Administração, Redes e Serviços



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Introdução...7 Introdução ao sistema operacional Linux...7 O anúncio...8 História do mascote Tux...8 O que é o Linux?...9 Características do sistema Linux...9 O que é uma distribuição Linux?...11 As principais distribuições Linux...12 Será que Linux é bom para você?...14 Capítulo 1...17 Semelhanças do Windows com o Linux...17 Arquivos de lote...19 Equivalência de arquivos de configuração...19 Equivalência nas portas de comunicação...20 Equivalência de comandos...21 Equivalência de redirecionamentos...21 Particularidades do sistema Linux...23 Como pedir ajuda no mundo Linux?...25 Semelhanças do Windows com o Linux...31 Os gerenciadores de janelas do Linux...33 Semelhanças de aplicativos nativos...35 Atalhos links simbólicos...36 Processos e serviços em segundo plano...36 Capítulo 2...41 Filosofia Linux...41 Criando disquetes de inicialização...41 Gerando discos sob MS-DOS...41 Gerando discos sob o Windows...41 Gerando discos a partir do Linux...41 Entrando no sistema Linux...42 Os arquivos...42 Meta caracteres ou coringas...43 Os diretórios...44 O que são diretórios raiz do sistema Linux?...45 Nomenclatura dos discos, partições e portas...46 Estrutura de particionamento do sistema Linux...47 O Interpretador de comandos...47 Atalhos de teclado para o bash...48 Os arquivos de inicialização da máquina...49 Terminais virtuais em modo console...50 Linux modo console, o poder do shell...51 Comandos de ajuda do sistema...51 3

Treinamento Linux Administração, Redes e Serviços Comandos de informações do sistema...53 Comandos para manipulação de diretórios...55 Comandos para manipulação de arquivos...55 Comandos de controle de acessos a arquivos e diretórios...57 Comandos de ligação de arquivos e diretórios...57 Comandos para gerenciamento de impressão...58 Comandos mensagens no sistema...59 Comandos de controle de execução de processos...59 Comandos de manipulação de mídias...60 Comandos de processamento em rede (interno e externo)...62 Comandos para manipulação de usuários e grupos...63 Comandos de som no sistema...64 Comandos de empacotamento e compressão de arquivos...66 Comandos de verificação de logs /var...66 Comandos diversos...66 Comandos genéricos do ambiente gráfico Gnome...69 Comandos genéricos do ambiente gráfico KDE...70 Capítulo 3...75 Gerenciamento de usuários e grupos...75 Gerenciamento de usuários e grupos...75 Arquivos de configuração e personalização de usuários...80 Capítulo 4...89 Gerenciamento de mídias...89 Os comandos mount e umount...89 O acesso a unidade de disquete...90 Formatando disquetes no Linux...90 Formatação via modo texto...91 O acesso a unidade de CD-ROM...91 O acesso a unidade de zip-drive...92 O acesso a partição do Windows local...93 Verificação dos pontos de montagem...93 O espaço disponível...94 Os arquivos /etc/fstab e /etc/mtab...94 Reconhecendo as partições...96 Capítulo 5...99 Gerenciamento de permissões...99 Acesso a um arquivo ou diretório...99 Controlando donos, grupos e outros usuários...100 Atribuindo permissões: comando chmod...102 Alterando permissões pelo modo literal...102 Alterando permissões pelo modo numérico (octal)...103 Alterando permissões pelo modo absoluto...104 Capítulo 6...107 Empacotamento e compressão de arquivos...107 Empacotando arquivos com o comando tar...108 Usando o compress e uncompress...109 Usando o bzip2 e bunzip2...110 Usando o gzip, gunzip e zcat...111 Usando o znew...112 Quebrando arquivos grandes...112 4

Capítulo 7...115 Gerenciamento de pacotes com RPM...115 RPM em pacotes não instalados...116 RPM em pacotes instalados...118 RPM em desinstalação de pacotes...119 RPM em instalação e atualização de pacotes...119 Dependências não resolvidas...121 RPM em verificação do sistema...121 RPM instalando pacotes via ftp...121 Convertendo um pacote...122 Gerenciamento de pacotes com YUM...122 Compilação de programas...124 Gerenciamento de pacotes com Apt/Synaptic...127 Usando o comando apt...127 Adicionando um CD...128 Instalando novos pacotes...131 Removendo pacotes instalados...131 Atualizando sua distribuição...131 Procurando por pacotes...131 Usando o Synaptic...132 Convertendo formatos de pacotes com o Alien...134 Capítulo 8...137 Configurações básicas...137 Configurando datas e horários...137 Configurando o teclado...139 Configurando o mouse...140 Configurando a placa de som...140 Configurando o modem...141 Usando o KPP para conectar à Internet...142 Serviço básico de ADSL...142 Configurando a impressora...143 Filtros de impressão...145 Servidor de impressão CUPS e KDE...147 Configurando o CUPS pelo arquivo...148 Configurando o CUPS pelo cups-config...150 Configurando a impressora pelo KDE...151 Configurando o vídeo...152 Capítulo 9...157 Configuração básica da interface de rede...157 O modelo base OSI...157 Informações sobre camadas...159 TCP/IP um pouco de teoria...159 IP Internet Protocol...160 Classes de rede IP...160 A camada TCP/IP...162 Resumo das três classes de números IP:...163 ICMP Internet Control Message Protocol...163 Topologia de redes...164 Topologia em Estrela...164 Topologia em Barra...165 Topologia em Anel...165 Sistema Linux, a configuração...166 A interface de rede...166 A interface loopback...167 5

