NOTA TÉCNICA Nº 31-CNA Brasília, 18 de setembro de 2006. Assunto: Redução das Taxas de Juros dos Fundos Constitucionais de Financiamento.



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Transcrição:

NOTA TÉCNICA Nº 31-CNA Brasília, 18 de setembro de 2006. Técnicos: Luciano Marcos de Carvalho Rosemeire Cristina dos Santos Comissão: Crédito Rural Assunto: Redução das Taxas de Juros dos Fundos Constitucionais de Financiamento. Sumário Esta nota técnica analisa e recomenda ações junto ao Poder Executivo para reduzir da taxa de juros atualmente vigentes e praticadas nas operações de crédito dos Fundos Constitucionais, fundamentado no parágrafo 3º, do art. 1, da Lei 10.117. Determina também os impactos decorrentes de sua implementação, na ótica do produtor. Palavras Chaves: Fundos Constitucionais de Financiamento, Taxa de Juros, FNO, FNE, FCO, TJLP. Introdução Em 15 de janeiro de 2001 foi publicada a Lei nº. 10.177, promovendose alterações na Lei 7.827, de 27 de setembro de 1989, que regulamenta aspectos operacionais dos Fundos Constitucionais de Financiamento (art. 159, inciso I, alínea c da Constituição). Esta Lei estabeleceu um novo marco operacional nos financiamentos com recursos dos Fundos Constitucionais retroagindo a 14 de janeiro de 2000, a aplicação de taxa de juros prefixados, interrompendo-se a prática de concessão de crédito com correção monetária dos saldos devedores, além da cobrança de juros sobre o capital. Especialmente na região Nordeste a correção dos saldos devedores inicialmente atrelado à TR, TJLP e IGP-DI deu origem a um perverso ciclo de inadimplência que prevalece até hoje. A referida Lei, em seu art. 1º, estabelece que os encargos dos financiamentos concedidos ao amparo dos recursos dos Fundos Constitucionais, à partir de 14 de janeiro de 2000, são os seguintes: I - operações rurais: a) agricultores familiares enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar PRONAF: os definidos na legislação e regulamento daquele Programa; b) mini produtores, suas cooperativas e associações: 6% a.a.; c) pequenos e médios produtores, suas cooperativas e associações: 8,75% a.a.; 1

d) grandes produtores, suas cooperativas e associações: 10,75% a.a.; II - operações industriais, agro-industriais e de turismo: a) microempresa: 8,75% a.a.; b) empresa de pequeno porte: 10% a.a.; c) empresa de médio porte: 12% a.a.; d) empresa de grande porte:14% a.a.. III - operações comerciais e de serviços: a) microempresa: 8,75% a.a.; b) empresa de pequeno porte: 10% a.a.; c) empresa de médio porte: 12% a.a.; d) empresa de grande porte: 14% a.a.. Também prevê, em seu art. 1º, parágrafo 3º, que os contratos de financiamento conterão cláusula estabelecendo que os encargos financeiros serão revistos anualmente e sempre que a Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP apresentar variação acumulada, para mais ou para menos, superior a 30%. O objetivo desta Nota Técnica é analisar a viabilidade e o impacto da redução das taxas de juros dos Fundos Constitucionais, com base no referido parágrafo da citada Lei. Da redução das taxas de juros dos Fundos Constitucionais de Financiamento Procedendo-se a acumulação geométrica da Taxa de Juros a Longo Prazo TJLP, tomada pelo seu valor equivalente mensal {(1+TJLP/100)^(1/12)}, a partir do mês de janeiro de 2000, data de vigência dos encargos previstos na Lei 10.177, até o mês junho de 2006, obtêm-se o valor acumulado de 30,315%, numeral suficiente para atender ao parâmetro de variação estabelecido no 3º, do art. 1º da referida Lei. A tabela a seguir apresenta a série de variações acumuladas: Mês Variação Acumulada a TJLP Janeiro/2000 X Setembro/2006 TJLP TJLP* TJLP Acumulada** ( Taxa anual) Mensal** (12 meses) Variação** % Janeiro/2000 12,00 0,948879 13,14546 - Junho/2006 8,15 0,655044 9,16050 30,31 Julho/2006 7,50 0,604492 8,97223 31,75 Agosto/2006 7,50 0,604492 8,78429 33,18 Setembro/2006 7,50 0,604492 8,59667 34,60 * Divulgada pelo Banco Central - BACEN ** Valores calculados pela SUT/ CNA Desta forma, considerando os resultados acima, é oportuno encaminhar ao governo, por meio do Ministério da Integração Nacional e 2

