Perspectivas Setoriais 07 de Outubro de 2015

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Portanto, reforçamos os nossa recomendação de cautela com investimentos no setor, sobretudo para investidores que visem retorno no curto prazo.

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técnica (PRONATEC) e universitária (PROUNI), assim como o financiamento estudantil (FIES) serão mantidos e poderão até mesmo ser ampliados mais

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Transcrição:

Perspectivas Setoriais 07 de Outubro de 2015 Embora o recente realismo tarifário tenha trazido algum fôlego para o setor, o cenário continua bastante complicado para as elétricas, principalmente por questões como a baixa afluência de chuvas e resquícios de insegurança regulatória (permanente desde a imposição da MP 579/ 2012). No segmento de geração o baixo armazenamento dos reservatórios continua prejudicando a produção hidráulica e acarretando em alto custo para as elétricas. É nesse sentido que o governo editou a MP 688, a fim de minimizar os perversos efeitos desse déficit hídrico (que deve ficar em torno de 18% neste ano, frente a um déficit de cerca de 9% em 2014 e de 3% em 2013). Em síntese, a medida cria mecanismo de prevenção à eventual crise hídrica por meio do pagamento de uma espécie de seguro e extensão do prazo das concessões vigentes, bem como possibilita a minimização voluntária do risco pelos próprios geradores, mediante a contratação de energia de reserva (existente ou nova). A princípio, destacamos como pontos positivos da medida, o reconhecimento retroativo do déficit ao início de 2015 e o possível aumento de previsibilidade que a proposta pode trazer ao setor. Entretanto, por outro lado, a complexidade da medida e a indefinição sobre certos pontos continuam inviabilizando a mensuração de seus possíveis impactos positivos e/ou negativos, fato que só deve ficar mais claro após o fim da 4 fase da audiência pública (que recebe contribuições até 13/10) e da divulgação de sua respectiva nota técnica. Contudo, até o desfecho dessa proposta o cenário continua bastante nebuloso para as geradoras, que devem continuar apresentando dispêndios elevados no 3 trim/15. Aquelas empresas que aderirem à proposta devem observar a reversão desses custos com o déficit hídrico no 4 trim/15, fato que tende a impulsionar resultados, ainda que em termos contábeis. Já no segmento de distribuição o ambiente está um pouco menos anuviado, sobretudo por conta das bandeiras tarifárias e do reajuste extraordinário concedido no início do ano, que tem levado a expressiva alta das tarifas. Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética, a tarifa média de energia ficou 40,9% mais cara no 1 Sem/15 frente ao 1 Sem/14, culminado numa retração da demanda (de 1,6% na mesma base de comparação), como pode ser observado no gráfico ao lado. Entretanto, esse mesmo aumento que traz importante alívio para o caixa das distribuidoras já começa a trazer preocupações no sentido de alta da inadimplência e elevação das perdas não técnicas (com furtos de energia). Outro ponto de atenção para as distribuidoras é o vencimento da concessão de algumas distribuidoras, como por exemplo, da Copel e de diversas subsidiárias da Eletrobrás, que ocorreu em julho deste ano. A expectativa é de