APROVA CONCURSOS. Prof. Wisley. PC SP Polícia Civil do Estado de São Paulo/Investigador. Aulas 01 e 02 Direito Processual Penal INQUÉRITO POLICIAL

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Transcrição:

APROVA CONCURSOS Prof. Wisley PC SP Polícia Civil do Estado de São Paulo/Investigador Aulas 01 e 02 Direito Processual Penal INQUÉRITO POLICIAL 1. CONCEITO É o procedimento administrativo inquisitivo e preparatório, presidido pela autoridade policial com o objetivo de colher elementos de informação quanto à autoria e materialidade de infração penal, a fim de se permitir que o titular da ação penal possa ingressar em juízo (opinio delicti do Parquet). 2. NATUREZA JURÍDICA Procedimento administrativo, pois dele não resulta a imposição direta de nenhuma sanção. PERSECUÇÃO CRIMINAL: Atividade desenvolvida pelo Estado para impor uma sanção a alguém. Tem uma 1ª fase Investigatória e a 2ª fase Judicial. Vício do Inquérito contamina o Processo? Eventuais vícios constantes no Inquérito Policial não contaminam de nulidade o processo a que der origem, salvo se tratando de provas ilícitas. (possível situação de provas ilícitas por derivação) 3. FINALIDADE Colheita de elementos de informação quanto à autoria e materialidade da infração penal. E contribui, também, para decretação de medidas cautelares, como a prisão preventiva. Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. 1

* ELEMENTOS INFORMATIVOS:. É aquele colhido na fase investigativa. Não é obrigatória a observância do contraditório e da ampla defesa. O juiz só intervém quando necessário e desde que provocado. Objetivo: são úteis para a decretação de medidas cautelares e servem para a formação da convicção do titular da ação penal (opinio delicti) Art. 155 exclusivamente: Elementos informativos, isoladamente considerados, não podem fundamentar uma sentença. Porém, tais elementos não devem ser desprezados durante a fase judicial, podendo somar se a prova judicial produzida para auxiliar a convicção do juízo (STF, HC 83.348, Rel. Joaquim Barbosa). *PROVA:. Via de regra, é produzida na fase judicial, mediante o contraditório.. Em relação a prova é obrigatório a observância do contraditório e da ampla defesa. A prova é produzida na presença do juiz: vigora o princípio da identifica física do juiz (art. 399, 2º, CPP). A finalidade é auxiliar na formação da convicção do juízo. Durante o curso do processo o juiz é dotado de iniciativa probatória exercida de maneira residual. Provas Cautelares, Não Repetíveis e Antecipadas são provas e podem ser produzidas no curso do inquérito policial, uma vez que o contraditório é exercido de modo postergado/diferido, por meio do exame das referidas provas durante a instrução. Art. 212. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa ou importarem na repetição de outra já respondida. Parágrafo único. Sobre os pontos não esclarecidos, o juiz poderá complementar a inquirição 2

4. PRESIDÊNCIA DO INQUÉRITO POLICIAL O Inquérito Policial é presidido pela Autoridade Policial. AUTORIDADE POLICIAL: Funções de Polícia Judiciária + Polícia Investigativa Polícia Judiciária: É a que auxilia o Poder Judiciário no cumprimento de mandados de busca a apreensão, prisão, etc. Polícia Investigativa: É a que atua na apuração das infrações penais e de sua autoria. Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria. Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função. 5. LEI 12.830/2013 Essa Lei dispôs sobre a Investigação Criminal Conduzida pelo Delegado de Polícia. Disciplinou no art. 2º, 1º que o delegado de polícia é a autoridade policial e que lhe cabe a condução da investigação criminal por meio do inquérito policial ou outro procedimento previsto em Lei. ADI 5043, com pedido de Liminar: PGR Segundo a PGR, o art. 2º, parágrafo 1º, da lei induz a interpretação de que a condução de qualquer procedimento investigatório de natureza criminal será atribuição exclusiva da autoridade policial. Essa norma afrontaria o art. 129, VI, da CF (informações do sitio do STF) 6. TERMO CIRCUNSTANCIADO DE CONDUTA Procedimento investigatório de infrações de menor potencial ofensivo. Previsto para os crimes de menor potencial ofensivo, é uma peça despida de rigor formar, contendo breve e sucinta narrativa que descreve sumamente os fatos e indica os envolvidos e eventuais testemunhas, devendo ser remetido, incontinente aos Juizados Especiais Criminais (TÁVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Curso de Direito Processual Penal. 7 ed. Salvador: JusPodivm, 2012, p. 145). Infração de Menor Potencial Ofensivo: são as contravenções penais e crimes com pena máxima não superior a dois anos, apenados ou não com multa. E sob enfoque processual penal, são submetidos (ou não) a procedimento especial, ressalvadas às hipóteses de violência doméstica e familiar contra a mulher. 3

