DESEMPENHO VEGETATIVO DE CULTIVARES DE MAMONA EM REGIME DE SEQUEIRO NO MUNICÍPIO DE ANGICAL BA

Documentos relacionados
PERÍODO CRÍTICO DE COMPETIÇÃO DAS PLANTAS DANINHAS NA BRS ENERGIA EM DUAS DENSIDADES DE PLANTIO

PRODUTIVIDADE DAS CULTIVARES PERNAMBUCANA, BRS PARAGUAÇU E BRS NORDESTINA EM SENHOR DO BONFIM-BA

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 1573

DESEMPENHO DE LINHAGENS DE MAMONA EM BAIXA ALTITUDE NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE.

COMPORTAMENTO DE DIFERENTES GENÓTIPOS DE MAMONEIRA IRRIGADOS POR GOTEJAMENTO EM PETROLINA-PE

COMPETIÇÃO DE GENÓTIPOS DE MAMONEIRA NO PERÍODO OUTONO-INVERNO EM ITAOCARA, RJ*

DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO DA MAMONEIRA EM FUNÇÃO DA SALINIDADE DA ÁGUA DE IRRIGAÇÃO 1 INTRODUÇÃO

COMPORTAMENTO DE GENÓTIPOS DE MAMONEIRA EM TERESINA PIAUÍ EM MONOCULTIVO E CONSORCIADOS COM FEIJÃO-CAUPI*

COMPORTAMENTO DE DIFERENTES GENÓTIPOS DE MAMONEIRA IRRIGADOS POR GOTEJAMENTO EM JUAZEIRO-BA

CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA MAMONEIRA FERTIRRIGADA EM MOSSORÓ RN

FONTES ORGÂNICAS DE NUTRIENTES E SEUS EFEITOS NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA MAMONEIRA*

Instituto de Ensino Tecnológico, Centec.

AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE MAMONA CULTIVADOS NO SEMI-ÁRIDO BAIANO

INFLUÊNCIA DO ESTÁDIO DE MATURAÇÃO DA SEMENTE E DA PROFUNDIDADE DE SEMEADURA II: CRESCIMENTO VEGETATIVO

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 1213

CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E TEOR DE ÓLEO DE SEMENTES DAS CULTIVARES: BRS NORDESTINA E BRS PARAGUAÇU SEPARADAS EM CLASSES PELA COR DO TEGUMENTO

COMPETIÇÃO DE PLANTAS DANINHAS E ADUBAÇÃO NITROGENADA NO CRESCIMENTO INICIAL DE DUAS CULTIVARES DE MAMONA (Ricinus communis)

ASSOCIAÇÕES ENTRE OS COMPONENTES DE RENDIMENTO DE MAMONEIRA PARA AMBIENTE DE BAIXAS ALTITUTES

AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO INICIAL DE HÍBRIDOS DE MAMONEIRA COM SEMENTES SUBMETIDAS AO ENVELHECIMENTO ACELERADO

ADENSAMENTO DE MAMONEIRA EM CONDIÇÕES DE SEQUEIRO EM MISSÃO VELHA, CE

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 1599

VARIAÇÃO NO PERCENTUAL DE TEGUMENTO EM RELAÇÃO AO PESO DA SEMENTE DE DEZ GENÓTIPOS DE MAMONEIRA

MANEJO DE PLANTIO E ORDEM DO RACEMO NO TEOR DE ÓLEO E MASSA DE SEMENTES DA MAMONEIRA

PERFORMANCE DE GENÓTIPOS DE MAMONA AVALIADOS EM CERRADO DE RORAIMA 2008

CRESCIMENTO INICIAL DE DUAS CULTIVARES DE MAMONA (Ricinus communis) EM DIFERENTES POPULAÇÕES

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE MAMONA ACONDICIONADAS EM DIFERENTES EMBALAGENS E ARMAZENADAS SOB CONDIÇÕES CLIMÁTICAS DE PATOS-PB

SISTEMA DE PLANTIO E PRODUTIVIDADE DA MAMONEIRA CULTIVADA EM ÁREA DE SEQUEIRO NO MUNICÍPIO DE CASA NOVA-BA

FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR O CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA MAMONEIRA

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 1670


ÉPOCAS DE PLANTIO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO DE CICLO PRECOCE PARA A REGIÃO DO PONTAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