que o governo renove essas concessões por mais 30 anos em troca de métricas mais rigorosas para a qualidade dos serviços prestados e para à gestão econômica e financeira da concessão. A concessionária que não cumprir as exigências de qualidade ou investimento por dois anos consecutivos ou dois anos alternados, dentro de um prazo de cinco anos, perderá o direito da concessão. Esse é um ponto extremamente importante, pois de um lado pressiona as companhias que possuem problemas financeiros e de gestão, enquanto que gera uma possível oportunidade de aquisição para as distribuidoras bem colocadas no mercado e com boa situação financeira. Em suma, a aderência das geradoras a MP 688 permanece no radar, bem como a inadimplência e perdas não técnicas devem ser pontos de atenção nos resultados do 3 trim/15, enquanto que o recente encarecimento da energia corrobora a perspectiva de ganho de rentabilidade e certa recuperação na distribuição de proventos. Contudo, mantemos recomendação de cautela e seletividade com investimentos no setor elétrico. Evolução da Tarifa Média versus Consumo de Energia no Brasil R$ 400 R$ 350 R$ 300 R$ 250 R$ 200 R$ 150 Tarifa Média (MWh) bandeiras e reajuste extraordinário Consumo (GWh) MP 579 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 40.000 37.000 34.000 31.000 28.000 25.000 Fonte: Empresa de Pesquisa Energética, LCA Consultoria Coinvalores. Comparativos do Setor Resultado Líquido P/L 2015 (P) 2 trim/14 2 trim/15 15,2 Cemig 534,1 740,9 7,9 6,5 1,8 EV/EBITDA 2015 (P) 10,2 Copel 212,5 275,3 6,5 2,4 6,8 CPFL Energia 164,6 124,2 0,9 Cot./VPA 0,6 0,6 2,0 Fonte: Economatica e Projeções Análise Coinvalores. 1

Copel PNB Preço Alvo R$ 38,90 Up Side / 21,2% CPLE6 / R$ 32,08 em 06/Out/15 Breve Descritivo Composição Acionária: A Copel é a maior empresa do Paraná e atua nas áreas de geração, transmissão e distribuição de energia, além de telecomunicações. A companhia também opera um sistema elétrico com parque gerador próprio de usinas, linhas de transmissão, subestações, linhas e redes elétricas do sistema de distribuição. A Copel efetua em média, mais de 70 mil novas ligações a cada ano, atendendo praticamente 100% dos domicílios nas áreas urbanas e passa de 90% nas regiões rurais. Projeções em MM 2014 2015e 2016e 2017e 2018e 2019e Receita Líquida 13.918,5 16.260,3 17.689,8 19.133,0 20.136,5 21.218,8 EBITDA 2.179,9 1.956,5 2.721,0 3.433,1 3.764,7 4.106,7 Lucro Líquido 1.206,0 1.109,8 1.567,5 2.011,1 2.237,9 2.477,8 Indicadores 2014 2015e 2016e 2017e 2018e 2019e COT/VPA Projetado 0,7 0,6 0,6 0,5 0,5 0,5 EV/EBITDA 5,8 7,6 5,8 4,8 4,5 4,2 Preço/Lucro 7,5 8,1 5,7 4,5 4,0 3,6 Dividend Yield -x- 5,6% 8,4% 11,2% 12,5% 13,8% Pay Out -x- 45,0% 48,0% 50,0% 50,0% 50,0% Dívida Líquida (R$ MM) 4.841,7 5.884,6 6.816,3 7.377,0 7.828,9 8.082,4 % de Curto Prazo 21,5% 18,9% 14,8% 14,5% 14,2% 14,1% Part. De Capital de 3ºs 46,6% 49,5% 50,6% 51,7% 51,6% 50,8% ROE (%) 8,8% 7,7% 10,2% 12,1% 12,4% 12,7% Margem EBITDA 15,7% 12,0% 15,4% 17,9% 18,7% 19,4% Margem Líquida 8,7% 6,8% 8,9% 10,5% 11,1% 11,7% Conclusão Mesmo diante de toda essa complicada conjuntura setorial, a Copel segue apresentando resultados satisfatórios destacadamente por questões como a descontratação de cerca de 10% de sua energia e maior exposição ao mercado livre (63%) frente ao mercado