INOVAÇÃO E BIOTECNOLOGIA NA POLÍTICA INDUSTRIAL BRASILEIRA FERNANDA DE NEGRI Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
INOVAÇÃO NO BRASIL
INOVAÇÃO E P&D NA INDÚSTRIA BRASILEIRA A indústria brasileira gasta 0,66% do seu faturamento em atividades de P&D (em 2000: 0,75%). Pouco mas de 5 mil empresas realizam dispêndios internos em P&D (em 2000 eram cerca de 7.000) Entre 3% e 4% das empresas industriais brasileiras fazem alguma inovação de produto para Menos de 1% das empresas industriais inovaram para o mercado internacional Fonte: PINTECS
INDÚSTRIA DIVERSIFICADA... outros; 18,8% Alimentos e bebidas; 18,0% Eletrônica e comunicações; 3,1% Papel e celulose; 3,1% Produtos de metal; 3,3% Borracha e plástico; 3,6% Máquinas e equipamentos ; 5,3% Metalurgia básica ; 7,9% Petróleo e combustíveis; 9,9% Químicos; 12,6% Automotiva; 10,8% Fonte: Pesquisa Industrial Anual (IBGE) - 2005. Elaboração: Assessoria Econômica (MDIC)
... E HETEROGÊNEA Empresas que inovam e diferenciam produtos Fazem inovações de produto para o mercado e são exportadoras 25% do faturamento (1,7% das empresas) 13% do emprego Gastam 3,6% do faturamento em P&D Empresas especializadas em produtos padronizados São exportadoras ou potenciais exportadoras 63% do faturamento (21% das empresas) 49% do emprego Gastam 0,99% do faturamento em P&D Empresas com baixa produtividade Não exportam 11,5% do faturamento (77% das empresas) 38% do emprego Gastam 0,39% do faturamento em P&D Fonte: IPEA. Elaboração: Assessoria Econômica (MDIC).
TAXAS DE INOVAÇÃO 34,0% 34% 33,5% 33,0% 33% 32,5% 32,0% 32% 31,5% 31,0% 2000 2003 2005 Fonte: Pesquisa industrial de inovação tecnológica (IBGE). Elaboração: Assessoria Econômica (MDIC).
OS SETORES MAIS INOVADORES 2005 80% 70% 60% 50% 40% 71% 69% 68% 57% 52% 57% 50% 50% 34% 30% 20% 10% 0% Automóveis Máquinas para escritório e informática Instrumentação, ótica e precisão Eletrônica e comunicações Fármacos Petróleo e combustíveis Químicos Indústria total Serviços Fonte: Pesquisa industrial de inovação tecnológica (IBGE). Elaboração: Assessoria Econômica (MDIC).
GASTOS INTERNOS EM P&D França Alemanha Reino Unido Noruega Brasil Espanha Hungria República Tcheca Portugal Argentina Mexico 0,66% 0,63% 0,50% 0,42% 0,37% 0,21% 0,09% 0,97% 1,25% 1,49% 2,15% 0,00% 0,50% 1,00% 1,50% 2,00% 2,50% Fonte: Pesquisas de Inovação da União Européia, Brasil, Argentina e México. Elaboração: Assessoria Econômica (MDIC).
PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR EM ATIVIDADES DE P&D NAS EMPRESAS BRASILEIRAS 30.000 25.000 pós-graduados graduados 20.000 15.000 10.000 5.000 0 2000 2003 2005 Fonte: Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica (PINTEC IBGE). Elaboração: Assessoria Econômica (MDIC).
IMPACTOS DA INOVAÇÃO Inovação e Exportações Empresas inovadoras tem 16% a mais de chances de exportar Firmas que inovam e diferenciam seus produtos exportam 116% a mais do que as não inovadoras Exportam produtos de maior intensidade tecnológica O aumento no gastos em P&D / faturamento aumenta o coeficiente de exportação das firmas brasileiras Inovação e Emprego Empresas inovadoras geram postos de trabalho de melhor qualidade Empresas inovadoras pagam salário 23% superiores à média da indústria Fonte: IPEA. Elaboração: Assessoria Econômica (MDIC).
