Capítulo IV. Entendendo um pouco mais os Leds. Por Vicente Scopacasa*

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Transcrição:

46 Fascículo Led Evolução e inovação Capítulo IV Entendendo um pouco mais os Leds Por Vicente Scopacasa* No artigo anterior, analisamos que existe uma interação entre o chip chip viajam por espessuras diferentes vários parâmetros do Led, porém, ainda semicondutor e a camada de fósforo e, de fósforo, o que resulta na obtenção temos outros, não menos importantes, dependendo da variedade de potências, de diferentes valores de temperatura a tratar e, portanto, vamos dedicar este encapsulamentos e fabricantes, temos de cor. Obviamente, o Led da Figura 1a capítulo à continuação desta análise. uma grande variedade de processos e, apresenta maior consistência de cor se Assim, tentaremos cobrir toda a gama portanto, diferentes comportamentos de comparado com o Led da Figura 1b. de especificações que os projetistas como a luz branca é gerada. Com isso, concluímos que o controle da necessariamente terão que considerar Na verdade, a temperatura de cor da temperatura de cor no feixe de luz do quando do projeto de fontes de luz de luz branca gerada depende diretamente Led é função da sua construção interna estado sólido. do volume de fósforo, no qual a luz azul principalmente em relação ao processo de Vamos iniciar falando da consistência viaja e, dependendo do encapsulamento aplicação do fósforo. de luz, quer seja no feixe de luz de um e da camada de fósforo aplicada ao Em termos práticos, é comum mesmo Led, como também de Led encapsulamento, obteremos diferentes observamos que alguns fabricantes já para Led. Trataremos de um assunto, o valores de temperatura de cor dentro do estão incluindo esta informação nas suas binning, tema que ainda causa confusão e feixe de luz emitido pelo encapsulamento. folhas de especificação o que comprova como devemos proceder para especificar Nas Figuras 1a e 1b, apresentamos que este parâmetro também está sob um componente que tenha o desempenho exemplos do comportamento dos raios controle. esperado. de luz azul através de duas situações Esta variação de coordenadas de Começaremos falando da consistência diferentes de deposição de fósforo no cromaticidade no feixe do Led produz de cor no feixe de um único mesmo encapsulamento. efeitos indesejáveis principalmente Led. Conforme explanado em artigos Analisando a Figura 1ª, notamos quando os Leds são utilizados com algum anteriores, a luz branca do Led é gerada que, independentemente do ângulo do tipo de ótica secundária e, normalmente, a partir de um chip semicondutor que raio de luz azul do chip, ele viaja através aplicados em luminárias que projetam a emite luz azul juntamente com uma de espessuras de fósforo praticamente luz em superfícies verticais. camada de fósforo que é responsável pela iguais, o que resulta em maior controle Avançando um pouco mais no geração de vários outros fótons coloridos da cor branca. Ao analisarmos a Figura assunto, na Figura 2, temos um exemplo resultando em luz branca. Isto significa 1b, notamos que os raios de luz azul do do comportamento da variação das Figura 1a Camada de fósforo depositada sobre o chip. Figura 1b Camada de fósforo no encapsulamento.

coordenadas x,y de um determinado especificado foi feito na corrente de 350 fabricante de Leds. Esta variação das ma. coordenadas de cromaticidade é dada O próximo item é a consistência de em função da corrente aplicada ao Led cor entre os Leds, o que irá interferir para uma determinada temperatura de diretamente na consistência de cor entre operação. Ao aumentarmos o valor da as luminárias. Este parâmetro também é corrente elétrica, temos uma variação conhecido como binning e é decorrente de cor que pode chegar a 0.005 do valor do processo de fabricação dos Leds, especificado. No presente caso, o valor onde são testados e classificados quanto Figura 2 Exemplo de especificação da variação x,y com a corrente. às coordenadas de cromaticidade. O resultado desta classificação representava uma grande variação sobre a curva do corpo negro e, então, o binning se fez necessário para que se obtivessem Leds com características de cores mais próximas. A fim de minimizar o efeito da extensa variação de branco causado pelo processo de produção, os fabricantes de Leds costumam dividir esta área total em regiões menores para que, dependendo da aplicação, possamos escolher e trabalhar com distribuições menores, garantindo, assim, maior consistência na cor. Até alguns anos atrás, esta divisão em regiões era feita pelo próprio fabricante do Led utilizando seus próprios critérios, o que dificultava muito o comparativo entre Leds quanto a este parâmetro. A Figura 3 mostra como era especificada a distribuição de regiões de cromaticidade de um determinado Led há alguns anos. 47