regulado (27%), que tem favorecido o resultado do Principais Acionistas 02/Jul/15 Com Voto Sem voto Todos tipos Estado do Paraná 58,6% -x- 31,1% Bndespar - BNDES Participações SA 26,4% 21,2% 24,0% Outros 15,0% 63,9% 38,0% Histórico segmento de geração. E esse é um dos pontos que ratifica as boas perspectivas para a companhia, haja vista que o volume de energia descontratada é maior nos próximos anos, conferindo certa resiliência as suas operações. Não obstante, a área de distribuição tende a apresentar alguma melhora daqui pra frente, principalmente por conta do reajuste das tarifas (que, no caso da Copel, estavam bastante represadas por conta de interferências governamentais). Ressaltamos que a concessão de sua distribuidora venceu em julho deste ano e, embora a perspectiva seja de uma prorrogação da concessão (por mais 30 anos) em troca de métricas mais rigorosas para qualidade e gestão econômico - financeira da concessão, as condições ainda não estão totalmente definidas. Por outro lado, a licitação das usinas que foram devolvidas ao poder concedente (marcada para 06 de novembro) ficou mais atraente após o governo mudar o modelo para receber o pagamento da ourtoga, em troca da possibilidade de destinar até 30% da energia para o mercado livre (ante 100% deveria ser destinado ao mercado cativo), e a Copel possui boa situação financeira para fazer frente a essas oportunidades. Em suma, a despeito do risco em torno do contrato de concessão de sua distribuidora (a nosso ver, ainda pequeno), que deve trazer mais volatilidade para seus papéis, vislumbramos que a companhia tende a continuar reportando números resilientes nesse ano. Além disso, questões como a maior descontratação da companhia nos próximos anos, a entrada em operação de cerca de 405,0 MW de capacidade instalada em geração até 2017 e a boa perspectiva de retorno via proventos corroboram nossa recomendação de compra para os papéis da companhia. CPLE6 x IBOVESPA na base 100 Bruno Piagentini (CNPI) 2

CPFL ON Preço Alvo R$ 21,60 Up Side / 45% CPFE3 / R$ 14,90 em 06/Out/15 Breve Descritivo A CPFL Energia é a maior holding privada do setor elétrico brasileiro e tem participação relevante no mercado livre e regulado. Com oito subsidiárias e presença nas regiões mais desenvolvidas do país, a companhia ocupa lugar de liderança nos segmentos de distribuição e comercialização, além de ser a 2 maior geradora de energia com 3.127 MW de capacidade instalada. Já a CPFL Renováveis, que possui o maior portfólio de energia renovável do Brasil, já conta com 1,8 GW de energia contratada ante uma capacidade de desenvolver cerca de 3,4 GW de pipeline de alta qualidade. Composição Acionária: Principais Acionistas 30/ Set/15 Com Voto Sem voto Todos tipos Fundo Mutuo Inv. Ações BB Cart. Livre I 26,5% -x- 26,5% Esc Energia S.A. 23,6% -x- 23,6% Energia São Paulo Fundo de Investimento em Ações 14,7% -x- 14,7% Bndespar - BNDES Participações SA 6,7% -x- 6,7% Outros 19,9% -x- 19,9% Histórico Projeções em MM 2014 2015e 2016e 2017e 2018e 2019e Receita Líquida 17.305,9 21.168,7 22.015,9 23.430,9 25.270,5 27.338,0 EBITDA 3.700,0 3.300,9 3.647,9 4.150,7 5.074,1 6.118,4 Lucro Líquido 949,2 972,1 1.200,0 1.413,9 2.062,3 2.786,0 Indicadores 2014 2015e 2016e 2017e 2018e 2019e COT/VPA Projetado 1,6 1,5 1,4 1,4 1,3 1,2 EV/EBITDA 6,9 8,7 8,1 