Utilização de Resíduo de Caulim para Oxidação Eletrolítica Assistida por Plasma em Liga de Alumínio 5052

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Transcrição:

Utilização de Resíduo de Caulim para Oxidação Eletrolítica Assistida por Plasma em Liga de 5052 Programa de Pós graduação em Engenharia Civil e Ambiental/UNESP PÁLINKÁS, F.B.S.M. a*, ANTUNES, M.L.P. a, SOUZA, J.A.S. b, CRUZ, N.C. a, RANGEL, E.C. a a. UNESP São Paulo State University (UNESP), Institute of Science and Technology, Sorocaba, S.P. b. Universidade Federal do Para, Faculdade de Engenharia Química, ITEC, Belém, PA *Corresponding author, engcivil.fabiola@gmail.com

VANTAGEM: Introdução: Liga de alumínio 5052 Adição de magnésio: melhora Dureza melhora a Resistência a Corrosão melhora capacidade de Soldabilidade DESVANTAGEM: Baixa resistência ao desgaste Determinados usos requerem Tratamento Adicional Revestimentos Protetivos.

Tratamento por Oxidação Eletrolítica Assistida por Plasma - PEO Semelhante a anodização: Solução eletrolítica Dois eletrodos (positivo e negativo) Aplicação de uma tensão Produção de revestimento por oxidação Revestimento abrange toda a peça inclusive as partes internas, furos e cantos. Representação esquemática de uma célula para o processo de oxidação eletrolítica assistida por plasma (ANTONIO, 2011).

Tratamento por Oxidação Eletrolítica Assistida por Plasma - PEO Diferenças entre as técnicas de Deposição Parâmetro Analisado Anodização PEO Tensão Interface entre o revestimento e o metal Dezenas de Volts Menor (superficial) Fonte: O autor. Centenas de Volts (plasma=gás ionizado) Maior (fundição)

Soluções Eletrolíticas para o PEO Adição de Silicatos, aluminatos ou fosfatos = melhores resultados. São usados silicatos, aluminatos ou fosfatos Puros. Usar na solução eletrolítica resíduos que contenham esses elementos Trabalhos desenvolvidos: Lama vermelha e Areia de Fundição Este trabalho: uso de Resíduo de Caulim como fornecedor de silicatos para a solução eletrolítica

O Caulim Uso na indústria: Características: Cerâmicas Mineral argiloso branco De papel (enchimento e branqueamento) Composto por caulinita (silicato de Tintas alumínio hidratado) Pasta de dentes Extraídos mecanicamente de jazidas à Gesso céu aberto O Brasil é o 6º maior produtor do mundo O Brasil exporta o caulim já beneficiado O processo de beneficiamento do caulim gera uma grande quantidade de resíduo Jazida de Caulim em Mina PPSA, em Ipixuna do Pará. (Foto extraída do Site da Imerys Brasil)

São dispostas 500mil toneladas de resíduo de caulim por ano em pilhas a céu aberto. Resíduo de Caulim Estimado depósito de 10 milhões de toneladas de resíduo de caulim (2012). Diferença entre Caulim e Resíduo de Caulim = granulometria (caulim comercializado = 2µm) Vista da Cava Sul em Ipixuna do Pará/ PA (Foto extraída do Google Earth)

Objetivo do Trabalho Produzir revestimento protetivo por PEO sobre chapa de liga de alumínio usando como matéria prima resíduo de caulim (valorização do resíduo) e estudar a influência do tempo de deposição nas características dos revestimentos obtidos. matéria prima = resíduo de caulim substrato = chapa de liga de alumínio 5052 técnica = oxidação eletrolítica assistida por plasma

Materiais e Métodos RECEBIMENTO DO RESÍDUO DE CAULIM PREPARO DOS SUBSTRATOS DE ALUMÍNIO PREPARAÇÃO DA SOLUÇÃO ELETROLÍTICA PRODUÇÃO DO REVESTIMENTO (PEO) ANÁLISES -Fornecido por empresa do Pará -material seco -Confecção das amostras -5g de resíduo de caulim em chapa 25x25x1,3mm (fornecedor de silicatos) (dimensões -0,3g de Hidróxido de padronizadas) Potássio -Lixamento, polimento e -1 litro de água limpeza. destilada. Fonte: O autor.

Fonte Mao Power Supply:» 650V» 200Hz Tempos deposição: 300s, 600s e 900s. Materiais e Métodos: Procedimento para a Produção do Revestimento Luminescência durante PEO Fonte: O autor. Esquema PEO Fonte: O autor.

