Proposta OE 2007 - Principais Alterações Fiscais



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Transcrição:

Proposta OE 2007. Proposta OE 2007 - Principais Alterações Fiscais A Proposta de Orçamento de Estado para 2007 encontra-se neste momento em fase de discussão na Assembleia da República. Neste sentido, e ainda que de um modo informal e apenas com base no documento disponibilizado, podemos desde já destacar as seguintes alterações em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS), Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC), Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), Benefícios Fiscais (BF), Obrigações Hipotecárias, Fundos de Investimento Imobiliário e Direitos e Garantias. IRS Categoria B e Regime de Tributação Possibilidade de opção entre regime de contabilidade organizada ou regime simplificado dentro de determinados circunstancialismos. O prazo de três anos passa a vigorar também para o regime de contabilidade organizada sem necessidade de opção anual. Consagração da faculdade de demonstrar, para efeitos de cálculo de mais-valias, que o valor de venda de imóveis foi efectuado por valor inferior ao valor patrimonial tributário. Categoria B e Transparência Fiscal Clarificação em como o sócio de sociedade abrangida pelo regime de transparência fiscal pode prestar serviços à referida sociedade e auferir os respectivos rendimentos no âmbito de categoria B, cumulando os mesmos com a imputação final de lucros a que o regime de transparência fiscal dá lugar. No entanto, os rendimentos da prestação de serviços efectuada pelo sócio à sociedade não beneficiam do coeficiente de 70%, sendo tributados pela sua totalidade. Regime Simplificado Redução do montante de despesas a considerar para rendimentos da categoria B: passa de 35% para 30%. Contabilidade Organizada e Existências Revogação da majoração de custo para sujeitos passivos que utilizem inventário permanente. Novembro 2006 1

Juros Tributação autónoma à taxa de 20% quando sejam distribuídos por entidades não residentes. Mais-Valias de Imóveis Quando o alienante tenha adquirido o imóvel por via de uma doação isenta, e caso tenham decorrido menos de dois anos entre a aquisição e posterior alienação, o valor a considerar é o valor patrimonial tributário anterior à doação. Visa-se deste modo evitar transferências prévias gratuitas que tinham por objectivo a actualização do valor patrimonial tributário que serviria de base como valor de aquisição para uma posterior alienação onerosa a terceiro. Trabalho Dependente Fim da majoração da dedução específica para titulares com invalidez permanente. Pensões Redução da dedução específica de 7.500 para 6.100 (com o consequente aumento de tributação). Para rendimentos desta categoria de montante superior a 35.000 são alteradas as regras de cálculo da dedução específica (por meio de redução da mesma e com o consequente aumento de tributação). Fim da majoração da dedução específica para titulares com invalidez permanente. Aumento da percentagem a qualificar como reembolso de capital (de 65% para 80%) para rendas que integrem capital e renda quando a parte correspondente a reembolso de capital não possa ser discriminada: esta alteração corresponde a uma diminuição da base de incidência de 35% para 20% quando os montantes seja auferidos a título de renda. Em caso de resgate mantém-se a base de incidência de 35%, pelo que é clara a promoção da opção renda vitalícia. Escalões de IRS e Deduções à Colecta Actualização dos escalões de IRS em 2.1% e das deduções à colecta entre 1.7% e 2.6%. Dedução à Colecta Aumento em 5% da dedução específica para sujeitos passivos casados e redução de 5% para sujeitos passivos solteiros por forma a não discriminar em função do estado civil - passam todos a deduzir 55% da retribuição mínima mensal. Fim da majoração das deduções à colecta para titulares ou descendentes com invalidez permanente. Deficientes Como contrapartida da revogação das majorações relativas às deduções específicas aos rendimentos das categorias A e H para os sujeitos passivos deficientes, das relativas às deduções pessoais à colecta do IRS e da revogação do regime de isenção parcial dos rendimentos das categorias A, B e H auferidos por sujeitos passivos deficientes, procede-se à criação de dedução à colecta para sujeitos passivos e para dependentes com grau de incapacidade permanente igual ou superior a 60%. Permite-se por sujeito passivo uma dedução correspondente a três retribuições mínimas mensais, por dependente uma dedução correspondente à retribuição mínima mensal, a dedução de 30% das despesas com educação e reabilitação dos sujeito passivos ou dependentes e a dedução de 25% de prémios de seguros de vida Novembro 2006 2

