Inovação na Agricultura: criação, proteção e distribuição das variedades de aveia da UFRGS Prof. Luiz Carlos Federizzi Departamento de Plantas de Lavoura Faculdade de Agronomia
Motivação Cientistasdevemestarmotivadospelaaventurado descobrimento Equipadocom seuscincosentidoso homemexplorao universoaoseuredore chamaessaaventurade ciência. (Edwin Powell Hubble) Sem ciência de qualidade não existe inovação
Progresso Ciencia DESENVOLVIMENTO APLICAÇÃO TRANSFERENCIA/ EDUCAÇÃO Tecnologia
Inovação Retribuição Deposito Utilização Direito Intelectual Proteção
Principal Inovação na Agricultura Cultivar
MELHORAMENTO DE PLANTAS ARTE Experiência, intuição, aprendizado com outros melhoristas CIÊNCIA Conhecimentos de genética, botânica, bioquímica, fisiologia, estatística... NEGÓCIO Gera dinheiro, mas custa muito dinheiro de modificar as plantas a serviço do homem. Agricultor Indústria Consumidor
PROGRAMA DE MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVEIA UFRGS PROAVENA Desenvolvimento de germoplasma Adaptação de genes de importância agronômica ao material genético brasileiro Novas variedades Estudos de genética da aveia Gerar conhecimento/melhorar eficiência
1º passo: escolha dos genitores a serem utilizados nos cruzamentos 2º passo: cruzar arficialmente os genótipos parentais Sucesso do Programa depende do material genético (GERMOPLASMA), o qual: 3º passo: avaliar a progênie do cruzamento durante 5 a 7 anos deve ser localmente adaptado população de plantas genéticamente variável leva décadas para ser construído deve ser trocado entre Selecionar Programas melhores parceiros plantas a cada ano Sustentabilidade Selecionar do Programa melhores a longo linhagens prazouniformes 4º passo: testar linhagens selecionadas no final do processo 4 anos de ensaios em vários locais 5º passo: multiplicação de sementes (inicia no 2º ano de ensaios) Medir: rendimento de grãos qualidade de grãos estabilidade do rendimento de grãos reação a moléstias ciclo Se alguma linhagem for melhor que as variedades testemunha (melhores no mercado) NOVA VARIEDADE AGRICULTOR
PANÍCULA DE PLANTA F 5 Exemplo de produção de sementes de novos cultivares aveia na UFRGS Linhas de plantas F 6 1 BULK 0,3 a 0,5 kg 2 ENSAIO PRELIMINAR 5-10 kg 3,5 kg para Ensaio Regional Produção de sementes (otimizada) Sobra de sementes 3 ENSAIO REGIONAL 5-10 kg 100-150 kg 3 3,5 kg para Ensaio Brasileiro 4 ENSAIO BRASILEIRO Ano 1 3 a 6 t 4 5 ENSAIO BRASILEIRO Ano 2 Produtor de 100 200 t sementes básicas 5 6 LANÇAMENTO COMERCIAL Produtores de sementes certificadas AGRICULTOR 6 AGRICULTOR 7
Locais onde novas linhagens de aveia são testadas no Brasil NO BRASIL, ENSAIOS DE RENDIMENTO DE AVEIA SÃO CONDUZIDOS EM 8 A 10 LOCAIS A CADA ANO = Local de teste Estação Experimental Agronômica da UFRGS
PADRÃO UFRGS PARA SER VARIEDADE rendimento de grão superior as variedades existentes rendimento de grãos estável através dos anos e locais qualidade de grão atributos para indústria boa resistência as principais moléstias(ferrugem da folha e do colmo, mancha do grão, giberela) aceitável tolerância à geada ciclo adequado para melhor explorar a estação de crescimento (nem tão longo, nem tão curto)
Cultivares Lançadas Comercialmente Anterior a Lei de Proteção(1997) UFRGS 1, UFRGS 2, UFRGS 3, UFRGS 4, UFRGS 5, UFRGS 6, UFRGS 7, UFRGS 8, UFRGS 9, UFRGS 10, UFRGS 11, UFRGS 12, UFRGS 14, UFRGS 15, UFRGS 16, UFRGS 17, UFRGS 18, UFRGS 19, URS 20, URS 21 e URS 22 Importantes UFRGS 7 ( primeira cultivar precoce, porte baixo) UFRGS 14 ( excelente adaptação e rendimento de grãos) UFRGS 15 ( porte baixo, excelente resistencia a geada) UFRGS 16 ( resistencia as ferrugens, ARGENTINA) UFRGS 17 (Excelente rendimento de grãos) UFRGS 19 (porte baixo excelente qualidade grãos) URS 21 (resistencia a ferrugem e qualidade grãos) URS 22 (porte baixo, rendimento e qualidade dos grãos)
Mudanças com a Lei de Proteção Condições (exigências) de lançamento flexibilizadas (mais fácil); Maior responsabilidade de lançar variedades que realmente fazem a diferença; Genética diferente para os principais caracteres; Qualidade (industria);