Treinamento Linux Administração, Redes e Serviços Os principais arquivos...168 Os módulos da interface de rede...173 Configurando no braço...175 Monitoramente de rede...178 Capítulo 10...181 NFS - Cliente e Servidor...181 Como configurar clientes e servidores NFS...181 Configurando um servidor NFS...181 Criando os locais para montagem NFS...182 O portmapper...183 Mountd e nfsd...184 Configurando o cliente NFS...187 Opções de montagem...188 Otimizando o NFS...188 NFS e segurança...189 Segurança no cliente...189 Segurança no servidor: nfsd...189 Segurança no servidor portmapper...190 NFS e firewalls...191 Capítulo 11...193 SAMBA Cliente e Servidor...193 Características do servidor...194 Arquivos de configuração do Samba...194 Principais arquivos do servidor samba...195 Executando os servidores...199 Configurando o Samba...201 Configurando pelo modo texto...201 Autenticação de usuários modalidade de segurança...202 Pontos de montagem com Samba...211 Configurando o samba através do Swat no Linux...213 Capítulo 12...215 Conexões remotas...215 Usando o Telnet...215 Habilitando telnet entre máquinas...215 Usando o SSH...217 Clientes SSH para Windows e Linux...217 Preparando o servidor...218 Execução de comandos no servidor...219 Usando o FTP...221 Comandos básicos para ftp...222 Fazendo ftp via modo texto...223 Fazendo ftp via modo gráfico...223 Arquivo de configuração do servidor ftp...224 6

Introdução Introdução ao sistema operacional Linux Muitas coisas interessantes ocorreram desde que Linus Torvalds1 iniciou o seu trabalho em um sistema operacional para PCs similares ao Unix. O Linux evoluiu de um passatempo de micreiros para um sério competidor de outros sistemas operacionais. :: Linus Torvalds, mentor do sistema Operacional Linux. Eu que tenho acompanhado algumas distribuições Linux desde seu princípio, tenho percebido como o sistema tem evoluído e melhorado cada vez mais para os usuários e profissionais da área que trabalham com o sistema Linux como é o caso da Red Hat, Debian, Mandriva, Suse, Slackware, Kurumin e a nova distribuição Ubuntu que tem feio o maior sucesso no mundo Linux. Experimente pegar o CD-ROM dessas distribuições de cinco anos atrás e você saberá do que eu estou falando. Por muitos anos, o Unix teve um estigma de algo extremamente complexo. Suas licenças eram comercializadas em valores inatingíveis para a grande maioria dos usuários pessoais ou corporativos, criando um distanciamento entre este estável e robusto sistema operacional e o grande público. Porém, algo estava para acontecer e aconteceu. Isso perdurou até que o Linux fosse disponibilizado em embalagens com valores inferiores a R$ 100,00 (cem), em conjunto com centenas de aplicativos adicionais em formatos sem limites de instalações, usuários ou quaisquer restrições, tornando-se acessível a praticamente todo e qualquer usuário com disposição de conhecer um mundo novo de soluções, cooperação e criatividade. Não há uma alternativa mais econômica que um X Terminal, pois um antigo e barato 586 pode conter o Linux para executar esta tarefa. O Linux tem ainda excelentes funcionalidades de interação em rede e em especial com outros sistemas operacionais, podendo atuar como servidor e cliente em redes heterogêneas, atuando em conjunto com máquina Windows, Unixes, Macintosh, terminais burros etc. DICA: Hoje se você quiser montar um cyber-café, básico, por exemplo além de ser simples não precisará das ultimas tecnologias de ponta pois com alguns pentiuns você poderá montar terminais de conexões a Internet para pesquisa e fins acadêmicos. Isso é muito fácil de ser feito pois o sistema Linux tem as ferramentas básicas se fazer e não precisa comprar nenhuma licença. 7

Treinamento Linux Administração, Redes e Serviços Uma das grandes vantagens do Linux reside na disponibilidade do código-fonte. Além do fato de ser possível modificar o sistema para atendimento de alguma necessidade específica, permite ainda a correção de eventuais problemas, ou seja, em vez de aplicar a filosofia de infelizmente temos que conviver com isto, teremos uma nova filosofia resumida em temos que mudar isto. Essa filosofia é que faz o desenvolvimento do Linux tão rápido e surpreendentemente estável. Viva o Linux. O anúncio Olá para todos que estão usando o Minix estou fazendo um sistema (livre) operacional (como um passatempo, pois não será grande e profissional como o GNU) para 386 e 486 AT clones. PS.: Linus Torvalds. Foi com essa mensagem que tudo começou, no dia 3 de julho de 1991, Linux Torvalds, estudante de Ciência da Computação da Universidade de Helsinque comunicava oficialmente à comunidade de desenvolvedores do newsgroup comp.os.minix que estava trabalhando em um projeto em Minix. Naquela ocasião, Linus buscava a indicação de um documento das regras POSIX mais recentes. O que não significa, necessariamente, que o Linux nasceu naquele dia. Há uma outra data, 25 de agosto de 1991, em que Linus divulga no mesmo news-group, que está fazendo um sistema operacional propriamente dito. E o mais importante de tudo: livre. Assim ficou mais explícito para o público a intenção dele em tornar sua obra disponível para todos que estivessem interessados. História do mascote Tux O simpático pingüim que se tornou ícone do Linux foi criado por Larry Ewing em meados de 1996, depois de um concurso de logotipos para o sistema operacional. A simpática criaturinha criada por Ewing venceu quase por aclamação de toda a comunidade. A idéia do pingüim foi casualmente sugerida pelo próprio Linus Torvalds, depois de mencionar publicamente que os achava engraçadinhos. Quando o concurso estava em andamento, Linus havia sugerido que o pingüim deveria ser gordinho e com um ar de satisfação depois de empanturrar-se com peixes. :: Tux O mascote do Linux. Para Linus, um pingüim como logotipo daria mais liberdade às pessoas que quisessem usar materiais relacionados ao sistema operacional. Outra razão que Linus salientou é que, usando algo parecido com o pingüim dá às pessoas a oportunidade de fazer modificações. Exatamente como acontece hoje, quando encontramos diferentes variantes do pingüim em boxes das distribuições espalhadas por todo o mundo. O nome Tux é uma variante de tuxedo, mais conhecido entre nós como smoking. E, para quem não sabe, há um Tux, em carne e osso, no Zoológico de Bristol, na Inglaterra. Fonte: Revista Do Linux, número 20. Para maiores detalhes e estudos acesse a página www.revistadolinux.com.br/ed/020/assinantes/capa.php3. E hoje o sistema operacional GNU/Linux é o que você, prezado leitor/usuário, sabe ou vai aprender sobre esse maravilhoso sistema operacional. 8