48 Fascículo Led Evolução e inovação Figura 3 Exemplo de especificação de regiões de cromaticidade feita no passado. Nota-se que a região total da distribuição é consideravelmente grande sendo então necessária a subdivisão em regiões menores para evitar a dispersão de cores dependendo da aplicação. Além disso, os Leds eram somente de branco neutro, em que temos a variação de 3500 K a 4500 K de temperatura de cor com grande espalhamento sob e sobre a curva do corpo negro. Como forma de reduzir o tamanho especificados em três grandes grupos das regiões de cromaticidade especificadas, conhecidos como branco quente, neutro e frio. No presente exemplo, estamos falando assim como criar uma forma geral para todos os fabricantes, foi introduzida a norma ANSI C78-377 em 2008, a qual estabelecia oito valores fixos de temperatura de cor e a variação máxima de 7 SDCM (Standard Deviation Color Matching), equivalendo a 7 steps de MacAdam, com ponto central sobre a curva do corpo negro (para as temperaturas de cores quentes e neutras) e ligeiramente acima da curva do corpo negro para as temperaturas de cores frias. Esta norma foi revisada em 2011 com a redução do limite de variação máxima para 4 SCDM. Independentemente deste fato, alguns fabricantes decidiram disponibilizar produtos abaixo dos 4 SDCM especificados pela norma. Praticamente falando, quanto menor for o valor em SDCM, menor será a dispersão da cor branca e, portanto, melhor qualidade de luz do Led e, consequentemente, da luminária. Como exemplo, as Figuras 3.1 e 3.2 apresentam a folha de especificação de cromaticidade de dois fabricantes de Leds, em que podemos observar que a cor é feita com base no parâmetro SDCM, o que possibilita

ao fabricante da luminária ter maior controle no seu produto e consequentemente estender este benefício ao cliente final. Portanto, uma boa sugestão para especificar Leds a serem utilizados no projeto da luminária em que buscamos uma boa consistência de cores seria o uso do parâmetro SDCM. De forma geral, dependendo da aplicação da luminária e da temperatura de cor especificada, podemos escolher valores diferentes de SDCM. Por exemplo, se vamos projetar ou especificar uma luminária pública, podemos determinar que 5 SDCM seria suficiente, pois este tipo de aplicação, juntamente com as temperaturas de cores normalmente utilizadas, seria adequado. Já no caso de um projeto ou especificação de um downlight, podemos determinar que 2 ou 3 SDCM seria suficiente para se obter uma boa consistência. Da mesma forma, tanto o especificador, quanto o usuário final, também deve utilizar este parâmetro como base na especificação dos seus projetos, pois Figura 4 Especificação de um Led em que se podem notar Leds com 2, 3 e 4-degraus de MacAdam. alguns fabricantes de luminárias aqui no Brasil já especificam este parâmetro em seus produtos. Como exemplo, a Figura 4 apresenta a folha de especificação de cromaticidade de um Led, em que podemos observar que a especificação da cor é feita com base no parâmetro SDCM, o que possibilita ao fabricante da luminária ter maior controle no seu produto e, consequentemente, estender este benefício ao cliente final. 49