AVALIAÇÃO DE NOVAS LINHAGENS ORIUNDAS DE CAMPOS DE SEMENTES GENÉTICAS DE ALGODÃO EM BARBALHA- CE RESUMO

VII Congresso Brasileiro do Algodão, Foz do Iguaçu, PR 2009 Página 1550

ÉPOCAS DE PLANTIO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO DE CICLO PRECOCE NO MUNICÍPIO DE UBERABA, MG *

ENSAIO REGIONAL DE LINHAGENS E CULTIVARES DE ALGODÃO HERBÁCEO DO NORDESTE

DESBASTE CONTROLADO DOS RAMOS LATERAIS E POPULAÇÃO DE PLANTAS NA CULTURA DA MAMONEIRA

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE MAMONA ACONDICIONADAS EM DIFERENTES EMBALAGENS E ARMAZENADAS SOB CONDIÇÕES CLIMÁTICAS CONTROLADAS

ARRANJO DE PLANTAS NO RENDIMENTO DA MAMONEIRA

ESTUDO DO PROCESSO DE MATURAÇÃO DA MAMONEIRA I: LANÇAMENTO DA INFLORESCÊNCIA

AVALIAÇÃO DE UM EQUIPAMENTO MANUAL PARA A SEMEADURA DA MAMONEIRA.

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE MAMONA ACONDICIONADAS EM DIFERENTES EMBALAGENS E ARMAZENADAS SOB CONDIÇÕES CLIMÁTICAS DE CAMPINA GRANDE-PB

TAXAS DE CRESCIMENTO EM DIÂMETRO CAULINAR DA MAMONEIRA SUBMETIDA AO ESTRESSE HÍDRICO-SALINO(*)

ÉPOCAS DE SEMEADURA DO ALGODOEIRO HERBÁCEO DE CICLO PRECOCE NO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA *

COMPETIÇÃO DE GENÓTIPOS DE MAMONA DE PORTE BAIXO AVALIADOS EM RORAIMA 2008

DESEMPENHO DE CULTIVARES E LINHAGENS DE ALGODOEIRO HERBÁCEO NO ESTADO DO CEARÁ *

ALOCAÇÃO DE FITOMASSA NA MAMONEIRA (RICINUS COMMUNIS L) EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO NITROGENADA E DA TEMPERATURA NOTURNA EM CÁMARA DE CRESCIMENTO

AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE MAMONA DE PORTE BAIXO PARA O ESTADO DO PARANÁ*

FITOMASSA DA MAMONEIRA (Ricinus cumunnis L.) CULTIVAR BRS ENERGIA ADUBADA ORGANICAMENTE

AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE MAMONA EM CAMPOS DOS GOYTACAZES, REGIÃO NORTE FLUMINENSE*

AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE MAMONA (Ricinus communis L.) DE PORTE MÉDIO PARA O ESTADO DE SÃO PAULO SAFRA 2003/2004

COMPORTAMENTO DE LINHAGENS DE MAMONA (Ricinus communis L.), EM BAIXA ALTITUDE NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE 1

AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE MAMONEIRA NA CHAPADA DO ARARIPE, PERNAMBUCO

Missão da Embrapa Semiárido

GENÓTIPOS DE PORTE MÉDIO DE MAMONA AVALIADOS EM IRECÊ (BA) PARA TEOR DE ÓLEO E PRODUTIVIDADE*

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES E BIOMETRIA DE PLÂNTULAS DE MAMONA

AVALIAÇÃO DE LINHAGENS AVANÇADAS DE FIBRA COLORIDA NOS MUNICÍPIOS DE ANGICAL E WANDERLEY-BA 1

CRESCIMENTO E PRODUTIVIDADE DE DUAS CULTIVARES DE MAMONA COM DIFERENTES NÍVEIS DE ADUBAÇÃO NPK E ÉPOCAS DE PLANTIO.

