Revolução Industrial e Revoluções Burguesas

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Transcrição:

Revolução Industrial e Revoluções Burguesas Introdução Nesta aula estudaremos as revoluções dos séculos XVII e XVIII que ajudaram na formação da sociedade contemporânea. O termo Revolução ganhou espaço na política ao referir-se a uma mudança em um sistema político, cultural, econômico e/ou social. Vamos conhecê-las? Então, Acompanhe-nos! Ao final desta aula, você será capaz de: compreender a importância da Revolução Industrial e os fatores que levaram a este fenômeno histórico; entender os diferentes modos de produção: doméstico, artesanal e manufatureiro; compreender a importância das revoluções burguesas. Revolução Industrial Se você der uma olhada ao redor, certamente o que irá visualizar é fruto de um longo processo que foi a Revolução Industrial, a partir do século XVIII na Inglaterra, determinada pela evolução dos meios de produção que vinha ocorrendo desde a Antiguidade. FIQUE ATENTO Os modos de produção referem-se à maneira de fabricar um produto, que varia conforme os séculos. De forma geral, a produção humana passou por três processos de produção: modo artesanal, manufatureiro e maquinofatura. Mas qual a distinção entre eles? - 1 -

Figura 1 - Modos de produção e suas características Fonte: Elaborado pelo autor, baseado em SMITH, 1778. Com a mudança nos meios de produção, a Revolução Industrial afetou a vida dos trabalhadores. Suas condições de moradia, trabalho e saúde degradaram rapidamente, enquanto a burguesia industrial lucrava cada vez mais. O cenário social da época era marcado por baixos salários, condições insalubres, exploração do trabalho infantil e nenhum direito trabalhista. Figura 2 - Modo de produção industrial inglês Fonte: Everett Historical / Shutterstock - 2 -

Revolução Puritana A Guerra Civil Inglesa, conhecida como Revolução Puritana, ocorreu entre 1642 e 1649 como resultado do longo processo de conflito entre o Rei e o Parlamento - a Câmera dos Comuns. FIQUE ATENTO Hoje, na Inglaterra, há a Câmara dos Comuns e a Câmara dos Lordes, que podem ser comparadas com a de deputados e senadores para a nossa realidade. O conflito entre as duas instituições (Coroa e Parlamento) tinha características políticas, religiosas e sociais. Do ponto de vista político, a condução do Império Inglês iniciava sua expansão com a colonização das Treze Colônias na América; da perspectiva religiosa, era o conflito entre os reis católicos que contavam com apoio da nobreza anglicana e os representantes da câmera dos comuns puritanos e sociais - nobreza e burgueses. Por não concordar com a interferência do Parlamento, o Rei Carlos I mandou fechar o Parlamento (1629) sem previsão de reabertura. Quando chamou o Parlamento novamente para resolver um conflito na Escócia (1641), a Câmara dos Comuns exigiu respeito ao Parlamento, o que foi nega do pelo monarca, iniciando o conflito. Após sete anos de embate, ele chegou ao fim após a prisão e a decapitação do rei. A burguesia chegou ao poder e controlou os destinos políticos e econômicos de uma nação. Ficou no poder entre 1649 e 1659, e Oliver Cromwell era o líder. Após a sua morte e inaptidão do filho Ricardo, o Parlamento aceitou o retorno da monarquia desde que o novo rei, Carlos II, respeitasse as suas decisões. SAIBA MAIS O período entre 1649 e 1659, quando Oliver e Richard Cromwell ficaram no poder, foi o único período na história inglesa sem monarquia. Leia mais: <http://ler.letras.up.pt/uploads /ficheiros/1671.pdf>. Não bastando o que representou a Revolução Puritana, a Inglaterra ainda foi palco de mais um conflito: a Revolução Gloriosa. Revolução Gloriosa Também ocorrida no século XVII, podemos afirmar que esta revolução foi a complementação da anterior. Após a morte de Carlos II e sem herdeiros, o seu irmão mais novo, James II, assumiu o trono inglês, o qual contrariou o Parlamento ao não renunciar da fé católica. Em um momento após a Reforma Protestante e a Guerra dos Trinta Anos, a existência de um rei católico em um país protestante poderia ser um risco à soberania. - 3 -

