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Transcrição:

Portuguese B Standard level Paper 1 Portugais B Niveau moyen Épreuve 1 Portugués B Nivel medio Prueba 1 Friday 4 November 2016 (afternoon) Vendredi 4 novembre 2016 (après-midi) Viernes 4 de noviembre de 2016 (tarde) 1 h 30 m Text booklet Instructions to candidates Do not open this booklet until instructed to do so. This booklet contains all of the texts required for paper 1. Answer the questions in the question and answer booklet provided. Livret de textes Instructions destinées aux candidats N ouvrez pas ce livret avant d y être autorisé(e). Ce livret contient tous les textes nécessaires à l épreuve 1. Répondez à toutes les questions dans le livret de questions et réponses fourni. Cuaderno de textos Instrucciones para los alumnos No abra este cuaderno hasta que se lo autoricen. Este cuaderno contiene todos los textos para la prueba 1. Conteste todas las preguntas en el cuaderno de preguntas y respuestas. 8 pages/páginas 8816 2301 International Baccalaureate Organization 2016

2 Texto A Como fazer sua horta vertical sustentável FAZ BEM PARA VOCÊ FAZ BEM PARA O MUNDO 5 10 15 20 25 Apesar da crescente necessidade de preservar o meio ambiente e de reciclar o lixo de nosso consumo diário, temos grande dificuldade na reciclagem das garrafas PET*, pois seu valor é menor que outros materiais, como o alumínio das latas, por exemplo. Solta no lixo ou no meio ambiente em grandes quantidades, grande número dessas garrafas se acumula nos bueiros, rios e levam anos para se decompor. O fator tempo, porém, é o maior desafio para a sustentabilidade, pois interfere nos esforços para a preservação do nosso planeta. Uma excelente dica para reciclar garrafas PET e contribuir para criar uma atitude mais zelosa com o meio ambiente é o desenvolvimento de hábitos sustentáveis em sua própria casa. Uma opção é produzir uma horta domiciliar vertical que traz muitos benefícios. Para fazê-la, você deve: escolher [ X ], que receba luz solar na maior parte do dia após definir o local em que fará sua horta vertical, você vai cortar as garrafas PET, construindo [ 5 ] em seguida, você vai colocar na garrafa PET a terra preparada para [ 6 ] depois plantará as sementes que desejar. Elas podem ser flores, verduras, ervas e especiarias em geral, além de morangos e tomates o tempo de [ 7 ] depende do processo de crescimento de cada planta..

3 30 35 40 Essa horta doméstica além de produzir frutos saborosos e sem agrotóxicos, serve para ajudar nos processos de reciclagem e desenvolver a cultura do reuso. Além disso, podem ser bons recursos de aprendizagem para as crianças da família. Quando elas participam da montagem da horta e do cultivo de alimentos orgânicos, elas têm maiores chances de se tornarem mais conscientes do ponto de vista da sustentabilidade. Mexer com a terra, além de trazer tranquilidade, ensina a família inteira sobre uma alimentação mais saudável, sobre a paciência de esperar os ciclos naturais dos alimentos e sobre o consumo de produtos não industrializados. Texto adaptado: Equipe da Bapi, Agronomia sustentável, www.bapigoiania.com.br (2013) * garrafas PET: garrafas plásticas, comumente usadas em refrigerantes ou refrescos Turn over / Tournez la page / Véase al dorso

4 Texto B O problema é o que deixa de ser notícia O PROBLEMA NÃO É O QUE VIRA NOTÍCIA, MAS O QUE DEIXA DE SER. O PROBLEMA NÃO É O QUE VIRA NOTÍCIA, MAS O QUE DEIXA DE SER. 5 10 15 20 25 O TETO 1 lança uma campanha com o objetivo de tornar patente a realidade de extrema pobreza em que vivem milhões de brasileiros. A ação busca explicações minuciosas sobre como milhares de notícias sobre o mundo das celebridades são divulgadas, diariamente, nos meios de comunicação de todo o Brasil, enquanto a realidade diária das famílias que vivem em condição precária fica esquecida e, dificilmente, é destacada nos noticiários. A campanha contou com a participação do fotógrafo Gustavo Lacerda, quem registrou moradores vivendo em condições de pobreza na comunidade Malvinas, o que foi muito importante. Esses seguram cartazes contendo manchetes 2 de notícias a respeito do cotidiano de famosos comumente publicadas pela imprensa. Nas próximas semanas, os próprios famosos compartilharão as imagens da campanha em suas redes sociais a fim de mostrar que existe, sim, uma realidade que precisa de atenção. E não é a deles. Segundo Carolina Mattar, Diretora Executiva do TETO Brasil: A pobreza e a desigualdade social são questões evidentes da nossa sociedade. Ainda assim, poucas vezes são pautas de notícias, poucas vezes são ponderações nas conversas cotidianas. Concorrendo com os grandes destaques de notícias sobre o mundo das celebridades, quando a pobreza vira pauta, a forma como é comunicada afasta as pessoas da realidade emergencial que se repete a cada dia na vida desses brasileiros. O PROBLEMA NÃO É O QUE VIRA NOTÍCIA, MAS O QUE DEIXA DE SER.