7,1 5,7 4,5 Preço/Lucro 15,7 15,4 12,4 10,6 7,2 5,4 Dividend Yield -x- 3,6% 4,8% 6,2% 10,4% 14,0% Pay Out -x- 55,0% 60,0% 65,0% 75,0% 75,0% Dívida Líquida (R$ MM) 14.787,2 13.914,0 14.586,1 14.650,7 13.816,5 12.790,0 % de Curto Prazo 18,4% 12,6% 14,8% 19,9% 25,0% 17,8% Part. De Capital de 3ºs 73,3% 73,2% 73,2% 72,7% 72,3% 71,1% ROE (%) 10,1% 9,9% 11,6% 13,1% 18,2% 23,2% Margem EBITDA 21,4% 15,6% 16,6% 17,7% 20,1% 22,4% Margem Líquida 5,5% 4,6% 5,5% 6,0% 8,2% 10,2% Conclusão Essa adversa conjuntura setorial já afetou o desempenho da CPFL no 1 Sem/15, e deve continuar pressionando seus resultados no curto prazo. Ainda que o segmento de distribuição tenha ganhado importante fôlego com a recente escalada das tarifas, tal aumento não tem sido suficiente para cobrir a totalidade dos dispêndios com compra de energia e alta dos encargos do sistema (gastos estes que devem ser ressarcidos na próxima revisão tarifária anual). No segmento de geração, a situação também é complicada, pois quase a totalidade de sua energia esta contratada. Para 2016 vislumbramos um cenário ainda desafiador, principalmente por conta da concentração de CAPEX projetado para este ano, destacadamente por conta de projetos da CPFL Renováveis, haja vista sua estratégia de ampliar a representatividade do segmento de geração (onde as margens costumam ser mais atrativas). Após 2016 deve ocorrer expressiva redução na necessidade de investimentos, fato que deve contribuir para uma melhora financeira, com redução da alavancagem, recuperação de margens e pay-out. Até 2020 sua capacidade instalada deve aumentar em cerca de 10%, em função de projetos de pequenas centrais hidrelétricas e usinas eólicas, que vem ganhando importância na matriz brasileira. Em síntese, apesar do curto prazo desafiador, os investimentos realizados para expansão, diversificação e aumento de rentabilidade de seus negócios corroboram boas perspectivas para a CPFL. Portanto, reiteramos nossa recomendação de compra para seus papéis, sobretudo para investidores com foco no médio prazo e que busquem retorno via distribuição de dividendos. CPFE3 x IBOVESPA na base 100 Bruno Piagentini (CNPI) 3

EQUIPE COINVALORES >> Mesa de Operações / Bovespa Tel: 11 3035-4160 Anderson dos Santos Antonio Cláudio Bonagura Carlos Alberto de Oliveira Ribeiro Gênesis Rodrigues João Pinto Braga Filho João Paulo de Souza Angeli Dias José Antonio Penna Leonardo Antonio Sampaio Campos Luiz Carlos Camasmie Gabriel Marco Antonio Siqueira Mario Ruy de Barros Mauricio Gomes de Souza Sergio Aparecido da Costa William Celso Scarparo >> Aluguel de Ações BTC Tel: 11 3035-4154 Wagner Soares de Andrade Marcelo Milani >> Diretoria Tel: 11 3035-4151 Fernando Ferreira da Silva Telles Francisco Candido de Almeida Leite Henrique Freihofer Molinari José Ataliba Ferraz Sampaio Paulino Botelho de Abreu Sampaio anderson.santos@coinvalores.com.br bonagura@coinvalores.com.br cribeiro@coinvalores.com.br genesis@coinvalores.com.br zito@coinvalores.com.br joaopaulo@coinvalores.com.br penna@coinvalores.com.br lcampos@coinvalores.com.br lalo@coinvalores.com.br tulli@coinvalores.com.br mario.ruy@coinvalores.com.br mauricio.souza@coinvalores.com.br sergio.costa@coinvalores.com.br william@coinvalores.com.br wagner.andrade@coinvalores.com.br marcelo.milani@coinvalores.com.br fernandostelles@coinvalores.com.br franciscoleite@coinvalores.com.br molinari@coinvalores.com.br coin@coinvalores.com.br paulino@coinvalores.com.br >> Atendimento Home Broker Tel: 11 3035-4162 Jaime Nascimento jaimejr@coinvalores.com.br Marcio Espigares mespigares@coinvalores.com.br Deborah Bloise deborahbloise@coinvalores.com.br Cristiano Batista Ribeiro cristiano.ribeiro@coinvalores.com.br >> Gestão de Investimentos Tel: 11 3035-4164 Tatiane C.C. 