COMPREENDENDO MELHOR O APOIO DA FAPEMIG À PROTEÇÃO INTELECTUAL DE INVENTORES INDEPENDENTES



Documentos relacionados
PATENTES E SUAS ETAPAS. Antes de efetuado um depósito, recomendamos exame E BUSCA preliminar, para verificar se o pedido está de acordo com as normas.

Brasília, agosto de 2005.

PRÓ-DIRETORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU POLÍTICA INSTITUCIONAL DE PROPRIEDADE INTELECTUAL DO INTA

RESOLUÇÃO Nº 021/2007 DO CONSELHO SUPERIOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS UNIFAL-MG

Os requisitos de patenteabilidade, previstos na Lei de Propriedade Industrial 9.279/96, são:

PROPRIEDADE INTELECTUAL O Que é? Para Que Serve? Eduardo Winter Coordenador de Programas de Pós- Graduação e Pesquisa INPI

Licença de Uso de Marca (UM)

Figurativa: aquela constituída por desenho, figura ou qualquer forma estilizada de letra e número, isoladamente.

PROPRIEDADE INTELECTUAL O Que é? Para Que Serve? Eduardo Winter Coordenador de Programas de Pós- Graduação e Pesquisa INPI

PROPRIEDADE INTELECTUAL DESENHO INDUSTRIAL. Profa. Dra. Suzana Leitão Russo

PORTARIA Nº 493 DE 27/02/2002

9.8 Toda comunicação eletrônica entre os proponentes e a empresa contratada deverá ocorrer com cópia para o NIT, através do nit@ifrs.edu.br.

Instrução Normativa PROEX/IFRS nº 13, de 17 de dezembro de 2013.

Propriedade intelectual Câmpus Pato Branco NÚCLEO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA DIRETORIA DE RELAÇÕES EMPRESARIAIS E COMUNITÁRIAS

RESOLUÇÃO N 49, DE 27 DE SETEMBRO DE 2012

Núcleo de Inovação Tecnológica - NIT. Coordenadoria de Projetos e Inovação. Marcelo Gomes Cardoso

Patentes absurdas. Escada "spider" para a banheira. (Doughney Edward Thomas Patrick 1994 Nº Patente GB )

RESOLUÇÃO Nº 01/2015 DO CONSELHO CURADOR DA FUNDAÇÃO DE APOIO UNIVERSITÁRIO

O Acordo de Haia Relativo ao Registro. Internacional de Desenhos Industriais: Principais características e vantagens

3. DOS ITENS FINANCIÁVEIS

Núcleo de Inovação Tecnológica Campus Muzambinho

CARTILHA INSCRIÇÃO MUNICIPAL E REDESIM

XIV ENCONTRO DA REDE MINEIRA DE PROPRIEDADE INTELECTUAL CONTRATOS DE TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA MELLINA MAMEDE

Ordem de Serviço PROPG Nº 001, 21 de setembro de 2011

EDITAL Nº 135 /2010 DE 22 DE NOVEMBRO DE 2010 SELEÇÃO DE NOVOS EMPREENDIMENTOS PARA INSTALAÇÃO NA INCUBADORA DE EMPRESAS DO CEFET- MG NASCENTE ARAXÁ

SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO ACADÊMICA

Cartilha do Inventor JUNHO DE NIT Mantiqueira

Prêmio Inovação UP 2012 Manual de Preenchimento do Formulário

CHAMADA PÚBLICA 2014

Norma para Concessão de Bolsa de Pesquisa

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE

Cálculo das férias proporcionais e faltas

Forest Stewardship Council FSC Brasil

Os direitos da propriedade industrial adquirem-se mediante o seu registo.

