CONTROLE DE PRAGAS DE SOLO EM CANA: CUPINS, SPHENOPHORUS E MIGDOLUS.

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Transcrição:

CONTROLE DE PRAGAS DE SOLO EM CANA: CUPINS, SPHENOPHORUS E MIGDOLUS. Eng.Agrº. Luiz Carlos de Almeida Eng.Agrº. Luís Gustavo de Almeida almeida.entomologia@hotmail.com Especialista em Tecnologia Agroindustrial Seminário Internacional - STAB Ribeirão Preto, 28 de Setembro de 2012

CARACTERÍSTICAS DAS PRAGAS: Adaptação ao meio ambiente Proliferação rápida Elevada taxa de reprodução Capacidade de dispersão Provocam danos à planta Praga = f (Alimento x Água x Abrigo)

Definição: Pragas Agrícolas Considera-se como praga todo animal que causa prejuízos econômicos à atividade agrícola desenvolvida pelo homem.

Danos ou Prejuízos (R$) Dano X Dano Econômico Monitorar NDE: Manejo Integrado de Pragas MIP Densidade populacional da praga, que causa prejuízos à cultura iguais ao custo de adoção de medidas de controle.

Monitorar: Avaliar, acompanhar, controlar e verificar. Monitoramento: Realização de atividades contínuas de levantamento, estimativas de densidades populacionais, cálculo de perdas, recomendações de controle, acompanhamento de resultados, correções de métodos, avaliações...

RECOMENDAÇÕES: Priorizar o Controle Biológico de pragas sempre que for possível. Enfatizar o treinamento e a supervisão da mão-de-obra. Adotar sempre uma visão mais geral do problema e da interferência dos métodos de controle sobre outras pragas e principalmente sobre o ambiente.

PRAGAS DA CANA-DE-AÇÚCAR Perdas de R$ 6,7 Bilhões por ano 1 Nova Centro- Sul 30 pragas no Brasil 500 espécies nas Américas Broca Gigante 1.300 insetos em canade-açúcar no Mundo

PRAGAS DA CANA-DE-AÇÚCAR Prejuízos anuais causados pelas pragas da cana PRAGA ÁREA DE OCORRÊNCIA Mil(ha) PREJUÍZO (R$/ha/ano) PREJUÍZO TOTAL Milhões(R$) BROCA DA CANA 8.000 370 2.960 CIGARRINHA 3.000 590 1.770 CUPINS 1.600 420 672 BROCA GIGANTE 750 630 472 MIGDOLUS 300 1.270 381 SAÚVAS 800 210 168 SPHENOPHORUS 150 1.060 159 ELASMO 300 300 90 TOTAL 6.700

PRAGAS DA CANA-DE-AÇÚCAR Prejuízos anuais causados pelas pragas da cana PRAGA ÁREA DE OCORRÊNCIA Mil(ha) PREJUÍZO (R$/ha/ano) PREJUÍZO TOTAL Milhões(R$) BROCA DA CANA 8.000 370 2.960 CIGARRINHA 3.000 590 1.770 CUPINS 1.600 420 672 BROCA GIGANTE 750 630 472 MIGDOLUS 300 1.270 381 SAÚVAS 800 210 168 SPHENOPHORUS 150 1.060 159 ELASMO 300 300 90 TOTAL 6.700

PRAGAS DA CANA-DE-AÇÚCAR Prejuízos anuais causados pelas pragas da cana PRAGA ÁREA DE OCORRÊNCIA Mil(ha) PREJUÍZO (R$/ha/ano) PREJUÍZO TOTAL Milhões(R$) BROCA DA CANA 8.000 370 2.960 CIGARRINHA 3.000 590 1.770 CUPINS 1.600 420 672 BROCA GIGANTE 750 630 472 MIGDOLUS 300 1.270 381 SAÚVAS 800 210 168 SPHENOPHORUS 150 1.060 159 ELASMO 300 300 90 TOTAL 6.700

MONITORAMENTO E CONTROLE DE CUPINS, MIGDOLUS, SPHENOPHORUS E OUTRAS PRAGAS DE SOLO, EM CANA- DE-AÇÚCAR.

