Dever de informação art.º 5.º RCTFP

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Transcrição:

Missão Administrativa da(o) Secretária(o) de Justiça Dever de informação art.º 5.º RCTFP CFFJ - 2012 Direção-Geral da Administração da Justiça

Diz o art.º 5.º do Regulamento ao Regime do Contrato de Trabalho em Funções Públicas (doravante apenas RCTFP), aprovado pela Lei n.º 59/2008, de 11 de setembro, o seguinte: A entidade empregadora pública deve afixar no órgão ou serviço, em local apropriado, a informação relativa aos direitos e deveres do trabalhador em matéria de igualdade e não discriminação. Logo, é um dever a cumprir por todos os serviços públicos. Nesse sentido consideramos que, para cumprir esta obrigação, a(o) Secretária(o) de Justiça deve: 1.º- afixar esta informação nas instalações da Secretaria Judicial; 2.º- em local apropriado; e, 3.º- que da informação constem igualmente os direitos e deveres dos trabalhadores em matéria de igualdade e não discriminação. Esta matéria encontra-se regulamentada/disciplinada nos art.ºs 13.º a 23.º do Regime e 4.º a 14.º do Regulamento do RCTFP. Então o que deve ser feito para dar cumprimento a esta disposição legal, ou seja, que informação sobre os direitos e deveres dos trabalhadores, em matéria de igualdade e não discriminação, deverá ser afixada? Naturalmente, deve ser encontrada uma solução o mais simples e adequada possível. Nesse pressuposto, sugere-se o seguinte: seja efetuada uma cópia para papel timbrado da secretaria do tribunal: do conteúdo do art.º 13.º do Regime do RCTFP; do conteúdo do art.º 14.º do Regime do RCTFP; do conteúdo do art.º 15.º do Regime do RCTFP; do conteúdo do art.º 19.º do Regime do RCTFP; e, do conteúdo do art.º 20.º do Regime do RCTFP; Em principio entendemos que são estes os elementos que, estando devidamente afixados, podem considerar-se como dando cumprimento ao dever de informar todos 2

os trabalhadores sobre os seus direitos e deveres em matérias relativas à igualdade e não discriminação, pelo menos nos seus aspetos essenciais. Deixamos, na parte final deste texto, uma montagem daquilo que consideramos essencial para cumprir esta obrigação. Caso entenda, pode servir-se deste exemplo. Contudo se pretender melhorar o seu aspeto, é pois livre de o fazer. Trata-se apenas de uma sugestão, para facilitar o cumprimento da obrigação em causa. 3

Igualdade e não discriminação Informação relativa aos direitos e deveres dos trabalhadores Direito à igualdade no acesso ao emprego e no trabalho Todos os trabalhadores têm direito à igualdade de oportunidades e de tratamento no que se refere ao acesso ao emprego, à formação e promoção profissionais e às condições de trabalho. Nenhum trabalhador ou candidato a emprego pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão, nomeadamente, de ascendência, idade, sexo, orientação sexual, estado civil, situação familiar, património genético, capacidade de trabalho reduzida, deficiência, doença crónica, nacionalidade, origem étnica, religião, convicções políticas ou ideológicas e filiação sindical. Proibição de discriminação A entidade empregadora pública não pode praticar qualquer discriminação, direta ou indireta, baseada, nomeadamente, na ascendência, idade, sexo, orientação sexual, estado civil, situação familiar, património genético, capacidade de trabalho reduzida, deficiência ou doença crónica, nacionalidade, origem étnica, religião, convicções políticas ou ideológicas e filiação sindical. Não constitui discriminação o comportamento baseado num dos fatores indicados no número anterior sempre que, em virtude da natureza das atividades profissionais em causa ou do contexto da sua execução, esse fator constitua um requisito justificável e determinante para o exercício da atividade profissional, devendo o objetivo ser legítimo e o requisito proporcional. Cabe a quem alegar a discriminação fundamentá-la, indicando o trabalhador ou trabalhadores em relação aos quais se considera discriminado, incumbindo à entidade empregadora pública provar que as diferenças de condições de trabalho não assentam em nenhum dos fatores indicados anteriormente. Assédio Constitui discriminação o assédio a candidato a emprego e a trabalhador. Entende-se por assédio todo o comportamento indesejado relacionado com um dos fatores indicados anteriormente, praticado aquando do acesso ao emprego ou no próprio emprego, trabalho ou formação profissional, com o objetivo ou o efeito de afetar a dignidade da pessoa ou criar um ambiente intimidativo, hostil, degradante, humilhante ou desestabilizador. Constitui, em especial, assédio todo o comportamento indesejado de carácter sexual, sob forma verbal, não verbal ou física, com o objetivo ou o efeito referidos no número anterior. Condições de trabalho É assegurada a igualdade de condições de trabalho, em particular quanto à remuneração, entre trabalhadores de ambos os sexos. As diferenciações remuneratórias não constituem discriminação se assentes em critérios objetivos, comuns a homens e mulheres, sendo admissíveis, nomeadamente, distinções em função do mérito, produtividade, assiduidade ou antiguidade dos trabalhadores. Os sistemas de descrição de tarefas e de avaliação de funções devem assentar em critérios objetivos comuns a homens e mulheres de forma a excluir qualquer discriminação baseada no sexo. Carreira profissional Todos os trabalhadores, independentemente do respetivo sexo, têm direito ao pleno desenvolvimento da respetiva carreira profissional. 4

Coleção Missão Administrativa da(o) Secretária(o) de Justiça Autor: Centro de Formação de Funcionários de Justiça Titulo: Dever de informação art.º 5.º RCTFP Coordenação técnico-pedagógica: José Cabido Colaboração: João Campos Coleção pedagógica: Centro de Formação de Funcionários de Justiça 1.ª edição Outubro de 2012 Direção-Geral da Administração da Justiça Centro de Formação dos Funcionários de Justiça Av. D. João II, n.º 1.08.01 D/E piso 10.º, 1994-097 Lisboa, PORTUGAL TEL + 351 21 790 64 21 Fax + 351 21 154 51 02 EMAIL cfoj@mj.pt http://e-learning.mj.pt/dgaj - www.dgaj.mj.pt 5