Análises Realizadas Tabela de Análises Realizadas Tipo Material Analisado Técnica Equipamento Morfologia Espessura Resíduo de Caulim Revestimento Revestimento MEV - Microscopia Eletrônica de Varredura Microscópio Eletrônico de Varredura JOEL JSM-6010LA Composição Química Resíduo de Caulim, Substrato e Revestimento EDS - Espectrometria de Energia Dispersiva Caracterização da estrutura cristalina Resíduo de Caulim, Substrato e Revestimento DRX - Difração de Raios X Difratômetro PANalytical X'Pert Pro Rugosidade Substrato e Revestimento Perfilometria Perfilômetro Veeco Dek Tak Molhabilidade (Hidrofilia/Hidrofobia) Substrato e Revestimento Ângulo de Contato Goniômetro Ramé-Hart inc. modelo 100-000

Resultados: Morfologia do Resíduo de Caulim MEV (Análise da Morfologia) Grãos de até 0,1 µm (caulim comercializado = 2µm) Morfologia pseudo-hexagonal (característica da caulinita) Micrografia de varredura da amostra do Resíduo de Caulim

Resultados: Morfologia Revestimentos MEV (Morfologia revestimentos) 300 s 600 s 900 s Maior presença de poros Menor região com estruturas de coalescência (característico de materiais cerâmicos) Menor região granular Estrutura semelhante para 600s e 900s Menor presença de poros Maior região com estruturas de coalescência (característico de materiais cerâmicos) Maior região granular Micrografias dos revestimentos Fonte: O autor.

Resultados: Morfologia Revestimentos MEV (Espessura) 300 s 600 s (B) 900 s Micrografias das espessuras dos revestimentos (ampliações x700, x2500 e x1000) Espessura do Filme (micrômetros) 10 8 6 4 2 0 300 600 900 Tempo de Deposição (segundos) (C) Para 300s a espessura não é uniforme (não se define espessura). De 300s para 600s a espessura aumenta com o aumento do tempo de deposição. De 600s para 900s não há aumento significativo de espessura. Espessuras dos Revestimentos em função do tempo de deposição

Resultados Composição Química: Resíduo de Caulim, Substrato e Revestimentos EDS/MEV Elementos presentes na caulinita (alta pureza) EDS do Resíduo de Caulim EDS do Substrato de Liga de Elementos presentes no resíduo de caulim e no substrato de liga de alumínio (revestimento e substrato foram fundidos) EDS do Revestimento

Resultados de Caracterização da Estrutura Cristalina: Resíduo de Caulim, Substrato e Revestimentos Mulita, Óxido de Óxido de Óxido de Mulita, Mulita Óxido de Óxido de 900s 600s DRX (caracterização da estrutura cristalina) Intensidade Óxido de Óxido de 300s Revestimentos apresentam tanto os componentes do substrato quanto do resíduo de caulim. Caulinita Caulinita Caulinita Caulinita Caulinita Caulinita (alta pureza) Caulinita Caulinita Caulinita Caulinita Resíduo de Caulim Substrato Mulita 3(Al 2 O 3 ).2(SiO 2 ) mineral produzido em temperaturas próximas a 1000º C nos processos convencionais (material cerâmico). liga alumínio 0 20 40 60 80 100 120 Posição 2theta

Resultados Perfilometria: Substrato e Revestimentos Perfilometria (rugosidade) 0,8 0,7 Maior rugosidade para os revestimentos depositados por maior tempo. Rugosidade Ra (micrômetros) 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 Substrato 300s 600s 900s 0,0 Tempo de Deposição (segundos) Rugosidade em função do tempo de deposição

Resultados Ângulo de Contato: Substrato x Revestimentos 120 Ângulo de contato para os tempos de 600s e 900s se mantém igual ao substrato (hidrofílicos). Para tempo de 300s houve aumento do ângulo acima de 90 (hidrofóbicos). Ângulo de Contato ( o ) 100 80 60 40 20 (B) Erro Ângulo de Contato (C) 0 0 300 600 900 Tempo de Deposição (s) Medidas de Ângulos de Contato.

Resíduo de caulim Conclusão resíduo de alta pureza (caulinita). silicato - permite uso na solução eletrolítica tratamento por PEO. Revestimento de resíduo de caulim por PEO Morfologia apresenta poros e estruturas de coalescência indicando ser um revestimento cerâmico. Espessura aumenta com o tempo de deposição. Apresenta alumínio, silício, oxigênio e magnésio, elementos da liga de alumínio 5052 e da solução eletrolítica. Estrutura cristalina correspondente a alumina (300s e 600s) e mulita (900s), demonstrando que o revestimento é composto por material cerâmico. Rugosidade aumenta com o tempo de deposição. Hidrofílico assim como o substrato de liga de alumínio para tempo de 600s e 900s. Hidrofóbico para deposição por 300s.