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Mendes Paulo Nepomuceno Octavio Sequini Junior Thiago Vicari Jayme Kannebley Elias dos Reis da Silva mauricio@coinvalores.com.br paulo.celso@coinvalores.com.br octavio.sequini@coinvalores.com.br thiago.vicari@coinvalores.com.br jayme@coinvalores.com.br elias.silva@coinvalores.com.br IMPORTANTE >>Mesa de Renda Fixa Tel: 11 3035-4155 Mauricio M. Mendes Roberto Lima Natanael Fernandes Luiz Carlos Brandão Emilio Carlos Barbosa de Carvalho mauricio@coinvalores.com.br rlima@coinvalores.com.br natanaelfernandes@coinvalores.com.br lcb@coinvalores.com.br emilio.carvalho@coinvalores.com.br Este material foi elaborado em nome da Coinvalores CCVM Ltda., para uso exclusivo no mercado brasileiro, sendo destinado a pessoas físicas e jurídicas residentes no país, e está sujeito às regras e supervisão da Comissão de Valores Mobiliários e Banco Central do Brasil, estando em conformidade aos aspectos regulatórios contidos na Instrução da CVM n 483/10. Destaca-se que os Comentários, Análises e Projeções contidas neste trabalho foram elaboradas de forma absolutamente independente das posições detidas por esta instituição, refletindo a opinião pessoal dos analistas que as avaliam. Este trabalho é fornecido a seu destinatário com a finalidade exclusiva de apresentar informações e os valores mobiliários de que trata, não se constituindo numa oferta de venda ou uma solicitação para compra de ações. As informações utilizadas para sua elaboração foram obtidas de fontes públicas e/ou diretamente junto à(s) companhias(s), objeto da análise. Consideramos tais fontes confiáveis e de boa fé, porém não há nenhuma garantia, expressa ou implícita, sobre sua exatidão. As informações, opiniões, estimativas e projeções contidas neste documento referem-se à data presente e estão sujeitas à mudanças, não implicando necessariamente na obrigação de qualquer comunicação no sentido de atualização ou revisão com respeito a tal mudança. As opiniões aqui contidas a respeito da compra, venda ou manutenção dos papéis das companhias em análise ou a ponderação de tais valores mobiliários numa carteira teórica expressam o melhor julgamento dos analistas responsáveis por sua elaboração, porém não devem ser tomados por investidores como recomendação para uma efetiva tomada de decisão ou realização de negócios de qualquer natureza. Desta forma, a Coinvalores e os analistas envolvidos em sua elaboração não aceitam responsabilidade por qualquer perda direta ou indireta decorrente da utilização do conteúdo deste documento. De acordo com a Instrução CVM 483/10 é declarado que os analistas da Coinvalores CCVM Ltda possuem posições de investimento em cotas de Fundos e Clubes de Investimento administrados e geridos ou não, por esta instituição, os quais poderão sofrer influência indireta das análises e opiniões dos mesmos. A analista Sandra Peres, cônjuge ou companheiro, detêm (na data de publicação deste relatório), direta ou indiretamente, em nome próprio ou de terceiros, ações de emissão das companhias BM&FBovespa (BVMF3), Bradesco (BBDC4), e Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3). 4

