Ricardo M. Hayashi Médico Veterinário Mestrando em Ciências Veterinárias UFPR - Adaptação do agente ao hospedeiro - Seleção genética para alta produtividade - Densidade do galpão (aves/m2) - Otimização de níveis nutricionais - Ambiência - Qualidade da matéria-prima (micotoxinas, fatores anti-nutricionais) 1
19/10/2011 Síndromes digestórias Síndromes respiratórias Síndromes imunossupressivas Coccidiose: enfermidade causada por parasitas do gênero Eimeria sp. que causam inúmeras perdas econômicas; US$ 1,5 bilhões no mundo US$ 30 milhões no Brasil Os protozoários do gênero Eimeria se multiplicam na mucosa intestinal das aves, causando dano na mucosa, reduzindo sua capacidade de digerir e absorver nutrientes; 2
É mais comum em aves jovens, porque após o reconhecimento dos antígenos as aves desenvolvem certa imunidade que as protege contra futuras infecções; Uso de drogas coccidiostáticas diminui mortalidade, mas a morbidade ainda é alta devido a má administração destes medicamentos ou a resistência a estes; 1873 Rivolta e Silvestrini : E. avium; 1891 Railliet e Lucet: Coccidium tenellum; 1909 Fanttam E. tenella; 1929 Tyzzer E. acervulina, E. maxima e E. mitis; 1930 Johnson E. necatrix e E. praecox. 3
Eimerias sp. estão presentes em todas as granjas comerciais, tanto em frangos, como reprodutoras; Também é comum seu aparecimento em aves de fundo de quintal; Surtos envolvendo E. tenella e E. acervulina são muito comuns. Protozoário Gênero: Eimeria Espécies: - Duodeno:E.acervulina, E. mivati, E. praecox, E. hagani - Jejuno-íleo:E.maxima, E. necatrix - Íleo: E. mitis, E. brunetti - Ceco:E.tenella 4
Moela Pâncreas Duodeno (E. acervulina) Jejuno (E. maxima) Divertículo de Meckel Ceco (E. tenella) Apresentam resistência na forma de oocisto; Completam o ciclo de vida em um único hospedeiro (monoxenos); Apresentam: - reprodução assexuada (merogonia) - reprodução sexuada (gametogonia) - esporogonia (meio exterior) 5
1. São ingeridos com ração ou água; 2. No TGI do hospedeiro ocorre excistação com ruptura da membrana e liberação dos esporocistos e esporozoítos; 6
3. Esporozoítos invadem ativamente a célula hospedeira; 4. Dentro da célula adquirem a forma arredondada e são chamados merontes unicelulares ou trofozoítos; 5. Ocorre divisões mitóticas; 6. Transforma-se em merozoítos. Seu conjunto é chamado de esquizonte; 7. Esses merozoítos deixam a célula e invadem outras células formando várias gerações de merozoítos; 7
8. Na sua geração final esses merozoítos sofrem diferenciações e se transformam em gamontes masculinos (microgamontes) e femininos (macrogamontes); Microgamontes: sofrem divisões meióticas e apresentam dois ou três flagelos; 9. Macrogamontes sofrem também divisão meiótica e crescem muito em tamanho; 10. Microgamontes saem das célula hospedeira e dirigem a célula infectada por macrogamontes onde os fertilizam formando o zigoto; 11. Esse zigoto se transforma em oocisto; 8
12. Oocistos imaturos são eliminados nas fezes; 13. Sob condições de temperatura de 28 a 30º C sofrem divisões meióticas e mitóticas no meio exterior dando origem a 8 esporozoítos em número de 2 dentro de cada esporocisto; 14. Apenas ooscistos esporulados (Com 4 esporocisto de 2 esporozoítos cada) são infectivos. 9
Encurtamento da altura da vilosidade Destruição de células intestinais Perda de fluídos, hemorragia, susceptibilidade a outras doenças absorção de zinco, metionina, histidina, cálcio, glicose 10
Lesões no duodeno e início de jejuno Formato estriado esbranquiçado transversal na mucosa Lesões são indicativos de zigotos e oocistos Afeta ganho de peso 11
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Afeta a região média do intestino (jejuno e íleo) Patogenia moderada a severa Lesões em formato de petéquias hemorrágicas, aumento de fluído, congestão, edema Queda de desempenho, mortalidade. Foto: Ricardo Hayashi Foto: Ricardo Hayashi Foto: Ricardo Hayashi Foto: Ricardo Hayashi 14
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Atinge apenas o ceco Petéquias, hemorragia cecal Diarréia, fezes com sangue, odor típico Baixo ganho de peso, mortalidade 17
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- Restrição do consumo/ambiência/densidade - Contaminação ambiental - Tipos de Eimeria sp prevalente na região - Programa anticoccidiano/doses - Resposta imunológica/imunossupressão - Interações com outras doenças - Vacinas 21
19/10/2011 Fotos: Ricardo Hayashi - Cama nova x cama velha Ideal: aves em contato com baixas doses de oocistos (imunidade) Higiene e desinfecção ambiental Retirar crostas da cama Vetores mecânicos Fotos: Ricardo Hayashi 22
A: 15 aviários com boa qualidade de matéria-prima, altura superior ou igual a 5 cm e cama bem revolvida, macia e solta. B: 15 aviários com má qualidade de matéria-prima, altura inferior a 5 cm e cama não revolvida, dura e emplastada. Incidência de coccidiose e enterite nos aviários avaliados Média de escores de lesões de coccidiose e enterites 23
- Bactérias (C. perfringens, S. thyphimurium) - Vírus (Marek, Gumboro, reovírus) - Micotoxinas (aflatoxina, DON) -No solo oocistos são muito resistentes; -Na cama de aves sua resistência diminui por ação de amônia, fungos e bactérias que são comuns de estarem presentes; -Insetos, homens, ração e água podem estar contaminados com oocistos; 24
- Exame de Fezes; - Contagem de oocistos na cama; - Exame de raspado da mucosa intestinal; - Escores de lesões características da mucosa intestinal (Johnson e Reid, 1970); - Histopatologia. - Manejo: evitar umidade na cama; evitar estresse ambiental, regulagem de bebedouros e comedouros - Desinfetantes comuns não matam o oocistos; amônia e brometo de metila são eficazes, porém tóxicos para as aves - Imunidade: baixas doses de oocistos induz imunidade 25
- Drogas coccidicidas / coccidiostáticas - Uso de drogas anticoccidianas preventivas na ração - Químicos: nicarbazina, halofuginona, diclazuril, amprolium, robenidina. - Ionóforos: monensina, salinomicina, narasina, maduramicina, lasalocida. - Tratamento: sulfas (não muito utilizado) - Uso de vacinas. 26