No decorrer desse material você aprenderá como é que isso cresceu, deixou de ser um passatempo, tornou-se um sistema altamente profissional usado inclusive por bancos do mundo todo e até mesmo pelo pentágono e pela NASA, é mole? Projetos no mundo inteiro estão dando muito mais credibilidade aos sistema Linux, países estão trocando sua base governamental de sistema Windows para sistema Linux, e isso não é por querer brigar com Micro$oft ou com o Sr. Bill Gates, mas sim por ECONOMIA, pois o mundo está tomando consciência de que o dinheiro é finito e a economia como um todo precisa ser controlada não somente aqui no Brasil como no restante do mundo. O que é o Linux? O Linux é um sistema operacional criado em 1991 por Linus Torvalds na universidade de Helsinque na Finlândia. É um sistema operacional de código aberto distribuído gratuitamente pela Internet, então praticamente todo mundo pode ter em mãos os códigos-fontes do sistema operacional Linux. Seu código-fonte é liberado como Free Software3 Software Livre, o aviso de Copyright do Kernel núcleo do sistema feito por Linus descreve detalhadamente isto e mesmo ele está proibido de fazer a comercialização do sistema. Isso quer dizer que você não precisa pagar nada para usar o Linux. Que bom isso, não? E não é crime fazer cópias para instalar em outros computadores, que jóia isso, não? Nós inclusive incentivamos você a fazer isto. Ser um sistema de código aberto pode explicar a performance, estabilidade e velocidade em que novos recursos são adicionados ao sistema. Para rodar o sistema Linux é preciso, no mínimo, um computador 386 SX com 2 MB de memória e 40 MB disponíveis em seu disco rígido para uma instalação básica e funcional; é verdade mesmo, com o tempo você descobrirá como isso é maravilhoso. Podemos recuperar máquinas que praticamente estavam fadadas ao ferro velho. Agora tente instalar o outro em máquinas com essas condições. DICA: Se você for bem radical mesmo, poderá usar o sistema Linux em um ou dois disquetes e nem vai precisar de disco rígido, pois poderá fazer todo o seu trabalho via rede e em modo gráfico. Acredite, isso é apenas um pedaço do paraíso. Características do sistema Linux Uma das grandes vantagens do sistema Linux: NÃO EXISTEM VÍRUS NO LINUX! Em mais de 15 (quinze) anos de existência, nunca foi registrado NENHUM tipo de vírus para este sistema. Isso tudo devido à grande segurança oferecida pelas permissões de acesso do sistema que funcionam inclusive durante a execução de programas. O que tem aparecido por aí ultimamente são worms, ou seja, pequenos scripts ou programas que precisam de um certo privilégio para funcionar e que depois de ter esse privilégio apresentam um comportamento geralmente semelhante ao de um vírus. Mas isso não impede que um bom administrador de redes se encarregue de anular esse tipo de situação; A pilha TCP/IP mais rápida que no Windows e tem sua pilha constantemente melhorada. O Linux tem suporte nativo a redes TCP/IP e não depende de uma camada intermediária como o Winsock. Em acessos via modem à Internet, a velocidade de transmissão é 10 por cento a 20 por cento (em alguns casos) maior, e sem contar que roda aplicações Windows através do WINE e também através do CrossOver; Veja outras características: Convive sem nenhum tipo de conflito com outros sistemas operacionais (como MS-DOS, Windows, OS/2, Mac etc) no mesmo computador; É multitarefa real e multiusuário e tem Suporte a nomes extensos de arquivos e diretórios (255 caracteres); Conectividade com outros tipos de plataformas como Apple, Sun, Macintosh, Sparc, Alpha, PowerPc, ARM, Unix, Windows, DOS etc; Proteção de programas executados na memória RAM; Tem suporte para terminais virtuais consoles, o que é importantíssimo para os diversos tipos de conectividade que o Linux oferece e oferece modularização. O sistema Linux somente carrega para a memória o que é usado durante o processamento, liberando totalmente a memória assim que o programa/dispositivo é finalizado. E se por ventura algum programa travar é possível tirá-lo do ar sem nenhum esforço ou sem ter que reinicializar a máquina novamente; 9

