Pnad: Um em cada cinco brasileiros é analfabeto funcional



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Transcrição:

08/09/2010-10h00 Pesquisa visitou mais de 150 mil domicílios em 2009 Do UOL Notícias A edição 2009 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), visitou mais de 150 mil domicílios em todo o país para coletar dados socioeconômicos da população. Fazem parte do questionário aplicado pelo Pnad temas relacionados a habitação, aspectos demográficos, educação, saúde, trabalho e rendimento, migração, aspectos sociais e tecnologia da comunicação. Como o nome sugere, o levantamento é feito com uma fração ou amostragem dos domicílios brasileiros, com base nas projeções de população de cada região do país. Na edição atual, foram pesquisadas 399.387 pessoas em 153.837 unidades domiciliares. Esta edição incorpora como novidade a investigação do uso de celular e internet, além do estado civil, uma questão que só era abordada pelo Censo. A frequência escolar aparece detalhada com dados sobre municípios, Estados e federação. A Pnad 2009 também agregou duas investigações suplementares: Segurança Alimentar, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome; e Vitimização e Justiça, com os tópicos referentes à justiça definidos no âmbito da parceria com o Conselho Nacional de Justiça. Estas duas pesquisas suplementares serão divulgadas posteriormente. A pesquisa foi iniciada em 1967, cobrindo apenas os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Desde então, o Pnad ampliou sua abrangência geográfica e, desde 2004, visita todos os Estados brasileiros. Pnad: Um em cada cinco brasileiros é analfabeto funcional Rafael Targino Um em cada cinco brasileiros (20,3%) é analfabeto funcional, de acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2009, divulgada nesta quarta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). É considerada analfabeta funcional a pessoa com 15 ou mais anos de idade e com menos de quatro anos de estudo completo. Em geral, ele lê e escreve frases simples, mas não consegue, por exemplo, interpretar textos. Segundo a pesquisa, o problema é maior na região Nordeste, na qual a taxa de analfabetismo funcional chega a 30,8%. Na região Sudeste, onde esse índice é menor, a taxa ainda supera os 15%. No entanto, o número vem caindo desde 2004, quando, segundo o IBGE, o país tinha 24,4% de analfabetos funcionais. Em 2008, o total era de 21%. Em comparação com 2009, a taxa caiu 0,7 pontos percentuais. Analfabetismo total A taxa de analfabetismo no Brasil entre pessoas com 15 anos ou mais caiu 0,3 pontos

percentuais entre 2008 e o ano passado, de acordo com a Pnad. O índice saiu de 10% há dois anos para 9,7% em 2009. Segundo o órgão, o isso representa 14,1 milhões de analfabetos em 2008, eram 14,2 milhões. De acordo com o IBGE, a maioria dos analfabetos (92,6%) está concentrada no grupo com mais de 25 anos de idade. No Nordeste, a taxa de analfabetismo entre a população com 50 anos ou mais chega a 40,1%, enquanto que no Sul, esse número é de 12,2%. Os nordestinos têm as maiores taxas em todas as faixas de idade. Famílias que ganham mais têm mais filhos na escola, mostra IBGE Rafael Targino A Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2009, divulgada nesta quarta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra que as famílias com renda per capita igual ou superior a um salário mínimo têm mais filhos entre 6 e 14 anos na escola do que as que ganham menos. Segundo a pesquisa, 99% das crianças em idade escolar vindas de famílias com renda acima de um salário mínimo (atualmente em R$ 510) por pessoa estão matriculadas na escola. Esse percentual cai para 96,5% das crianças oriundas de famílias com renda per capita inferior a 25% do salário mínimo. O percentual de adesão à escola aumenta gradativamente de acordo com os ganhos da família. A taxa de escolaridade que é calculada dividindo-se o número de matriculados em escolas pela população total em determinada faixa etária é alta no grupo entre 6 e 14 anos, se for excluído o filtro de renda: 97,6% dos jovens nessa idade estão na escola (crescimento de 0,1 ponto percentual em relação a 2008). Entre 7 e 14 anos, o índice sobe para 98% (aumento de 0,1 ponto percentual). Após serem matriculados, os brasileiros com 10 anos ou mais passam, em média, 7,2 anos na escola. O tempo de estudos aumentou um mês em relação à Pnad 2008 e pouco mais de sete meses em relação à pesquisa de 2004. Maioria estuda em escola pública, mas cursa faculdades particulares Edilson Saçashima A maioria dos estudantes brasileiros termina o ensino médio em escolas públicas, mas recorre à rede particular para cursar o ensino superior. O dado é da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2009, divulgado nesta quarta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo o Pnad 2009, 86,9% (ou quase 31 milhões de pessoas) dos estudantes com 4 anos de idade ou mais estavam em um estabelecimento da rede pública. Outros 13,1% (4,5 milhões) estavam na rede particular. Em comparação a 2008, os dados mostram uma pequena queda no número relativo de estudantes na rede pública de ensino fundamental ou em classe de alfabetização, mas um aumento no número absoluto. Em 2008, 88% (ou 30,5 milhões de pessoas) dos estudantes estavam em uma escola da rede pública, enquanto a rede particular ficou com 12% (4,1 milhões) dos alunos.