Conclusão Compostos apresentados nos revestimentos possuem: boa estabilidade química capacidade de suportar altas temperaturas É possível usar o resíduo de caulim por PEO para tratamento de superfícies de liga de alumínio 5052 no desenvolvimento de novas tecnologias de materiais.

Referências Bibliográficas Anjos, C. M., 2011. Utilização de Resíduos de Caulim em Tijolos de Solo-Cal. Programa de Pós Graduação em Engenharia Civil e Ambiental. Campina Grande. Antônio, C. A., Cruz, N. C., Rangel, E. C., Rangel, R. C. C., Araujo, T. E. S., Durrant, S. F., Más, B. A., Duek, E. A. R., 2014. Hydroxyapatite coating deposited on grade 4 Titanium by Plasma Electrolytic Oxidation. Materials Research, v. 17, p. 1427-1433. Barata, M. S. e Angélica, R. S., 2012. Caracterização dos resíduos cauliníticos das indústrias de mineração de caulim da Amazônia como matéria-prima para produção de pozolanas de alta reatividade. Revista Cerâmica, Brasil, v.58, p. 36-42. Brasil, 2014. Sumário Mineral. Departamento Nacional de Produção Mineral. Brasília, p.48-49. Brasil, 2016. Informe Mineral do Estado do Pará. Departamento Nacional de Produção Mineral. Belém, p.1-8. Farias, J. O. G., 2009. Produto 28: Outras Rochas e Minerais Industriais. Relatório Técnico 39. Perfil do Caulim. Marques, I. S. V., Cruz, N. C., Landers, R., Yuan, J. C. C., Mesquita, M. F., Sukotjo, C., Mathew, T., Barão, V. A. R., 2015. Incorporation of Ca, P, and Si on bioactive coatings produced by plasma electrolytic oxidation: The role of electrolyte concentration and treatment duration. Biointerphases, v. 10, p. 041002. Mucsi, S. C., 2014. Desenvolvimentos de tecnologia e dispositivo para a medição de torque de fixação de elementos roscados. 5º Congresso Científico da Semana Tecnológica IFSP. 20-24 de outubro de 2014, Bragança Paulista, SP, Brasil. Nóbrega, A. F., 2007. Potencial de Aproveitamento de Resíduos de Caulim Paraibano para o Desenvolvimento de Argamassa de Múltiplo Uso. Programa de pós graduação em Engenharia Urbana. Paraíba. Perepelitsyn, V. A., Kormina, I. V., Karpets, P. A., 2005. Materials composition and properties of refractory bauxites. Refractories and Industrial ceramics. Translated from Novye Ogneupory, No. 8, p. 66 73. Santos, P. S., 1989. Ciência e Tecnologia de Argilas. Editora Edgard Blucher. Brasil. Snizhko, L. O., Yerokhin A. L., Pilkington A., Gurevina N. L., Misnyankin D. O., Leyland A., Matthews A., 2004. Anodic processes in plasma electrolytic oxidation of aluminium in alcaline solutions. Electrochimica Acta. Elsevier, v. 49, p. 2085-2095. Sottovia, L., Antunes, M. L. P., Antonio, C. A., Rangel, E. C., Cruz, N. C., 2014. Thin Films Produced on 5052 Aluminum Alloy by Plasma Electrolytic Oxydation with Red Mud-containing Electrolytes. Materials Research. p. 1404-1409. Souza, C. S., 2016. Utilização de Pó de Exaustão de Areia de Fundição para oxidação eletrolítica assistida por plasma em liga de alumínio. Programa de Pós Graduação em Engenharia Civil e Ambiental. Sorocaba. Yao, Z., Xia Q., Ju, P., Wang, J., Su, P., Li, D., Jiang, Z., 2016. Investigation of absorptance and emissivity of termal control coatings on Mg-Li alloys and OES analysis during PEO process. National Center for Biotechnology Information. Disponível em: <www.ncbi.nlm.nih.gov>.

Agradecimentos Programa de pos graduação em Engenharia Civil e Ambiental da UNESP LaPTec LMCMat Universidade Federal do Pará

Obrigada! engcivil.fabiola@gmail.com