Treinamento Linux Administração, Redes e Serviços Devido à modularização, os drivers dos periféricos e recursos do sistema podem ser carregados e removidos completamente da memória RAM a qualquer momento. Os drivers (módulos) ocupam pouco espaço quando carregados na memória RAM (cerca de 6 kb para a Placa de rede NE 2000, por exemplo); Não precisa de um processador potente para funcionar. O sistema roda bem em computadores 386 SX de 25 mhz com 4 mb de memória RAM (sem rodar o sistema gráfico X, que é recomendado 8MB de RAM). Já pensou no seu desempenho em um 486 ou Pentium ou então em um AMD de 1,5 ghz? O crescimento e novas versões do sistema não provocam lentidão; pelo contrário, a cada nova versão os desenvolvedores procuram buscar maior compatibilidade, acrescentar recursos úteis e melhor desempenho do sistema (como o que aconteceu na passagem do kernel 2.0.x para 2.2.x, e assim sucessivamente); Não é requerida uma licença para seu uso. O Linux é licenciado de acordo com os termos da GNU e acessa sem problemas discos formatados pelo DOS, Windows, Novell, OS/2, NTFS, SunOS, Amiga, Atari, Mac etc.; Utiliza permissões de acesso a arquivos, diretórios e programas em execução na memória RAM; Suporte a dispositivos infravermelho; suporte a rede via rádio amador; suporte a dispositivos plug-and-play; suporte a dispositivos USB etc. Calma lá, isso ainda não é tudo. O sistema de arquivos usado pelo Linux (ext2, ext3 ou reiserfs) organiza os arquivos de forma inteligente, evitando a fragmentação e fazendo-o um poderoso sistema para aplicações multiusuários exigentes e gravações intensivas. Ele também permite a montagem de um servidor Web, e-mail, News etc com um baixo custo e alta performance. O melhor servidor Web do mercado, o Apache2, é distribuído gratuitamente com o Linux. O mesmo acontece com o Sendmail. Por ser um sistema operacional de código aberto, é possível ver o código-fonte (o que foi digitado pelo programador) faz e adaptá-lo às suas necessidades ou de sua empresa. Essa característica é uma segurança a mais para empresas sérias e outros que não querem ter seus dados roubados (você não sabe o que um sistema sem código-fonte faz na realidade enquanto esta processando o programa). Ainda apresenta suporte a diversos dispositivos e periféricos disponíveis no mercado, tanto os novos como obsoletos, e pode ser executado em dez arquiteturas diferentes (Intel, Macintosh, Alpha, Arm etc). Há consultores técnicos especializados no suporte ao sistema espalhados por todo o mundo e entre muitas outras características que você descobrirá durante o uso do sistema. O sistema segue o padrão POSIX, que é o mesmo usado por sistemas UNIX e suas variantes. Assim, aprendendo o Linux você não encontrará muita dificuldade em operar um sistema do tipo UNIX, FreeBSD, HPUX, SunOS etc., bastando apenas aprender alguns detalhes encontrados em cada sistema. O código-fonte aberto permite que qualquer pessoa veja como o sistema funciona (útil para aprendizado), corrija algum problema ou faça alguma sugestão sobre sua melhoria; esse é um dos motivos de seu crecimento rápido, do aumento da compatibilidade de periféricos (como novas placas sendo suportadas logo após seu lançamento) e de sua estabilidade. Outro ponto em que o sistema Linux se destaca é o suporte que oferece a placas, CD-ROM, CDRW ect e outros tipos de dispositivos de última geração e mais antigos (a maioria deles já ultrapassados e sendo completamente suportados pelo sistema operacional). Esse é um ponto forte para empresas que desejam manter seus micros em funcionamento e pretendem investir em avanços tecnológicos com as máquinas que possui. Hoje o Linux é desenvolvido por milhares de pessoas espalhadas pelo mundo, cada uma fazendo sua contribuição ou mantendo alguma parte do kernel gratuitamente. Linus Torvalds ainda trabalha em seu desenvolvimento e também ajuda na coordenação entre os desenvolvedores. Resumidamente, encontramos no Linux surpresas agradáveis, sendo um sistema com características de suporte multitarefa, multiusuário, multiprocessamento, multiplataforma, execução em modo protegido, aderente ao POSIX e aos padrões Unix e, em especial, com um formato de desenvolvimento comunitário de código aberto. Cabe salientar que o que comumente se define como Linux é algo que ultrapassa o kernel, pois uma distribuição normalmente compreende centenas de programas adicionais, variando de compiladores a bancos de dados, passando por servidores de correio e firewall. 10

O que é uma distribuição Linux? Só o sistema operacional Linux não é necessário para ter uma sistema funcional, mas é o principal. Existem grupos de pessoas, empresas e organizações que decidem distribuir o Linux com outros programas essenciais como por exemplo editores gráficos, planilhas, bancos de dados, ambientes de programação, formatação de documentos, firewalls etc. Este é o significado básico de uma distribuição. Cada distribuição tem sua característica própria, como o sistema de instalação, o objetivo, a localização de programas, nomes de arquivos de configuração etc. A escolha de uma distribuição é pessoal e depende da necessidade de cada um de nós. Algumas distribuições bastante conhecidas são: Red Hat, Debian, Mandriva, Suse, Slackware, Kurumin e Ubuntu, por exemplo. Acompanhe esse Time Line das principais distribuições Linux no mundo e veja sua evolução: :: Time Line das principais distribuições Linux no mundo. 11