Tudo Sobre Domínios! Registrar seu Domínio: Informações Importantes:

PROPRIEDADE INTELECTUAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO Fundação Instituída nos termos da Lei de 21/10/1966 São Luís Maranhão

RESOLUÇÃO Nº 20/2012, DE 14 DE AGOSTO DE 2012

GESTOR DA CARTEIRA DE INVESTIMENTO

Palácio dos Bandeirantes Av. Morumbi, Morumbi - CEP Fone: Nº 65 DOE de 08/04/08

Resolução nº CONSUNI

1 Orientações 1.1 Inscrições: As inscrições poderão ser realizadas até 13 de fevereiro de 2015.

REGULAMENTO DA DISCIPLINA ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO DOS CURSOS SUPERIORESDE GRADUAÇÃO DO CEFET-PR. Capítulo I DO ESTÁGIO E SUAS FINALIDADES

ões Instituto Nacional da Propriedade Industrial Departamento de Patentes e Modelos de Utilidade

RESOLVE: Número. De 8. Folha 1 Entrada em vigor

Programa Estágio de Curta Duração. CAPES/Fundação Carolina

DOS CURSOS E SEUS OBJETIVOS

EDITAL DE PROCESSO SELETIVO PARA PROFESSOR SUBSTITUTO UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROCESSO SELETIVO PARA PROFESSOR SUBSTITUTO

EMPRÉSTIMO DE ATIVOS

Clarke, Modet & Co. - Brasil Dra. Patrícia Falcão. São Paulo, 29 de abril de 2015

RIO GRANDE DO NORTE LEI COMPLEMENTAR Nº 478, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2012.

EDITAL FAPEMIG 13/2013 PROGRAMA DE APOIO À INOVAÇÃO TECNOLÓGICA EM MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE TECNOVA MINAS GERAIS

ÂMBITO E FINALIDADE SERVIÇO DE EMPRÉSTIMO DE VALORES MOBILIÁRIOS

Direito Empresarial II. Foed Saliba Smaka Jr. Curso de Direito ISEPE Guaratuba 2015/2

Regulamento Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica Sênior do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá

PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE TRABALHO TEMPORÁRIO

Ministério da Educação Secretaria de Educação Superior Diretoria de Políticas e Programas de Graduação. Sistema de Seleção Unificada - SISU

PUBLICADO NO ÓRGÃO OFICIAL DO MUNICÍPIO Nº 2030 DE 10/02/2014 DECRETO N. 240/2014

Passos e Orientações para solicitação de credenciamento como emissor de NF-e. Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DAS EMPRESAS INCUBADAS período

FAPESP: Apoio à Pesquisa para Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas

Eduardo Magalhães Machado 26/11/2002

PROGRAMA DE BOLSAS UNIVESP BOLSAS DE APOIO ACADÊMICO E TECNOLÓGICO

Perguntas e respostas sobre patentes da Fiocruz

COMO SOLICITAR PASSO 1: 1. Após efetuar o login na página o usuário deverá clicar em Nova Solicitação ;

CESUMAR CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ

SELO ALIMENTOS DO PARANÁ INFORMAÇÕES GERAIS

Propriedade Industrial. (Lei 9.279/96) Direitos Autorais (Lei 9.610/98)

Ass.: Programa BNDES para o Desenvolvimento da Indústria Nacional de Software e Serviços de Tecnologia da Informação BNDES Prosoft - Comercialização

CIRCULAR SUSEP N o 265, de 16 de agosto de 2004.

Elaboração do Manual de Propriedade Intelectual do CETEM

PROCEDIMENTO OPERACIONAL AQUISIÇÃO / QUALIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES

E-book Como Registrar sua Marca

1. Patente de Invenção (PI) Produtos ou processos que atendam aos requisitos de atividade inventiva, novidade e aplicação industrial.

Perguntas e Respostas sobre Portabilidade de Carência em Planos de Saúde

VIOLAÇÕES DE PATENTES E DESENHOS INDUSTRIAIS NO BRASIL E O SISTEMA INTERNACIONAL DE PATENTES

Módulo Básico. Busca de Patentes. Equipe de Patentes

Edital FINATEC 04/ Finatec / UnB. Participação em Eventos Científicos Internacionais

PROGRAMA DE APOIO À PUBLICAÇÃO QUALIFICADA - PAPQ

EDITAL Nº29-22/03/2013 DEDC SELEÇÃO DE NOVOS EMPREENDIMENTOS E PROJETOS PARA INSTALAÇÃO NA INCUBADORA DE EMPRESAS DO CEFET-MG NASCENTE EM LEOPOLDINA.