ÉPOCAS DE SEMEADURA DE MAMONA CONDUZIDA POR DUAS SAFRAS EM PELOTAS - RS 1

ESTUDO DO PROCESSO DE MATURAÇÃO DA MAMONEIRA II: UMIDADE E FITOMASSA DOS FRUTOS E SEMENTES

TAXAS DE CRESCIMENTO EM ALTURA DA MAMONEIRA SUBMETIDA AO ESTRESSE HÍDRICO- SALINO(*)

POPULAÇÃO DE PLANTAS, USO DE EFICIÊNCIA DA TERRA E ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO CONSÓRCIO MAMONEIRA / SORGO

AVALIAÇÃO DA FITOMASSA E COMPRIMENTO DAS RAÍZES DA MAMONEIRA BRS NORDESTINA INFLUENCIADOS PELA FERTILIZAÇÃO ORGÂNICA

EFEITOS ISOLADOS E CONJUNTOS DA MAMONEIRA (Ricinus communis L.), EM FUNÇÃO DE NITROGÊNIO E TEMPERATURA NOTURNA EM AMBIENTES DIFERENTES

INFLUÊNCIA DO ESTÁDIO DE MATURAÇÃO DA SEMENTE E DA PROFUNDIDADE DE SEMEADURA III: FITOMASSA DA MAMONEIRA

COMPORTAMENTO DE CULTIVARES E LINHAGENS DE ALGODOEIRO HERBÁCEO NO CERRADO DO SUDOESTE PIAUIENSE

POPULAÇÃO DE PLANTAS, USO DE EFICIÊNCIA DA TERRA E ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO CONSÓRCIO MAMONEIRA / MILHO.

COMPETIÇÃO DE CULTIVARES DE ALGODOEIRO NO CERRADO DA BAHIA. 1

CRESCIMENTO FOLIAR DA MAMONEIRA IRRIGADA COM ESGOTO DOMÉSTICO SOB DIFERENTES NÍVEIS DE REPOSIÇÃO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO *

TEOR DE ÓLEO E RENDIMENTO DE MAMONA BRS NORDESTINA EM SISTEMA DE OTIMIZAÇÃO DA PRODUÇÃO

AVALIAÇÃO E SELEÇÃO DE LINHAGENS FINAIS DE ALGODÃO PARA LANÇAMENTO DE CULTIVARES, SAFRA 2008/09. 1 INTRODUÇÃO

CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DE DUAS CULTIVARES DE MAMONA SOB DIFERENTES DENSIDADE DE PLANTAS NO TOCANTINS UNITINS-AGRO

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA CV. BRS 149 NORDESTINA ATRAVÉS DA PODA EM DIFERENTES DENSIDADES POPULACIONAIS


ENSAIO DE VALOR DE CULTIVO E USO (VCU 2004) DO PROGRAMA DE MELHORAMENTO DA EMBRAPA NO CERRADO

LINHAGENS DE ALGODOEIRO DE FIBRAS ESPECIAIS NO CERRADO DA BAHIA, SAFRA 2008/09. 1

TOLERÂNCIA À SECA EM GENÓTIPOS DE MAMONA*

Luis Nery Rodrigues 1, Aparecida Rodrigues Nery 2, Pedro Dantas Fernandes 3 e Napoleão Esberard de Macedo Beltrão 4

POPULAÇÃO DE PLANTAS NO CONSÓRCIO MAMONEIRA / CAUPI.

PERÍODOS DE INTERFERÊNCIA DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DA MAMONA CULTIVAR ÍRIS EM DIFERENTES ESPAÇAMENTOS DE SEMEADURA

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE SEMENTES DE MAMONA SEPARADAS EM CLASSES PELA COR DO TEGUMENTO

FREQÜÊNCIA DE SEMENTES DE COLORAÇÃO ATÍPICA EM CACHOS DE MAMONA COLHIDOS EM DIFERENTES ESTÁDIOS DE MATURAÇÃO*

l«x Seminário Nacional

VIABILIDADE DO TRIGO CULTIVADO NO VERÃO DO BRASIL CENTRAL

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 1047

LINHAGENS FINAIS DE ALGODÃO DE FIBRAS MÉDIAS E LONGAS NO CERRADO DA BAHIA, SAFRA

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 637

PRODUTIVIDADE DE CULTIVARES DE MAMONEIRA NAS CONDIÇÕES AGROECOLÓGICAS DO RECÔNCAVO DA BAHIA

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 1751

CULTIVARES DE ALGODOEIRO AVALIADAS EM DIFERENTES LOCAIS NO CERRADO DA BAHIA, SAFRA 2007/08 1. INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO DE HÍBRIDOS DE MAMONA NOS CERRADOS DO OESTE DA BAHIA. Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S/A EBDA,