Pragas de solo da cana-de-açúcar Definição: Considera-se como praga de solo todo animal (inseto) que provoca danos ao sistema radicular das plantas. Rizomas Toletes de Plantio Raízes

Pragas de solo da cana-de-açúcar Prejuízos Redução da produtividade agrícola Redução da longevidade dos canaviais Redução da qualidade da matéria prima

Monitoramento de pragas de solo Touceiras danificadas (%) População de pragas Produtividade Último ciclo Estágio de corte Tomada de decisão

Pragas de Solo da cana-de-açúcar: Resultados obtidos (10 a 40 Unidades) 1986 - controle em 100 % da área de plantio 1990 - controle em 30 % da área de plantio 1992 - controle em 8 % 1996 - controle em 14 %

Pragas de Solo da cana-de-açúcar: Resultados obtidos (10 a 40 Unidades) 1986 - controle em 100 % da área de plantio 1990 - controle em 30 % da área de plantio 1992 - controle em 8 % 1996 - controle em 14 % 1998 - controle em 17 % 2000 - controle em 18 % 2002 controle em 24 %

Pragas de Solo da cana-de-açúcar: Resultados obtidos (10 a 40 Unidades) 1986 - controle em 100 % da área de plantio 1990 - controle em 30 % da área de plantio 1992 - controle em 8 % 1996 - controle em 14 % 1998 - controle em 17 % 2000 - controle em 18 % 2002 - controle em 24 % 2003 - controle em 33 % 2004 - controle em 30 % 2006- controle em 23 % 2008- controle em 36 % 2010 - controle em 38 % da área de plantio

Pragas de Solo da cana-de-açúcar: Cupins, Migdolus e Sphenophorus Resultados da utilização do monitoramento de pragas de solo em áreas de reforma.

Pragas de Solo da cana-de-açúcar: Cupins, Migdolus e Sphenophorus Resultados da utilização do monitoramento de pragas de solo em áreas de reforma. Período Usina Área (Mil hectares) Economia * Plantio Aplicada % R$ Safra 09/10 42 128 49 38 14,3 milhões * Economia referente ao custo de produto químico NÃO utilizado.

Principais Pragas de Solo associadas à cultura da cana-de-açúcar Sphenophorus levis Cupins Migdolus spp. Nematóides Pão de galinha Elaterídeos - larvas-arame Naupactus spp. Crisomelídeos Percevejo castanho Pérola da terra

Centro de Tecnologia Canavieira Soldado Cupins Dano no colmo Dano na touceira

Centro de Tecnologia Canavieira Cupins da cana-de-açúcar Prejuízos econômicos Perdas agrícolas: 10 t de cana/ha/ano Redução da longevidade dos canaviais

Centro de Tecnologia Canavieira Cupins da cana-de-açúcar Características: Insetos subterrâneos Colônias superficiais Fitófagos- Simbiose Protozoários Insetos sociais - Castas

Constituição do cupinzeiro Sexuados Cupins da cana-de-açúcar Ápteros - rei e rainha e rainhas de substituição Alados - aleluias ou siris-siris Rainha Aleluias Centro de Tecnologia Canavieira

Constituição do cupinzeiro Sexuados Ápteros - rei e rainha e rainhas de substituição Alados - aleluias ou siris-siris Assexuados Ápteros operárias soldados Cupins da cana-de-açúcar Rainha Aleluias Operária Soldado Centro de Tecnologia Canavieira

Cupins da cana-de-açúcar Ciclo reprodutivo Revoada - agosto a outubro Centro de Tecnologia Canavieira

Cupins da cana-de-açúcar Ciclo reprodutivo Revoada - agosto a outubro Aleluias Cupinzeiro novo Casal real Rainha: 25 a 50 anos Rainha de substituição: 25 anos Câmara nupcial Centro de Tecnologia Canavieira

Centro de Tecnologia Canavieira Cupins da cana-de-açúcar Classificação Ordem Isoptera 2 Famílias Termitidae Rhinotermitidae 9 gêneros 12 espécies

