NREAP: Autorização Prévia Classe 1 n.º 1387/02/C_P

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Transcrição:

NREAP: Autorização Prévia Classe 1 n.º 1387/02/C_P, Lda. PGEP

1. Nota Introdutória e antecedentes O presente documento constitui o Plano de Gestão de Efluentes Pecuários (PGEP) da Granja Avícola de, no âmbito do processo REAP n.º 1387/02/C. Tendo em conta a elaboração de um pedido de Licença Ambiental, foi desde logo assumido o compromisso de haver uma ponderação das melhores soluções técnicas para a condução da exploração, nomeadamente em matéria de ambiente e o requerente está empenhado na aplicação da melhor forma de gestão dos efluentes pecuários, promovendo a valorização e/ou encaminhamento e tratamento de todos os efluentes pecuários que são produzidos na exploração. O pavilhão existente em produção possui o respetivo Título de Exploração (n.º 714/2011) emitido pela DRAPC, sendo objetivo neste processo licenciar a ampliação da exploração com um 2.º pavilhão de produção e rever a capacidade instalada licenciada, atendendo às condições técnicas de exploração dos mesmos. Desta forma, com a ampliação agora proposta, a presente instalação será constituída por 2 pavilhões avícolas para criação de frangos de carne, com a capacidade instalada de 84.700 frangos (508,2CN). A ampliação consiste na construção do Aviário 2, com 2.034m 2 de área de implantação, dos quais 1.980,00m 2 são de área útil produtiva. O Novo Regime de Exercício da Atividade Pecuária (NREAP) aprovado pelo Decreto-Lei n.º 81/2013, de 14 de Junho, define no seu artigo 2.º Efluentes Pecuários como estrume e chorume. A Portaria n.º 631/2009, de 9 de Junho, procura clarificar os conceitos de chorume e estrume, definindo-os no seu artigo 2.º como: «Chorume» a mistura de fezes e urinas dos animais, bem como de águas de lavagem ou outras, contendo por vezes desperdícios da alimentação animal ou de camas e as escorrências provenientes das nitreiras e silos; «Estrume» a mistura de fezes e urinas dos animais com materiais de origem vegetal como palhas e matos, com maior ou menor grau de decomposição, incluindo a fracção sólida do chorume, assegurando que não tem escorrência líquida aquando da sua aplicação; A presente memória descritiva teve como referência os elementos definidos na Portaria n.º 631/2009, de 9 de Julho, para o PGEP. Página 31 de 38

2. Plano de Gestão dos Efluentes Pecuários Memória Descritiva O presente plano de gestão dos efluentes pecuários (PGEP) e demais informação descrita foi elaborado tendo em conta os requisitos apresentados no Anexo IV da Portaria n.º 631/2009, de 9 de Junho. a) Descrição, com base no sistema de informação parcelar (isip), da(s) unidade(s) de produção considerada(s) e das parcelas do requerente ou de terceiros destinadas à valorização agrícola do efluente pecuário ou dos fertilizantes orgânicos que contenham SPOAT Decorrente do normal funcionamento da exploração é gerado estrume no final de cada ciclo de produção, composto pela cama das aves, introduzida antes da entrada do bando, misturada com fezes e urina. O estrume é recolhido no final de cada ciclo e enviado de imediato para destino externo, que pode ser uma unidade de compostagem autónoma licenciada e/ou diretamente para terrenos agrícolas de terceiros, que procedem à sua valorização agrícola. Paralelamente são geradas águas residuais, comparadas a efluentes pecuários pelo ponto 3 do artigo 3.º da Portaria n.º 631/2009, de 9 de Junho, provenientes da lavagem e desinfeção dos pavilhões. Estas águas de lavagem são encaminhadas para fossa estanque, onde após retenção mínima de 90 dias, são encaminhadas para terrenos agrícolas de terceiros, que procedem à sua valorização agrícola. b) Descrição dos processos e das estruturas de recolha, redução, armazenamento, transporte, tratamento e transformação ou eliminação dos efluentes pecuários A cama das aves, introduzida em cada pavilhão antes da entrada de cada bando, é composta por fita de madeira (aparas). O estrume é composto pela mistura da cama das aves com fezes e urina das aves criadas durante cada ciclo produtivo na exploração. Após a saída completa do bando, o estrume é carregado para um atrelado/camião por um trator com pá frontal. Depois de todo o pavilhão ter sido raspado é varrido. O material varrido é carregado para o atrelado. Após estes processos é ainda soprado com uma máquina de pressão de forma a retirar quaisquer materiais incrustados. No final de todos os processos de limpeza terem sido feitos, o estrume é levado por agricultores terceiros, para valorização agrícola, ou é encaminhado para uma unidade de Página 32 de 38