INOVAÇÃO E CRESCIMENTO Gastos em inovação (em 2000) como proporção do faturamento (%) das empresas brasileiras classificadas por crescimento. 3,38 3,5 3,04 3,0 2,63 2,5 2,1 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 Inferior Medio Inferior Medio Superior Superior Fonte: IPEA. Elaboração: Assessoria Econômica (MDIC).
INSTRUMENTOS DE FOMENTO À INOVAÇÃO
JUSTIFICATIVAS E INSTRUMENTOS Justificativas teóricas: - Externalidades - Alto risco - descompasso entre as taxas de retorno privada e social dos projetos de P&D Instrumentos - Benefícios fiscais; - Financiamento e/ou subvenção - Depreciação acelerada
MECANISMOS EXISTENTES FINEP: Mais de 22 programas: Fundos setoriais (FNDCT); programas de interação dos ICT s com empresas; PROINOVAÇÃO; JUROS ZERO; CRIATEC; INOVAR; PAPPE; PNI; Chamadas públicas; etc; Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa; BNDES: FUNTEC e financiamentos à aquisição de máquinas e equipamentos; FINEP + BNDES ou FINEP + SEBRAE: Aporte de capital (K de risco); Tesouro Nacional: Desconto das despesas de custeio de P,D&I no IRPJ; MP do Bem; Lei da Inovação; Incentivo fiscal: Lei 8.661/93 PDTI / PDTA; Subvenção econômica: PDTI s e PDTA s aprovados pela FINEP; Ministério das Comunicações (FUNTTEL) SEBRAE: SebraeTIB; SebraeTEC; Bônus Metrologia Fonte: Pesquisa do IPEA
QUAIS SÃO AS DIFICULDADES PARA INOVAR? Elevado custo da inovação: 82,8% Riscos econômicos excessivos: 76,4% Escassez de fontes de financiamento: 62,1% Menos de 19% das empresas utilizaram algum apoio governamental para realizar a inovação 90% dos gastos em P&D das firmas brasileiras são financiados com recursos próprios
POLÍTICA INDUSTRIAL
ORIENTAÇÕES PARA A CONSTRUÇÃO DA PITCE II Potência e realismo da Política Proposta abrangente, conseqüente e convergente com a política macroeconômica e com outras políticas de governo: Política de Desenvolvimento Produtivo Implementação através de programas, com instrumentos, recursos e responsabilidades definidos Metas claras, inequívocas e factíveis Parceria e articulação entre agências relevantes e com os setor produtivo
CONFIGURAÇÃO DA POLÍTICA Macro Metas Objetivos Estratégicos Níveis da Política AMPLIAR O INVESTIMENTO FIXO Posição 2006: 16,8% ou R$ 390 bilhões Meta 2010: 21% ou R$ 604 bilhões ELEVAR O DISPÊNDIO EM P&D Posição 2006: 0,54% ou R$ 12,5 bilhões Meta 2010: 0,65% ou R$ 18,2 bilhões EXPANDIR AS EXPORTAÇÕES Posição 2006: 1,15% ou R$ 137,5 bilhões Meta: 1,25% ou R$ 18,2 bilhões em 2010 DINAMIZAR AS MPEs Meta: aumentar em 10% o número MPEs exportadoras Liderança Mundial Manter ou posicionar sistema produtivo ou Empresa brasileira entre 5 maiores players mundiais Conquista de Mercados Manter ou posicionar sistema produtivo brasileiro entre 5 maiores exportadores mundiais Focalização Construir competitividade em áreas estratégicas Diferenciação Posicionar marca brasileira entre as 5 principais de seu respectivo mercado Ampliação do Acesso Ampliar acesso da população a serviços básicos para a qualidade de vida Programas Estruturantes Ações focadas em sistemas produtivos, organizados em metas Destaques Estratégicos Ações focadas em fatores que contribuem para o dinamismo e a sustentabilidade de longo prazo da economia Nível Sistêmico Ações focadas em fatores geradores de externalidades positivas para o conjunto da atividade produtiva
TAXA DE INVESTIMENTO (como % do PIB) 22 21 20 19 18 17 16 15 18 17 17,4 17 16,4 16,8 17 16,4 15,3 16,1 16,3 16,8 17,6 18,6 20,9 19,7 14 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 M 2009 M 2010 M Fonte: BNDES. M = Metas PITCE. Elaboração: Assessoria Econômica (MDIC).
