Crescimento da berinjela sob irrigação com água salina em solo com biofertilizante bovino Járisson Cavalcante Nunes 1 ; Antonio João de Lima Neto 2 ; Lourival Ferreira Cavalcante 3 ; Juliete Araújo da Silva 4 ; Jandiê Araújo da Silva 4 ; Antônio Gustavo de Luna Souto 1 1 Mestrando do Programa de Pós-graduação em Ciência do Solo CCA/UFPB, Areia, PB; jarissonagro@hotmail.com; gusluso@hotmail.com; 2 Mestrando do PPGA (Produção Vegetal)/FCAV/UNESP, Jaboticabal, SP; limanetoagro@hotmail.com; 3 Professor do DSER/UFPB. Bolsista do CNPq; pesquisador INCTSal. E-mail: lofeca@cca.ufpb.br; 4 Mestranda do Programa de Pós Graduação em Agronomia CCA/UFPB, Areia, PB; jullyetearaujo@hotmail.com; 5 Professor da UFRR, Roraima, RR; agrojand@yahoo.com.br RESUMO A berinjela é uma solanácea de ciclo anual, originária das regiões tropicais do Oriente, sendo cultivada há séculos por chineses e árabes. As maiores limitações para o seu cultivo estão relacionadas à qualidade da água para irrigação e baixa disponibilidade hídrica no solo durante seu ciclo. O objetivo do trabalho foi avaliar a aplicação de biofertilizante bovino no crescimento inicial de mudas de berinjela irrigadas com água salina. O experimento foi desenvolvido em ambiente telado do Departamento de Solos e Engenharia Rural, Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba, Areia/PB. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 5 x 2, correspondente aos níveis de condutividade elétrica da água de irrigação: 0,5; 1,0; 2,0; 3,0 e 4,0 ds m -1, no solo sem e com biofertilizante aplicado um dia antes da semeadura, em volume correspondente a 10% do volume do substrato. A irrigação com águas salinas elevou a situação salina do solo de não salino para salino ao nível de prejudicar sensivelmente o crescimento em altura, diâmetro do caule e a área foliar da berinjela. Nos tratamentos com biofertilizante, as perdas provocadas pela salinidade das águas foram menos drásticas que nas plantas sem o respectivo insumo orgânico. PALAVRAS-CHAVE: Solanum melongena L., insumo orgânico, salinidade. ABSTRACT Growth of eggplant irrigated with saline water and veal biofertilizer Eggplant is a solanaceous annual cycle, originating from the tropical regions of the East, being cultivated for centuries by Chinese and Arabs. The major limitation for its cultivation is related to poor water quality for irrigation and the low water availability in soil during its cycle. In this direction an experiment was carried out in gauzed ambient from Federal University Paraiba, Areia city, Paraíba State, Brazil in order to evaluate the effects of the irrigation with saline water on initial eggplant growth in soil without and with bovine biofertilizer applied to soil in liquid form. Treatments were in delineation completely randomized using a factorial scheme 5 x 2, referring to levels of electrical conductivity of irrigation water: 0.5, 1.0, 2.0, 3.0 and 4.0 ds m -1, in soil without and with addition of bovine biofertilizer applied to soil at level in volume corresponding to 10% of the substrate volume. The irrigation with saline waters increased the saline soil index of non saline to saline soil and inhibited the growth in height, stem diameter and leaf area of eggplant, but with loss intensity in plants without cattle manure applied to soil in liquid form. Keywords: Solanum melongena L., organic input, salinity Hortic. bras., v. 30, n. 2, (Suplemento - CD Rom), julho 2012 S 5703