Treinamento Linux Administração, Redes e Serviços Todas essa distribuições usam o sistema Linux como kernel principal, porém a Debian é uma distribuição independente de kernel e pode ser executada sob outros kernels, como o GNU/hurd. A escolha de sua distribuição deve ser feita com muita atenção, não adianta muita coisa perguntar em canais de IRC sobre qual é a melhor distribuição, ser levado pelas propagandas, pelo vizinho etc. O melhor caminho para a escolha da distribuição, acredito eu, seria perguntar as características de cada uma e por que essa pessoa gosta dela, em vez de perguntar qual é a melhor, porque quem lhe responder isso estará usando uma distribuição que se encaixa de acordo com suas necessidade, e esta mesma distribuição pode não ser a melhor para atendê-lo. As principais distribuições Linux Tem alguns humoristas que dizem que você encontra Linux até em caixas de biscoitos. Eles falam isso no sentido pejorativos, mas eu também falo a mesma coisa só que no sentido de lutar contra toda e qualquer forma de monopólio extremo. Sabe porquê? Porque você tem o direito de escolha, de opinar, de mudar se não tiver contente. Acredite, muitas das coisas do que vemos hoje em dia só melhorou porque em algum momento, alguém percebeu quem manda na verdade somos nós os usuários e de uma certa forma consumidores, começamos a mudar algo que não nos deixava mais satisfeitos. Então, fabricantes foram obrigados a melhorar a qualidade de seus produtos. O mesmo acontece com o sistema Linux que tem inúmeras distribuições, mais de uma duas centenas. Eu mesmo, tenho 20 (vinte) tipos de distribuições e tudo isso serve para você testar, aprender, opinar e recomendar devido minhas experiências. Mas longe de afirmar qual é a melhor distribuição, pois a melhor é aquela de melhor lhe atende, veremos aqui algumas distribuições e suas características mais importantes. Debian Linux Distribuição desenvolvida e atualizada através do esforço de voluntários espalhados ao redor do mundo, seguindo o estilo de desenvolvimento GNU/Linux. Por este motivo, foi adotada como a distribuição oficial do projeto GNU. Possui suporte a língua Portuguesa, é a única que tem suporte a 10 arquiteturas diferentes (i386, Alpha, Sparc, PowerPc, Macintosh, Arm, etc.) e aproximadamente 15 sub-arquiteturas. A instalação da distribuição pode ser feita tanto através de Disquetes, CD-ROM, Tftp, Ftp, NFS ou através da combinação de vários destes em cada etapa de instalação. Acompanha mais de 4.350 programas distribuídos em forma de pacotes divididos em 4 (quatro) CDs binários e 2 (dois) de código fonte (ocupa 2.1 GB em meu disco rígido), cada um destes programas são mantidos e testados pela pessoa responsável por seu empacotamento. Os pacotes são divididos em diretórios de acordo com sua categoria e gerenciados através de um avançado sistema de gerenciamento de pacotes (o dpkg) facilitando a instalação e atualização de pacotes. Possui tanto ferramentas para administração de redes e servidores quanto para desktops, estações multimídia, jogos, desenvolvimento, web, etc. A atualização da distribuição ou de pacotes individuais pode ser feita facilmente através de 2 comandos, não requerendo adquirir um novo CD para usar a última versão da distribuição. É a única distribuição não comercial onde todos podem contribuir com seu conhecimento para o seu desenvolvimento. Para gerenciar os voluntários, conta com centenas de listas de discussão envolvendo determinados desenvolvedores das mais diversas partes do mundo. Kurumin Linux O Kurumin é uma distribuição Linux destinada a desktops baseada no Debian. Ele mantém o mesmo sistema de detecção de hardware, mas é muito menor, apenas um CD Live que nem precisa ser instalado, fazendo com que o download seja rápido. O Kurumin é uma tentativa de desenvolver um Linux voltado para o uso em desktops, que seja fácil de usar, fácil de instalar e resolva problemas clássicos como a falta de suporte a softmodems e a multimídia. O Kurumin já inclui drivers para vários softmodems, suporte a vários formatos de vídeo, incluindo Divx e uma ferramenta para instalar suporte a Flash. Tudo isso é organizado de uma forma intuitiva. Mandriva Distribuição muito boa e funcional e veio da união ente Conectiva (Brasil) e Mandrake (França) a qual também apresenta boa parte de seus pacotes já traduzido para o nosso idioma. Esse distribuição caracterizou-se facilidade em detectar o hardware e implementação de algumas filosofia de trabalhos. Também apresenta um visual melhorado, bonito e muito intuitivo para o usuário final. Apresenta também suporte melhorada para o modens WinModens. Red Hat Principal distribuição americana que até um tempo atrás era ela quem ditava as regras. Mas as coisas mudaram e os ventos sopram em outras direções, no entanto é uma das principais distribuições 12