88 87 86 85 84 83,9 83 82 81 80 79 87,2 84,7 2005.10 2005.11 2005.12 2006.01 2006.02 2006.03 2006.04 2006.05 2006.06 2006.07 2006.08 2006.09 2006.10 2006.11 2006.12 2007.01 2007.02 2007.03 2007.04 2007.06 2007.07 2007.08 2007.05 2007.09 2007.10 2007.11 2007.12 2008.01 2008.02 UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE (Em %) Fonte: FGV. Elaboração: Assessoria Econômica (MDIC).
INVESTIMENTOS NOS PRÓXIMOS ANOS (Previsão do BNDES) R$ bilhões Setores Indústria 2007/10 382,8 2008/11 447,0 Crescimento 16,8% Infra-estrutura 197,9 231,7 17,1% Construção 470,0 535,0 13,8% Total 1.050,7 1.213,7 15,5% Fonte: BNDES. Elaboração: Assessoria Econômica (MDIC).
PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA NAS EXPORTAÇÕES MUNDIAIS (%) 1,26 1,24 1,22 1,2 1,18 1,16 1,14 1,12 1,1 1,25 1,23 1,21 1,18 1,15 2006 2007* 2008 M 2009 M 2010 M Fonte: SECEX / MDIC. * Estimativa. M = Metas PITCE. Elaboração: Assessoria Econômica (MDIC).
AMPLIAÇÃO DOS GASTOS PRIVADOS EM P&D 0,70% 0,65% 0,60% 0,58% 0,61% 0,65% 0,55% 0,51% 0,51% 0,51% 0,50% 0,45% 0,40% 2005 2006* 2007* 2008 M 2009 M 2010 M Fonte: MCT. Elaboração: Assessoria econômica (MDIC). * Estimativas. M = Metas PITCE
INSTRUMENTOS Incentivos: incentivos ficais, crédito e subvenção econômica Ex.: BNDES: Profarma P,D&I, Capital de Risco, Criatec, Funtec Poder de compra do Estado Ex.: MS/MCT/MF/MPOG/MDIC/Congresso Nacional: Compras Governamentais Regulação: técnica, econômica e concorrencial Ex.: ANS/MS (CMED): Regulação Preços Apoio Técnico: certificação e metrologia, promoção comercial, propriedade intelectual, capacitação de recursos humanos, capacitação empresarial Ex.: INMETRO: Programas de certificação
PROGRAMAS ESTRUTURANTES PARA SISTEMAS PRODUTIVOS Programas mobilizadores em áreas estratégicas Complexo Saúde Complexo Energia Tecnologias de informação e comunicação Complexo da defesa Nanotecnologia Biotecnologia Programas para fortalecer a competitividade Complexo automotivo Bens de capital seriados Têxtil e confecções Madeira e móveis Higiene, perfumaria Construção civil Complexo de serviços Bens de capital sob encomenda Indústria naval e cabotagem Couro, calçados e artefatos Agroindústrias Plásticos OUTROS Programas para consolidar e expandir a liderança Aeronáutico Mineração Siderurgia Papel e celulose Petroquímica Carnes