Nos últimos anos tem se observado no Brasil um aumento considerável no consumo de berinjela (Solanum melongena L.). Esse crescimento do consumo e do número de consumidores deve-se ao fato de que o seu fruto é uma boa fonte de vitaminas e sais minerais e são-lhe atribuídas propriedades medicinais, como a capacidade de diminuir o colesterol plasmático e efeitos hipoglicêmicos entre outras (Bosco et al., 2009a). Atualmente, a berinjela é cultivada em aproximadamente 1.500 ha no Brasil. A região Sudeste é a principal produtora, com destaque para os estados de São Paulo (60,74%), Minas Gerais (14,32%) e Rio de Janeiro (12,43%), sendo basicamente inexpressiva a produção desta hortaliça na região Nordeste (Oliveira et al., 2011). A planta é uma solanácea de ciclo anual, originária das regiões tropicais do Oriente, sendo cultivada há séculos por chineses e árabes. As maiores limitações para o seu cultivo estão relacionadas com a baixa disponibilidade de água e nutrientes no solo durante seu ciclo. A sua resposta a fatores abióticos, tais como salinidade e estresse hídrico, tem sido pouco estudada (Bosco et al., 2009b). A qualidade da água utilizada, juntamente com excesso de fertilizantes, frequentemente causa problemas na produção desta hortaliça, a qual é considerada uma cultura moderadamente sensível a altos valores de condutividade elétrica (Ayers & Westcot, 1999). Uma prática que tem se mostrada útil e de baixo custo é o emprego de biofertilizantes, produzidos de forma anaeróbica ou aeróbica que contribuem para redução dos efeitos depressivos dos sais as hortaliças. Nascimento et al. (2011), avaliando o efeito da utilização de biofertilizante bovino na produção de mudas de pimentão irrigadas com água salina, verificaram que o uso do insumo orgânico reduziu os efeitos adversos da salinidade da água as plantas. Medeiros et al. (2011) avaliando o crescimento inicial do tomateiro-cereja sob irrigação com águas salinas em solo com biofertilizantes bovino, verificaram maior crescimento das plantas nos tratamentos onde o insumo foi utilizado. Diante do exposto o objetivo do trabalho foi avaliar a aplicação de biofertilizante bovino na produção de mudas de berinjela irrigadas com água salina. Hortic. bras., v. 30, n. 2, (Suplemento - CD Rom), julho 2012 S 5704
MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi desenvolvido entre os meses de agosto a outubro de 2009, em ambiente telado do Departamento de Solos e Engenharia Rural, CCA/UFPB/Areia, PB. O clima da região é do tipo As pela classificação de Köppen, que significa quente e úmido, com valores médios de temperatura e umidade relativa do ar de 25 ºC e 75% nos meses mais quentes, e de 21,6 ºC e 87% nos meses mais frios. A precipitação media é da ordem de 1200 mm anuais, com chuvas concentradas no período de março a agosto. O substrato utilizado foi um Argissolo Amarelo distrófico não salino (Santos et al., 2006), coletado nos primeiros 20 cm de profundidade, caracterizado fisicamente utilizando as metodologias recomendadas por Embrapa (1997), e quimicamente quanto à salinidade (Richards, 1954), conforme a Tabela 1. Os tratamentos foram dispostos em delineamento inteiramente casualizado, em seis repetições, usando o esquema fatorial 5 x 2, referente aos níveis de salinidade da água de irrigação 0,5; 1,0; 2,0; 3,0 e 4,0 ds m -1, preparados a partir da diluição de uma água fortemente salina (12,8 ds m -1 ) com água não salina (0,45 ds m -1 ), no solo sem e com biofertilizante comum aplicado ao solo, uma única vez, um dia antes da semeadura na proporção em água de 1:1 e no volume correspondente a 10% volume do substrato. O biofertilizante comum (água + esterco fresco de bovino) foi obtido sob fermentação anaeróbica. Para se produzir 200 L de biofertilizante comum ou puro, foram adicionados 100 L de esterco bovino fresco e 100 L de água em um recipiente de 240 L, mantendo-o hermeticamente fechado durante trinta dias (Silva et al., 2007). biofertilizante bovino na proporção em água de 1:1 foi analisado como se fosse água para irrigação, quanto a sua composição química, conforme a metodologia sugerida por Richards (1954) e Embrapa (1997), com valores de ph = 6,81; condutividade elétrica a 25 C = 3,11 ds m -1 ; Ca 2+, Mg 2+, Na + ; K + ; Cl - ; HCO 3 - ; SO 4 2- = 8,85; 11,93; 4,51; 7,99; 9,09; 2,51; 21,26 mmol c L -1, respectivamente, e relação de adsorção de sódio (RAS) = 1,39 mmol L -1. Cada unidade experimental correspondeu a uma bolsa de polietileno preto com capacidade para 3,4 L, sendo acondicionados 3 L de material de solo deixando espaço suficiente para aplicação dos 300 ml de biofertilizante líquido. Em cada repetição foram semeadas cinco sementes de berinjela com viabilidade de 92%. Aos 18 dias após a semeadura, realizou-se o desbaste, mantendo-se a mais vigorosa por unidade O Hortic. bras., v. 30, n. 2, (Suplemento - CD Rom), julho 2012 S 5705