DESEMPENHO AGRONÔMICO DO ALGODÃO EM CONSÓRCIO COM CULTURAS ALIMENTARES E OLEAGINOSAS 1 INTRODUÇÃO

CARACTERÍSTICAS BIOMÉTRICAS DE VARIEDADES DE MILHO PARA SILAGEM EM SISTEMA DE PRODUÇÃO ORGÂNICA NO SUL DE MG

CRESCIMENTO DA MAMONEIRA EM ALTURA E DIÂMETRO CAULINAR IRRIGADA COM ESGOTO DOMÉSTICO SOB DIFERENTES NÍVEIS DE REPOSIÇÃO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO *

COMPONENTES DE PRODUÇÃO E PARTICIPAÇÃO DA ORDEM DOS RACEMOS NO RENDIMENTO DA MAMONEIRA CONSORCIADA COM FEIJÃO-CAUPI E AMENDOIM

ADENSAMENTO DE SEMEADURA EM TRIGO NO SUL DO BRASIL

AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE MAMONA NA REGIÃO NORTE DO PARANÁ. Nelson da Silva Fonseca Júnior 1 e Máira Milani 2

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE CULTIVARES DE MILHO EM FUNÇÃO DA DENSIDADE DE SEMEADURA, NO MUNÍCIPIO DE SINOP-MT

AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE FEIJOEIRO COMUM NO ESTADO DE GOIÁS

CRESCIMENTO E PRODUTIVIDADE DE DUAS CULTIVARES DE MAMONA COM DIFERENTES NÍVEIS DE ADUBAÇÃO NPK E ÉPOCAS DE PLANTIO. II LIMOEIRO DO NORTE - CE

Transcrição:

DESEMPENHO VEGETATIVO DE CULTIVARES DE MAMONA EM REGIME DE SEQUEIRO NO MUNICÍPIO DE ANGICAL BA João Batista dos Santos 1, Carlos Alberto Vieira de Azevedo 1, Daniel Macedo Rios 2, Carlos Augusto Araújo Santos 2, Ariosvaldo Novais Santiago 2, Napoleão Esberard de Macedo Beltrão 3, Gibran da Silva Alves 4 1 UFCG, agrosantos@hotmail.com, 2 EBDA, 3 Embrapa Algodão, napoleao@cnpa.embrapa.br, 4 UFPB RESUMO - Com objetivo de avaliar o desempenho vegetativo de cultivares de mamona, instalou-se um ensaio de pesquisa testando-se 8 genótipos de porte médio em área experimental da EBDA, no município de Angical - BA. O experimento foi instalado em blocos casualizados com quatro repetições. Cada parcela experimental, foi constituída por 3 fileiras de 9 m de comprimento, o espaçamento utilizado foi de 3 x 1 m, sendo três metros entre fileira e um entre planta, totalizando 27 plantas por parcela. Foram semeadas três sementes por cova deixando apenas uma planta após o desbaste. As cultivares testadas foram: Sangue de Boi, BRS Paraguaçu, China, Preta Pernambucana, Sipeal 28, Sipeal 9, Mirante 10 e Nordestina. Todas as cultivares apresentam porte médio e com arquiteturas típicas e representativas da Região do Semi-árido. Foram feitas as avaliações em diversos estágios de crescimento e desenvolvimento da planta: stand inicial, floração, maturação, altura de planta, altura do primeiro cacho e número de nós. A cultivar Mirante 10 revelou ser um material precoce. A cultivar Sangue de boi apresentou as maiores médias para as características avaliadas, demonstrando ser um material alto e tardio. Palavras-chave: Ricinus communis, componentes de produção, competição de cultivares. INTRODUÇÃO A mamoneira tem na sua organogênese, 12 fases ou estádios de desenvolvimento, dependendo da duração de cada uma, da cultivar e das condições ambientais (BATISTA 1996). O primeiro é a germinação e o segundo, o da formação das folhas opostas verdadeiras, que demora de 7 a 17 dias (BANZATTO, 1965). O terceiro estádio envolve a segmentação do eixo do racemo, que ocorre rapidamente e finaliza com a formação da quinta ou sexta folha verdadeira, com a iniciação da gema axilar lateral, enquanto o quarto estádio corresponde à diferenciação do meristema primário e a formação do rendimento do racemo, tendo de 7 a 18 dias. O quinto estádio é o da diferenciação da parte floral e demora de 10 a 17 dias, e o sexto, o da formação do pólen e saco embrionário (BANZATTO, 1965). Já o sétimo refere-se à diferenciação e ao crescimento do racemo; o oitavo á fase de botoamento; o nono, à floração e a polinização; o décimo, à formação dos frutos e sementes; o décimo primeiro, à deposição da cera e o décimo segundo corresponde à maturação. O período de frutificação é muito variável, podendo chegar a 90 dias em cultivares precoces (BANZATTO, 1965).