O monarca vinha constantemente desrespeitando o Parlamento e suas decisões. Para evitar outro conflito sangrento em 1688, o Parlamento decidiu depor o rei e chamou para seu lugar o seu sobrinho e genro Guilherme III de Orange, que era anglicano, e exigiu que assinasse a Lei de Direitos ( Bill of Rights), a qual retirou totalmente o poder real e o entregou ao Parlamento e seu representante, o primeiro-ministro. A Inglaterra foi o primeiro país a adotar a Monarquia parlamentarista e isto serviu de exemplo à burguesia dos demais países, pois agora controlava um país politicamente e, assim, poderia fazer leis que atendessem aos seus interesses econômicos. EXEMPLO Assim como a Inglaterra, Espanha, Bélgica, Holanda, Noruega, Suécia, Dinamarca, Tailândia e Japão são exemplo de Monarquias parlamentaristas na atualidade. O controle burguês na política inglesa permitiu a Revolução Industrial no século XIX e tornou a Inglaterra uma potência econômica, que dominou um terço de todo território mundial no início do século XX, influenciando o mundo inteiro com sua cultura e costumes. Independência das 13 Colônias No final do século XVI, na dinastia Tudor, quando buscavam uma passagem pelo Noroeste para chegar às Índias e, assim, fazer o comércio de especiarias, os ingleses descobriram terras na América do Norte. Foram criadas as Treze Colônias, hoje Estados Unidos, divididas de acordo com sua localização geográfica: norte New Hampshire, Massachusetts, Rhode Island, Connecticut; centrais Nova Iorque, Nova Jersey, Pensilvânia, Delaware; sul Maryland, Virgínia, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia. - 4 -

Figura 3 - Mapa das 13 Colônias Fonte: I. Pilon / Shutterstock Com exceção das colônias do Sul, as do Norte e Centrais não interessaram à Inglaterra devido ao clima parecido ao da metrópole. Isso significava que teriam produtos parecidos com os que eram obtidos na Inglaterra. As províncias do Sul foram mais exploradas em virtude do algodão, cana-de-açúcar e tabaco. Porém, a situação mudou após a Guerra dos Sete Anos (1756 1763), que reuniu duas forças antagônicas, lideradas por Inglaterra e França, e resultou na vitória inglesa. Apesar da vitória, devido à extensão do conflito, a Inglaterra teve gastos exorbitantes e precisava repor os custos da guerra. Então, o Parlamento inglês decidiu cobrar taxas dos colonos na América, representadas pela Lei do Selo, Lei do Chá, Lei do Açúcar. Com isso, aumentou a repressão sobre os colonos. As lideranças coloniais, muitos dos quais seguidores da filosofia iluminista, questionaram o domínio inglês na América. Criticando, principalmente, a intervenção inglesa na economia americana, por meio da repressão (atos intoleráveis), desejam a liberdade política. Por isso, em 4 de julho de 1776, na Filadélfia, as lideranças coloniais declararam a Independência das 13 Colônias. O conflito aconteceu entre 1776 e 1783, terminando com a vitória americana, com ajuda do exército francês e a assinatura do Tratado de Paris, em que a Inglaterra reconheceu a independência. Em 1787, foi aprovada a Constituição Americana, claramente iluminista, isto é, a divisão tripartite do seu governo, a existência de um Estado Mínimo e o direito inviolável da liberdade de seus cidadãos. -5-