IRC (neste último caso verificados determinados circunstancialismos e com o limite de 15% da colecta de IRS). Liquidação Quando o sujeito passivo não apresente declaração de rendimentos, a Direcção-Geral dos Impostos procede à liquidação com base (i) nos elementos de que disponha ou (ii) na totalidade do rendimento líquido de categoria B no ano mais próximo que se encontre determinado (excepto se houve cessação de actividade), consoante o que for maior. No caso referido em (ii) aplicam-se as regras do regime simplificado. Ao sujeito passivo é conferida a possibilidade de, após notificação, apresentar a declaração em falta no prazo de 30 dias (anteriormente, apenas de 15). Pretende-se desta forma agilizar o processo de liquidação oficiosa. Liquidação, Pagamento e Reembolso São alargados os prazos de liquidação de IRS: de 30 de Abril para 31 de Julho (categorias A e H), de 30 de Maio para 31 de Agosto (outras categorias) e de 31 de Julho para 30 de Novembro (liquidações oficiosas). Os prazos de pagamento e reembolso são alargados para 31 de Agosto (categorias A e H), 30 de Setembro (outras categorias) e 31 de Dezembro (liquidações oficiosas). Retenção e Responsabilidade A entidade obrigada à retenção passa a responder solidariamente com o sujeito passivo pelo imposto não retido quando os rendimentos não hajam sido contabilizados nem comunicados aos respectivos beneficiários enquanto rendimentos sujeitos a retenção. As entidades emitentes de valores mobiliários passam a ser solidariamente responsáveis com o sujeito passivo pelo imposto não retido quando haja incumprimento das obrigações a que encontram vinculadas (inclusive em caso de incumprimento de obrigações declarativas. Lucros e Directiva Mães e Filhas Redução de 20% para 15%, da percentagem mínima de participação exigível para efeitos de isenção dos lucros colocados à disposição de entidades residentes na UE. Clarificação dos termos em que em a referida isenção se aplica a lucros distribuídos a estabelecimentos estáveis. Lucros e Confederação Suiça Criação de regime de isenção idêntico ao existente no âmbito da Directiva Mães e Filhas para sociedades residentes na Confederação Suiça verificados que estejam determinados circunstancialismos. Existências Revogação da majoração de custo para sujeitos passivos que utilizem inventário permanente. Provisões e Banca / Seguradoras Definição, por remissão para normas do Banco de Portugal e do Instituto de Seguros de Portugal, da tipologia de provisões aceites como custo fiscal para as instituições Novembro 2006 3

financeiras e para as entidades do sector segurador. Definição de limites e condições para a dedução das provisões específicas destes sectores. Realizações de Utilidade Social Alargamento do conceito por forma a permitir considerar como custo as quantias dispendidas com benefícios de saúde pós-emprego. A presente alteração tem efeitos a 1 de Janeiro de 2006. Eliminação de Dupla Tributação Económica de Lucros Permissão da dedução, para efeitos de determinação do lucro tributável, de 50% dos lucros distribuídos por sociedades elegíveis para a Directiva Mães e Filhas quando o valor de aquisição da participação seja inferior a 20.000.000 ou a percentagem detida inferior a 10%. Revogação da norma anti abuso introduzida pelo OE de 2005 e criação de nova norma que determina a tributação em 50% de rendimentos que correspondam a lucros que não hajam sido tributados (excluindo-se da sua aplicação as SGPS, as quais poderão assim beneficiar da dedução a 100% verificando-se os demais requisitos). Exigência de declaração confirmada e autenticada pelas autoridades fiscais do Estado membro da União Europeia para os casos em que a aplicação da norma seja transfronteiriça. Entidades que não exerçam a título principal actividades de carácter comercial, industrial ou agrícola Os subsídios destinados a financiar os fins estatutários destas entidades consideram-se como rendimentos não sujeitos a IRC (ainda que não destinados à directa e imediata realização dos mesmos). Os incrementos patrimoniais gratuitos que visem a directa e imediata realização dos fins estatutários destas entidades passam a beneficiar de uma isenção de IRC (e não de não sujeição a IRC). Regime de Tributação dos Grupos de Sociedades Fim do período mínimo de permanência de cinco anos. A comunicação passa a ser feita em exclusivo pela sociedade dominante (não sendo necessária a comunicação simultânea pelas sociedades dominadas) através da declaração de inscrição ou alterações. Cisões, Fusões e Entradas de Activos com Neutralidade Fiscal Com vista à transposição da legislação comunitária relativa ao regime fiscal comum aplicável às fusões, cisões, entradas de activos e permuta de acções entre sociedades de Estados membros diferentes, são efectuadas algumas alterações. Procede-se à redefinição do conceito de cisão por forma a salvaguardar que o referido regime apenas se aplica aos casos em que a sociedade cindida subsiste num cenário pós cisão com pelo menos um ramo de actividade. A detenção e gestão de participações em sociedades que desenvolvam actividades no mesmo ramo deixam de constituir, per se, um ramo de actividade para efeitos de cisões e entrada de activos. Alarga-se o conceito de permuta de partes sociais por forma a incluir os casos em que a sociedade adquirente já detém uma participação maioritária. Consagração expressa da Novembro 2006 4