experimental. A irrigação foi feita pelo processo de pesagem, utilizando a média das três repetições de cada tratamento para fornecer o volume de água evapotranspirada nas últimas 24 horas. A avaliação da cultura foi feita aos 76 dias após a semeadura, onde se obteve os valores de altura de plantas, através de régua graduada, diâmetro do caule com auxílio de um paquímetro digital de 6 DC-60 Western aferido em milímetro, área foliar, com o auxilio do programa DDA (Ferreira et al., 2008), e condutividade elétrica do extrato de saturação. Para avaliação dos dados utilizou-se o programa computacional Sistema para Análise de Variância SISVAR (versão 3.01), sendo o nível de significância determinado pelo teste F e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade (Ferreira, 2000). RESULTADOS E DISCUSSÃO Apesar da interação salinidade da água x biofertilizante não exercer efeitos significativos no crescimento em altura das plantas, essa variável respondeu significativamente a cada uma das fontes de variação (Figura 1). As plantas do solo sem biofertilizante tiveram crescimento médio de 21,15 cm e as do solo com o respectivo insumo 34,58 cm. Ao relacionar os valores percebe-se que composto orgânico aplicado ao solo na forma líquida estimulou o crescimento da berinjela em 63,5% comparado às do solo sem o respectivo insumo orgânico (Figura 1A). Resultados semelhantes foram registrados por Nascimento et al. (2011) ao constatarem que a adição do biofertilizante bovino superou expressivamente o crescimento de mudas de pimentão irrigado com águas salinas comparado as plantas do solo sem o insumo. Quanto aos efeitos dos sais, as plantas cresceram até condutividade elétrica da água de irrigação 1,02 ds m -1 atingindo a maior altura 30,2 cm, aos 76 dias após a semeadura (Figura 1B). A irrigação das plantas com água acima desse nível salino inibiu o crescimento em altura das plantas. Tendências semelhantes foram apresentadas por Oliveira et al. (2011) ao concluírem redução do crescimento de berinjela irrigada água de salinidade crescente. O diâmetro caulinar e a área foliar da berinjela foram inibidos com o aumento da salinidade das águas de irrigação, mas sempre com menor intensidade nas plantas do Hortic. bras., v. 30, n. 2, (Suplemento - CD Rom), julho 2012 S 5706
solo com o biofertilizante bovino (Figura 2). No solo sem biofertilizante o aumento do teor salino das águas resultou no declínio do diâmetro de 2,9 e 4,7 mm entre as plantas irrigadas com água de 4,0 e 0,5 ds m -1 provocando uma perda de 37,9%. No solo com biofertilizante bovino o diâmetro das plantas cresceu até a condutividade elétrica máxima estimada de 1,4 ds m -1 em que as plantas atingiram o diâmetro máximo de 5,5 mm. A superioridade dos dados expressa a ação positiva do insumo orgânico nos tratamentos em atenuar a agressividade dos sais da água no desenvolvimento da berinjela. Conforme Taiz & Zeiger (2008), esses efeitos positivos são oriundos das substâncias húmicas, mesmo em pequena proporção no insumo em promoverem o crescimento radicular e estimular a atividade enzimática nos processos metabólicos das culturas. A tendência dos dados do diâmetro foi semelhante aos da área foliar, em que no solo sem biofertilizante, o aumento do teor salino das águas inibiu linearmente a expansão foliar das plantas, ao nível de 56,913 cm 2 por aumento unitário da