Projeto de Educação Ambiental no Centro Municipal de Ensino Fundamental José Nogueira de Moraes

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Transcrição:

Projeto de Educação Ambiental no Centro Municipal de Ensino Fundamental José Nogueira de Moraes Joe Henrique Tavares Gomes, Graduando de Licenciatura em Geografia; Universidade Federal de Mato Grosso; Campus Universitário do Araguaia. Joe_bg_@hotmail.com Introdução Na sociedade atual os valores agregados á acumulação e concentração de capital provocam desequilíbrio na relação do homem com o ambiente, aumentando o processo de deterioração baseada na exploração desregrada, comprometendo a qualidade de vida e o equilíbrio dos sistemas ecológicos, que não possui grau de regeneração capaz de acompanhar os padrões de consumo cada vez mais exorbitantes. Frente a esta realidade, a Educação Ambiental nas escolas torna-se elemento essencial na luta contra o avanço de problemas ambientais, entendendo que a falta de informação é um dos principais empecilhos para a conscientização. Com isso se faz necessário medidas urgentes para que se fomente uma nova mentalidade dos estudantes em relação ao mundo em que vivemos, respeitando e visando um modo de vida sustentável para as gerações futuras. A Educação Ambiental é uma ferramenta que contribuirá significativamente neste processo de construção de pensamento crítico na escola, pois o estudante concentra-se boa parte do tempo neste espaço, levando-o a adquirir reflexão que o instrumentalize a tornar-se ator social fora do contexto escolar, um beneficio imensurável, neste caso Dias (2004, p. 523), descreve que devemos encarar o ensino ambiental como: Processo permanente no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem novos conhecimentos, valores, habilidades, experiências e

determinação que os tornam aptos a agir e resolver problemas ambientais, presentes e futuros. Com o intuito de levar adiante esses valores ambientais, foi realizado uma pesquisa qualitativa, onde foi desenvolvido um projeto de Educação Ambiental no Centro Municipal de Ensino Fundamental José Nogueira de Moraes, com a turma do 6º ano, localizada no município de Aragarças, estado de Goiás, este foi idealizado durante a Disciplina Didática Geral na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), ano de 2013, visando dinamizar a participação dos educandos e provoca-los a pensar o papel de cada um, preservar, reciclar e reduzir resíduos como elementos de responsabilidade ambiental, com ação-participativa determinando oportunidades de interação/compreensão efetiva das crianças no ambiente em que vivem (REIGADA ; REIS, 2004). Para a execução deste projeto utilizou-se vídeos projetados em data show, teatro, dança e como incentivo às crianças mais tímidas o desenho, esses instrumentos de aprendizagem e produção buscaram expor a criatividade e as opiniões ligados aos problemas ambientais, e para diagnosticar tais conceitos aplicou um questionário qualitativo informal, este tipo de abordagem é importante para que ocorra um processo cognição ambiental enraigado. Desenvolvimento do projeto: fomento da criatividade e interpretação das crianças Participaram do projeto alunos com idade média de 10 á 13 anos do 6º ano Matutino, do Centro Municipal de Ensino Fundamental José Nogueira de Moraes orientados a participarem das atividades que seriam desenvolvidas por dois alunos da UFMT cada um destes ficaram responsáveis pela organização de acordo com interesse dos estudantes, que poderiam optar entre teatro, dança e desenho. A estrutura do teatro foi organizada da seguinte forma, onze voluntários que ensaiaram o ordenamento das apresentações e frases, durante as aulas de Geografia (veja Foto I). Um aluno representava uma árvore de papelão, confeccionada com

jornais, tinta, cola e fitas adesivas, cinco discentes foram responsáveis em elaboraram frases subdivididas nas seguintes temáticas contextualizadas ações benéficas ao meio ambiente, por exemplo, reciclar e preservar, essas frases ficariam coladas atrás de maçãs de papel para que durante as exposições pudessem servir como auxilio caso esquecessem o que deveriam representar, estes entrariam na quadra (área de jogos esportivos) com as maçãs, elaboradas em papel camurça, e depois de às expor colariam na árvore como símbolo de consciência ambiental. Foto I: Ensaio do grupo de teatro, no Centro Municipal de Ensino Fundamental José Nogueira de Moraes, maio de 2013. Foto da estudante Márcia Sonoita (UFMT). Na segunda etapa do teatro outras cinco crianças ficaram responsáveis pelas ações maléficas ao equilíbrio ambiental como queimada descontrolada e poluição do ar. Ainda utilizando a mesma configuração de representação anterior, mas alterando a