americanas e apresenta bom suporte para nosso idioma. A distribuição Red Hat era uma das primeiras distribuições a ser apresentadas em cursos de sistema operacional Linux por apresentar-se rápida, confiável e altamente configurável. Agora a Red Hat apresenta um outro Linux, o Fedora Core Linux, que traz várias inovações. Slackware Linux Distribuição desenvolvida por Patrick Volkerding, desenvolvida para alcançar facilidade de uso e estabilidade como prioridades principais. Foi a primeira distribuição a ser lançada no mundo e costuma trazer o que há de mais novo enquanto mantém uma certa tradição, provendo simplicidade, facilidade de uso e com isso flexibilidade e poder. Desde a primeira versão lançada em Abril de 1993, o Projeto Slackware Linux tem buscado produzir a distribuição Linux mais UNIX-like, ou seja, mais parecida com UNIX. O Slackware segue os padrões Linux como o Linux Standard File System, que é um padrão de organização de diretórios e arquivos para as distribuições. Enquanto as pessoas diziam que a Red Hat era a melhor distribuição para o usuário iniciante, o Slackware é o melhor para o usuário mais velho, ou seja programadores, administradores, etc. SuSE Linux Distribuição comercial Alemã com a coordenação sendo feita através dos processos administrativos dos desenvolvedores e de seu braço norte-americano. O foco da Suse é o usuário com conhecimento técnico no Linux (programador, administrador de rede, etc.) e não o usuário iniciante no Linux. A distribuição possui suporte ao idioma e teclado Português, mas não inclui (até a versão 6.2) a documentação em Português. Possui suporte as arquiteturas Intel x86 e Alpha. Sua instalação pode ser feita via CD-ROM ou CD-DVD (é a primeira distribuição com instalação através de DVD). Uma média de mais de 2.000 programas acompanham a versão 8 distribuídos em 6 CD-ROMs. O sistema de gerenciamento de pacotes é o RPM padronizado. A seleção de pacotes durante a instalação pode ser feita através da seleção do perfil de máquina (developer, estação kde, gráficos, estação gnome, servidor de rede, etc.) ou através da seleção individual de pacotes. Fedora Core 7 (Red Hat) O Linux Fedora 7 traz como interface gráfica padrão, o KDE 3.5, que conta com novos recursos que aumentam a integração entre os aplicativos disponíveis e facilitam sua utilização. O sistema ainda possui amplo suporte a funcionalidades de Internet, permitindo ao usuário a utilização dos principais serviços disponíveis na Web. Com excelentes navegadores, clientes de e-mail, programas de chat, mensagens instantâneas, oferecendo um pacote completo para acesso à Internet. É uma excelente plataforma para o acesso e gravação de múltiplos formatos de áudio, vídeo e outros recursos multimídia. Ele suporta os principais periféricos e uma vasta gama de softwares de jogos e produtos para comunicação audiovisual. Na parte de segurança, o Fedora 7 está preparado para comunicação segura, via e-mail, contendo assinatura digital, e com sites que possuem certificados digitais, emitidos pela ICP-Brasil ou autoridades certificadoras autorizadas. Há o OpenOffice em português do Brasil que é uma das mais completas suites de escritório disponíveis no mercado, possui ferramentas para edição de textos, planilha de cálculos, desenhos vetoriais e apresentações, além de ser compatível com o MSOffice. A distribuição apresente centenas de outras aplicações de uso totalmente livre. Bom, nem só de trabalho vive o homem, prova disso é o sucesso dos games dos mais variados gêneros que existem por aí. Mas porquê tanto sucesso? Por que as produtoras resolveram investir em tecnologia, enredo e design de games, tudo isso para cativar nós pobres mortais usuários. O sistema Linux traz excelentes jogos consigo, claro, vamos concordar que são simples mas mesmo assim já dá para gastar um tempinho na frente do micro, porém nós temos hoje uma outra realidade: LAN House, Cyber Cafés etc estão usando o sistema Linux em seus servidores pelo simples fato de ser mais confiável, rápido e seguro e também não precisar pagar R$ 5.000 (cinco mil) por um servidor dedicado em ambiente Windows. Isso sem contar que os melhores servidores para esse tipo de jogo com toda certeza é o Linux. Basta que você pergunte em uma LAN House que servidor eles usam. E se você quiser saber como é que se monta um servidor de Counter Strike por exemplo é só fazer uma pesquisa no google que você vai encontrar vários tutoriais ensinado com fazer isso de modo correto. Bom entretenimento. E a maioria dos melhores jogos ja estão sendo portados para o sistema Linux faz tempo, como por exemplo Herectic, Doom, Sim City, Quake (1,2,3 e 4), Half Life, Unreal e Unreal Tournament e até mesmo o Counter Strike um dos mais jogados jogos das LAN Houses hoje em dia e a qualidade é tão boa quanto em ambiente Windows pois hoje o Linux conta com um bom suporte com relação às placas 3D do mercado. Isso sem contar com os emuladores de vídeo games e computadores. 13

Treinamento Linux Administração, Redes e Serviços :: Counter Strike para Linux. O Linux já conta com todos eles, se você chegou a conhecer o MSX e quiser relembrar daquele tempoo Linux tem o emulador desse maravilhoso computador daquele época. Tem emulador de Atari, TK 2000, Apple, Amiga, NeoGeo, Snes, Game Boy, Play Station, Xbox (quem disse que não?), Dream Cast e por aí vai. Realmente o sistema Linux é um verdadeiro laboratório onde você não precisa pagar para construir um bomba e ela explodir na sua mão. Com esse sistema você tem oportunidade de aprendizado e de fazer as coisas acontecerem. Será que Linux é bom para você? O Linux é um bom sistema, você está migrando para ele do MS-DOS? Bom, será que você gostará dele como seu sistema? Alguns provedores adoram o Linux por ser um sistema operacional ótimo para a Internet/intranet. Mas e se você usa o Linux em um computador caseiro? Realmente, o Linux para quem está migrando do Windows é um sistema operacional difícil. Mas para quem quer se aventurar realmente nesse mundo, o Linux é uma boa idéia para você. Se você for uma pessoa que só quer as coisas prontas, recomendo não usar o Linux, pois você não usará o sistema realmente. Se você pretende ou já usa Linux, mesmo que seja a pouco tempo, prepare-se para se tornar um hacker, não um hacker mal, que que atrapalha a vida dos administradores de sistemas, mas sim, um hacker que possui conhecimento. Sistema Linux instalado com sucesso... e agora? Você acaba de instalar o Linux, com os pacotes desejados, programas legais, coisas interessantes, criou um usuário pra você (se ainda não, você deverá criar imediatamente) se logou (entrou no sistema) como esse usuário, informou a senha e agora está no prompt (caso seu Linux entre direto em modo texto) olhando para a tela neste exato momento, se perguntando: O que faço agora? Calma, vamos agora fazer um warm up (aquecimento), como fazer tarefas que você faria no MSDOS. Vamos comparar os dois sistemas, começar vendo o básico de tudo. Lembre-se de que o próximo capítulo é um apanhamento geral do resto da livro. Você pode encontrar coisas que não encontrará em outras seções. Aqui você vai encontrar o básico de tudo. Se quiser mais detalhes, veja também as outras seções do manual do Linux. É possível personalizar as telas de login para que elas fique do seu jeito, como por exemplo, o papel de parede oficial de sua empresa, a tipologia de letras, cores, ícones e mais algumas outra configurações. Após ter entrado no sistema, a filosofia é a mesma do ambiente Windows, ou seja, arrastar, copiar, mover, apagar, maximizar, minimizar e mais algumas particularidades que apenas o Linux possui, mas que você aprenderá rapidamente. Eu lhe aconselho a esquecer (se você puder, é claro) pelo menos por um mês o ambiente Windows, tente fazer tudo o que você faz no Windows em Linux, pelo menos a parte básica para começar. Claro que se você usar um aplicativo que só tem para Windows você não conseguirá fazer isso pelo menos por hora. Se você fizer isso, pode acreditar você vai descobrir que realmente existe um sistema operacional de verdade. 14