salinidade das águas. Por outro lado, o biofertilizante estimulou o aumento da área foliar até o maior valor de 340,8 cm 2 planta -1, em plantas irrigadas com água de condutividade elétrica até 1,1 ds m -1. A irrigação com água acima desse valor de condutividade elétrica prejudicou a expansão foliar das plantas, como registrado também por Oliveira et al. (2011) ao estudarem a irrigação com água salina no crescimento da mesma cultura. O aumento da salinidade da água de irrigação elevou drasticamente o nível salino do solo, mas sem efeito indicativo de aumento em função da aplicação do biofertilizante. Os valores médios foram elevados de não salino (CEes = 0,27 ds m -1 ), antes da aplicação dos tratamentos (Tabela 1), para até salino (CEes > 5 ds m -1 ) como indicado na Figura 3. Esses aumentos da salinidade do solo provocado pela salinidade das águas refletiram-se na inibição do crescimento em altura, diâmetro caulinar e expansão da área foliar. Ao considerar que não houve aplicação de lâmina de lixiviação de 10 ou 15%, além da lâmina de irrigação, para a lixiviação dos sais, os resultados evidenciam a necessidade de lavagem dos solos sob irrigação com águas de nível salino restritivo à grande maioria das plantas cultivadas moderadamente sensíveis à salinidade do solo ou da água, como inclusive a berinjela (Ayers & Westcot, 1999) e Cavalcante et al. (2010). Os resultados apresentados mostram que o aumento da salinidade das águas de irrigação elevou drasticamente o caráter salino do solo e comprometeu o crescimento vegetativo Hortic. bras., v. 30, n. 2, (Suplemento - CD Rom), julho 2012 S 5707
inicial da berinjela. O biofertilizante promoveu maior crescimento da berinjela irrigada com águas salinas em relação às plantas dos tratamentos sem o respectivo insumo líquido. A utilização do biofertilizante bovino aplicado ao solo na forma líquida atenua a ação prejudicial da salinidade do solo às plantas da berinjela. REFERÊNCIAS AYERS RS; WESTCOT DW. 1999. A Qualidade da água na agricultura. Trad. de Gheyi, H. R.; Medeiros, J. F.; Damasceno, F. A. V. Campina Grande: UFPB, 218p. BOSCO, M. R. O.; OLIVEIRA, A. B.; HERNANDEZ, F. F. F.; LACERDA, C. F. 2009a. Efeito do NaCl sobre o crescimento, fotossíntese e relações hídricas de plantas de berinjela. Revista Ceres 56, n. 3: 296-302. BOSCO MRO; OLIVEIRA AB; HERNANDEZ FFF; LACERDA CF. 2009b. Influência do estresse salino na composição mineral da berinjela. Revista Ciência Agronômica 40, n. 2: 157-164. CAVALCANTE LF; SANTOS RV; HERNANDEZ FFF; GHEYI HR; DIAS TJ. 2010. Recuperação de solos afetados por sais. In: GHEYI HR; DIAS NS; LACERDA CF (Org.). Manejo da salinidade na agricultura: estudos básicos e aplicados. Fortaleza: Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Salinidade, p. 425-448. EMBRAPA, Centro Nacional de Pesquisas de Solos. 1997. Manual de métodos de solo. Rio de Janeiro. 212 p. (Embrapa CNPS. Documentos, 1). FERREIRA OGL; ROSSI FD; ANDRIGHETTO C. 2008. DDA: Software para determinação de área foliar, índice de área foliar e área de olho de lombo versão 1.2. Santo Augusto. FERREIRA PV. 2000. Estatística Experimental Aplicado à Agronomia. 3 ed. Maceió: UFAL. 604 p. MEDEIROS RF; CAVALCANTE LF; MESQUITA FO; RODRIGUES RM; SOUSA GG; DINIZ AA. 2011. Crescimento inicial do tomateiro-cereja sob irrigação com águas salinas em solo com biofertilizantes bovino. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental 15, n.5: 505-511. NASCIMENTO JAM; CAVALCANTE LF; SANTOS PD; SILVA SA; VIEIRA MS; OLIVEIRA AP. 2011. Efeito da utilização de biofertilizante bovino na produção de mudas de pimentão irrigadas com água salina. Revista Brasileira de Ciências Agrárias 6, n.2: 258-264. OLIVEIRA FA; CAMPOS MS; OLIVEIRA FRA; OLIVEIRA MKT; MEDEIROS JF; MELO TK. 2011. Desenvolvimento e concentração de nitrogênio, fósforo e potássio no tecido foliar da berinjela em função da salinidade. Revista Brasileira de Ciências Hortic. bras., v. 30, n. 2, (Suplemento - CD Rom), julho 2012 S 5708