Espécies Cupins da cana-de-açúcar Cornitermes bequaerti Cornitermes cumulans Embiratermes spp. Heterotermes longiceps Heterotermes tenuis Nasutitermes spp. Neocapritermes opacus Neocapritermes parvus Procornitermes triacifer Syntermes dirus Syntermes molestus Rhynchotermes spp. Centro de Tecnologia Canavieira

Cupins da cana-de-açúcar Centro de Tecnologia Canavieira

Centro de Tecnologia Canavieira Cupins da cana-de-açúcar Controle químico: Plantio cobrição Principais inseticidas Fipronil 800 WG (250 g/ha) Bifentrina 100 CE (1,2 l/ha) Imidacloprid 480 SC (1,2 l/ha)

Centro de Tecnologia Canavieira Adulto e Ovos Migdolus fryanus Larvas Danos

Migdolus spp.- Broca dos Rizomas Culturas hospedeiras Café Eucalipto Feijão Mandioca Uva Amora Pastagens Cipós nativos Centro de Tecnologia Canavieira

Centro de Tecnologia Canavieira Migdolus spp.- Broca dos Rizomas Prejuízos econômicos Redução da longevidade dos canaviais Perdas agrícolas: 30 t de cana/ha/ano

Centro de Tecnologia Canavieira Migdolus spp.- Broca dos Rizomas Danos Rizomas da cana

Centro de Tecnologia Canavieira Migdolus spp.- Broca dos Rizomas Biologia Metamorfose completa: (ovo, larva, pupa e adulto) Adultos - dimorfismo sexual acentuado Fêmea Macho Coloração Marrom Preto Asas Atrofiadas Funcionais Antenas Curtas Longas Fêmea Macho

Migdolus fryanus broca dos rizomas Dimorfismo sexual (adultos): Coloração Antenas Asas Fêmea Macho Centro de Tecnologia Canavieira

Migdolus spp.- Broca dos Rizomas Ciclo reprodutivo Revoada (out-fev) machos - 4 a 7 dias Fêmeas - 7 a 38 dias Branco 6 a 7 mm 14 a 45 ovos Ovo 20 dias Dormentes 3 a 4 meses Adulto Ciclo total: 2 a 3 anos Larva 7 estágios Pupa Profundidade 4m Centro de Tecnologia Canavieira

Centro de Tecnologia Canavieira Migdolus fryanus broca dos rizomas Controle químico: Aplicação de Defensivos em Profundidade: Preparo de solo aração e subsolagem

Centro de Tecnologia Canavieira Migdolus spp.- Broca dos Rizomas Controle Químico

Centro de Tecnologia Canavieira Migdolus spp.- Broca dos Rizomas Controle Químico

Centro de Tecnologia Canavieira Migdolus fryanus broca dos rizomas Controle químico: Preparo de solo aração e subsolagem Plantio - cobrição

Centro de Tecnologia Canavieira Migdolus spp.- Broca dos Rizomas Controle químico: Principais inseticidas Fipronil 800 WG (500 g/ha ) Endosulfan 350 CE (12 l/ha ) Bifentrina 100 CE (2,4 l/ha ) Imidacloprid 480 SC (3,0 l/ha )

Centro de Tecnologia Canavieira Migdolus spp. Controle Armadilhas de feromônio (Monitoramento)

Migdolus spp.- Broca dos Rizomas Centro de Tecnologia Canavieira

Bicudo da Cana-de-Açúcar Sphenophorus levis Bico + Portador de Adultos Danos

Sphenophorus : Plantas Hospedeiras Bromeliaceae: 58 Gêneros e 1400 espécies

Sphenophorus : Ocorrência Sphenophorus rusticus brunnipennis cincticollis foveatus Ocorrência 11 5 4 4 2 2 2 2 1 1 1 mimelus vilis asper levis 4 4 3 3 3 4 13 tenuis tremolerasi 3 3 6 brasiliensis 2 dolosus tetricus 2 2 4 12 10 crassus 4 brutus seriepunctatus 3 3 64 Registros na tomentosus napoanus 3 1 América do Sul

Sphenophorus Monitoramento, Infestação e Dispersão em Cana-de-Açúcar: Ocorrência em 101 novos municípios Total de 131 municípios nos Estados de SP,MG,PR e MS

