Prestação de Contas Eleitoral. Flávio Ribeiro de Araújo Cid Consultor Eleitoral



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Transcrição:

Prestação de Contas Eleitoral Flávio Ribeiro de Araújo Cid Consultor Eleitoral Janeiro de 2006

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ACERCA DA PRESTAÇÃO DE CONTAS PARA AS ELEIÇÕES DE 2006 Trata-se de um tema revestido de controvérsias, especialmente nos últimos anos onde casos de corrupção e caixa dois invadiram nosso dia a dia com denúncias. O Congresso Nacional não conseguiu alterar a Lei 9.504/97, adaptando-a ao novo momento de denúncias perdendo, por isso, ao meu sentir, grande oportunidade de aplicar a transparência e a lisura nas prestações de contas. É certo que não são todos os candidatos que cometem o ilícito, mas aqueles que incorrem em tal ato devem ser punidos exemplarmente. Em boa hora, apesar de não poder alterar a lei acima mencionada, o Tribunal Superior Eleitoral na interpretação desta e usando da prerrogativa de condutor máximo das eleições, administrativamente, vem baixando alterações em conjunto com a Secretaria da Receita Federal para coibir a prática da sonegação e utilização de recursos arrecadados de forma contrária a Lei. Alguns aspectos importantes da Instrução Normativa Conjunta nº. 609 e da Portaria Conjunta nº. 74, ambas de 10/01/2006, devem ser ressaltados e lidos atentamente pelos candidatos quando da prestação de contas. O primeiro se refere à inscrição obrigatória no CNPJ dos Comitês Financeiros de Partidos Políticos e de Candidatos a cargos eletivos para abertura de contas bancárias para captação e movimentação de fundos de campanha eleitoral. será: A natureza jurídica a ser atribuída na inscrição cadastral Comitês Financeiros dos Partidos Políticos 302-6 Associação Candidatos 401-4 Pessoa Física equiparada à Pessoa Jurídica Sendo o código da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE FISCAL) a ser atribuído na inscrição 91.92-8/00 ATIVIDADES DE ORGANIZAÇÃO POLÍTICAS. Para os fins de inscrição a Secretaria de Informática do TSE encaminhará à SRF a relação dos candidatos e comitês, sendo considerado: CANDIDATO respectivo número de inscrição no CPF e do título de eleitor, e o cargo eletivo ao qual concorre; 2

COMITÊ o Município, o partido, o tipo de comitê financeiro constituído e o número de inscrição do seu presidente no CPF. Ressalte-se que neste momento a figura do candidato (pessoa física) desaparece passando a denominação a ser utilizada como nome empresarial, assim definidos: CANDIDATOS a expressão ELEIÇÃO (ano da eleição) (nome do candidato) (cargo eletivo) COMITÊS a expressão ELEIÇÃO (ano da eleição) Comitê Financeiro (Município, no caso de pleitos municipais) (UF, no caso de pleitos municipais ou estaduais) (cargo eletivo ou a expressão ÚNICO, seguida da sigla do Partido). ocasião em que após recepção dos dados fornecidos pela Secretaria de informática do TSE a SRF efetuará de ofício e imediatamente as inscrições no CNPJ. Observe-se que caso o candidato altere sua candidatura, o CNPJ também será alterado. Os números de inscrição do CNPJ serão divulgados nas páginas da SRF e do TSE, na internet, a partir de então deverão ser providenciadas as aberturas de conta bancária destinada à arrecadação de fundos para financiamento da campanha eleitoral. As inscrições realizadas serão canceladas de ofício pelo Chefe da Divisão de Administração de Cadastros da Coordenação Geral de Administração Tributária da SRF, consequentemente as contas bancárias também. Até aqui poucas mudanças, porém através da Portaria Conjunta nº. 74, que Dispõe sobre o intercâmbio de informações entre o Tribunal Superior Eleitoral e a Secretaria da Receita Federal e dá outras providências está prevista a remessa eletrônica de informações relativas à prestação de contas dos Candidatos e dos Comitês Financeiros de Partidos Políticos, por parte do TSE, à Secretaria da Receita Federal. De acordo com a Portaria, deverão ser informados à Receita Federal as fontes de arrecadação das doações destinadas à campanha, além do nome do candidato ou comitê financeiro beneficiário dos valores, com a indicação do CPF ou CNPJ dos doadores e beneficiários. Será também indicado o número da conta corrente utilizada pelos beneficiários. Ressalte-se, porque importante, que tal dispositivo se aplica, de igual modo, à prestação anual de contas dos Partidos Políticos. A citada Portaria criou, também, uma forma de participação popular no combate às irregularidades, visto que os cidadãos poderão apresentar 3

