O Pedido Direito Processual Civil II Prof. Leandro Gobbo 1
Pedido requisitos (arts. 322 e 324) O pedido deve ser: Certo: permite a identificação do bem pretendido. Determinado: indica de forma clara os limites da quantidade postulada. Concludente: estar de acordo com o fato e o direito expostos, que são a causa de pedir. Prof. Leandro Gobbo 2
O pedido Pedido imediato direito processual. Pretensão a uma condenação, uma declaração, uma execução, etc. Nunca pode ser genérico e deve ser determinado. Pedido mediato direito substancial. Utilidade prática visada, o próprio bem jurídico que se procura alcançar com a sentença valor do crédito, entrega da coisa, o fato a ser prestado, etc. Pode ser genérico ou ilíquido nas hipóteses previstas (art. 324, 1º). Prof. Leandro Gobbo 3
Pedido genérico (art. 324, 1º) O pedido excepcionalmente pode ser genérico: Nas ações universais: universalidade de fato (art. 90 exemplo, coleção de obras ou rebanho) ou de direito (art. 91 exemplo, herança ou patrimônio). Quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato: exemplo, indicação da precisão de uma lesão sofrida. quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu: exemplo, prestação de contas. Danos morais(?) Prof. Leandro Gobbo 4
Pedidos implícitos Em regra, o pedido é explícito. Podem ser considerados implícitos: Juros legais, correção monetária e verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios (art. 322, 1º); Juros de mora (Súmula 254, STF); Honorários advocatícios (Súmula 256, STF); Prestações sucessivas (art. 323). Chamadas de obrigações de trato sucessivo. Prof. Leandro Gobbo 5
Cumulação objetiva (cumulação de pedidos) Cumulação: Própria: quando o autor pede que todos os pedidos sejam acolhidos. Imprópria: quando o autor pede que apenas um ou alguns dos pedidos sejam acolhidos. Prof. Leandro Gobbo 6
Cumulação objetiva própria Cumulação própria: Simples: o autor formula vários pedidos, postulando que todos sejam acolhidos (art. 327). Não há relação de prejudicialidade entre os pedidos. Não requer conexão entre os pedidos. Sucessiva: o acolhimento de uns depende dos anteriores. Exemplo: investigação de paternidade cumulada com alimentos. Requer conexão entre os pedidos Prof. Leandro Gobbo 7
Cumulação objetiva imprópria Cumulação imprópria: Alternativa: prestações disjuntivas o autor formula vários pedidos, postulando que apenas um seja acolhido, sem preferência entre eles (art. 325). Normalmente a escolha da prestação cabe ao devedor (art. 252, CC). Subsidiária ou eventual: similar à alternativa, mas o autor manifesta preferência por um dos pedidos. Há um pedido principal e um ou mais subsidiários. Acolhimento do pedido principal impede recurso. Prof. Leandro Gobbo 8
Cumulação superveniente Cumulação superveniente: Quando ocorre após o início do processo. Exemplos: denunciação da lide ou chamamento ao processo, no curso da ação principal (arts. 125 e 130). Prof. Leandro Gobbo 9
Cumulação de fundamentos Cumulação de fundamentos dos pedidos. Admitem-se duas ou mais causas de pedir Apenas uma delas é suficiente para a procedência. Exemplo: pedido de anulação de contrato, com base em dois vícios distintos. Prof. Leandro Gobbo 10
Requisitos da cumulação de pedidos (art. 327, 1º e 2º) os pedidos sejam compatíveis entre si; Exceção: cumulações impróprias. seja competente para conhecer deles o mesmo juízo; seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento. Exceção: adoção do procedimento comum para todos. Prof. Leandro Gobbo 11
Pedido de prestação indivisível (art. 328) Obrigação indivisível é aquela cuja prestação não comporta divisão, seja por sua natureza, por motivo de ordem econômica ou em razão do próprio negócio (art. 258 do CC). havendo pluralidade de credores, qualquer um tem legitimidade e interesse para exigir o cumprimento da obrigação por inteiro (art. 260, CC); aquele que não participou do processo receberá sua parte, deduzidas as despesas na proporção de seu crédito. Prof. Leandro Gobbo 12
Pedido em ação relacionada com contratos de empréstimo, financiamento ou alienação (art. 330, 2º) Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de discriminar: dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter; e, quantificar o valor incontroverso do débito. Prof. Leandro Gobbo 13
Pedidos cominatórios Sanção ao devedor que deixa de cumprir a prestação: Sub-rogação: agressão pelo Estado ao patrimônio do devedor para extração do bem ou valor a que tem direito o credor. Meios de coação: obrigações de fazer, não fazer ou entregar coisa sanção econômica crescente em razão do tempo do retardamento do pagamento da prestação (astreinte, ex: art. 500). Prof. Leandro Gobbo 14
Interpretação do pedido A interpretação do pedido considerará: o conjunto da postulação; e, observará o princípio da boa-fé. Princípio ético, garantia constitucional. Padrões de honestidade e lealdade. Prof. Leandro Gobbo 15
Aditamento e modificação do pedido (art. 329) O autor poderá: até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu; até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório e facultado o requerimento de prova suplementar. Prof. Leandro Gobbo 16
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