aplicabilidade do regime para as situações de transferência (com consequente extinção) de estabelecimento estável sito em território português de sociedade de Estado membro para sociedade residente em território português. Adaptação da regra que permite a transmissão de prejuízos fiscais a todas as situações (fusões, cisões ou entradas de activos) em que um estabelecimento estável sito em território português de sociedade de Estado membro é transferido para sociedade residente em território português. No que se refere ao regime de neutralidade aplicável aos sócios das sociedades objecto de cisão, passa a ser necessário que o valor, para efeitos fiscais, da participação detida seja repartido pelas partes de capital recebidas e pelas que continuem a ser detidas na sociedade cindida, com base na proporção entre o valor dos patrimónios destacados para cada uma das sociedades beneficiárias e o valor do património da sociedade cindida. Liquidação de Sociedades Redução de três para dois anos do período de liquidação para efeitos fiscais. Dispensa de Retenção na Fonte Os lucros de que sejam titulares instituições financeiras ficam dispensados de retenção na fonte, verificados que estejam os requisitos estabelecidos para a eliminação da dupla tributação económica, e não nos termos da dispensa geral de retenção na fonte prevista para os rendimentos de capitais auferidos por estas instituições. Renovação de Frotas Criação de norma especial para mais-valias (tributação em apenas 20%) resultantes da alienação de veículos de mercadorias, afectos ao transporte de mercadorias (público ou por conta de outrem), com peso igual ou superior a doze toneladas cuja aquisição e matrícula sejam anteriores a 1 de Outubro de 2006, desde que o valor de realização seja reinvestido na aquisição de veículos de mercadorias afectos ao mesmo fim com matrícula posterior a 1 de Outubro de 2006. IAS e Banca As instituições sujeitas à supervisão do Banco de Portugal que estejam obrigadas a elaborar as suas contas de acordo com as normas de contabilidade ajustadas (NCAs), ficam dispensadas da obrigação de manter contabilidade POC para efeitos fiscais. Assim, a contabilidade destas entidades, elaborada de acordo com as referidas NCAs, passará a relevar para efeitos fiscais com os ajustamentos impostos pelas disposições transitórias previstas no OE de 2007. A presente alteração tem efeitos a 1 de Janeiro de 2006. Autorização Legislativa para adaptação do Código de IRC às IAS Autorização ao Governo no sentido de adaptar as regras de determinação do lucro tributável das empresas às normas internacionais de contabilidade. Para o efeito são dadas directrizes específicas. Autorização Legislativa para Regime Simplificado Autorização ao Governo no sentido de revogar o regime simplificado de tributação e criar um novo regime de regras simplificadas de apuramento de lucro Novembro 2006 5