PROGRAMA CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS CHAMADA DE SELEÇÃO INTERNA, PARA ALUNOS DA UEA, PARA GRADUAÇÃO SANDUÍCHE NA FRANÇA

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME Secretaria Nacional de Renda de Cidadania

Transcrição:

COMPREENDENDO MELHOR O APOIO DA FAPEMIG À PROTEÇÃO INTELECTUAL DE INVENTORES INDEPENDENTES 1- A FAPEMIG apoia, tecnicamente e financeiramente, os inventores independentes na proteção e manutenção de invenções, modelos de utilidade, desenhos industriais, cultivares e programas de computador junto aos órgãos competentes pela proteção. Mas o que vêm a ser inventores independentes? De acordo com a Lei Mineira de Inovação (Lei N. 17.348, de 17/01/2008), inventores independentes são pessoas físicas, sem vínculo empregatício com instituição pública ou privada, que sejam inventores ou obtentores de criação. O significa a FAPEMIG apoiar tecnicamente e financeiramente os inventores independentes? Significa que, quando a FAPEMIG avalia e decide apoiar uma inovação, a sua Gerência de Propriedade Intelectual, por meio do Departamento de Proteção Intelectual (ver organogramas da FAPEMIG a seguir), auxilia, quando for o caso, o inventor independente no depósito de pedido de proteção junto aos órgãos competentes das invenções, modelos de utilidade, desenhos industriais, cultivares e programas de computador, ajudando-o no preenchimento dos formulários e na redação dos documentos cabíveis e obrigatórios. Além disso, a FAPEMIG garante o acompanhamento dos pedidos de proteção depositados, efetuando todos os trâmites necessários para a manutenção das proteções nos órgãos competentes. Esse acompanhamento é feito toda semana. Em relação ao apoio financeiro, a FAPEMIG, no âmbito nacional, efetua o pagamento das taxas necessárias à manutenção da propriedade intelectual. 1

2

O que é invenção, modelo de utilidade, desenho industrial, cultivar e programa de computador, tipos de propriedade intelectual cuja proteção é apoiada pela FAPEMIG? Invenção e Modelo de Utilidade: invenção refere-se a produto ou processo que não existe no estado da técnica, ou seja, que atende aos requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial, enquanto modelo de utilidade refere-se a um objeto de uso prático, ou parte deste, resultante de um aperfeiçoamento de algo já existente no estado da técnica e que possua nova forma ou disposição que decorra em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação. A proteção de uma invenção e de um modelo de utilidade é conferida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Desenho Industrial: consiste na forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial (definição de acordo com a Lei da Propriedade Industrial). O registro de Desenho Industrial é realizado junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Cultivar: pode ser definida como uma subdivisão de uma espécie agrícola que se distingue de outra por qualquer característica perfeitamente identificável, seja de ordem morfológica, fisiológica, bioquímica ou outras julgadas suficientes para sua identificação (definição dada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA). Em suma, cultivar é uma nova variedade de espécie vegetal geneticamente melhorada. No caso de cultivares, para sua comercialização é necessário registrá-las junto ao Registro Nacional de Cultivares (RNC). Entretanto, para a pessoa física ou jurídica que obtém as cultivares cobrar e receber royalties do licenciamento, as cultivares deverão estar protegidas no Serviço Nacional de Proteção de Cultivares (SNPC/MAPA). Programa de Computador: de acordo com a Organização Mundial de Propriedade Intelectual OMPI, Programa de Computador se refere a um conjunto de instruções que controla as operações de um computador para permitir que ele execute uma tarefa específica, como a armazenagem e a recuperação de informações. O registro de Programa de Computador é realizado junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). 3