:: Tela padrão de login em modo texto do sistema Linux Exemplos de login em modo texto e em modo gráfico. :: Tela padrão de login gráfico usando o GDM (GNOME). 15

Treinamento Linux Administração, Redes e Serviços Anotações: 16

Capítulo 1 Semelhanças do Windows com o Linux Para quem já está acostumando com o MS-DOS (linha de comando) do Windows, o que nos dias de hoje é meio raro, usar o sistema Linux em modo texto em princípio pode parecer meio confuso. E daí vem aquela perguntinha: OK! Para que o modo texto se eu tenho o modo gráfico e lá eu faço tudo? Calma não entre em detalhes nesse caso, o próprio decorrer do aprendizado do sistema Linux mostra que em ambos os modos, texto e gráfico, você consegue respostas... Alguns usuários preferem o modo gráficos pois suas tarefas requer esse ambiente, outros usuários usam o modo texto pois é nesse modo que eles encontram agilidade e produção. No entanto, para aquelas pessoas que já conhecem informática há um bom tempo, o sistema Linux é muito mais fácil de aprender, pois o usuário já está acostumando com a linha de comando. No ambiente Linux nós temos os comandos do pacote mtools que são semelhantes (não iguais) com alguns comandos do MS-DOS. Para saber quais são basta digitar: # mtools mattrib, mcat, mcd, mcopy, mdel, mdeltree, mdir, mdu, mformat,,minfo, mlabel, mmd, mmount, mmove, mpartition, mrd, mren, mtype, mtoolstest, mshowfat, mbadblocks, mzip, mkmanifest, mcheck Para o usuário que somente conhece o Windows e nunca viu sequer uma linha de comandos em MS-DOS, o sistema Linux já é um pouco mais difícil, mas se falarmos de ambiente gráfico esse usuário praticamente não terá dificuldades nenhuma com o modo gráfico do Linux, pois a mesma filosofia do arrasta e solta também está presente aqui no ambiente do Linux. :: Tela padrão de prompt de comando do MS-DOS no Windows. O terminal (prompt) do Linux é, sem exageros, mil vezes mais poderoso do que o do Windows para quem souber usá-lo. Além do mais, o terminal que o usuário vê na máquina local na verdade pode estar em outra máquina chamando outro procedimento e atividade para poder trabalhar de um modo mais seguro e rápido. Isso o Windows não faz. Então a nossa conclusão é que se o usuário tiver um pouco de força de vontade, ele vai aprender o Linux sem muito esforço. 17

Treinamento Linux Administração, Redes e Serviços :: Tela personalizada de prompt de comando do Linux. Mas é bom lembrar-se de que isso é questão de tempo, não dá para aprender o Linux da noite para o dia, é preciso que tenhamos uma disciplina, que também entenda-se o propósito deste sistema operacional e que a cada dia ele muda suas características para que seja possível um amadurecimento. A nossa primeira conclusão é de que o modo prompt do Linux, além de muito mais bonito, é mais poderoso. Dentro de um mesmo terminal, é possível chamar em paralelo outro terminal, e, além do mais, é possível transparência, imagens de fundo, cores de fundo, tipologia de letras e controle cache de linhas; também é possível arrastar ícones do modo gráfico para dentro de um terminal, pois automaticamente será criado o caminho para que o usuário possa copiar o arquivo. Resumo dos comando mtools Embora você não vai usar agora esses comando pois eles serão usados a medida que você for adquirindo conhecimento, eu resolvi disponibilizá-los aqui: mattrib: Mostra e modifica os atributos de arquivos. mcat: Exibe informações da unidade de disquete em formato RAW. mcd: Igual ao cd normao, entra e sai de diretórios. mcopy: Faz cópias de arquivos. mdel: Exclui arquivos mdeltree: Apaga arquivos, diretórios e também sub-diretórios. mdir: Lista arquivos e diretórios da unidade de disquete. mdu: Mostra o espaço ocupado pelo diretório do MS-DOS. mformat: Grava uma fat no disquete. minfo: Mostra informações sobre a unidade de disquetes. mlabel: Cria um volume (label) para unidades DOS. mmd: Cria diretórios. mmount: Monta discos MS-DOS. mmove: Move ou renomeia arquivos/subdiretórios. mpartition: Particiona um disco para ser usado no DOS. mrd: Apaga um diretório e mren: Renomeia arquivos. mtype: Mostra o conteúdo de arquivos, parecido com o cat. mtoolstest: Exibe a configuração atual do pacote mtools. mshowfat: Mostra a FAT da unidade. mbadblocks: Procura por setores defeituosos na unidade. mzip: Ejeta discos em unidades ZIP. mcheck: Verifica arquivos na unidade. Vamos aprender aqui alguns comandos que encontram semelhança aos comandos do MS-DOS1. Vale lembrar que esses comandos são semelhantes, NÃO iguais. Isso quer dizer que se assemelham na sintaxe mas não são iguais, pois no sistema Linux os comandos são muito mais poderosos que os do ambiente MSDOS. 18