denúncias à Receita sobre o uso indevido de recursos na campanha eleitoral ou nas atividades dos partidos. Importante frisar que tal norma refletirá na declaração anual do Imposto de Renda da Pessoa Física e nas declarações de informações econômico-fiscais da pessoa jurídica, nas quais serão estabelecidos campos específicos para identificar eventuais doações feitas a candidatos, comitês financeiros e partidos políticos, sendo, estas, confrontadas com as prestações de contas apresentadas á Justiça Eleitoral. A omissão das informações sujeitará o contribuinte às sanções previstas na legislação fiscal pertinente. A Receita Federal informará ao TSE sobre qualquer infração tributária detectada, especialmente: Omissão de doações; fornecimento de mercadorias ou prestação de serviços por pessoa jurídica, cuja situação cadastral perante o CNPJ revele a condição de inapta, suspensa ou cancelada, ou, ainda de inexistente; prestação de serviços por pessoa física com CPF inexistente ou cancelado; uso de documentos fiscais falsos ou fraudulentos; qualquer fato que dê causa a suspensão de imunidade tributária de partido político, na forma dos arts. 9º e 14 do Código Tributário Nacional; simulação de ato, inclusive por meio de interpostas pessoas; infração ao disposto nos arts. 23, 27 e 81 da Lei nº. 9.504, de 1997. Ressalte-se, ainda, que já se encontra em análise perante o TSE minuta de resolução que disciplina a arrecadação e a aplicação de recursos nas campanhas eleitorais e sobre a prestação de contas nas eleições deste ano. Dentre alguns pontos, que consideramos importantes, destacamos as noticiadas pelo TSE em 09/01/2006, a saber: Não havendo entrega das prestações de contas no prazo legal, elas não serão conhecidas pela Justiça Eleitoral. E será impedida a emissão de certidão de quitação eleitoral durante o período do mandato eletivo a que concorreu o candidato; As informações sobre os gastos e doações de campanha serão efetuadas quinzenalmente para divulgação no site da Justiça Eleitoral. Os candidatos e comitês utilizarão o mesmo sistema desenvolvido para prestação de contas (Sistema de Prestação de Contas Eleitoral / 2006); No material impresso de propaganda eleitoral deverá constar o número do CNPJ de quem o confeccionou; 4

Os extratos bancários das contas dos candidatos e comitês poderão ser solicitados pela Justiça Eleitoral através de meio eletrônico diretamente das instituições bancárias; A prestação de contas de comitê financeiro de candidato à eleição majoritária incluirá a movimentação financeira da campanha do candidato; Os Tribunais Eleitorais instituirão comissões de fiscalização integradas por servidores, juízes e membros do Ministério Público; A falsificação, no todo ou em parte, dos documentos que integram as prestações de contas implicará a desaprovação das contas do candidato e sujeitará o infrator às penas dos artigos 348 e 349 do Código Eleitoral; O partido político deverá encaminhar ao TSE em meio eletrônico a relação numérica dos recibos confeccionados e distribuídos aos comitês financeiros, se não o fizer estará sujeito à sanção de perda do direito ao recebimento da quota do fundo Partidário. Isto posto deverá o candidato, os comitês financeiros e partidos políticos serem diligentes e contar com pessoal de apoio técnico para imediata detectação de qualquer infração tributária, verificando antes de qualquer contratação e/ou compra a situação cadastral da empresa e do prestador de serviço, ter uma contabilidade organizada a fim de prestar as informações solicitadas na legislação. Pode-se afirmar que o conjunto das ações entre a SRF e o TSE fortalecerá a fiscalização e refletirá diretamente na diminuição das irregularidades, dificultando a prática do denominado caixa dois por parte dos partidos e candidatos, bem como dará maior transparência nas eleições visto que as doações e movimentações financeiras ficarão mais expostas à fiscalização e, consequentemente, à sociedade. 5