2- Em contrapartida ao apoio técnico e financeiro da FAPEMIG concedido ao inventor independente, o mesmo deverá assinar um Contrato de Cotitularidade com a FAPEMIG (ver modelo) que definirá as obrigações e direitos do inventor independente e da FAPEMIG, estabelecendo a participação de cada parte no processo de proteção e manutenção da propriedade intelectual, assim como as responsabilidades das partes no que diz respeito à inserção da tecnologia no mercado. Quais serão os direitos da FAPEMIG a partir do momento em que for assinado um Contrato de Cotitularidade com o inventor independente? A FAPEMIG passará a ser cotitular da propriedade intelectual, na proporção a ser definida em cada caso, mediante negociação com o inventor independente. Essa participação na titularidade garantirá à FAPEMIG o direito de receber ganhos econômicos auferidos com a exploração comercial da criação protegida, de acordo com o percentual definido da titularidade. Quais serão os direitos do inventor independente a partir do momento em que for assinado um Contrato de Cotitularidade com a FAPEMIG? O inventor independente terá o seu pedido de proteção depositado no órgão competente pela proteção; o acompanhamento do mesmo ao longo da vigência legal da proteção; a execução dos trâmites necessários à manutenção da propriedade intelectual; e o pagamento de todas as taxas nacionais obrigatórias para a manutenção da propriedade intelectual. Quais serão as obrigações do inventor independente a partir do momento em que for assinado um Contrato de Cotitularidade com a FAPEMIG? O inventor independente assume a responsabilidade de inserir a propriedade intelectual no mercado. A princípio, essa responsabilidade não será compartilhada com a FAPEMIG. Ela é exclusiva do inventor independente. Entretanto, a FAPEMIG, quando julgar conveniente, poderá auxiliar o inventor independente no processo de inserir a propriedade intelectual no mercado. 4

Quais serão as obrigações da FAPEMIG a partir do momento em que for assinado um Contrato de Cotitularidade com o inventor independente? Auxiliá-lo na proteção de sua tecnologia, ajudando-o redigir os documentos necessários e preencher os formulários cabíveis. Pagar as taxas nacionais de proteção. Acompanhar a propriedade intelectual ao longo da sua vigência legal. 3- No caso do apoio da FAPEMIG à proteção internacional, este ocorrerá segundo a Deliberação da FAPEMIG n. 72/2013, obedecendo às mesmas regras para as Entidades de Ciência, Tecnologia e Inovação (ECTIs) apoiadas pela FAPEMIG. O inventor independente ao encaminhar solicitação de apoio à FAPEMIG para proteção internacional deverá encaminhar no prazo mínimo de 90 dias de antecedência, antes do encerramento do prazo legal para a efetivação da proteção via PCT - Patent Cooperation Treaty. A proteção internacional até a fase do PCT será feita sem custo para os inventores independentes e estará condicionada à apresentação do Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica da Tecnologia. O apoio da FAPEMIG nas fases nacionais estará condicionado ao estabelecimento de parceria com empresa para a produção e comercialização da propriedade intelectual. 4- Para a concessão do apoio aos inventores independentes, a FAPEMIG analisa a propriedade intelectual sob dois enfoques: 4.1 - a possibilidade de proteção junto aos órgãos competentes e 4.2 - o potencial mercadológico da tecnologia. Como se dá a análise sob o enfoque da possibilidade de proteção da propriedade intelectual por parte da FAPEMIG? A FAPEMIG ao receber o formulário devidamente preenchido e assinado pelo inventor independente, encaminhado, via correio, à Gerência de Propriedade Intelectual (GPI) da FAPEMIG, analisará o conteúdo das informações. O setor responsável por fazer essa análise inicial é o Departamento de Proteção Intelectual (DPI), vinculado à GPI. 5

Cabe ressaltar que o DPI, caso considere insuficientes as informações presentes no formulário de solicitação de apoio, contactará o inventor independente e solicitará maiores informações. De posse de todas as informações necessárias, o DPI iniciará sua análise. Quando a solicitação de apoio já apresenta um depósito de pedido de proteção efetivado junto a algum órgão competente, o DPI, primeiramente, verificará se o pedido de proteção foi realizado segundo as exigências legais, apresentando todas as informações obrigatórias para a concessão da proteção por parte do órgão responsável, como é o caso do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Caso o DPI julgue que o pedido de proteção não atenda às exigências legais, o seu parecer será negativo, o qual será encaminhado à GPI e outras instâncias da FAPEMIG, se necessário, para análise. Havendo a concordância pelo indeferimento da solicitação, este será comunicado, via ofício, ao inventor independente. Naqueles casos em o DPI considerar que o pedido de proteção foi realizado atendendo às exigências legais, apresentando suficiência descritiva, ou nos casos em que o inventor independente ainda não efetivou o pedido de proteção, o DPI efetuará, quando envolver solicitação de apoio à invenção, a modelo de utilidade e a desenho industrial, buscas nos bancos de patentes e de desenhos industriais, nacional e internacionais, com intuito de comprovar se a tecnologia atende aos requisitos legais de proteção, a saber: - requisitos legais de proteção para uma invenção: novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. De acordo com a Lei n. 9.279/96 (Lei da Propriedade Industrial), uma invenção apresenta novidade quando não está compreendida no estado da técnica; apresenta atividade inventiva sempre que, para um técnico no assunto, não decorra de maneira evidente ou óbvia do estado da técnica e, por fim, é suscetível de aplicação industrial quando possa ser utilizada ou produzida em qualquer tipo de indústria. - requisitos legais de proteção para um modelo de utilidade: novidade, ato inventivo e aplicação industrial. De acordo com a Lei n. 9.279/96 (Lei da Propriedade Industrial), um modelo de utilidade é novo quando não está compreendido no estado da técnica, apresenta ato inventivo sempre que, para um técnico no assunto, não decorra de maneira comum ou vulgar do estado da técnica e é suscetível de aplicação 6