IVA IMI tributável com base na contabilidade para sujeitos passivos com volume de negócios anual igual ou inferior a 250.000. Autorização Legislativa para Preços de Transferência Autorização ao Governo no sentido de criar regime de acordos prévios vinculativos sobre preços de transferência que vinculem contribuintes e Administração Fiscal. IVA nas Importações Alargamento do prazo de pagamento. Apenas aplicável a partir de 1 de Julho de 2007. Emissão de Factura Passa a ser obrigatória a emissão de factura sempre que solicitada (ainda que se trate de retalhistas ou prestadores de serviços que beneficiem de dispensa) ou sempre que a transmissão de bens ou prestação de serviços tenha como destinatário um sujeito passivo de IVA. Pequenos Retalhistas Possibilidade de dedução de IVA suportado na locação de bens de investimento ou para uso da própria empresa (e não apenas de IVA suportado com a aquisição). Regularização de IVA a favor do Sujeito Passivo Alargamento do prazo de um para dois anos. Taxa de 5% Para empreitadas de reabilitação dos imóveis sitos nas unidades de intervenção das Sociedades de Reabilitação Urbana, e dentro das Áreas Críticas de Recuperação e Reconversão Urbanística, no âmbito do Decreto-lei n.º 104/2004, de 7 de Maio. Transmissões e Serviços Gratuitos Exclusão expressa do âmbito de incidência de IVA para as transmissões de bens e prestações de serviços efectuadas, a título gratuito, pelas entidades a quem sejam concedidos donativos, quando o valor não ultrapassar, no conjunto, o valor de 5% do montante recebido. Avaliação de Prédios Rústicos Dispensa de avaliação directa em determinadas circunstâncias. Avaliação de Prédios Urbanos Adaptação terminológica e alteração de alguns valores e coeficientes a ser considerados no âmbito da avaliação (coeficientes de afectação, de qualidade e conforto e de vetustez), criação de coeficiente de ajustamento de áreas e alteração de competências de CNAPU por forma a reflectir as alterações efectuadas. Apenas aplicável a partir de 1 de Julho de 2007. Taxa de IMI e Off-Shore Redução da taxa de 5% para 1% ou 2% quando o prédio seja detido por entidade situada em paraíso fiscal, consoante o mesmo esteja ocupado ou devoluto, respectivamente. Novembro 2006 6

IMT Taxa de IMI e Municípios Para prédios qualificados como de interesse público, de valor municipal ou património cultural, podem os Municípios fixar uma redução de 40% da taxa de IMI fixada para o ano em curso. Isenções e Interesse Público, Valor Municipal ou Património Cultural Deixam de beneficiar de isenção de IMI os imóveis de interesse público e os classificados como imóveis de valor municipal ou como património cultural. Para os imóveis classificados como monumentos nacionais, caso a respectiva aquisição haja beneficiado de isenção de IMT, a isenção de IMI não carece de reconhecimento, cessando no ano em os imóveis sejam desclassificados. A Administração Fiscal irá notificar todos os sujeitos passivos que beneficiem das isenções ora revogadas da sua caducidade, podendo os mesmos, no prazo de noventa dias após notificação, requerer a isenção de IMI nos termos vigentes para a generalidade dos sujeitos passivos (isenção para habitação - apenas aplicável se verificados todos os requisitos e desde que em relação ao mesmo prédio ainda não hajam beneficiado do regime). Isenções e Reabilitação Alargamento do conceito de reabilitação urbana para efeitos de isenção de IMI. Isenções e Prédios para Habitação Actualização em 5% dos valores patrimoniais tributários relevantes para efeitos de isenção. Quando se trate de prédio urbano destinado a arrendamento para habitação não vigora o limite de duas isenções por sujeito passivo. Extensão da isenção a emigrantes sem necessidade de afectação do prédio a habitação própria e permanente no prazo de seis meses após aquisição como contrapartida da revogação da isenção de dez anos que vigorava para a aquisição de prédios através do regime poupança emigrante (a revogação da isenção de dez anos não prejudica isenções já concedidas e é ainda válida para aquisições contratadas até 17 de Agosto de 2006). Isenção e Casas de Renda Condicionada Revogação da isenção de IMI. Isenção e Instituições de Crédito Limitação da isenção de IMT aplicável às instituições de crédito ou a sociedades comerciais por aquelas detidas nos casos de dação em cumprimento quando o imóvel não seja destinado exclusivamente à habitação. Assim, e para que a isenção seja aplicável, é necessário que tenha decorrido mais de um ano entre a primeira falta de pagamento e o recurso à dação em cumprimento, não podendo existir relações especiais entre o credor e o devedor, dependendo sempre a isenção de reconhecimento prévio a conferir por despacho do Ministro das Finanças após informação e parecer da Direcção-Geral dos Impostos. Por outro lado, e para que a isenção seja aplicável a sociedades comerciais detidas pelas instituições Novembro 2006 7