Sphenophorus levis Ocorrência em 131 municípios N total de municípios Área com Estado % presença de S. % infestados levis (ha) São Paulo 126 96,2 211.552,95 99,92 Minas Gerais 3 2,3 155,31 0,07 Paraná 1 0,8 11,89 0,01 Mato Grosso do Sul 1 0,8 12,00 0,01 Total 131 100,0 211.732,15 100,00

Classificação do Bicudo Classe - Insecta Ordem - Coleoptera Família - Curculionidae Gênero - Sphenophorus Espécie Sphenophorus levis

Bicudos da cana-de-açúcar Espécies Metamasius hemipterus Sphenophorus levis

Bicudos da cana-de-açúcar Diferenças das Larvas S.levis M.hemipterus S.levis Formato do abdome W - 1º Segmento torácico

Bicudos da cana-de-açúcar Diferenças das Larvas S.levis M.hemipterus

Bicudos da cana-de-açúcar Diferenças na fase Pupal: S.levis M.hemipterus Formato da câmara Pupal

Sphenophorus levis Ciclo reprodutivo : Metamorfose completa Longevidade 200 a 220 dias Adulto 7 a 15 dias ovos/fêmea 60 a 70 Ovo Ciclo Total 70 dias Pupa 7 a 12dias Larva 30 a 60 dias

Sphenophorus levis : Dimorfismo Fêmea Macho Macho Fêmea Macho Fêmea Macho Fêmea

Bicudo da cana-de-açúcar Sphenophorus levis Ocorrência restrita aos Estados de SP, MG, PR e MS. Atacam tecidos sadios Provocam elevados prejuízos econômicos

Sphenophorus levis Prejuízos econômicos Perdas agrícolas - 25 t de cana/corte Redução da longevidade dos canaviais Adulto Larva Danos

Sphenophorus levis Prejuízos econômicos Sintomas

Formas biológicas (%) Sphenophorus levis Flutuação Populacional 40 30 20 10 Adultos Larvas Pupas 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Mês Ago Set Out Nov Dez

Formas biológicas (%) Sphenophorus levis Flutuação Populacional 40 Acme 30 20 10 Adultos Larvas Pupas 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Mês Ago Set Out Nov Dez

Formas biológicas (%) Sphenophorus levis Flutuação Populacional 40 30 20 10 Adultos Larvas Pupas 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Mês Ago Set Out Nov Dez

Formas biológicas (%) Sphenophorus levis Flutuação Populacional 40 30 20 10 Adultos Larvas Pupas 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Mês Ago Set Out Nov Dez

Sphenophorus levis Formas de Infestação de um canavial Remanescentes C.mínimo

Sphenophorus levis Formas de Infestação de um canavial Remanescentes P.mecânico Remanescentes C.mínimo

Sphenophorus levis Formas de Infestação de um canavial Mudas Remanescentes P.mecânico Remanescentes C.mínimo

Sphenophorus levis Formas de Infestação de um canavial Mudas Remanescentes P.mecânico Remanescentes C.mínimo Hosp. Alternativos

Sphenophorus levis Formas de Infestação de um canavial Mudas Caminhamento Remanescentes P.mecânico Remanescentes C.mínimo Hosp. Alternativos

Sphenophorus levis Formas de Infestação de um canavial Vôo Mudas Caminhamento Remanescentes P.mecânico Remanescentes C.mínimo Hosp. Alternativos

ESTIMATIVAS DE EVOLUÇÃO POPULACIONAL DE Sphenophorus levis Taxa de Crescimento: 80% 1ª geração 2ª geração 3ª geração 4ª geração 5ª geração Fêmea Ovos Fêmeas Ovos Fêmeas Ovos Fêmeas Ovos Fêmeas Ovos 1 70 28 1.960 784 54.880 21.952 1.536.640 614.656 43.025.920 1ª geração 2ª geração 3ª geração 4ª geração 5ª geração Fêmea Ovos Fêmeas Ovos Fêmeas Ovos Fêmeas Ovos Fêmeas Ovos 1 70 5 350 25 1.750 125 8.750 625 43.750 5 Gerações ao ano