compostagem autónoma licenciada se coincidir com época inibitória de aplicação agrícola legal (Novembro, Dezembro e Janeiro) ou funcional (ausência de culturas nos terrenos). Posteriormente à saída das camas, o pavilhão é lavado com água sob pressão, sendo depois desinfetado, através de pulverização. Através da utilização combinada dos equipamentos de limpeza e dos equipamentos de pressão consegue-se uma maior eficácia na limpeza do espaço e a redução dos consumos de água neste processo. Estima-se a utilização máxima de 2L/m 2 para lavagem através deste sistema. As águas de lavagem são encaminhadas para fossa séptica estanque dedicada, com capacidade para 18,88m 3 (ED2), através da rede de saneamento interna. Os efluentes permanecem na fossa durante, pelo menos, 90 dias. De salientar que este tipo de tratamento permite, numa primeira fase, a decantação da matéria orgânica na fossa séptica, com consequente degradação. No final do tempo de retenção, o efluente líquido é retirado das fossas através de cisternas e encaminhados para produtores agrícolas para valorização de culturas. Está desta forma garantido todo o tratamento dos efluentes produzidos na Exploração. c) Identificação do sistema de registo a adotar, que reporte as operações de manutenção, de monitorização e de suporte à elaboração de relatórios anuais No âmbito do pedido de Licença Ambiental serão implementados mecanismos de monitorização e acompanhamento ambiental, nomeadamente o registo de informação necessária à elaboração dos relatórios ambientais anuais (RAA), registo eletrónico de resíduos (MIRR) e registo PRTR (registo de emissões e transferências para a atmosfera), que incluem naturalmente os subprodutos e efluentes pecuários. Desta forma será registada a caracterização de produção de resíduos em diversos momentos. Desta forma será registada a caracterização de produção de resíduos em diversos momentos: i- Quantificação da produção de estrume no final de cada ciclo. Para além disso, em arquivo na exploração existem cópias das guias de acompanhamento dos efluentes pecuários expedidos. Página 33 de 38

d) Estimativa das quantidades de efluentes pecuários a serem produzidos pela atividade pecuária A capacidade instalada no total da Exploração é 84.700 frangos de carne por ciclo numa área útil de produção total de 3.465,60m 2. O ciclo médio dos frangos de carne tem a duração de 34 dias, considerando o plano de produção 7 ciclos por ano. Com base nos valores de referência para este tipo de explorações, disponibilizados no âmbito do REAP, e considerando a utilização máxima de cama de 240g/ave, estima-se a utilização de 20,33ton/ciclo de cama, traduzindo-se na utilização de 141,30ton/ano de material de cama para a produção esperada. Relativamente à produção de estrume, estima-se a produção de 63,12ton/ciclo traduzindo-se numa produção de 441,83ton/ano, de acordo com o plano de produção. Relativamente à produção de chorume, dadas as MTD utilizadas na exploração para limpeza e desinfeção, as quantidades obtidas são relativamente reduzidas tendo em conta a dimensão da Exploração. De acordo com o plano de produção para a Exploração, prevê-se a produção anual de 48,52m 3 de águas lavagem, equivalendo a uma produção média por ciclo de 6,93m 3. Ambos os Aviários estarão ligados a uma fossa séptica estanque bicompartimentada (ED2) com capacidade útil de armazenamento para 18,88m 3, já existente. Sendo o ciclo médio de produção de 34 dias, seguido de vazio sanitário com duração mínima de duas semanas, as capacidades das unidades de armazenamento previstas (armazém de estrume e fossas de chorume) permitem a receção da produção de mais de dois ciclos produtivos, garantido a permanência do efluente durante pelo menos 90 dias, período após o qual são recolhidas por produtores agrícolas. Neste contexto, da análise das quantidades a produzir mensalmente e por ciclo, verifica-se que a exploração possui capacidade de armazenamento própria capaz de armazenar a produção de chorume correspondente a mais de 3 meses de produção, ou seja, superior à produção máxima expectável durante um período de 3 meses consecutivos, garantindo assim também capacidade de armazenamento suficiente para o período de Novembro a Janeiro. Página 34 de 38

