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Transcrição:

Fundamentação Económica da Proposta Sindical TÊXTEIS, LANIFÍCIOS, TÊXTEIS-LAR; TAPEÇARIA, RENDAS, BORDADOS, PASSAMANARIAS CCT 2008 GABINETE DE ESTUDOS DA FESETE

Enquadramento macroeconómico De acordo com a informação do Banco de Portugal 1 e com a estimativa rápida das Contas Nacionais Trimestrais, divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a variação homóloga (variação comparando com o mesmo período do ano passado) do PIB no segundo trimestre de 2007 foi de 1.6% (2.0% no trimestre anterior). Em Julho, o indicador coincidente mensal para a evolução homóloga tendencial da actividade económica, calculado pelo Banco de Portugal, apresentou um ligeiro aumento face ao nível do mês anterior. De acordo com o Inquérito de Opinião da Comissão Europeia, no período de três meses terminado em Julho, a confiança no sector da indústria transformadora manteve-se estável face ao segundo trimestre de 2007. No segundo trimestre do ano, o índice de produção na indústria transformadora cresceu 3.8%, em termos homólogos (4.5% no trimestre anterior). Por sua vez, o índice de volume de negócios na indústria transformadora desacelerou, em termos nominais (ou seja, sem considerar a evolução dos preços), para 5.4% após um crescimento de 7.1% no primeiro trimestre de 2007. Este abrandamento ficou a dever-se à evolução verificada no mercado externo, já que no mercado interno se registou uma aceleração. Segundo informação relativa ao comércio internacional, divulgada pelo INE, no período de Janeiro a Maio de 2007 as exportações nominais de mercadorias aumentaram 10.0%, em termos homólogos, enquanto as importações de mercadorias cresceram 3.5%. Excluindo combustíveis, as taxas de variação das exportações e das importações, nos primeiros cinco meses de 2007, foram de 12.3% e 7.7%. Considerando a informação preliminar relativa ao comércio internacional, no período de Janeiro a Junho de 2007, as exportações nominais de mercadorias cresceram 8.8%, em termos homólogos, enquanto as importações de mercadorias aumentaram 2.8%. 1 In Indicadores de Conjuntura, 8-2007, Banco de Portugal Gabinete de Estudos da FESETE 1

No que diz respeito ao comércio extra-comunitário, para o qual existe informação disponível até Junho de 2007, as exportações registaram uma variação de 15.8% enquanto as importações aumentaram 2.3%, em termos homólogos. Excluindo combustíveis, as exportações extra-comunitárias cresceram 22.5% e as importações registaram um crescimento de 13.7%. Quanto à inflação, em Julho, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor manteve-se inalterada em 2.4%, enquanto a taxa de variação média anual diminuiu 0.1 pontos percentuais para 2.5%. As perspectivas 2 para a economia portuguesa no período 2007-2008 caracterizam-se pela continuação da aceleração gradual da actividade económica. Esta evolução assenta, por um lado, na recuperação significativa da produtividade total dos factores e, por outro, na aceleração do investimento empresarial. Após o fraco crescimento registado em 2005 (0.5%), estima-se que o Produto Inter no Bruto (PIB) tenha crescido 1.3% em 2006, projectando-se uma aceleração para 1.8% e 2.2% em 2007 e 2008, respectivamente. Ao nível sectorial, a actividade na indústria transformadora registou em 2006 um dinamismo assinalável, com um crescimento estimado em 2.8%, associado ao forte cresci mento das exportações de mercadorias. Em 2007 e 2008 a actividade deste sector deverá ser condicionada pelo abrandamento da procura externa dirigida às empresas portuguesas, que ainda assim manterá um crescimento expressivo, beneficiando, no entanto, da recuperação da procura interna. 2 In Boletim Económico, Verão 2007 - Volume 13, Número 2, Banco de Portugal Gabinete de Estudos da FESETE 2

Análise Sectorial A Industria Têxtil A Indústria Têxtil é constituída por subsectores com especificidades e desempenhos distintos, integrando um conjunto de actividades relacionadas, correspondentes a várias secções da Classificação das Actividades Económicas (CAE Rev. 2), como descrito no quadro seguinte. 17 Fabricação de Têxteis 171 Preparação e fiação de fibras têxteis 172 Tecelagem de têxteis 173 Acabamento de têxteis 174 Fabricação de artigos têxteis confeccionados, excepto vestuário 175 Outras indústrias têxteis 176 Fabricação de tecidos de malha 177 Fabricação de artigos de malha Engloba assim subsectores diferenciados, a que correspondem representatividades diferentes nos principais indicadores do sector e que contribuem de forma distinta para o nível de produtividade da Indústria Têxtil como um todo. Em termos globais, a Industria Têxtil representa 6% das empresas e 10% do emprego da Industria Transformadora nacional, mantendo-se como uma industria de elevada importância para a economia portuguesa. Ao longo dos últimos anos observa-se uma perda contínua do emprego nesta industria. No entanto, o número de empresas, em temos líquidos, tem registado aumentos, o que significa que a industria têxtil apresenta actualmente um dinamismo importante na criação de novas empresas, claramente com menor dimensão. Gabinete de Estudos da FESETE 3