Ministério da Fazenda, pedido de redução das taxas de juros vigentes nos contratos de financiamentos tomados ao amparo dos Fundos Constitucionais. Coerente com o disposto na Lei 10.177, calculou-se com base na variação acumulada da TJLP no período janeiro de 2000 a setembro de 2006 a aplicação de redutor de 34,60% às taxas de juros vigentes, resultando nos seguintes valores conforme o tipo de operação e porte do beneficiário: I - operações rurais: a) agricultores familiares enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar PRONAF: os definidos na legislação e regulamento daquele Programa; b) mini produtores, suas cooperativas e associações: 3,92% a.a.; c) pequenos e médios produtores, suas cooperativas e associações: 5,72% a.a.; d) grandes produtores, suas cooperativas e associações: 7,0% a.a.; II - operações industriais, agro-industriais e de turismo: e) microempresa: 5,72% a.a.; f) empresa de pequeno porte: 6,54% a.a.; g) empresa de médio porte: 7,84% a.a.; h) empresa de grande porte: 9,15% a.a.. III - operações comerciais e de serviços: e) microempresa: 5,72% a.a.; f) empresa de pequeno porte: 6,54% a.a.; g) empresa de médio porte: 7,84% a.a.; h) empresa de grande porte: 9,15% a.a.. Do impacto da redução da taxa de juros para o credor Admitindo-se como saldo atual das aplicações dos Fundos Constitucionais o valor de R$ 31,2 bilhões, (FCO R$ 6,4 bilhões; FNE R$ 19,2 bilhões e FNO R$ 5,5 bilhões), e aplicando-se as taxas de juros definidas no art. 1º da Lei 10.177, estima-se que o saldo das aplicações em 2006 atinjam R$ 34,1 bilhões, desconsiderando os bônus de adimplência de 25% para os mutuários da região do semi-árido nordestino e de 15% para as demais regiões. Adotando-se as novas taxas de juros com o redutor de 34,60%, a estimativa de valor do saldo das aplicações seria de R$ 33,1 bilhões de reais, gerando portanto, um benefício aos credores dos Fundos Constitucionais de cerca de R$ 1 bilhão, sendo R$ 670 milhões para os financiamentos da área rural e R$ 360 milhões para os financiamentos da área empresarial urbana. 3

Estimativa do impacto gerado pela redução da taxa de juros dos Fundos Constitucionais de Financiamento* *Estimativas realizadas pela SUT/CNA, com base em informações do Ministério da Integração Nacional, posição de 31.03.2006. Aspectos complementares A redução da TJLP vem sendo realizada desde janeiro de 2003 e as decisões do COPOM têm convergido para este mesmo horizonte, efetuando-se cortes na Taxa Selic desde o mês de agosto de 2005, sinalizando o claro interesse do Governo Federal em reduzir a taxa de juros para o investidor. Também, no último Plano Agrícola e Pecuário, foram reduzidas as taxas das linhas de crédito para investimento do Finame Agrícola Especial, do Prodecoop e do Moderfrota. Deve-se considerar ainda, que o setor agropecuário passa por um momento de perda de renda, sendo maior nas regiões de fronteira agrícola e com deficiências de infra-estrutura, a maioria hoje atendida pelos Fundos Constitucionais. Assim, este seria mais um apoio para o setor, contribuindo para a recuperação da renda e capitalização do setor, fator irradiante de desenvolvimento. Recomendações finais Sugere-se o encaminhamento do assunto ao Ministério da Integração Nacional e ao Ministério da Fazenda, conforme minuta de oficio anexo. 4

OFÍCIO Nº /2006-CNA Brasília, 18 de Outubro de 2006. ASSUNTO: Redução da Taxa de Juros dos Fundos Constitucionais de Financiamento Senhor Ministro, Criados pela Constituição Federal, os Fundos Constitucionais de Financiamento têm contribuído positivamente para o desenvolvimento das regiões do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, ao financiar empreendimentos rurais e urbanos dessas regiões. Para atingir esse resultado, a Lei que regulamenta esses Fundos (Lei 7.827) sofreu diversas alterações, modificando prazos, encargos e taxas de juros, sendo a última promovida pela Lei 10.177, que em seu art. 1º, parágrafo 3º, determina que os encargos financeiros serão revistos anualmente e sempre que a Taxa de Juros de Longo Prazo TJLP variar, para mais ou para menos, superior a 30%. Ocorre Senhor Ministro, que se tomando por base o mês de vigência da Lei 10.177 (janeiro de 2000) até o mês de Junho de 2006, a variação acumulada da TJLP superou os 30%, sendo portanto, o momento oportuno para se realizar uma redução dos encargos financeiros cobrados nos contratos de financiamento dos Fundos Constitucionais. Desta forma, tem este o objetivo de requerer a Vossa Excelência que os encargos sejam revistos, aplicando-se desta forma, um dispositivo previsto em Lei. Respeitosamente, FÁBIO DE SALLES MEIRELLES Presidente em exercício A Sua Excelência o Senhor GUIDO MANTEGA Ministro de Estado de Fazenda 5

RCS\rcs/ OFÍCIO Nº /2006-CNA Brasília, 18 de Outubro de 2006. ASSUNTO: Redução da Taxa de Juros dos Fundos Constitucionais de Financiamento Senhor Ministro, Criados pela Constituição Federal, os Fundos Constitucionais de Financiamento têm contribuído positivamente para o desenvolvimento das regiões do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, ao financiar empreendimentos rurais e urbanos dessas regiões. Para atingir esse resultado, a Lei que regulamenta esses Fundos (Lei 7.827) sofreu diversas alterações, modificando prazos, encargos e taxas de juros, sendo a última promovida pela Lei 10.177, que em seu art. 1º, parágrafo 3º, determina que os encargos financeiros serão revistos anualmente e sempre que a Taxa de Juros de Longo Prazo TJLP variar, para mais ou para menos, superior a 30%. Ocorre Senhor Ministro, que se tomando por base o mês de vigência da Lei 10.177 (janeiro de 2000) até o mês de Junho de 2006, a variação acumulada da TJLP superou os 30%, sendo portanto, o momento oportuno para se realizar uma redução dos encargos financeiros cobrados nos contratos de financiamento dos Fundos Constitucionais. Desta forma, tem este o objetivo de requerer a Vossa Excelência que os encargos sejam revistos, aplicando-se desta forma, um dispositivo previsto em Lei. Respeitosamente, FÁBIO DE SALLES MEIRELLES Presidente em exercício 6

A Sua Excelência o Senhor PEDRO BRITO DO NASCIMENTO Ministro de Estado da Integração Nacional RCS\rcs/ 7