de crédito, quer se trate ou não de imóvel não destinado exclusivamente à habitação, é ainda necessário que aquelas se qualifiquem como instituições de crédito ou sociedades financeiras. Por último, ainda que o prédio seja destinado exclusivamente à habitação a isenção de IMT nos casos de dação em cumprimento passa a depender de reconhecimento prévio a conferir por despacho do Ministro das Finanças após informação e parecer da Direcção-Geral dos Impostos se o valor exceder 85.500 (para 2007). Prédios para Habitação Actualização em cerca de 2.3% do valor isento (passa de 83.500 para 85.500). Actualização em cerca de 2% para os vários escalões de IMT. Taxa de IMT e Off-Shore Redução da taxa de 15% para 8% quando o prédio seja detido por entidade situada em paraíso fiscal. Benefícios Fiscais Caducidade de Benefícios Fiscais Criação da regra de acordo com a qual os benefícios fiscais vigoram por um período de cinco anos. Findo esse período serão reavaliados podendo ser prorrogados. Esta regra não se aplica quando a própria norma disponha em contrário, aos fundos de pensões e equiparáveis, às contribuições das entidades patronais para regimes de segurança social, aos fundos poupança reforma, poupançaeducação e poupança-reforma/educação, aos fundos de investimento, aos fundos de capital de risco, aos fundos de investimento imobiliário em recursos florestais, às isenções de IMI e aos benefícios fiscais decorrentes de relações internacionais. Os benefícios fiscais cujo direito haja sido adquirido durante a vigência das normas que os consagram mantêm-se em vigor nos termos em que foram concedidos. A criação da regra dos cinco anos não tem por efeito ampliar o prazo de duração dos benefícios que estejam especificamente previstos no Estatuto dos Benefícios Fiscais. Sistematização Como traço geral de inovação e simplificação, procedeu-se à importação de uma série de regimes avulsos que consagram benefícios fiscais para o Estatuto dos Benefícios Fiscais. Neste sentido, passam a integrar o referido diploma: benefícios relativos à interioridade, benefícios relativos à reorganização de empresas em resultado de actos de concentração ou de acordos de cooperação (antigo 404) e benefícios anteriormente consagrados no Estatuto do Mecenato. Esta transposição, em conjugação com a regra de que os benefícios fiscais vigoram por um período de cinco anos, vem conferir estabilidade e certeza na tomada de decisões e conferir margem de manobra para efeitos de planeamento fiscal a médio prazo. Simultaneamente procedeu-se à revogação de diversos diplomas que estabeleciam regimes fiscais avulsos (sendo salvaguardados os efeitos jurídicos decorrentes de reconhecimentos já efectuados nos termos e para os efeitos do Estatuto do Mecenato). Novembro 2006 8