CAE Nº Empresas Pessoal ao serviço - Rev2 Sectores 2000 2001 2002 2003 2004 2000 2001 2002 2003 2004 17 171 172 173 174 175 176 177 Fabricação de têxteis Preparação e fiação de fibras têxteis Tecelagem de texteis Acabamento de têxteis Têxteis - lar e outros Tapecaria, cordoaria e redes, rendas e bordados Fabricação de tecidos de malha Fabricação de artigos de malha 4.614 4.475 4.769 4.610 4.852 99.321 99.585 95.446 87.098 82.688 172 159 163 162 169 11.109 9.901 9.643 8.630 7.909 309 291 299 300 297 20.129 22.095 17.246 16.488 16.132 343 365 373 341 372 10.489 11.020 10.406 10.437 9.474 999 900 1.106 976 11.552 12.823 17.483 13.722 1.315 1.366 1.382 1.364 1.385 19.680 18.051 17.349 17.750 15.543 343 320 316 315 337 6.119 7.717 7.101 5.208 5.880 1.133 1.074 1.130 1.152 20.243 17.978 16.218 14.863 Fonte: INE, Estatísticas das empresas Apesar da descida do número de trabalhadores, verifica-se uma certa estagnação do Valor Acrescentado Bruto, o que conduz a resultados positivos em termos de produtividade. Em termos absolutos, destaca-se o contributo dos subsectores da Tecelagem e da Tapeçaria, cordoaria e redes, rendas e bordados. Evolução VAb pm 400.000.000 300.000.000 200.000.000 100.000.000 0 2000 2001 2002 2003 2004 Preparação e fiação de fibras têxteis Tecelagem de texteis Acabamento de têxteis Têxteis - lar e outros Tapecaria, cordoaria e redes, rendas e bordados Fabricação de tecidos de malha Fabricação de artigos de malha Gabinete de Estudos da FESETE 4

O mesmo se constata relativamente ao Volume de Negócios, isto é, uma manutenção Volume de Negócios gerado pela indústria, com subsectores a observarem ligeiros aumentos nos últimos anos. Evolução Volume de Negócios 1.500.000.000 1.000.000.000 500.000.000 0 2000 2001 2002 2003 2004 Preparação e fiação de fibras têxteis Tecelagem de texteis Acabamento de têxteis Têxteis - lar e outros Tapecaria, cordoaria e redes, rendas e bordados Fabricação de tecidos de malha Fabricação de artigos de malha Fonte: INE, Estatísticas das Empresas Destaca-se, em termos absolutos o subsector da Tecelagem, e em termos de performance, o aumento do Volume de Negócios do subsector Tapecaria, cordoaria e redes, rendas e bordados. Gabinete de Estudos da FESETE 5

Análise do Comércio Internacional No que respeita aos mercados de destino da Indústria Têxtil, nos últimos 4 anos, o peso do mercado nacional no volume de negócios aumentou, equiparando-se ao peso do mercado da união europeia. Evolução das vendas por mercados (Texteis CAE 17) 3.000.000.000 2.500.000.000 2.000.000.000 1.500.000.000 1.000.000.000 500.000.000 0 2001 2002 2003 2004 MERCADO NACIONAL UNIÃO EUROPEIA PAÍSES TERCEIROS Fonte: INE, Estatísticas da Produção Industrial Também neste domínio existem diferenças entre os vários subsectores. Em 2004, os subsectores Preparação e fiação de fibras têxteis, Acabamentos Têxteis e Fabricação de Tecidos de Malha canalizaram a sua produção maioritariamente para o mercado nacional. Contrariamente, os restantes subsectores venderam as suas produções maioritariamente em mercados externos, assumindo-se os países da União Europeia como destino preferencial. Mercados de destino 2004 Fabricação de artigos de malha Fabricação de tecidos de malha Tapecaria, cordoaria e redes, rendas e bordados Têxteis - lar e outros Acabamento de têxteis Tecelagem de texteis Preparação e fiação de fibras têxteis 0% 20% 40% 60% 80% 100% Mercado Nacional União Europeia Países Terceiros Fonte: INE, Estatísticas da Produção Industrial Gabinete de Estudos da FESETE 6