Cultivares Lançadas Comercialmente(Após 1997) URS GUAPA (2004) URS TAURA e URS TARIMBA (2009) URS GURIA e URS CHARRUA (2010) URS ESTAMPA, URS CORONA, URS GUARÁ e URS TORENA (2011) URS BRAVA (2013)
URS Guria URS Charrua Lançamento comercial - 2010 20
URS Estampa URS Torena URS Guará URS Corona Lançamento comercial - 2011 21
Áreae produçãode aveiano Brasil 400,0 350,0 369,0 346,0 300,0 250,0 221,8 232,2 239,5 200,0 150,0 100,0 106,1 111,2 122,4 145,5 146,0 50,0-2008 2009 2010 2011 2012
Rendimento médio de grãos de aveia Brasil(kg/ha) 3.000 2.500 2.536 2.370 2.000 2.090 2.088 1.957 1.500 1.000 500-2008 2009 2010 2011 2012
Quantidade de semente de aveia (t) aprovada e comercializada nos diferentes anos no RS Aprovada Comercializada 12.000 10.950 10.000 8.383 8.000 6.000 5.528 5.652 4.000 3.329 4.690 4.179 2.532 2.000 0 2008 2009 2010 2011 Fonte : Ministerio da Agricultura/ RS
Area licenciada em hectares 7000 6000 5000 4000 3000 2008 2009 2010 2011 2000 1000 0 Guapa URS 21 Tarimba Taura Guria Charrua
80 70 Evolução em percentagem da area de semente oficial das cultivares da UFRGS 60 50 40 30 2008 2009 2010 2011 2012 20 10 0 Guapa URS 21 Tarimba Taura Guria Charrua
4.500 Area inscrita em ha ano 2012 4.000 4.002 3.500 3.000 2.500 2.000 1.926 1.500 1.568 1.408 1.000 500 0 667 443 220 115 69 68 50 40 40 31 20
6000 Area (ha) licenciada pela UFRGS 2011/2012 5000 2012 2011 4850,65 4000 3000 2628 2440,4 2938 2000 1775,3 2118 1000 763 909 0 150 58 100 105 70 50 Charrua Corona Estampa Guapa Guara Guria Tarimba Taura Torena
120 numero de licenças 100 95 96 94 80 60 40 48 54 20 18 25 0 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
8.000,00 Semente de aveia comercializada em 2011 (t) por obtentor 7.299,37 7.000,00 6.000,00 5.000,00 4.000,00 3.000,00 2.000,00 1.000,00 0,00 635,46 389,32 45,24 13,96 Fundacep UPF IAPAR UFRGS UFPEL Fonte: Ministerio da Agricultura, 2012
A quem interessa a PROTEÇÃO DE CULTIVARES? Para a Instituição fica mais conhecida como geradora de bens e produtos para a sociedade; A Instituição se torna mais conhecida e respeitada; Para o melhorista valoriza o trabalho e propicia melhor conhecimento de como vai o comportamento no campo das variedades lançadas;
A quem interessa a PROTEÇÃO DE CULTIVARES? Para o melhorista trabalho de educação/extensão direto com os produtores e industrias; Melhora conhecimento de campo do melhorista; Recebimento de benefícios pecuniários; Proteção deve ser exercida pela Instituição;
Escolha dos parceiros Ética; Qualidade de produção de sementes; Possibilidade de venda/marketing; Parcerias anteriores; Diminuição de riscos;
Escolha dos parceiros Ideal seria leilão; Para cada variedade/ nicho de mercado; Plano de negócios para cada variedade; Impossível fazer atualmente na Universidade;
Estrategia DESAFIO Continuargerandocultivaresparase mantero liderno mercado nacional e entrar definitivamente no mercado internacional AÇÕES Gerar a ciencia para avançar o conhecimento da genetica da aveia Identificaroscaracteres queserãoimportantesparao futuro Desenvolvera tecnologiaapropriada parao programae para os agricultores METAS Contribuir significativamente para o desenvolvimento da agricultura brasileira
NECESSIDADES FUTURAS 1. Aumentar estudos básicos de genética; 2. Troca de germoplasma fundamental (problema legislação e dificuldades); 3. Cooptar Jovens talentosos para que trabalhem com aveia ambiente dinâmico criativo motivador
Rendimento de grãos 2010 e 2011 7000 Rendimento de grãos (kg/ha) 6000 5000 4000 3000 2000 1000 5554 5507 5323 5156 4293 4414 4663 4431 4583 5586 5770 5433 4850 4566 4418 4342 5076 5338 2010 2011 0 Locais: Eldorado do Sul, Passo Fundo, Guarapuava, Ponta Grossa, Mauá da Serra, Londrina 24
Distribuição do germoplasma UFRGS 31
Considerações finais DESAFIO continuar gerando cultivares para se manter líder no mercado nacional e entrar definitivamente no mercado internacional. AÇÕES avançar o conhecimento em genética da aveia; identificar os caracteres que serão importantes para o futuro; desenvolver a tecnologia apropriada para o programa e para os agricultores. METAS contribuirsignificativamenteparao desenvolvimentoda agricultura brasileira. 32
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