CONTROLE DE SOJA TIGUERA COM DIFERENTES DOSES DE ATRAZINE EM MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM Brachiaria ruziziensis

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Transcrição:

CONTROLE DE SOJA TIGUERA COM DIFERENTES DOSES DE ATRAZINE EM MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM Brachiaria ruziziensis José Fernando Jurca Grigolli (1), André Luis Faleiros Lourenção (2) Introdução O consórcio do milho safrinha com espécies forrageiras tem sido uma prática bastante difundida dentro da integração lavoura-pecuária (JAKELAITIS et al., 2004; FREITAS et al., 2005). Esse sistema é complexo, e deve levar em conta a forma de implantação da cultura, a disposição e a infestação das plantas daninhas, bem como a cultura antecessora (JAKELAITIS et al., 2004). Brachiaria ruziziensis é a espécie de capim mais indicado para o sistema plantio direto, pelas características de rápido crescimento inicial, qualidade da forragem, boa cobertura de solo e facilidade de manejo para implantação da soja na subsequência (CECCON et al., 2013). Com a adoção do plantio do milho consorciado com capim consorciado com B. ruziziensis, há necessidade de avaliar as melhores opções de herbicidas para o manejo das plantas daninhas sem comprometer a produção de palha e a viabilidade do sistema. Assim, o objetivo deste trabalho foi de avaliar a melhor dose de Atrazine no controle de soja tiguera na cultura do milho safrinha consorciado com Brachiaria ruziziensis. Material e Métodos O experimento foi realizado em Área Experimental da Fundação MS, em Maracaju, MS, no período de 14 de fevereiro a 24 de julho de 2013. Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados, com seis doses do herbicida Primóleo (0,0; 1,5; 2,0; 2,5; 3,0; 3,5 L p.c. ha -1 ) e cinco repetições. Cada parcela foi constituída de cinco linhas com 12 metros de comprimento, espaçadas de 0,80 m entre si (48m 2 ). A área útil da parcela foi considerada 1 Engenheiro Agrônomo, MSc., Pesquisador da Fundação MS, Estrada da Usina Velha, km2, Caixa Postal 137, 79150-000, Maracaju, MS. fernando@fundacaoms.org.br 2 Engenheiro Agrônomo, Dr., Pesquisador da Fundação MS, Estrada da Usina Velha km2, Caixa Postal 137, 79150-000, Maracaju, MS. andre@fundacaoms.org.br [1]

as três linhas centrais de cada parcela, descontando-se dois metros de linha em cada extremidade (19,2m 2 ). A adubação foi realizada com 210 kg ha -1 de 02-20-20 (N-P-K) na base e 166 kg ha -1 de uréia em cobertura (plantas em V2/V3). O híbrido de milho utilizado foi P30F53H, e a semeadura de Brachiaria ruziziensis foi realizada com terceira caixa acoplada, na densidade de 170 pontos de VC por hectare (1,70 kg de sementes viáveis por hectare). Os tratamentos foram aplicados através de um pulverizador de pressão constante a base de CO 2, com uma barra com seis bicos espaçados de 0,5 m entre cada bico. Foram utilizados bicos tipo leque duplo TJ 06 11002 e volume de calda de 160 L ha -1. A aplicação foi realizada às 18h13min, com temperatura de 24,9 ºC, 90% de umidade relativa do ar, e 0,1 m s -1 de velocidade do vento. No momento da aplicação, as plantas de milho estavam em V1. Foram realizadas duas avaliações, aos 15 e 30 dias após a aplicação dos tratamentos. Essas avaliações basearam-se no número de plantas de soja tiguera e de B. ruziziensis por parcela. Para tal, utilizou-se um quadrado metálico de 0,80 x 0,80 m. O quadrado foi lançado de forma aleatória em dois pontos por parcela e a avaliação foi baseada no número de plantas de soja tiguera e no número de plantas de B. ruziziensis. A média da parcela foi constituída pela média dos dois pontos de avaliação. Os dados do número médio de plantas de soja tiguera por parcela foram utilizados para o cálculo da porcentagem de controle de cada tratamento, da seguinte forma: Onde E (%) é a porcentagem de controle do tratamento, T é o número de plantas de soja tiguera na parcela do tratamento testemunha sem capina, e t é o número de plantas de soja tiguera na parcela do tratamento herbicida utilizado. Por ocasião da colheita do milho, realizou-se a avaliação do rendimento de grãos de milho e da massa seca de B. ruziziensis. A avaliação de rendimento de grãos foi realizada com a colheita manual de duas linhas centrais de quatro metros de comprimento de cada parcela. Os dados de rendimento de grãos foram ajustados para 14% de umidade. Para a [2]

