SISTEMA PENITENCIÁRIO BRASILEIRO E A RESSOCIALIZAÇÃO DO PRESO STORINI. B.T. O Sistema Penitenciário sempre teve em sua estrutura, várias críticas acerca do tratamento que é oferecido para o condenado. Foram evoluídos com o tempo os estabelecimentos penais, pois se havia uma necessidade de fazer com que a pena fosse de caráter educativo e não apenas de punição para o criminoso. Dessa forma esse estudo mostra brevemente um histórico acerca do sistema e regimes penitenciários, com foco no regime hoje adotado pelo Brasil. O estudo também visa explanar a respeito da Lei de Execução Penal, no que toca seus sistemas, regimes e direitos e deveres do preso, bem como as assistências jurídicas prestadas nas penitenciárias. Buscou-se com presente estudo, estruturar com métodos de pesquisa lógica dedutiva, conceituando e utilizando diversos autores nacionais, visando mostrar os pontos negativos do sistema penitenciário, para uma melhor solução aos problemas relacionados aos estabelecimentos penitenciários. Outro tema abordado é a importância da ressocialização do preso, sendo que o Estado tem a função de prestar às penitenciárias toda estrutura e assistências que lhes são necessárias. Tais assistências são de suma importância ao retorno do condenado para o convívio social. Este trabalho apresenta as dificuldades e problemas no sistema prisional, como também soluções nesse sistema, visando a ressocialização do preso. Palavra chave: Penitenciária; Ressocialização; Sociedade ABSTRACT The Penitentiary System has always had in its structure many critics on the treatment offered to the condemned. By the time it was developed the criminal establishments, because there was the need to make the punishment to be of educational character and not only a punishment to the criminal. This way this study briefly shows a historical of the system and penitentiary regimes focused on nowadays regime adopted in Brazil. The study is also aimed at explaining about the Penal Execution Law in terms of its systems, regimes, and rights and duties of the prisoner, as well as the juridical assistance rendered to the penitentiaries. It was sought with this present study to structure by logical deductive research methods, conceptualizing and using diverse national authors, aiming to show the negative aspects of the penitentiary system, in order to improve the solution of problems related to the penitentiary establishments. Another theme approached is the importance of resocialization of the prisoner, in which the State has the function of rendering the penitentiaries all the structure and assistances necessary, such assistances that are virtually important to the condemned returning to social living. This
paper presents the difficulties and problems in prisional system, and also solutions in this system, aiming at the prisoner resocialization. Key words: Penitenciary; Resocialization; Society; Human dignity. INTRODUÇÃO Este artigo tem por objetivo abordar as relações do Sistema Penitenciário Brasileiro acerca das questões da ressocialização do preso, apresentando o funcionamento dos estabelecimentos prisionais, bem como as regras e formas proporcionadas ao preso pela direção das penitenciárias. A dignidade da pessoa humana, quanto ao valor constitucional supremo que agrega em si todos os direitos fundamentais do homem, e fundamento do Estado Democrático de Direito deve em quaisquer tipos de relações, serem protegidos de agressões. FUNDAMENTAÇÃO O sistema Penitenciário Brasileiro é apresentando a sociedade como uma forma de punição e reabilitação aquele indivíduo que cometeu algum delito em sua vida social. O estabelecimento prisional garante ao condenado através do Estado, assistências e procedimentos para que sua pena seja cumprida de acordo com a Lei de Execução Penal, proporcionando então ao preso como fundamento sua ressocialização, ou seja, seu retorno a sociedade. O Estado deverá prestar o auxílio do qual necessitar o condenado, objetivando a prevenir o crime e orientando o retorno a convivência em sociedade, enquanto este estiver cumprindo sua pena privativa de liberdade, não havendo qualquer distinção social, racial, religiosa e política entre eles. O preso passará de regime, conforme seu comportamento, ou seja, ele deverá começar em regime fechado, depois semi-aberto e então o aberto. No regime fechado a segurança será máxima ou média, sendo os estabelecimentos prisionais, ficando o preso em uma cela. No regime Semi aberto, o condenado deverá ser alojado em locais coletivos e sua pena será
relacionada com trabalho. Já no aberto ele poderá cumprir sua pena em casa de albergado de segurança mínima, sendo suas limitações menores que as demais. Diante exposto, o sistema penitenciário tem a função de proteger a sociedade do indivíduo perigoso, bem como, ajudá-lo conforme as assistências previstas na Lei de Execução Penal, para sua ressocialização. Porém, e infelizmente não é exatamente assim que procede ao sistema nos tempos de hoje. Com o grande crescimento de penitenciárias o sistema foi se diminuindo, ou seja, as regras não estão sendo cumpridas e nem sempre as infrações penais são impostas de maneira adequada. A falta de estrutura, superlotação e a inexistências de trabalhos para recuperação do detento, são causas principais fazendo com que o nosso sistema não caminhe conforme deveria ser. Essa falta de assistência prestada pelo governo prejudica o desenvolvimento dos que estão cumprindo suas penas, fazendo com que os condenados retroajam nas suas disciplinas, resultado contrário do que se espera para a recuperação do condenado. A superlotação no sistema penitenciário impede que possa existir qualquer tipo de ressocialização e atendimento à população carcerária, o que faz surgir forte tensão, violência e constantes rebeliões. 1 Considera-se então as assistências no estabelecimento prisional, fundamental para o desenvolvimento do condenado, partindo dessa assistência a mudança do individuo, para retorno a vida social. De acordo com a Lei de Execução Penal, A assistência será: I - material; II - à saúde; III - jurídica; IV - educacional; V - social; VI religiosa. 2 São essas, as assistências prestadas pelo Estado, visando sempre a ressocialização do condenado. O estabelecimento prisional deve buscar a reintegração do preso, não somente puni-los severamente, deve haver uma transformação de conduta em cada indivíduo, mostrando a ele que há possibilidade de ser aceito a sociedade novamente. 1 ARRUDA. Sande Nascimento. A ineficiência, as mazelas e o descaso presentes nos presídios superlotados e esquecidos pelo poder público. Disponível em: http://revistavisaojuridica.uol.com.br. Acesso em: 13 ago. 2013. 2 BRASIL. Lei de Execução Penal, Art. 11, op. cit., p. 18.