50 Fascículo Led Evolução e inovação Tomando como referência o gráfico da Figura 4, concluímos que o fabricante em questão disponibiliza o mesmo produto em vários valores de cromaticidade ou seja, a área pontilhada refere-se aos valores especificados pela norma ANSI C78-377, a área vermelha com distribuição em 4 SDCM, a área verde em 3 SDCM e finalmente a área azul em 2 SDCM. Portanto, é muito importante que, ao especificarmos o produto, o façamos levando em consideração estas variações pois, dependendo da aplicação, poderemos não garantir a consistência de cor por existir uma grande diferença de um produto com 2 e com 7 SDCM. Outro fator importante a ser ressaltado é que, para as temperaturas de cor de 5700 K e 6500 K, o fabricante disponibiliza somente 7 e 4 SDCM e para o valor de 4500 K somente a norma ANSI, ou seja, somente 7 SDCM. Como conclusão geral, em termos de consistência de cor, o valor da temperatura de cor não é suficiente para garantir que a luminária terá a qualidade de cor esperada além da necessária consistência da cor branca entre todas as luminárias. Para fazer a melhor escolha, temos necessariamente que também considerar as coordenadas de cromaticidade (x,y) do diagrama CIE1931. Ao definirmos os valores destas coordenadas, definimos com exatidão o ponto onde a cor vai estar localizada assim como a distância deste ponto com relação à curva do corpo negro sem que tenhamos qualquer tipo de interferência de outras cores no Led e na luminária. Por fim, vamos agora analisar os gráficos que os fabricantes costumam disponibilizar nas folhas de especificação os quais são muito úteis para se determinar o comportamento dos Leds nas condições especificas dos projetos. O primeiro passo é verificar qual é a temperatura e a corrente direta nav s quais todos os parâmetros são especificados, assim, definimos o ponto de partida e, a partir disso, podemos determinar os valores esperados no projeto em função da temperatura e da corrente que iremos utilizar. Convém salientar que os Leds são especificados em condições não semelhantes, pois depende do tipo e do fabricante. Portanto, é importante sempre definir as condições de partida. O primeiro gráfico a analisar é o da distribuição espectral de potência, o qual indica a composição do espectro do Led para cada comprimento de onda. Um exemplo deste gráfico é apresentado na Figura 5. flux), ambos apresentados na Figura 6. Novamente, os gráficos apresentam a informação tanto da temperatura quanto da corrente nos quais foram baseados. O gráfico da esquerda (forward current) apresenta a variação da corrente em função da tensão e simplesmente define o comportamento entre ambos como forma de determinar qual será o valor da tensão Como podemos notar, tanto a que estará sobre o diodo em função da temperatura quanto a corrente estão corrente escolhida no projeto. O gráfico devidamente definidos. Uma curiosidade é que este fabricante, além de apresentar da esquerda apresenta o fluxo relativo em função da corrente aplicada ao Led. Nota-se a distribuição espectral de potência, que, para o valor de 150 ma, temos o valor apresenta também como referência a curva Vλ (pontilhada), que é a curva de sensibilidade fotópica do olho humano. do fluxo igual a 1, que nada mais significa do que o fluxo luminoso especificado. Ao variamos o valor da corrente para cima ou Seguindo adiante, outros gráficos para baixo poderemos determinar o fluxo também importantes são disponibilizados, a saber: corrente direta (forward current) e fluxo luminoso relativo (relative luminous resultante. Finalmente temos um outro gráfico do fluxo luminoso relativo, porém, agora Figura 5 Distribuição espectral de potência Figura 6 Gráficos da corrente direta e do fluxo luminoso relativo.

Referências: 51 1. Cree XLamp CXA3070 LED CLD-DS80 REV 4B, disponível em www.cree.com 2. Lumileds LUXEON Rebel General Purpose Product datasheet 20160224, disponível em www.lumileds.com. 3. Osram Duris S E5 datasheet Version 1.0, disponível em www.osram-os.com. Figura 7 Gráfico do fluxo luminoso relativo em função da temperatura de junção. em função da temperatura de junção do Led (TJ). Sabemos que o fluxo luminoso depende tanto do valor da corrente quanto C, que é a temperatura utilizada para a especificação deste parâmetro. Da mesma forma, ao alterarmos o valor da temperatura da temperatura de junção, portanto, de junção para cima ou para baixo, teremos temos que levar em consideração os dois parâmetros. Este gráfico é apresentado através da Figura 7. Novamente, o valor equivalente a 1 refere-se à temperatura de junção de 20 valores diferentes de fluxo luminoso. No próximo capítulo, iniciaremos a abordagem do componente térmico do Led, explorando, com todos os detalhes, assuntos relativos ao gerenciamento térmico. *Vicente Scopacasa é engenheiro eletrônico com pós-graduação em administração de marketing. Tem sólida experiência em semicondutores, tendo trabalhado em empresas do setor por mais de 40 anos. Especificamente em Leds, atuou por mais de 30 anos em empresas líderes na fabricação de componentes, tanto no Brasil como no exterior. Atua hoje como consultor na área de iluminação de estado sólido e como professor em cursos de especialização e de pós-graduação. Continua na Próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br