ESTIMATIVAS DE EVOLUÇÃO POPULACIONAL DE Sphenophorus levis Taxa de Crescimento: 80% 1ª geração 2ª geração 3ª geração 4ª geração 5ª geração Fêmea Ovos Fêmeas Ovos Fêmeas Ovos Fêmeas Ovos Fêmeas Ovos 1 70 28 1.960 784 54.880 21.952 1.536.640 614.656 43.025.920 Taxa de Redução: 86% 1ª geração 2ª geração 3ª geração 4ª geração 5ª geração Fêmea Ovos Fêmeas Ovos Fêmeas Ovos Fêmeas Ovos Fêmeas Ovos 1 70 5 350 25 1.750 125 8.750 625 43.750 5 Gerações ao ano

Sphenophorus levis Controle: Químico (reforma) Iscas tóxicas Sanidade de viveiros Cultural Destruição de soqueiras Eliminação de remanescentes Controle de ervas daninhas Biológico

Monitoramento e controle de Sphenophorus em áreas de reforma. Avaliação de danos e populações de pragas Eliminação Mecânica da Soqueira Definição de áreas para controle químico Racionalização do uso de inseticidas

Sphenophorus levis Controle com iscas tóxicas Preparo das iscas Canas rachadas (30 cm) Seccionadora Long. e Transv. de colmos

Sphenophorus levis Controle com iscas tóxicas (EPI) Preparo das iscas Carbaril 85PM 1250g/100 l Por 24 horas

Sphenophorus levis Controle com iscas tóxicas Colocação das iscas

Sphenophorus levis Controle com iscas tóxicas Avaliação das iscas Coleta e Identificação dos adultos

1500 1250 1000 Sphenophorus levis Controle com iscas tóxicas Adultos S. levis avaliação 21 d.a.iscag. Vivos Mortos Total 901 868 1434 750 500 250 180 0 Talstar Actara Evidence Sevin

Sphenophorus levis Sanidade de viveiros: Vistorias Avaliação do colmo

Sphenophorus levis Sanidade de viveiros: Vistorias Avaliação da base do colmo e rizoma

Sphenophorus levis Sanidade de viveiros Corte basal mais alto ou Interdição

Sphenophorus levis Destruição mecanica da soqueira

EMS - Experimento Operacional

EMS - Experimento Operacional

EMS - Experimento Operacional

Sphenophorus levis Controle biológico: Isolados de Fungos e Nematóides do Instituto Biológico Beauveria bassiana Nematóides Entomopatogênicos

Sphenophorus levis Controle biológico: Beauveria bassiana Resultados de até 60% de Infecção

Categorias de Infestação de S.levis: Rizomas ou Tocos Cor Densidade Populacional Azul < 2.500 Tocos Atacados Verde > 2.500 a < 10.000 Amarela > 10.000 a < 20.000 Vermelha > 20.000 a < 30.000 Preta > 30.000

Monitoramento e controle de Sphenophorus levis em áreas de viveiro com iscas tóxicas. Avaliar a ocorrência do bicudo da cana em áreas de produção de muda, para evitar a disseminação da praga.

Monitoramento com Iscas Tóxicas em Viveiros de cana - 100 Iscas/ha Considerar no caminhamento : 5 metros correspondem a 7 passos ( passo ~ 72 cm ) No carreador considerar o número de sulcos de acordo com o espaçamento do talhão: Espaç. 1,50 m 5 m 3 sulcos 10 m 6 sulcos

Esquema para Levantamentos Populacionais de Sphenophorus com Iscas Carreador

Esquema para Levantamentos Populacionais de Sphenophorus com Iscas 5 m ( 3 sulcos) Carreador

Esquema para Levantamentos Populacionais de Sphenophorus com Iscas 5 m ( 3 sulcos) Carreador 5 m ( 7 passos)

Esquema para Levantamentos Populacionais de Sphenophorus com 100 Iscas/ha 5 metros 5m 1 2 10m Isca

Esquema para Levantamentos Populacionais de Sphenophorus com 100 Iscas/ha 5 metros 5m 1 2 3... 10m 10m Isca

Esquema para Levantamentos Populacionais de Sphenophorus com 100 Iscas/ha 5 metros 5m 1 2 3 10m 10m... 10m 20 10m Isca

