é substituída por um circuito aberto na análise da impedância equivalente. 18 Out 16 Aula 10 - Amp Diferencial - Introdução 1 USO DA FONTE DE ORRENTE ONSTANTE 18 Out 16 Aula 10 - Amp Diferencial - Introdução 11

EXERÍIO Boylestad 1.1 alcule o ganho em modo comum: 18 Out 16 Aula 10 - Amp Diferencial - Introdução 3 1