e) Estimativa do futuro encaminhamento ou destino dos efluentes pecuários, incluindo as quantidades a encaminhar e ou a enviar a cada destino Tal como referido, está estabelecido um acordo entre o criador e os agricultores da região para a receção de parte dos efluentes pecuários e chorume produzidos na Exploração. Os agricultores foram contactados de acordo com a produção de estrume estimada e de acordo com a área agrícola disponível para receberem as quantidades de acordo com as boas práticas agrícolas. Neste caso, serão sempre pequenos valorizadores pois vão receber quantidades abaixo de 200m 3 ou 200ton de efluente pecuário por ano. Sempre que não houver capacidade de receção dos estrumes na agricultura pela ausência de culturas agrícolas, os mesmos serão encaminhados para uma unidade de compostagem licenciada, neste caso, a Nutrofertil conforme declaração já apresentada. Não obstante, nos termos da Portaria n.º 631/2009, de 9 de Julho, está proibido a aplicação de efluentes pecuários nas culturas durante os meses de Novembro, Dezembro e Janeiro, pelo que neste período o encaminhamento será feito para a Nutrofertil. No resto do ano poderá haver o encaminhamento do estrume e chorume remanescente para valorizadores agrícolas terceiros, dependendo das solicitações, e em quantidades inferiores a 200ton/ano por agricultor. Relativamente ao chorume, o mesmo será encaminhado para as respetivas fossas estanques, com capacidades que permitem um tempo de permanência mínimo de 90 dias. A totalidade da produção anual de chorume é recolhida por produtores agrícolas para valorização agrícola, não estando previsto qualquer encaminhamento durante o período de 3 meses de inibição. A exploração dispõe de 1 fossa com capacidade suficiente para garantir o armazenamento durante mais de 3 meses. f) Estimativa da quantidade de efluentes pecuários a serem valorizados na exploração agrícola, em função das opções culturais previstas nos solos considerados no PGEP Não aplicável. Página 35 de 38

Referências Bibliográficas Comissão Europeia (Julho de 2003), Integrated Pollution Prevention and Control (IPPC) Reference Document on Best Available Techniques for Intensive Rearing of Poultry and Pigs. JOC 170. Documentos de apoio técnico disponibilizados em http://www.dgadr.mamaot.pt/reap/procedimentos-aplicaveis-as-atividades-pecuarias Página 36 de 38

ANEXO - PGEP Os elementos desenhados, designadamente planta de implantação da exploração e parcelário faz parte do Formulário LUA submetido eletronicamente na plataforma SILiAmb e que se apresenta como anexo do dossier de licenciamento que integra o presente PGEP, pelo que para evitar duplicação de elementos e economia de meios, se considerou despicienda a sua inclusão como anexo deste PGEP. A declaração da Nutrofertil já foi entregue no âmbito do pedido de alteração com o n.º 1387/02/C. Página 37 de 38