A proporção se inverte na rede de ensino superior. O Pnad 2009 mostra que 23,4% (1,5 milhão) dos estudantes freqüentam uma faculdade ou instituição pública de ensino superior, enquanto a grande maioria (76,6% ou mais de 4,9 milhões de pessoas) estuda na rede particular. Em números relativos, os dados de 2009 mostram um ligeiro aumento de estudantes do ensino superior na rede particular. Em 2008, 76,3% (ou mais de 4,7 milhões de pessoas) cursavam em um estabelecimento privado, enquanto 23,7% (ou quase 1,5 milhão) estavam na rede pública. Quando se analisa o número de estudantes em todos os níveis de ensino, os dados do Pnad 2009 mostram que a grande maioria dos 55,238 milhões de brasileiros com 4 anos ou mais de idade está na rede pública de ensino (78,1% ou 43,1 milhões de pessoas). Em 2008, dos 55,405 milhões de estudantes, 79,2% (ou 43,8 milhões) estavam na rede pública. Menos alunos na fase pré-ensino fundamental As regiões Norte e Sul são as que mais recorrem à rede pública de ensino fundamental. No Norte, 91,5 dos alunos estão matriculados em escolas municipais ou estaduais. No Sul, esse percentual é de 89,9%. Em termos absolutos, o Sudeste é a região com maior número de estudantes (15,8 milhões), seguido pelo Nordeste (14,1 milhões). O Pnad 2009 mostra que o número de estudantes caiu em comparação a 2008. No entanto, foram as instituições destinadas a crianças na fase pré-ensino fundamental, como o maternal e o jardim de infância, que sofreram a maior redução. Em 2008, eram 4,23 milhões de crianças nesse nível de ensino, enquanto que em 2009, o número caiu para 3,5 milhões. No outro extremo, o número de alunos no ensino superior aumentou, passando de 6,2 milhões para quase 6,5 milhões. Celular cresce no país; 5 milhões de aparelhos estão com jovens de 10 a 14 anos Talita Boros Cerca de 29% do total de jovens entre 10 e 14 anos têm celular no Brasil. Mais de 5 milhões de aparelhos de telefonia móvel estão nas mãos desse grupo etário, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2009, divulgada nesta quarta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). De acordo com a pesquisa, feita no ano passado, 94 milhões de pessoas declararam possuir telefone celular para uso pessoal em todo o país, o que corresponde a um aumento de 8,7% em relação a 2008 ou, em termos absolutos, 7,6 milhões de pessoas. No Brasil, mais de 57% da população tem pelo menos um telefone celular. Em 2005, primeiro ano em que o tema foi investigado pelo órgão, eram 55,8 milhões de pessoas ou 36,6% da população que tinha celular. O crescimento de usuários de telefonia móvel entre 2005 e 2009 foi de 21,1%. Entre as pessoas de 20 a 39 anos de idade, a proporção das que possuem celular para uso pessoal foi superior a 70%, maior que a observada nas outras faixas de idade. No que