EQUIPE COINVALORES - ANÁLISE >> ANALISTA CHEFE Sandra Peres (CNPI) sandra@coinvalores.com.br 3094-7873 r. 442 >> ANALISTAS DE INVESTIMENTOS Felipe Martins Silveira (CNPI) felipe.silveira@coinvalores.com.br 3094-7872 r. 443 Bruno Piagentini Caloni (CNPI) bruno.piagentini@coinvalores.com.br 3094-7874 r. 444 >> ASSISTENTE DE ANÁLISE Daniel Cosentino Liberato daniel.liberato@coinvalores.com.br 3094-7871 r. 574 Setores acompanhados: Açúcar e Álcool Sandra Peres (CNPI) Agrícola Sandra Peres (CNPI) Alimentos / Abatedouros Sandra Peres (CNPI) Alimentos / Massas e Farináceos Sandra Peres (CNPI) Aluguel de Frota Felipe Martins Silveira (CNPI) e Daniel Cosentino Autopeças Bruno Piagentini Caloni (CNPI) Bancos de Nicho Felipe Martins Silveira (CNPI) Bancos de Varejo Felipe Martins Silveira (CNPI) Bebidas Sandra Peres (CNPI) Bens de Capital / Infra-Estrutura Bruno Piagentini Caloni (CNPI) Calçados Sandra Peres (CNPI) Call Center Felipe Martins Silveira (CNPI) Cias Aéreas Felipe Martins Silveira (CNPI) e Daniel Cosentino Comércio Farmacêutico Sandra Peres (CNPI) Concessões em Infra-Estrutura Felipe Martins Silveira (CNPI) Construção Civil Felipe Martins Silveira (CNPI) Distribuição de Óleo e Gás Bruno Piagentini Caloni (CNPI) Educacional Felipe Martins Silveira (CNPI) e Daniel Cosentino Eletroeletronicos Sandra Peres (CNPI) Energia / Distribuição Bruno Piagentini Caloni (CNPI) Energia / Geração Bruno Piagentini Caloni (CNPI) Energia / Integradas Bruno Piagentini Caloni (CNPI) Energia / Transmissão Bruno Piagentini Caloni (CNPI) Entretenimento Felipe Martins Silveira (CNPI) Fertilizantes Sandra Peres (CNPI) Hardware / Software Felipe Martins Silveira (CNPI) e Daniel Cosentino Higiene / Farma / Limpeza Sandra Peres (CNPI) Imobiliárias Felipe Martins Silveira (CNPI) Ind. Aeronáutica Sandra Peres (CNPI) Locação Comercial Felipe Martins Silveira (CNPI) Logística / Transportes Felipe Martins Silveira (CNPI) e Daniel Cosentino Material de Construção Sandra Peres (CNPI) Material de Transporte Bruno Piagentini Caloni (CNPI) Medicina Diagnóstica Felipe Martins Silveira (CNPI) e Daniel Cosentino Metalurgia Bruno Piagentini Caloni (CNPI) Mineração Bruno Piagentini Caloni (CNPI) Papel e Celulose Sandra Peres (CNPI) Petróleo Bruno Piagentini Caloni (CNPI) Petroquímico Bruno Piagentini Caloni (CNPI) Planos de Saúde Felipe Martins Silveira (CNPI) e Daniel Cosentino Plataformas de Negociação Felipe Martins Silveira (CNPI) e Daniel Cosentino Programas de Fidelidade Felipe Martins Silveira (CNPI) Saneamento Básico Bruno Piagentini Caloni (CNPI) Seguros Felipe Martins Silveira (CNPI) Serviços de Engenharia Felipe Martins Silveira (CNPI) Serviços Financeiros Felipe Martins Silveira (CNPI) Shopping Center Felipe Martins Silveira (CNPI) Siderurgia Bruno Piagentini Caloni (CNPI) Telecom / Banda larga Felipe Martins Silveira (CNPI) e Daniel Cosentino Terminais Portuarios Sandra Peres (CNPI) Turismo Felipe Martins Silveira (CNPI) e Daniel Cosentino Varejo de Vestuario Sandra Peres (CNPI) Varejo Geral Sandra Peres (CNPI) 5