Esquema para Levantamentos Populacionais de Sphenophorus com 100 Iscas/ha 5 metros 5m 1 2 3 10m 10m 20... 10m 10m 10 metros 5m Isca

Esquema para Levantamentos Populacionais de Sphenophorus com 100 Iscas/ha 5metros 10m 5m 10m 10m 10m 10metros 10metros 10m 10m 10m 10m 5m Isca 5m 10m 10m 10m 10m 10m 10metros 10m 10m 10m 10m 10m 5m

Controle com Iscas Tóxicas em Viveiros de cana - 500 Iscas/ha Considerar no caminhamento : 2 metros correspondem a 3 passos ( passo ~ 70 cm ) No carreador considerar o número de sulcos de acordo com o espaçamento do talhão: Espaç. 1,50 m 3 m 2 sulcos 6 m 4 sulcos

Esquema para Controle de Sphenophorus com Iscas Carreador

Esquema para Controle de Sphenophorus com Iscas 3 m ( 2 sulcos) Carreador

Esquema para Controle de Sphenophorus com Iscas 3 m ( 2 sulcos) Carreador 2 m ( 3 passos)

Esquema para Controle de Sphenophorus com 500 Iscas/ha 3 metros 2m 1 2 4m Isca

Esquema para Controle de Sphenophorus com 500 Iscas/ha 3 metros 2m 1 2 3... 4m 4m Isca

Esquema para Controle de Sphenophorus com 500 Iscas/ha 3 metros 2m 1 2 3 4m 4m... 4m 20 4m Isca

Esquema para Controle de Sphenophorus com 500 Iscas/ha 3 metros 2m 1 2 3 4m 4m 20... 4m 4m 6 metros 5m Isca

Esquema para Controle de Sphenophorus com 500 Iscas/ha 3metros 4m 2m 4m 4m 4m 6metros 6metros 4m 4m 4m 4m 2m Isca 2m 4m 4m 4m 4m 4m 6metros 4m 4m 4m 4m 4m 2m

Cuidados necessários com Operações agrícolas em áreas de S.levis a) Conscientizar todos os funcionários envolvidos nas atividades a serem executadas nestas áreas, sobre a nova praga. b) Conscientizar que os riscos de disseminação da praga serão minimizados e até excluídos com as medidas a serem adotadas. c) Após a realização de qualquer operação agrícola, as máquinas, implementos e veículos de colheita e transporte utilizados deverão ser cuidadosamente limpos, com uso de água para retirar os resíduos de terra aderidos nos equipamentos e que podem apresentar um risco de transporte de formas biológicas da praga.

Cuidados necessários com Operações agrícolas em áreas de S.levis d) Os cuidados também devem ser tomados, quando houver necessidade do uso de máquinas, equipamentos e veículos de transporte de cana de outras Usinas. A baixa velocidade de dispersão do S.levis explica a distribuição geográfica relativamente restrita em cana-de-açúcar, porém quando a ocorrência já foi registrada, o transporte desta praga deve ser evitado de todas as formas possíveis.

Recomendações 1. Corte de soqueira somente em outubro-novembrodezembro, em canas cortadas no final de safra; 2. Aplicação de inseticidas na base da brotação de soqueiras em outubro-novembro; 3. Utilizar sempre o E.M.S. para reforma dos canaviais infestados; 4. Plantio de mudas isentas da praga; 5. Aplicação de Beauveria bassiana; 6. Cuidado com o transporte de cana e de mudas; 7. Uso de iscas em áreas infestadas ou nos focos mapeados; 8. Explorar a resistência de variedades.

Resultados Esperados 1.Redução de áreas com infestações elevadas de Sphenophorus; 2.Redução dos danos; 3.Aumento da longevidade dos canaviais; 4.Conhecimento da distribuição das áreas mais infestadas; 5.Melhor direcionamento dos métodos de controle.

MUITO OBRIGADO Eng.Agº. Luiz Carlos de Almeida almeida.entomologia@hotmail.com Especialista em Tecnologia Agroindustrial Seminário Internacional - STAB Ribeirão Preto, 28 de Setembro de 2012 Entomol Consultoria Manejo Sustentável de Pragas Ltda.