diz respeito ao sexo, não houve diferença significativa entre homens (57,8%) e mulheres (57,6%) quanto ao uso dos serviços de telefonia móvel de forma geral. Nos grupos etários inferiores a 30 anos de idade, a proporção de mulheres que possui celular foi superior à dos homens, porém, para os grupos etários de 30 anos ou mais de idade, as proporções de homens que possuem telefone móvel foram superiores às registradas para as mulheres. Segundo a Pnad, Norte (49%) e Nordeste (45,4%) são as únicas regiões do Brasil onde menos da metade da população possui celular. Centro-Oeste é a região que mais possui usuários de telefonia móvel com 68,5% dos moradores, seguida pelo Sul com 65,5% e pelo Sudeste com 62,7%. Em casa Segundo os dados da pesquisa, de 2008 para 2009, houve um aumento de 2,5 milhões no número de casas que não possuem telefone fixo e contam somente com o uso do celular. De 2004 para 2009, a proporção de domicílios que usam apenas o serviço de telefonia móvel passou de 16,5% para 41,2% --um aumento de 24,7% em cinco anos. O Norte é a região que tem o maior índice, com 52,4% das residências que contam somente com o uso de aparelhos móveis. Em seguida vem o Centro-Oeste, com 51,6%, e o Nordeste, com 48,3%. Sul e Sudeste trazem as menores taxas, com 44,1% e 32,4%, respectivamente. A partir de 2001, a pesquisa constatou a redução na proporção de domicílios com apenas telefone fixo --queda de 22,1%-- e crescimento no número das casas com uso apenas de celular --aumento de 33,5%. Em 2009, o número de casas que possuem apenas telefone fixo corresponde apenas a 5,8% do total, índice muito abaixo da proporção de casas que contam somente com telefonia móvel que é de 41,2%. Computador chega a 35% dos domicílios brasileiros; 27% dos lares têm internet Juliana Carpanez A Pnad (Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios) 2009, divulgada nesta quarta-feira (8), indica que 34,7% dos domicílios brasileiros têm computador. Já a internet chega a 27,4% dos lares. Esse levantamento do IBGE tem como base entrevistas feitas com 399.387 pessoas, em 153.837 domicílios do país. A região Sudeste apresenta a maior proporção de domicílios com computador e de máquinas com internet: 43,7% (ou 11,2 milhões) e 35,4% (ou 9 milhões de lares conectados). Na sequência aparecem Sul ( 42,6%; 32,8% com conexão), Centro-Oeste (35,7%; 28,2% com conexão), Norte (20,3%; 13,2% com conexão) e Nordeste (18,5%; 14,4% com conexão). O Sudeste também é a região com maior número de internautas: são 33,5 milhões de pessoas, ou 49,3% dos usuários da web no país. Esses 33,5 milhões representam 48,1% da população local. No Centro-Oeste, 47,2% das pessoas têm acesso à internet. No Sul, a web faz parte da vida de 45,9%. As regiões que têm menor penetração são Norte (34,3%) e Nordeste (30,2%). Perfis Em 2009, todas as faixas etárias apresentaram crescimento na proporção de pessoas com acesso à web. Neste quesito, o grupo que teve maior aumento em pontos percentuais foi o

de usuários com idades entre 10 e 14 anos: 58,8% deles ou 10,2 milhões estão conectados (em 2005, eram 24,3%). Na faixa de 15 a 17 anos, os conectados chegam a 7,3 milhões ou 71,1% (contra 33,7% em 2005), enquanto na de 18 ou 19 anos fica em 4,5 milhões ou 68,7% (32,8% em 2005). Entre aqueles com 50 anos ou mais, 15,2% acessam a internet, o que representa 6,2 milhões de pessoas. A faixa com a maior quantidade de usuários é a que vai de 30 a 39 anos: 12,1 milhões de internautas ou 32,7% deste grupo. As mulheres estão em maior número na internet brasileira do que os homens: 34,6 milhões contra 33,2 milhões. A Pnad fez o levantamento com 399.387 pessoas, em 153.837 domicílios. A pesquisa considera somente o uso da internet feito no período de até três meses antes da entrevista em desktops ou computadores portáteis (laptop, notebook, palmtop, pocket pc, handheld). A conexão via celular, TV a cabo e console de videogame não foi levada em conta. No RJ, uma em cada sete pessoas tem mais de 60 anos Daniela Paixão O Brasil está envelhecendo. No Rio de Janeiro, Estado com o maior percentual de população idosa do país, um em cada sete pessoas já tem mais de 60 anos de idade. A conclusão faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2009), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e divulgada nesta quarta-feira, 8. Segundo o IBGE, 11% dos brasileiros já chegaram aos 60 anos de idade -- cerca de 21.7 milhões dos 191.8 milhões de residentes no país. A participação do grupo na composição total da população cresceu em 19 dos 27 Estados do país. Além do Rio de Janeiro, destacam-se o Rio Grande do Sul (13,7%), São Paulo (12,2%), Paraná (11,6%), Piauí (11,4%), Paraíba (11,4%), Santa Catarina (10,9%), Pernambuco (10,9%) e Espírito Santo (10,08%). O Amapá registrou o maior aumento em um ano. Em 2 008, 4,8% da população do Estado tinha mais de 60 anos. Um ano depois, o percentual atingiu 6,1%. Já Roraima é o Estado com menor participação de idosos -- apenas 4,8% da população total. Se por um lado o Pnad confirma a maior longevidade dos brasileiros, por outro comprova os efeitos da queda de natalidade no país. O número de crianças de 0 a 4 anos de idade registrou leve queda relativa de 2008 para 2009. O percentual sobre a população total recuou de 7,2% para 7%.