industrial quando possa ser utilizado ou produzido em qualquer tipo de indústria. - requisitos legais de registro para um desenho industrial: novidade, originalidade e aplicação industrial. De acordo com a Lei n. 9.279/96 (Lei da Propriedade Industrial), um desenho industrial é novo quando não está compreendido no estado da técnica, é original quando dele resulte uma configuração visual distintiva em relação a outros objetos anteriores e deve servir de tipo de fabricação industrial. Cabe salientar que haverá casos, dependendo da complexidade da tecnologia, que o DPI solicitará ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) buscas nos bancos de patentes e de desenhos industriais. A partir do momento em que é tomada a decisão de solicitar esse tipo de busca junto ao INPI, o DPI solicitará o pagamento das taxas cabíveis ao processo perante o INPI, assim como preencherá os documentos obrigatórios, os quais serão protocolados no INPI sempre com o conhecimento e aval do inventor independente. De posse dos resultados das buscas, sejam as realizadas pela FAPEMIG ou as efetivadas pelo INPI, o DPI emitirá o seu parecer, o qual será positivo à medida que o referido Departamento verificar que a tecnologia atende aos requisitos legais da proteção. Caso contrário, o parecer será negativo. Observação: Quando os resultados das buscas não forem suficientes para que o DPI emita seu parecer, o Departamento poderá solicitar outros esclarecimentos por parte do inventor independente e/ou recorrer à consultoria de um especialista Ad hoc da área da tecnologia, quem analisará a propriedade intelectual, incluindo os resultados das buscas nos bancos de patentes e de desenhos industriais. Nesses casos, o DPI somente emitirá o seu parecer quando tiver em mãos os esclarecimentos do inventor independente e/ou quando tiver resposta do Ad hoc. Independente do conteúdo do parecer do DPI, este será encaminhado à Gerência de Propriedade Intelectual (GPI) e, se necessário, a outras instâncias da FAPEMIG, para análise. Em caso de indeferimento da solicitação, o inventor independente será comunicado via ofício. 7

Toda solicitação de apoio que atender favoravelmente aos requisitos da proteção, também será analisada sob o aspecto do potencial mercadológico da tecnologia. Como se dá a análise sob o enfoque do potencial mercadológico da propriedade intelectual por parte da FAPEMIG? A Gerência de Inovação (GIN), por meio do seu Departamento de Relações Empresariais (DRE), é o setor da FAPEMIG responsável por essa análise. Entre os pontos observados nesse enfoque estão: o estágio de desenvolvimento da tecnologia; a legislação que regulamenta a utilização da propriedade intelectual, quando for o caso; os produtos substitutos existentes para a tecnologia; a concorrência existente na área. Após análise, a GIN encaminhará parecer para o DPI/GPI. 5- Finalizadas as análises sob os aspectos legais da proteção da propriedade intelectual e do potencial mercadológico da tecnologia, será tomada a decisão final quanto ao deferimento ou indeferimento da solicitação de apoio do inventor independente. Ressalta-se que não há prazo definido para análise da solicitação de apoio à proteção intelectual. Cada caso é um caso. O prazo de análise dependerá da complexidade da tecnologia e da priorização da demanda. Não há como prever o andamento do processo, uma vez que o mesmo poderá envolver agentes externos à FAPEMIG, como é o caso do INPI e do consultor Ad hoc. No entanto, ressalta-se que a FAPEMIG adota o procedimento de sempre agilizar o processo. 8