5 30 Convidamos, então, milhares de jovens a participar do projeto [ 19 ] conhecer famílias com nomes e rostos, pessoas de carne e osso, [ 20 ] histórias de batalha e superação. Queremos fazer com que a pobreza se torne pauta da nossa própria realidade [ 21 ] toda a sociedade deve sentir-se parte da solução. É impossível ficar indiferente. Texto adaptado: www.techo.org (2015) 1 2 TETO: uma organização não-governamental latino-americana que atua em 19 países, na construção de casas emergenciais para famílias em extrema pobreza manchetes: títulos de notícia ou artigo, em letras grandes e vistosas, na primeira página de um jornal ou de uma revista Turn over / Tournez la page / Véase al dorso

6 Texto C Os benefícios do respeito à cultura e à língua local A Associação Progresso dá uma lição de respeito à diversidade no processo de alfabetização dos povos carentes moçambicanos O desafio da alfabetização nas regiões carentes de Moçambique Quase metade dos moçambicanos ainda é analfabeta, e nas zonas rurais o número é muito maior, particularmente entre as mulheres adultas e jovens. Esses números poderão ser ainda maiores, pois a alfabetização em língua portuguesa tem tido resultados pouco positivos. A melhor maneira para alfabetizar alguém é ensiná-lo a ler e a escrever na língua que ele fala. Essa foi a solução encontrada por uma das fundadoras da Associação Progresso que trabalha nesta área há cerca de duas décadas. A Associação trabalha nas províncias mais desfavorecidas de Moçambique, transformando a realidade local. Escrevem livros para a alfabetização de adultos e crianças e formam alfabetizadores desde 1991 como a primeira organização da sociedade civil genuinamente moçambicana. O início dos trabalhos da Associação A primeira coisa que nós fizemos foi uma escola no distrito de Muidumbe, na província de Cabo Delgado. Os habitantes disseram-nos que precisavam de escola. Nós dissemos que daríamos apoio com materiais, enquanto eles deveriam construíla. Eles construíram três salas de aula onde funciona até hoje a escola primária, conta-nos emocionada Tinie Van Eys, uma cidadã holandesa que está em Moçambique desde 1980 e é um dos membros fundadores da Associação.

7 Como se faz um livro para alfabetização Os livros para a alfabetização em língua nativa são intrincados. De acordo com Maria Teresa Veloso, fundadora da Associação, para fazê-lo numa língua local, primeiro são redigidos em português, com conteúdos adaptados à realidade da região onde vai ser usado. Depois organiza-se um seminário, na província onde será usada a publicação, envolvendo os tradutores dessa língua. Só depois da análise das traduções por um especialista é que o livro é paginado e impresso. Alfabetização em língua local Desde a proclamação da independência nacional é que a alfabetização em língua portuguesa é feita em Moçambique. Contudo, após o sucesso inicial, verificouse que nas zonas rurais e mais carentes havia um abandono cada vez maior por parte dos alunos. Segundo Maria Teresa Veloso, isso estaria relacionado com o fato de a alfabetização ser feita em língua portuguesa. Por isso, a fundadora defende que a alfabetização deve ser feita na língua que as pessoas já usam na comunidade. Todos estudos de didática internacional sobre métodos de alfabetização referem-se à língua que você já fala. Habilidades para a vida Os trabalhos produzidos pela Associação Progresso não se limitam a ensinar a ler, escrever ou a fazer contas, mas a usar o conhecimento da leitura e da escrita no cotidiano, ou seja, a alfabetização torna-se uma das habilidades para a vida. Os aspectos mais importantes das leis e dos direitos, são alguns dos temas dos materiais produzidos nas línguas locais. Em função do enfoque maior nos dramas e conflitos reais vividos pelos povos moçambicanos carentes, após a sua leitura, dão origem a debates e são educativos. Parte deste trabalho foi reconhecido este ano pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Texto adaptado: Adérito Caldeira, www.verdade.co.mz (2015) Turn over / Tournez la page / Véase al dorso

8 Texto D Que venham novas praças! Está a decorrer a discussão pública do programa da Câmara Municipal de Lisboa (CML) designado Uma Praça em cada Bairro intervenções em espaço público (o leitor não sabia que tal existisse? Pois era suposto que já estivesse a ser ouvido pela sua junta de freguesia ou pela unidade territorial da zona). Há que se agradecer à CML pela iniciativa, que deve ser acolhida com entusiasmo ainda que demore a acontecer. O programa pretende criar uma praça de bairro, e permitir que as organizações sem fins lucrativos proponham novos espaços públicos para melhorar a qualidade do convívio e da vida cotidiana entre moradores. Com o programa, a CML pretende organizar, a partir de uma praça, de uma rua, de uma zona comercial ou do jardim do bairro, um ponto de encontro da comunidade local. A ideia é construir uma microcentralidade que concentre atividade e emprego, que se consagre como espaço público de excelência e local de estar, onde se privilegiem os modos suaves de locomoção, marcha a pé e bicicletas e onde o trânsito automotivo seja mais limitado. Assim, busca-se melhorar também a relação entre cidade, morador e meio ambiente, pois amplia a consciência para a cidadania. Como morador eu mesmo, imagino para o futuro próximo que em nossos bairros as crianças voltarão a divertir-se nas ruas, com jogos ao ar livre. As árvores das praças trarão sombra e calma. Isso deve corrigir o tufão arboricida de muitos anos de construções sem planejamento, que favoreceu os prédios, calçamento e transporte automotivo e não a vida verde dos bairros. Como cidadão, o programa faz-me mais esperançoso. E que venham mais praças, sim! Texto adaptado: Paulo Ferrero, Diário de Notícia, www.dn.pt (2014)