Análise da produtividade Entre 1996 e 2004, assistiu-se a uma evolução positiva da produtividade do trabalho. Os indicadores sectoriais foram crescendo ao longo do período, e a ritmos superiores aos da média da Indústria Transformadora. Desta forma, embora se mantenha ainda um diferencial relativamente à média da Indústria Transformadora, a tendência continua a ser de convergência. Evolução da Produtividade da Ind. Têxtil 20.000 15.000 (euros) 10.000 5.000 0 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Fonte: INE, Estatísticas das Empresas Como podemos observar pelo gráfico há uma clara tendência no sentido ascendente da produtividade entre 1996 e 2004. Evolução da Produtividade por subsectores 20.000 18.000 16.000 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Fabricação de têxteis Tecelagem de texteis Têxteis - lar e outros Fabricação de tecidos de malha Preparação e fiação de fibras têxteis Acabamento de têxteis Tapecaria, cordoaria e redes, rendas e bordados Fabricação de artigos de malha Estes subsectores, com níveis de produtividade elevados, observaram aumentos importantes ao longo dos últimos anos. Destaca-se claramente o subsector da Tecelagem, Gabinete de Estudos da FESETE 7

com aumentos muito significativos (com uma taxa de crescimento média anual na ordem dos 4%). Destaca-se também o subsector Tapecaria, cordoaria e redes, rendas e bordados, com uma taxa de crescimento média anual para o período 96-2004 que superou os 5%. De facto, entre 96 e 2004, a taxa de crescimento média anual na Industria Têxtil foi de 4,1%, superior à média da Industria Transformadora (de 3,3%). Esta industria tem obtido significativos ganhos de produtividade. Fonte: GEE, Barómetro da Produtividade, 3ª Edição Analisando o crescimento médio anual da produtividade no longo prazo, constata-se que este indicador tem, de facto, registado uma evolução sustentada. O crescimento sustentado da produtividade da Industria Têxtil permitiu crescimentos da produtividade superiores aos da UE15, conduzindo à aproximação significativa à produtividade média do Calçado da União Europeia. Gabinete de Estudos da FESETE 8

Análise da evolução salarial Analisando a evolução dos salários médios dos trabalhadores da Industria Têxtil tendo por base as tabelas salariais incluindo a evolução da inflação, conclui-se que, nos últimos anos, os trabalhadores apenas têm conseguido manter o seu poder de compra. A evolução não tem sido linear. Em alguns anos, verifica-se que embora se verifiquem ganhos de poder de compra estes são muito pouco significativos. Nos últimos quatro anos registam-se perdas anuais de poder de compra. Evolução do Salário Real Indice Salario Real (2000=100) 101,0 100,0 99,0 98,0 97,0 96,0 95,0 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Comparando com o Salário Mínimo Nacional (SMN), constata-se que o salário médio contratual têxtil, embora superior, tem registado uma evolução semelhante, não se conseguindo afastar significativamente do SMN. 1,20 Comparação do Salário Médio Iliquido com o Salário Minimo Nacional 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0,00 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Series2 Gabinete de Estudos da FESETE 9

Análise da Proposta Salarial 550,00 500,00 450,00 400,00 350,00 300,00 250,00 200,00 150,00 100,00 50,00 0,00 51,70 430,70 Actual 55,00 461,27 Proposta Salário Médio Sub. Alimentação A proposta salarial apresentada para Têxteis, Lanifícios, Têxteis-Lar; Tapeçaria, Rendas, Bordados, Passamanarias faz elevar o salário médio para 461,27, o que representa um acréscimo de 7,1% relativamente ao salário médio actualmente recomendado. O aumento proposto para o subsídio de alimentação situa-se nos 6,4%. Assim, incluindo o subsídio de alimentação, o acréscimo na massa salarial situa-se nos 7%. Esta proposta visa reflectir a evolução económica observada pelas indústrias têxteis. O sector tem registado ganhos de produtividade que importa tenham correspondência nos salários dos trabalhadores, por forma a compensar o seu poder de compra. Gabinete de Estudos da FESETE 10