Estatuto do Mecenato De salientar a alteração de acordo com a qual os donativos em dinheiro de valor superior a 200 devem ser efectuados através de meio de pagamento que permita a identificação do mecenas, designadamente transferência bancária, cheque nominativo ou débito directo. Fundos de Pensões e Equiparáveis Fim da isenção de imposto do selo. A dedução à colecta das contribuições para fundos de pensões e regimes complementares de segurança social passa a depender de, (i) se realizadas por terceiro, terem sido tributadas enquanto rendimentos do sujeito passivo, ou (ii) se realizadas pelo próprio sujeito passivo, não serem encargos inerentes à obtenção de rendimentos de categoria B. Fundos Poupança-Reforma, Poupança-Educação e Poupança- Reforma/Educação Impossibilidade de dedução à colecta dos valores aplicados após passagem à situação de reforma. Fundos de Capital de Risco Isenção dos rendimentos das unidades de participação quando auferidos por não residentes sem estabelecimento estável em Portugal (excepto se residentes em paraíso fiscal ou detidos em mais de 25% por entidades residentes). Para sujeitos passivos residentes de IRS que aufiram os referidos rendimentos fora do âmbito da categoria B e para não residentes localizados em paraíso fiscal ou detidos em mais de 25% por entidades residentes, a tributação é de 10% (podendo os sujeitos passivos de IRS optar pelo englobamento, caso em o imposto retido tem natureza de pagamento por conta). Nos restantes casos aplica-se uma taxa de retenção de 10% que tem a natureza de pagamento por conta. Quando haja lugar a englobamento dos rendimentos distribuídos, pode, em regra, o respectivo sujeito passivo deduzir 50% dos rendimentos relativos a dividendos. Consagração de regras específicas para efeitos de prova da qualidade de não residente, de obrigações declarativas e de responsabilidade solidária da sociedade gestora. Fundo de Investimento Imobiliário em Recursos Florestais Criação de regime especial idêntico ao dos fundos de capital de risco para fundos de investimento imobiliário que se constituam e operem de acordo com a legislação nacional, desde que pelo menos 75% dos seus activos estejam afectos à exploração de recursos florestais e desde que a mesma esteja submetida a Planos de Gestão Florestal aprovados e executados de acordo com a regulamentação em vigor ou seja objecto de certificação florestal realizada por entidade legalmente acreditada. Criação de Emprego Alargamento do benefício previsto para a criação líquida de postos de trabalho para sujeitos passivos de IRS com contabilidade organizada. Para efeitos da majoração de custos, a criação de postos de trabalho passa a abranger também desempregados de longa duração. Clarificação dos conceitos de jovem, desempregado de longa duração, encargos elegíeis e criação líquida de postos de trabalho. Exclusão de membros de agregado familiar da entidade patronal para Novembro 2006 9

efeitos do benefício. Não cumulatividade do benefício com outros benefícios da mesma natureza ou incentivos de apoio ao emprego. Limitação significativa do benefício: apenas pode ser concedido uma vez em relação ao mesmo trabalhador, qualquer que seja a entidade patronal. Alteração em vigor apenas para períodos de tributação que se iniciem após 1 de Janeiro de 2007. PALOP S e Eliminação de Dupla Tributação Económica de Lucros Extensão da eliminação da dupla tributação económica aos lucros distribuídos por sociedades residentes em países africanos de língua oficial portuguesa, a sociedades residentes em Portugal desde que, entre outros, a participação detida pela sociedade Portuguesa seja de pelo menos 25%, detida por um período mínimo de dois anos, e os lucros não resultem de actividades geradoras de rendimentos passivos (i.e. royalties, mais-valias, rendimentos de valores mobiliários, rendimentos de imóveis sitos fora do país de residência, rendimentos de actividade seguradora ou bancária desenvolvida fora do território de residência). Deficientes Revogação dos benefícios fiscais em sede de IRS para deficientes. Mais-valias e Privatização Revogação da isenção de tributação de mais-valias realizadas em processos de privatização a empresas de capitais exclusivamente públicos e a empresas que com aquelas se encontravam em relação de domínio. Cooperativas Revogação de alguns benefícios fiscais constantes do Estatuto Fiscal Cooperativo (dedução à colecta de IRS, isenção de selo e isenções fiscais no âmbito de processos de reorganização). Consagração de regra para efeitos de penalização em sede de IRS nos casos de inobservância de condições de reembolso e utilização previstas no Estatuto Fiscal Cooperativo para os montantes que hajam beneficiado do regime de dedução à colecta de IRS ora revogado. Obrigações Hipotecárias Isenção de Imposto do Selo e de IVA para as operações de remuneração da gestão dos créditos concedidos e de cessão dos créditos hipotecários no âmbito do regime de emissão de obrigações hipotecárias. Fundos de Investimento Imobiliário IMI e IMT Deixam de beneficiar das isenções de IMT e IMI, passando a pagar metade das taxas devidas, os fundos de investimento imobiliário fechados de subscrição particular cujas unidades de participação sejam detidas por investidores não qualificados ou por instituições financeiras por conta daqueles, bem como os fundos mistos quanto à parte cujas unidades de participação são em número fixo. Novembro 2006 10