Agrárias 6, n.1:37-45. RICHARDS LA. 1954. Diagnostico y rehabilitación de suelos salinos y sódicos. México: Departamento de Agricultura de los Estados Unidos de América. 174p. (Manual de Agricultura, 60). SANTOS HG; JACOMINE PKT; ANJOS LHC; OLIVEIRA JB; COELHO MR; LUMBRERAS JF; CUNHA TJF. 2006. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Rio de Janeiro: Embrapa Solos. 306 p. SILVA AF; PINTO JM; FRANÇA CRRS; FERNANDES, SC; GOMES TCA; SILVA MSL; MATOS ANB. 2007. Preparo e uso de biofertilizante liquido. Petrolina: Embrapa Semiárido. 4 p. (Embrapa Semiárido, Comunicado Técnico, 130). TAIZ L; ZEIGER E. 2008. Fisiologia vegetal. 3. ed. Porto Alegre: Artmed. 820p. Tabela 1. Atributos físicos e químicos do extrato de saturação do solo (Physical and chemical attributes of soil saturation extract) Areia, PB, CCA/UFPB, 2009. Atributos Físicos Valores Atributos químicos Valores Densidade do solo (kg dm -3 ) 1,14 CEes a 25 C (ds m -1 ) 0,27 Densidade de partículas (kg dm -3 ) 2,71 ph 7,2 Porosidade Total (m 3 m -3 ) 0,58 Ca 2+ (mmol c L -1 ) 0,83 Areia (g kg -1 ) 557 Mg 2+ (mmol c L -1 ) 0,34 Silte (g kg -1 ) 63 Na + (mmol c L -1 ) 1,33 Argila (g kg -1 ) 380 K + (mmol c L -1 ) 0,15 ADA (g kg -1 ) 26 Cl - (mmol c L -1 ) 1,50 GF (%) 93,2 CO 3 2- (mmol c L -1 ) Ausente ID (%) 6,8 HCO - 3 (mmol c L -1 ) 0,27 Ucc (g kg -1 ) -10 kpa 103,4 SO 2-4 (mmol c L -1 ) 0,98 Upmp (g kg -1 ) 150 kpa 48,2 RAS (mmol L -1 ) 1,73 ADI (g kg -1 ) 55,2 *PST (%) 0,34 ADA - Argila dispersa em água; GF - Grau de floculação; ID - Índice de dispersão = 100 GF; ADI - Água disponível; Ucc - umidade do solo na capacidade de campo; Upmp - Umidade do solo no ponto de murchamento permanente; RAS - Relação de adsorção de sódio = Na + [(Ca 2+ + Mg 2+ )/2] 1/2 ; PST - Percentagem de sódio trocável = 100 (Na + /CTC); * = Obtido do complexo sortivo; CTC - Capacidade de troca catiônica [Ca 2+ + Mg 2 + + K + + Na + + (H + + Al 3+ )]. Hortic. bras., v. 30, n. 2, (Suplemento - CD Rom), julho 2012 S 5709
Altura (cm) 40 35 30 25 20 15 10 5 0 21,15 b SEM Biofertilizante bovino 34,58 a COM A 35 ALT = 29,492 + 1,2962 x - 0,6366* x 2 R² = 0,73 30 Altura (cm) 25 20 15 10 5 0 0,5 1,5 2,5 3,5 4,5 Salinidade da água (ds m -1 ) Figura 1: Valores médios de altura de plantas de berinjela sem e com biofertilizante - bovino (A) irrigada com água de condutividade elétrica crescente (B) [Average height of eggplants with and without biofertilizer veal (A) irrigated with water of increasing electrical conductivity (B)] Areia, PB, CCA/UFPB, 2009. B Diâmtero caulinar (mm) 6 5 4 3 2 1 A (- - -) = 5,0858-0,9169 x + 0,0938* x 2 R² = 0,99 ( ) = 5,1228 + 0,4329 x - 0,1537* x 2 R² = 0,95 0 0,5 1,5 2,5 3,5 4,5 Salinidade da água ( ds m -1 ) Área foliar (cm 2 ) 400 350 300 250 200 150 100 50 (- - -) = 290,2-56,913**x R² = 0,83 ( ) = 322,86 + 33,417 x -15,529** x 2 R² = 0,98 0 0,5 1,5 2,5 3,5 4,5 Salinidade da água (ds m -1 ) Figura 2: Valores do diâmetro caulinar (A) e área foliar (B) de plantas de berinjela sem (----) e com ( ) do biofertilizante bovino, irrigada com água de condutividade elétrica crescente [Values of stem diameter (A) and leaf area (B) of eggplants without (---) and with ( ) biofertilizer cattle, irrigated with water of electrical conductivity increased] Areia, PB, CCA/UFPB, 2009. B Condutividade elétrica do extrato de saturação (ds m -1 ) 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 y = 0,6894 + 1,3622** x R² = 0,94 0,0 0,5 1,5 2,5 3,5 4,5 Salinidade da água (ds m -1 ) Figura 3: Valores médios de condutividade elétrica do extrato de saturação do solo sob irrigação com água de salinidade crescente (Mean values of electrical conductivity of saturation extract of soil irrigated with water of increasing salinity) Areia, PB, CCA/UFPB, 2009. Hortic. bras., v. 30, n. 2, (Suplemento - CD Rom), julho 2012 S 5710