Anexos Quadro 1 - Evolução da Produtividade CAE - Produtividade (euros) Rev. 2 Sectores 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Indústria Transformadora 17.074 18.401 18.904 17.757 19.305 19.705 20.035 20.841 22.045 17 Fabricação de têxteis 11.173 11.986 13.303 13.193 13.646 13.958 13.853 14.628 15.383 171 Preparação e fiação de fibras têxteis 11.537 14.021 13.607 14.076 15.984 14.809 14.512 14.402 15.719 172 Tecelagem de texteis 12.360 13.168 15.094 14.909 15.032 16.939 16.993 17.276 17.073 173 Acabamento de têxteis 13.308 13.926 14.949 14.505 14.624 15.116 15.830 16.176 17.249 174 Têxteis - lar e outros 9.652 10.629 11.607 12.051 12.932 13.394 12.280 13.327 175 176 177 Tapecaria, cordoaria e redes, rendas e bordados 10.205 10.584 13.203 12.410 12.984 12.259 12.814 13.864 16.212 Fabricação de tecidos de malha 12.944 14.291 15.632 16.011 15.885 15.116 15.373 17.299 17.585 Fabricação de artigos de malha 9.557 9.602 10.749 10.874 10.850 10.726 10.997 11.911 Crescimento 99/ 2000/ 2000 01 2001/02 2002/03 2003/04 Tx cr. md anual (96/04) CAE - Rev. 2 Sectores 96/97 97/98 98/99 Indústria Transformadora 7,77% 2,73% -6,07% 8,72% 2,07% 1,68% 4,02% 5,78% 3,25% 17 Fabricação de têxteis 7,28% 10,99% -0,83% 3,43% 2,29% -0,75% 5,59% 5,16% 4,08% Preparação e fiação de 171 fibras têxteis 21,53% -2,95% 3,45% 13,55% -7,35% -2,00% -0,76% 9,14% 3,94% 172 Tecelagem de texteis 6,54% 14,63% -1,23% 0,83% 12,69% 0,32% 1,66% -1,18% 4,12% 173 Acabamento de têxteis 4,64% 7,35% -2,97% 0,82% 3,36% 4,73% 2,18% 6,64% 3,30% 174 Têxteis - lar e outros 10,12% 9,20% 3,83% 7,31% 3,57% -8,31% 8,52% 175 176 177 Tapecaria, cordoaria e redes, rendas e bordados 3,71% 24,74% -6,01% 4,63% -5,58% 4,52% 8,20% 16,94% 5,96% Fabricação de tecidos de malha 10,41% 9,38% 2,42% -0,79% -4,84% 1,70% 12,53% 1,65% 3,90% Fabricação de artigos de malha 0,47% 11,95% 1,16% -0,22% -1,14% 2,53% 8,31% Gabinete de Estudos da FESETE 11

Quadro 3 - Evolução do Salário Real Ano Sal.médio ilíq. Salário médio líquido IPC Salário real Evol. Poder cmp (%) Base=2000 Anual 2000 347,17 303,16 100 100,0 303,16 100,0 --- --- 2001 363,20 317,16 119,8 104,4 303,79 100,2 0,2 0,2 2002 378,00 330,09 124,7 108,2 305,19 100,7 0,7 0,5 2003 390,33 340,85 128,8 111,7 305,07 100,6 0,6 0,0 2004 398,94 348,36 131,6 114,4 304,49 100,4 0,4-0,2 2005 406,89 355,30 134,2 117,0 303,57 100,1 0,1-0,3 2006 418,57 365,50 138,1 120,7 302,90 99,9-0,1-0,2 2007 430,70 376,09 142,1 123,7 304,07 100,3 0,3 0,4 Quadro 3 - Cálculo do Aumento na Massa Salarial Grupo Peso relativo Salário actual (Euros) (2)*(3) Euros Peso relativo proposto Salário proposto (Euros) (4)*(5) Euros (1) (2) (3) (4) (5) A 0,0025 797,00 1,99 0,0025 853,00 B 0,0039 687,00 2,68 0,0039 735,00 C 0,0127 596,00 7,57 0,0127 638,00 D 0,0672 532,00 35,75 0,0672 570,00 E 0,0504 492,50 24,82 0,0504 527,00 F 0,0481 447,50 21,52 0,0481 479,00 G 0,1663 423,50 70,43 0,1663 453,00 H 0,552 410,50 226,60 0,552 440,00 I 0,0969 406,00 39,34 0,0969 434,00 J - 2,13 2,87 8,10 38,30 26,56 23,04 75,33 242,88 42,05 Salário Médio 430,70 461,27 Sub. Alimentação 51,70 55,00 Total 482,40 516,27 Gabinete de Estudos da FESETE 12