temática e em lugar das maçãs foram usados sacos de lixo desenhados em papel camurça, dispostos após a fala dos discentes ao pé da árvore. Pelas frases elaboradas, foram observadas as visões que tinham a respeito do tema, nada foi alterado para que não interferisse na originalidade e criatividade dos discentes. Outro elemento do Projeto foi a dança, foi criada a partir de uma coreografia da música Herdeiros do futuro, interpretada por Emival Eterno da Costa, mais conhecido como Leonardo, com doze crianças essa atividade agiu em conjunto com a outra ideia inserida neste projeto a criação de desenhos, com onze participantes, efetuada a partir da letra da música interpretada de acordo com a significação para os alunos e ao final de todas as apresentações foram mostrados. Com estas atividades desenvolvidas foi possível observar as deficiências no ensino/aprendizagem na EA em escolas públicas, pois não há uma busca de novos referenciais, que contribuam com as experiências vividas em seus lares como sugere os PCN s (Parâmetros Curriculares Nacional, 2014), referindo-se à área ambiental como detentora de: (...) muitas informações, valores e procedimentos aprendidos pelo que se faz em casa. Esses conhecimentos poderão ser trazidos e debatidos nos trabalhos da escola, para que se estabeleçam as relações entre esses dois universos no reconhecimento dos valores expressos por comportamentos, técnicas, manifestações artísticas e culturais. Significa em outras palavras, estimular os discentes, de educação ambiental, materiais didáticos, que incentivem o debate, a reflexão sobre as questões ambientais. Portanto, visar a preparação de material e metodologia aos alunos de nível escolar fundamental requer além de muito conhecimento e criatividade, objetividade, focando sempre a realização de uma iniciativa na base da nova sociedade, consequentemente vale reforçarmos a ideia de que somente por meio da educação das pessoas é que poderemos assegurar e preservar os interesses das gerações futuras e ao mesmo tempo atender as necessidades das gerações atuais, como escreveu Vieira et.al. (2008).

A integralização das áreas da educação de forma a contribuir para a criação de projetos voltados para a Educação Ambiental faria com que em todas as matérias dadas em sala de aula, a consciência ambiental fosse lembrada e frisada a fim de que com isso os alunos aprendam que ela não é somente uma lembrança, mas algo para ser vivenciado no seu dia a dia. Além de que, falta uma maior compreensão e colaboração por parte da comunidade escolar em colocar em prática ações que contribuam para a melhoria do meio ambiente, dessa forma acabam sendo apenas ouvintes e não praticantes, quando deveriam ser estimulados através de atividades e projetos a exercer essa consciência a partir de sua realidade e comunidade. Frente a isso, o papel social da universidade será cumprido, oferecendo novos meios de transmissão de conhecimento de acordo com cada faixa, classe, ou realidade do público algo, devemos nos ater a inovação, instigação, de crianças principalmente, pois estas estão em fase de construção ética, social, cultural, histórica e científica (acumulando saber se preparando para produzi-lo) em suma são o futuro do país e do mundo. Considerações finais A perspectiva do projeto foi estimular a conscientização ambiental, por meio de técnicas pedagógicas que atinjam diretamente a recepção do aluno em relação ao tema discutido, além disso, os colaboradores do projeto poderão se atualizar/especializar para o melhor entendimento do âmbito infantil. No intuito incentivar métodos de trabalho voltado até mesmo para os professores responsáveis pela educação ambiental que de forma correta seria responsabilidade de todas as disciplinas na escola, para que os alunos conheçam e se interessem em mudar ou fazerem parte da mudança de paradigmas sociais enraigados, é importante lembrar que uma criança ao chegar a casa pode repassar e comentar aquilo que aprendeu na escola, o que acaba levando e contribuindo para conscientização dos adultos.

Referências bibliográficas: BOHRER. P. V.et. al. Jogos e brincadeiras na educação ambiental: a arte de cativar para as descobertas que mudarão nossa percepção de mundo. Instituto CURICACA. Dispinível em:<http://ong.portoweb.com.br/curicaca/default.php?p_secao=49&phpsessid=9a2ab1ee8a554d8c3c5 91c1d05f5e7c3>. Acesso em 30 de março de 2013. BRASIL. Política Nacional de Educação Ambiental. Lei 9795/99. Brasília, 1999. KLAUCK C. R., BRODBECK C. F. ;Educação ambiental um elo entre o conhecimento cientifico e a comunidade. Revista Conhecimento Online Ano 1 Vol.2. Março de 2010. Disponível em: <www.feevale.br/revistaconhecimentoonline>acesso em: 1 de Abr.2013. PARÂMETROS Curriculares Nacionais do Meio Ambiente. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/meioambiente.pdf >. Acesso em 04 de junho de 2014. REIGADA C. REIS M. F. C. T. Educação ambiental para crianças no ambiente urbano: uma proposta de pesquisa-ação. Ciência & Educação, Bauru, v. 10, n. 2, p. 149-159, 2004. SATO, M. Educação Ambiental. São Carlos: Rima, 2002. SILVA, Marina. Encontros e Caminhos: Formação de Educadoras(es) Ambientais ecoletivos Educadores. Brasília, Ministério do Meio Ambiente, 2005. VIEIRA, R. A. et. al. Ensino da educação ambiental na escola pública municipal de Parnaíba: diagnóstico e perspectivas. 2008. Fapciência. Disponível em: <http://www.fap.com.br/fapciencia/002/artigos.html>. Acesso em 4 de abril de 2013. TRATADO de Educação ambiental para sociedades sustentáveis e responsabilidade global,2005.disponível em: <http://tratadodeea.blogspot.com.br/>. Acesso em 4 de abril de 2013.