7. ATRIBUIÇÃO PARA O INQUÉRITO POLICIAL: Depende do Crime Praticado Crime Militar de Competência da Justiça Militar da União: Forças Armadas: Oficial encarregado IPM Crime Militar de Competência da Justiça Militar Estadual: PM Bombeiros: Oficial encarregado IPM Crime Eleitoral: Polícia Federal Observação: O TSE, nas localidades em que não há Polícia Federal, permite que os crimes eleitorais possam ser investigados pela Polícia Civil. Crime Federal: Polícia Federal Crime Comum de Competência da Justiça Estadual: Polícia Civil e Federal Observação: A Polícia Federal investigará crime comum da Justiça Federal, desde que tenha repercussão interestadual ou internacional que exija repercussão uniforme. ( Ver. Lei 10.446/02.) Observação II: Não impede que os órgãos estaduais continuem investigando os delitos. Uma vez que o inquérito policial é procedimento administrativo, ainda que presidido pela autoridade desprovida de atribuições, não impede o oferecimento da peça acusatória. 8. CARACTERÍSTICAS ESCRITO: é inquérito, por determinação legal, deve ser escrito. Os atos orais devem ser reduzidos a termo. Art. 9 o Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade. DISPENSÁVEL: se o titular da ação penal contar com elementos informativos obtidos a partir de procedimento investigatório diverso do inquérito, ele poderá ser dispensado. O inquérito não é imprescindível para o ajuizamento da ação penal. Caso seja ajuizada a ação penal com base no IP, este deve acompanhar a denúncia. 4

PEÇAS DE INFORMAÇÃO: Todo e qualquer procedimento que contenha elementos informativos diversos do Inquérito Policial. Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público, nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo lhe, por escrito, informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção. Art. 39: 5 o O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias. Ex. Sindicâncias administrativas SIGILOSO Em regra, é um procedimento sigiloso. O sigilo e a conseqüente surpresa são indispensáveis para se assegurar a eficácia das investigações. Não se opõe o sigilo: Juiz MP Advogado ADVOGADO: Art. 5º, LXIII, CF LXIII o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendolhe assegurada a assistência da família e de advogado; Art. 133, CF Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. Art. 7º, XIV, Lei 8.906/94 XIII examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obtenção de cópias, podendo tomar apontamentos; Súmula Vinculante 14 É DIREITO DO DEFENSOR, NO INTERESSE DO REPRESENTADO, TER ACESSO AMPLO AOS ELEMENTOS DE PROVA QUE, JÁ DOCUMENTADOS EM PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO REALIZADO POR ÓRGÃO COM COMPETÊNCIA DE POLÍCIA JUDICIÁRIA, DIGAM RESPEITO AO EXERCÍCIO DO DIREITO DE DEFESA. 5

PROCURAÇÃO: não há necessidade, salvo se houver informações relativas a vida privada do investigado ACESSO: Limitado as informações já documentas Não tem acesso as diligências em andamento INQUISITIVO: as atividades de investigação são concentradas unicamente nas mãos da autoridade policial. E não há oportunidade para o contraditório e ampla defesa. Corrente Majoritária: não é obrigatória a presença/observância do contraditório e da ampla defesa DISCRICIONÁRIO: a autoridade policial conduz o IP do modo que melhor lhe aprouver, nos limites da Lei (legalidade) Discricionariedade: Liberdade de atuação nos limites da lei. Medidas Restritivas de Direitos: Somente o Juiz pode decretar Art. 6º e 7º: rol exemplificativo de diligências que podem ser realizadas Art. 14: essa discricionariedade não tem natureza absoluta, pois há diligências cuja realização é obrigatória, como o exame de corpo de delito. Art. 6 o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: I dirigir se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; II apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; III colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; IV ouvir o ofendido; V ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura; VI proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; VII determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; VIII ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; IX averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter. Art. 7 o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública. Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. 6

INDISPONÍVEL: uma vez iniciado o inquérito policial, não pode a autoridade policial dispor dele. A autoridade policial não pode mandar arquivar autos de Inquérito Policial Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. TEMPORÁRIO: o Inquérito Policial tem prazo para se findar. Em se tratando de investigado solto, o prazo para conclusão do inquérito policial pode ser prorrogado. Art. 10, 3 o Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz. Observação: A garantia da razoável duração do processo é aplicável ao processo judicial e ao Inquérito Policial (HC 96.666, STJ) 7