avaliação da massa seca de B. ruziziensis, utilizou-se um quadrado metálico de 0,80 x 0,80 m. O quadrado foi lançado aleatoriamente em dois pontos por parcela, onde foram coletadas todas as plantas de B. ruziziensis para posterior pesagem da massa seca. A média da parcela foi constituída pela média dos dois pontos amostrados. Para secar as amostras de capim, estas foram deixadas secar a sombra por 30 dias e foram pesadas com o auxílio de uma balança com precisão de 0,1 g. Os dados obtidos foram submetidos à análise de regressão na análise de variância (p<0,05). Resultados e Discussão Os resultados obtidos quanto à porcentagem de controle de plantas de soja aos 15 e 30 dias após a aplicação indicaram que houve significância na análise de regressão, de modo que a porcentagem de controle de plantas de soja respondeu de forma linear significativa e positiva nas duas avaliações. Com o aumento da dose do herbicida, a porcentagem de controle aumentou de forma significativa. Doses superiores à 2,0 L ha -1 atingiram porcentagem de controle aos 30 DAA superiores à 80%, demonstrando que estas doses são as mais indicadas para o controle de plantas de soja (Figura 1). Também foi observado que as maiores doses aceleraram a velocidade de dessecação das tigueras de soja, atingindo valores superiores a 90% na dose de 3,5 L ha -1 15 dias após a aplicação. Aos 30 DAA, as doses 2,0 e 2,5 L ha -1 atingiram valores superiores a 80% de controle, enquanto doses de 3,0 e 3,5 L ha -1 atingiram valores superiores a 90% de controle de rebrotas de soja (Figura 1). As doses de Primóleo utilizadas não prejudicaram o desenvolvimento de plantas de B. ruziziensis, de modo que aos 15 e 30 DAA doses maiores de Primóleo proporcionaram maior número de plantas de braquiária (Figura 2). O comportamento do número de plantas de capim aos 15 DAA apresentou-se linear, de modo que maiores doses proporcionaram melhor desenvolvimento do capim. Aos 30 DAA o comportamento observado foi quadrático, de modo que doses superiores a 2,0 L ha -1 não proporcionaram incrementos na quantidade de plantas de B. ruziziensis (Figura 2). O aumento do número de plantas de capim observado pode ter ocorrido em função do melhor controle de plantas de soja, o que possibilitou o melhor estabelecimento do capim no sistema de consorciação. [3]

Figura 1. Porcentagem de controle de plantas de soja tiguera com diferentes doses de Primóleo 15 e 30 dias após a aplicação. Maracaju, MS, 2013. Figura 2. Número de plantas de Brachiaria ruziziensis aos 15 e 30 dias após a aplicação de diferentes doses de Primóleo. Maracaju, MS, 2013. Entretanto, observou-se que doses elevadas de Primóleo resultaram em redução na massa seca de B. ruziziensis, de modo que doses superiores a 2,5 L ha -1 resultaram em redução da massa seca produzida (Figura 3). Esse resultado sugere que doses superiores a 2,5 L ha -1 de Primóleo não devem ser utilizadas em cultivos de milho consorciado com B. ruziziensis, pois pode reduzir de forma significativa a palhada produzida pelo capim no final do ciclo de desenvolvimento do milho. A produtividade do milho indicou apresentar um padrão linear e crescente com as doses de Primóleo utilizados. Assim, doses maiores do herbicida proporcionaram [4]

incrementos na produtividade (Figura 4). Esse resultado foi obtido provavelmente em função da ausência de fitointoxicação pelas doses de Primóleo utilizadas nas plantas de milho, pelo controle das plantas de soja tiguera na área e pela supressão do capim, o que proporcionou melhores condições para o estabelecimento do milho. Figura 3. Massa seca (g) de Brachiaria ruziziensis no momento da colheita do milho tratada com diferentes doses do herbicida Primóleo. Maracaju, MS, 2013. Figura 4. Rendimento de grãos (kg ha -1 ) de milho tratado com diferentes doses do herbicida Primóleo. Maracaju, MS, 2013. Conclusões Doses crescentes de Primóleo resultam em melhor controle de plantas soja tiguera, não afeta o número de plantas de Brachiaria ruziziensis e resulta em maior rendimento de grãos de milho. Doses superiores a 2,5 L ha -1 de Primóleo resultam em redução na massa seca de Brachiaria ruziziensis. [5]

Referências CECCON, G.; STAUT, L.A.; SAGRILO, E.; MACHADO, L.A. NUNES, D.P.; ALVES, V.B. Legumes and forage species sole or intercropped with corn in soybean-corn succession in Midwestern Brazil. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, v.37, n.1, p.204-212, 2013. FREITAS, F.C.L.; FERREIRA, L.R.; FERREIRA, F.A.; SANTOS, M.V.; AGNES, E.L.; CARDOSO, A.A.; JAKELAITIS, A. Formação de pastagem via consórcio de Brachiaria brizantha com o milho para silagem no sistema plantio direto. Planta Daninha, Viçosa, v.23, p.49-58, 2005. JAKELAITIS, A., SILVA, A.A., FERREIRA, L.R., SILVA, A.F.; FREITAS, F.C.L. Manejo de plantas daninhas no consórcio de milho com capim-braquiária (Brachiaria decumbens). Planta Daninha, Viçosa, v. 22, n. 4, p. 553-560, 2004. [6]