O Estado e a administração das penitenciárias precisam proporcionar as prisões, o trabalho, respeito, normas, assistências e educação, assim o preso vai se modificando dia após dia, minimizando sua mágoa e projetos de rebeliões e fugas, dando seriedade ao tratamento proposto pelo Estado, se sentindo na obrigação de devolver a ele todo afeto e oportunidade que estão lhe dando ao confiar na sua mudança. A falta de política pública e seriedade fazem com que o preso não aprende a viver em sociedade, aperfeiçoando assim, sua vida de criminalidade na própria prisão. Por esse modo a ressocialização tem por finalidade aperfeiçoar e modificar a vida do condenado. A situação atual do sistema penitenciário brasileiro está cada dia piorando, as fugas, rebeliões que acontecem, são uma resposta e ao mesmo tempo um pedido na melhoria das assistências e condições desumanas em que estão vivendo. A falta de administração, assistência, a discriminação e indiferença humana provocam um abandono da administração fornecida pelo Estado em favor das prisões, causando então certa falência no sistema carcerário. A crise carcerária apresenta um grande problema penal e penitenciário, os estabelecimentos prisionais estão vivendo um momento precário, provocando grandes problemas pela falta de estrutura humana. As penitenciárias do Brasil estão em condições desumanas, formando um lugar de tortura sofrimento e principalmente superlotação, Passou a não ser mais uma maneira de educar e punir, e sim de sofrimento a pessoa 3. Essas condições fazem com que os presos vivem e forma precária, piorando o sistema de ressocialização do condenado. A falta de planejamento no sistema está completamente falida, o Estado não vem apresentando as medidas necessárias para resolverem os problemas que o sistema carcerário vem enfrentando. O Estado precisa conduzir bem as políticas, ou seja, as assistências, para resoluções dos problemas impostos pelo setor. 3 FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. Tradução de Raquel Ramalhete. 27. ed. Petrópolis: Vozes. 1987. p. 57.
CONCLUSÃO Por tudo que se expôs no decorrer do artigo, a que se pensar na adequação do sistema penitenciário brasileiro que toca os princípios da dignidade da pessoa humana, integridade física e ressocialização do apenado. Pois o preso só deve ser privado de sua liberdade e não de seus direitos fundamentais. A sociedade ainda não evoluiu a ponto de deixar de lado a discriminação e entender que a pena restritiva de liberdade é para ressocializar e reeducar o preso. Com essa discriminação da sociedade os ex- presidiários estão voltando a delinqüir, pois perdem a esperança de mudança de uma vida melhor. Não se está aqui, com o presente artigo, a defender os indivíduos criminosos, tampouco os delitos por eles cometidos, mas sim os direitos de dignidade humana de cada um, o respeito da sociedade, pois um dia deixaram de viver em sociedade, mas não deixaram de serem seres humanos, precisam e merecem todo apoio do Estado. Desta forma, é dever do Estado, proporcionar aos estabelecimentos prisionais toda assistência que lhe é devida, bem como auxilio que dele necessitar, dirigindo nos estabelecimentos penitenciários a ressocialização do preso na volta à sociedade. REFERENCIAS ARRUDA. Sande Nascimento. A ineficiência, as mazelas e o descaso presentes nos presídios superlotados e esquecidos pelo poder público. Disponível em: Disponível em: http://revistavisaojuridica.uol.com.br. Acesso em: 13 ago. 2013. BRASIL. Lei de execução penal. DOU Brasília, 05 out 1988. LEP (Lei n 7.210, de 11de julho de 1984). FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. Tradução de Raquel Ramalhete. 27. ed. Petrópolis: Vozes. 1987.