CONTROLE ABSTRATO Parte II Jurisdição Constitucional Profª Marianne Rios Martins
ADMISSIBILIDADE AMICUS Art. 7 o [...] CURIE 2 o O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades. ( Lei 9868/1999) Amicus curie = amigo da Corte Possibilidade de ser admitida a manifestação forma de órgãos ou entidades que representem interesses passíveis de serem afetados com o julgamento da ADI
ADMISSIBILIDADE AMICUS CURIE Colaborar para a participação de setores organizados da sociedade Torna o controle abstrato mais democrático e pluralista Reduz a possibilidade do STF deixar de apreciar argumentos ( causa de pedir aberta) Podem apresentar memoriais e excepcionalmente sustentação oral O RI do STF permite a sustentação oral por 15 minutos ( art. 131 3º) O momento de admissão = até a entrada do processo em pauta
ADMISSIBILIDADE AMICUS CURIE Não é admissível depois de concluída a instrução A manifestação pode ser até durante a sessão do julgamento (sustentação oral) Não lhes assegura a interposição de recursos (apenas embargos de declaração) O amicus curie também tem sido admitido no exame de repercussão geral e sumulas vinculantes, e até mesmo em recursos extraordinários em controle incidental.
AMICUS CURIE E O NOVO CPC Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a manifestação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo de quinze dias da sua intimação. 1 o A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência nem autoriza a interposição de recursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração e a hipótese do 3 o. 2 o Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir a intervenção, definir os poderes do amicus curiae. 3 o O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas.
ATUAÇÃO DO ADVOGADO GERAL DA UNIÃO Decorridos o prazo das informações, serão ouvidos o AGU e o PGR, cada qual manifesta-se no prazo de 15 dias. O AGU deverá defender o texto impugnado ( art. 103 3º da CF) defensor legis Porém, o STF entendeu que o AGU poderá deixar de defender a constitucionalidade da norma ( ADI3.916/2009) Atenção: AGU não é legitimado ativo
ATUAÇÃO PROCURADOR GERAL DE REPÚBLICA Art. 103 [...] 1º O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal. ( CF) Atua como fiscal da CF Sua manifestação é imprescindível ( pode opinar pela procedência ou improcedência da ação) Ele também pode ser um legitimado ativo ( e nesse caso cabe manifestação?) Não pode desistir da ação
MEDIDA CAUTELAR EM ADI PRESSUPOSTOS Fumus boni iuris Periculum in mora
MEDIDA CAUTELAR EM ADI Suspende a eficácia da norma impugnada até o julgamento do mérito FORÇA DA MEDIDA Suspende o julgamento de processos que envolvam a aplicação da norma Torna aplicável a legislação anterior acaso existente, salvo manifestação do STF em contraditório
MEDIDA CAUTELAR EM ADI Em regra, ex nunc EFEITOS Poderão ser ex tunc, desde que o STF o determine Eficácia erga omnes Efeito vinculante
EFEITOS DECISÃO DE MÉRITO Erga Omnes Ex tunc REGRA Efeito vinculante Efeito repristinatório
EFEITOS DECISÃO DE MÉRITO Exceção: Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado (ex nunc) ou de outro momento que venha a ser fixado. ( Lei 9.868/99)
MEDIDA CAUTELAR EM ADI DELIBERAÇÃO aprovação por maioria absoluta exceção: período de recesso
MEDIDA CAUTELAR EM ADI INÍCIO DA EFICÁCIA DA MEDIDA Data de publicação da Ata de julgamento no D.O.