FIQUE ATENTO No Brasil, a constituição de inspiração iluminista só veio após a Proclamação da República, em 1889. Já a nossa Constituição é de 1988. O governo americano dos Estados Unidos é considerado capitalista liberal, de Estado Mínimo, isto é, ele não interfere tanto nas questões econômicas, promovendo relações econômicas mais livres, deixando mais livre a própria iniciativa privada. EXEMPLO No Brasil não há o Estado Mínimo, pois o governo garante serviços para a população, como saúde e educação pública, por meio dos impostos. Mas, por ser também um país de tendência liberal, as relações comerciais se tornem cada vez mais autônomas com relação ao Estado. A importância do processo de independência das 13 Colônias está no fato de ser o primeiro país com uma constituição iluminista, a qual será exemplo a ser seguido por quase todas as ex-colônias americanas, repúblicas e monarquias parlamentaristas na Europa. Revolução Francesa Nos séculos XVII e XVIII, a França era considerada o país onde o absolutismo foi exercido de forma plena, isto é, onde os reis governavam absolutos. Mas no governo de Luís XVI, a situação econômica na França deteriorou-se muito. Para piorar, a seca de 1787 e 1790 ocasionou fome na população camponesa. Além disso, o sistema tributário francês ainda mantinha as características medievais de privilegiar os nobres com isenção fiscal e com salários pagos pela Coroa e direitos à propriedade, mesmo que improdutivas. Em 1789, a situação da economia francesa beirava o colapso. Para evitar a ruína, o rei francês convocou, após 150 anos, a Assembleia dos Estados Gerais, a qual era composta por três Estados: 1º Estado Clero; 2º Estado Nobreza; e 3º Estado burgueses e trabalhadores. Estes três Estados deveriam auxiliar o rei a superar a crise econômica. O 3º Estado propôs tributar o 1º e o 2º Estado, que detinham grande parte da renda e dos gastos do governo francês. No entanto, estes Estados contestarama ideia e tiveram o apoio do Rei. Devido à impossibilidade de reverter a situação, o 3º Estado, com o apoio da população, iniciou uma revolta contra a Coroa francesa, que resultou na Revolução Francesa, a qual durou, oficialmente, de 1789 a 1799. - 6 -

Figura 4 - Tomada da Bastilha Fonte: Everett Historical / Shutterstock A Revolução Francesa foi marcante, pois o Iluminismo foi posto em prática sem restrição. Criou-se uma constituição que abolia os privilégios da nobreza, dividia os poderes, separava Estado e Igreja, dava a liberdade econômica, de expressão e política para a população. Nosso destaque é para a Declaração dos Diretos do Homem e do cidadão em 1789, que reconhecia a todos como cidadãos, assim como assegurava seus direitos. SAIBA MAIS Para conhecer mais sobre esta revolução, sugerimos a leitura do artigo A Revolução Francesa e seu eco, de Michel Vovelle, disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=s0103-40141989000200003&lng=pt&nrm=iso>. A Revolução Francesa foi importante, pois ao abolir a monarquia no país símbolo do Absolutismo, a burguesia demonstrou que poderia subir ao poder e, com isso, garantir aquilo que ela considera seus direitos: liberdade (econômica e de expressão), igualdade (de direitos) e fraternidade (tolerância entre todos os cidadãos), palavras que compunham o lema da revolução. - 7 -

Fechamento Chegamos ao fim desta aula sobre as principais revoluções que ocorreram nos séculos XVII e XVIII. Nesta aula, você teve a oportunidade de: compreender a importância da Revolução Industrial e os fatores que levaram a este fenômeno; entender os diferentes modos de produção: doméstico, artesanal e manufatureiro; compreender a importância das revoluções burguesas. Referências BRAUDEL, Fernand. Fontes, 1995. Civilização Material, Economia e Capitalismo: SéculosXV XVIII. São Paulo: Martins FERREIRA, J.Carlos Viana. Cromwell: Puritanismo, providencialismo e pragmatismo. Disponível em: < http://ler. letras.up.pt/uploads/ficheiros/1671.pdf>. Acesso em: 12/02/2017. KARNAL, Leandro et al. História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI. São Paulo: Contexto, 2007. THOMPSON, Edward Palmer. A Formação da Classe Operária Inglesa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. VOVELLE, Michel. A Revolução Francesa e seu eco. Estud. av., São Paulo, v. 3, n. 6, p. 25-45, ago. 1989. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0103-40141989000200003&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 07/02/ 2017. - 8 -