O objetivo desse trabalho foi avaliar o desempenho vegetativo de cultivares de mamona em relação as características agronômicas: stand inicial, altura de plantas, altura do primeiro cacho, número de nós, floração e maturação no município de Angical - BA. MATERIAL E MÉTODOS O ensaio foi conduzido em condições de sequeiro na Fazenda Manga de Cima, município de Angical - BA á 45 km do município de Barreiras - BA. O município de Angical - BA está localizado nas seguintes coordenadas: 12º00 25 S, 44º41'40''W e com uma altitude de 470 m. O experimento foi instalado em blocos casualizados com quatro repetições. Cada parcela experimental, foi constituída por 3 fileiras de 9 m de comprimento, o espaçamento utilizado foi de 3 x 1 m, sendo três metros entre fileira e um entre planta, totalizando 27 plantas por parcela. Foram semeadas três sementes por cova deixando apenas uma planta após o desbaste. As cultivares testadas foram: Sangue de Boi, BRS Paraguaçu, China, Preta Pernambucana, Sipeal 28, Sipeal 9, Mirante 10 e Nordestina. Todas as cultivares apresentam porte médio e com arquiteturas típicas e representativas da Região do Semiárido. Foram feitas as avaliações em diversos estágios de crescimento e desenvolvimento da planta: Stand inicial, floração, maturação, altura de planta, altura do primeiro cacho e número de nós. RESULTADOS E DISCUSSÃO Conforme a Tabela 1 pode-se observar que a variável Stand Inicial não apresentou nenhuma diferença significativa entre as cultivares estudadas. Para a variável altura de planta (AP) observou-se uma variação entre as médias dos tratamentos, a cultivar Sangue de Boi, apresentou a maior altura de plantas entre todas as cultivares estudadas, porém não diferenciou estatisticamente em relação as cultivares Sipeal 9, Preta pernambucana, China, Sipeal 28 e Nordestina que obtiveram alturas 4,375 cm; 4,350 cm; 4,250 cm; 4,225 cm e 4,125 cm respectivamente. Mazzani (1983) relatou a ocorrência de variedades que chegam a mais de sete metros. Segundo esse autor a altura de planta é controlada por fatores genéticos e ambientais. A menor média determinada para essa característica foi encontrada na cultivar Mirante 10 (3,225 m), embora não tenha se diferenciado estatisticamente da cultivar BRS Paraguaçu (3,675 m). Esses baixos valores determinado nesse trabalho para altura de planta são interessantes a fim de selecionar plantas com menor porte, o que pode a vir favorecer os tratos culturais bem como a colheita. As cultivares Sangue de boi, China, Preta pernambucana, Sipeal 9 e Nordestina apresentaram valores superiores das demais, para a característica número de entrenódios demonstrando que não houve diferenças significativas entre estas. Já para as cultivares, Sipeal 28 e Mirante 10 que apresentaram valores bem inferiores, nota-se uma certa relação entre as variáveis altura de planta (AP)