Direitos e Garantias Notificações Para efeitos do prazo de caducidade (quatro anos) considera-se que as notificações sob registo são efectuadas no terceiro dia posterior ao do registo ou no primeiro dia útil seguinte a esse quando esse dia nãos seja útil. Suspensão de Prazo de Prescrição Sempre que o pagamento seja efectuado em prestações, e nos casos de reclamação, impugnação, recurso ou oposição quando haja suspensão de cobrança de dívida. Dispensa de Direito de Audição Sempre que a liquidação se efectuar oficiosamente com base em valores objectivos previstos na lei tendo o contribuinte sido notificado para apresentar a declaração em falta e não o tenha feito. Manifestações de Fortuna A desproporção de 50% em relação aos rendimentos padrão passa a ser aferida em função do rendimentos líquidos declarados e não dos brutos. A imputação de rendimentos passa nalguns casos a ser efectuada no exercício da desproporção (regime antigo) e nos três anos seguintes (novidade). A decisão de avaliação por métodos indirectos passa a ser da competência do director de finanças da área de domicílio (e não do Director-Geral dos Impostos). Reclamação Graciosa Para reclamações cujo valor não exceda 4.676 o chefe do respectivo serviço de finanças decide de imediato a mesma. Meios Electrónicos Adaptação de várias normas por forma a estabelecer que as comunicações (internas e externas) e certidões são efectuadas e extraídas electronicamente, sendo a aposição de assinaturas efectuada preferencialmente de forma electrónica. Recursos Próprios Comunitários e Retenções na Fonte Possibilidade de pagamento em prestações para dívidas de recursos próprios comunitários e retenções na fonte sem necessidade de plano de recuperação económica e imprescindibilidade da medida e substituição de administradores ou gerentes. Execução Fiscal e Penhora Os bens objecto de penhora passam a ser aqueles cujo valor pecuniário seja de mais fácil realização e se mostre adequado ao montante do crédito do exequente (e não os bens móveis ou frutos ou rendimentos de imóveis). Só haverá convocação de credores quando dos autos conste a existência de direito real de garantia. O valor de base dos bens para venda é alterado com especial impacto para prédios urbanos em que o valor base passa a corresponder ao valor patrimonial tributário tal como resulta das regras do CIMI, sendo este valor automaticamente relevante para efeitos de IMI. Montante Mínimo de Coima Reduzido para 30 ou para 15 em caso de redução. Novembro 2006 11

Alteração de Regras Processuais No domínio de crimes tributários e contra-ordenações por forma a simplificar e agilizar os processos. Crimes e Contra-Ordenações Redefinição e alargamento da tipologia de alguns crimes tributários e contra-ordenações. Criação da contraordenação violação da obrigação de possuir e movimentar contas bancárias. Autora: Tânia de Almeida Ferreira tania.ferreira@linklaters.com Contactos: Patrick Dewerbe Ricardo Reigada Pereira patrick.dewerbe@linklaters.com ricardo.pereira@linklaters.com Lisbon Avenida Fontes Pereira de Melo, 14-15º 1050-121 Lisbon, Portugal Tel: (351) 21 864 00 00 Fax: (351) 21 864 00 01 This publication is intended merely to highlight issues and not to be comprehensive, nor to provide legal advice. Should you have any questions on issues reported here or on other areas of law, please contact one of your regular contacts at Linklaters, or contact the editors. Linklaters. All Rights reserved 2006 Please refer to www.linklaters.com/regulation for important information on the regulatory position of the firm. We currently hold your contact details, which we use to send you newsletters such as this and for other marketing and business communications. We use your contact details for our own internal purposes only. This information is available to our offices worldwide and to those of our associated firms. If any of your details are incorrect or have recently changed, or if you no longer wish to receive this newsletter or other marketing communications, please let us know by emailing us at marketing.database@linklaters.com 12