e números de entrenódios (NE), onde as cultivares que apresentaram valores maiores para altura de planta, também apresentaram para números de entrenódios, com exceção da cultivar Sipeal 28. Avaliando altura do primeiro cacho (APC) das cultivares analisadas, observou-se que a Sangue de boi (2,750 cm) e Sipeal 9 (2,525 cm) foram as que apresentaram maiores valores aos demais tratamentos. Demóstenes et al. (1997), estudando diversas variedades e cultivares da referida cultura, encontraram resultados superiores para altura do primeiro cacho (APC). O menor valor para a variável altura do primeiro cacho (APC), foi encontrado na cultivar Mirante 10 (1,150 m). De acordo com Beltrão (2003), a altura do primeiro cacho é uma característica ligada a precocidade da planta, sendo considerada mais precoce a planta que lança primeiro cacho em menor altura. Analisando a característica floração (Tabela 2), observa-se que a cultivar Mirante 10 apresentou a menor média em dias (55 DAE). Esse baixo valor indica a precocidade dessa cultivar, sendo de grande interesse agronômico, uma vez que uma cultivar precoce aproveita melhor o período chuvoso. Os resultados confirmam as informações para a cultivar Mirante 10 citadas por Beltrão, (2002), que apontam a floração entre 50 a 60 dias após a germinação. A cultivar Sangue de Boi obteve uma maior média em dias (74 DAE), apresentou uma grande diferença significativa, demonstrando ser um material de ciclo mais tardio para a produção. Com base nas informações obtidas na Tabela 2 para a maturação dos cultivares Mirante 10 e Sipeal 28, observou-se as menores médias nos números de dias entre os demais tratamentos. O que comprova a precocidade para produção e redução da época de colheita dos racemos. Os materiais Sangue de boi e Nordestina não diferem entre si, mas apresentaram numericamente valores maiores entre todas as cultivares trabalhadas, demonstrando que o excesso do crescimento vegetativo prolongou o período de floração e maturação. Os valores obtidos nas cultivares Sangue de boi, Nordestina e Sipeal 9 nesse trabalho ficaram abaixo dos valores encontrados por Buzzetti (1997), em Campina Grande - PB, onde obteve valores médios para maturação bem superiores aos determinados nessa pesquisa. CONCLUSÕES A cultivar Mirante 10 revelou ser um material precoce. A cultivar Sangue de boi apresentou as maiores médias para as características avaliadas, demonstrando ser um material alto e tardio.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BANZATTO, N. V; ROCHA, J. L. V. Florescimento e maturação das cultivares de mamoneira IAC38 E CAMPINAS. Bragantia, v. 24, p. 29-31, 1965. (Nota 4). BATISTA, F. A. S. Genética e melhoramento da mamoneira. In: KERR, W. E. Melhoramento e genética. São Paulo: Melhoramentos. 1996, p.102-113. BELTRÃO, N. E. de M. Crescimento e desenvolvimento da Mamoneira (Ricinus communis L.).Campina Grande: Embrapa Algodão, 2003. 4 p.(embrapa Algodão. Comunicado Técnico, 146.). BELTRÃO, N. E. de M. Zoneamento e época de plantio da mamona para o Nordeste Brasileiro. Campina Grande: Embrapa CNPA, 2002. 44 p. BUZZETTI, A. R. Desempenho produtivo em variedades de mamonas cultivadas no semi-árido paraibano sob regime de sequeiro. Campina Grande: Embrapa Algodão, 1997, 6 p. (Comunicado técnico, 145). DEMÓSTENES, D. J; COSTA, E. F; LIMA A. S. Avaliação do crescimento de variedades de mamona. Viçosa, MG: UFV. 1997. 75 p. MAZZANI, B. Eurforbiáceas oleaginosas. Tártago. In: MAZZANI, B. Cultivo y mejoramento de plantas oleaginosas. Caracas: Fondo Nacional de Investigaciones Agropécuarias, 1983. p. 227-360. Tabela 1. Valores médios para Stand inicial, Altura de plantas (AP), Número de entrenódios (NE), de cultivares de mamonas Angical, Bahia, 2006. CULTIVARES STAND AP (m) NE (nº) Sangue de Boi 25,250a 4,575a 26,000a BRS Paraguaçu 25,000a 3,675bc 22,000bc China 25,500a 4,250a 22,250ab Preta Pernambucana 25,250a 4,350a 23,250a Sipeal 28 24,500a 4,225a 17,500c Sipeal 9 25,500a 4,375a 24,750a Mirante 10 24,000a 3,225c 15,250c Nordestina 22,250a 4,125ab 22,750ab CV 5.760 7.520 4.780 DMS 3.371 0.465 3.809 Médias seguidas da mesma letra nas colunas não diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.

Tabela 2. Valores médios para Altura do Primeiro Cacho (APC), Maturação (MAT), Floração (FLO) de cultivares de mamonas Angical, Bahia, 2006. Cultivares APC (m) FLO (DAE) MAT (DAE) Sangue de Boi 2,750a 74,000a 92,500a BRS Paraguaçu 1,725cd 61,000d 78,000cde China 1,900bc 63,500cd 80,750cde Preta Pernambucana 2,075bc 64,000c 81,750bcd Sipeal 28 1,575cd 61,000d 76,250de Sipeal 9 2,525ab 64,500c 82,500bc Mirante 10 1,150d 55,000e 75,250e Nordestina 2,100bc 68,750b 87,250ab CV 13.860 1.960 3.190 DMS 0.649 2.981 6.183 Médias seguidas da mesma letra nas colunas não diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.