Arquivos de lote Se você é do tempo do MS-DOS deve lembrar que muitas vezes para automatizarmos nossas tarefas, a gente criava os famosos arquivos de lotes, que eram arquivos com uma seqüência de comandos e ser executados pelo computador. Desse jeito ficava mais fácil, pois simplesmente digitávamos o nome do arquivo e ele executa os comandos dentro dele. Esse arquivo deveria ter a extensão.bat. Mas no sistema Linux não temos esse tipo de extensão e é feito de outro jeito. Caso você queira criar seu arquivo de lote o qual a partir de hoje vamos chamar simplesmente de script, é simples. Crie um arquivo normalmente com a seqüência de comandos, esse arquivo pode ter ou não uma extensão, mas atentando para o seguinte detalhe de no início do arquivo ter a seguinte instrução #!/bin/bash ou #!/bin/sh ou #!/bin/csh etc. Isso aí informa ao Linux que será usado um desses interpretadores. Agora para executar o seu script você pode usar o comando source script-teste.sh, por exemplo. Você poderá também usar o comando chmod +rwx script-teste.sh. E para executá-lo use o comando./scriptteste.sh caso você esteja no mesmo diretório do seu script. Se você não estiver, copie-o para o diretório /bin assim não precisa usar o./ e nem o source, basta simplesmente digitar o nome do seu script. Equivalência de arquivos de configuração No sistema Windows nos temos os arquivos config.sys e autoexec.bat que arquivo de configuração desse ambiente. Nos tempos áureos do MS-DOS qualquer usuário com um pouco mais de experiencia já sabia mexer nesses arquivo e meio que fazer um afinação no sistema. Mas nos dias de hoje tem gente que nem sabe que isso existe. Já no sistema Linux a filosofia é diferente, além de não ser apenas dois, mas sim vários arquivos de configuração onde alguns, a gente mexe, outros a gente estraga :-), e alguns o próprio sistema Linux cuida disso. Esses encontram-se a grande maioria deles no diretório /etc que é o diretório onde ficam quase todos os arquivos de configuração do sistema Linux, somente para citar temos o inittab que cuida entre outras coisas dos terminais de conexão e inicialização em modo texto e em modo gráfico do sistema, temos também o arquivo fstab que vai cuidar dos pontos de montagem do sistema Linux e únúmeros outros arquivo de configuração. Listagem do arquivo /etc/inittab (inicialização)... # Default runlevel. The runlevels used by RHS are: # 0 - halt (Do NOT set initdefault to this) # 1 - Single user mode # 2 - Multiuser, without NFS # (The same as 3, if you do not have networking) # 3 - Full multiuser mode # 4 - unused # 5 - X11 # 6 - reboot (Do NOT set initdefault to this) id:5:initdefault: # System initialization. si::sysinit:/etc/rc.d/rc.sysinit su:s:wait:/sbin/sulogin l0:0:wait:/etc/rc.d/rc 0 l1:1:wait:/etc/rc.d/rc 1 l2:2:wait:/etc/rc.d/rc 2 l3:3:wait:/etc/rc.d/rc 3 l4:4:wait:/etc/rc.d/rc 4 l5:5:wait:/etc/rc.d/rc 5 l6:6:wait:/etc/rc.d/rc 6 # Things to run in every runlevel. #ud::once:/sbin/update # Trap CTRL-ALT-DELETE ca::ctrlaltdel:/sbin/shutdown -t3 -r now # When our UPS tells us power has failed, # assume we have a few minutes # of power left. Schedule a shutdown for 2 minutes from now. # This does, of course, assume you have powerd installed and your # UPS connected and working correctly. pf::powerfail:/sbin/shutdown -f -h +2 Power Failure; System Shutting Down 19

Treinamento Linux Administração, Redes e Serviços # If power was restored before the shutdown kicked in, cancel it. pr:12345:powerokwait:/sbin/shutdown -c Power Restored; Shutdown Cancelled # Run gettys in standard runlevels 1:2345:respawn:/sbin/mingetty tty1 2:2345:respawn:/sbin/mingetty tty2 3:2345:respawn:/sbin/mingetty tty3 4:2345:respawn:/sbin/mingetty tty4 5:2345:respawn:/sbin/mingetty tty5 6:2345:respawn:/sbin/mingetty tty6 #7:2345:respawn:/sbin/mingetty tty7 #8:2345:respawn:/sbin/mingetty tty8 #9:2345:respawn:/sbin/mingetty tty9 #10:2345:respawn:/sbin/mingetty tty10 #11:2345:respawn:/sbin/mingetty tty11 #12:2345:respawn:/sbin/mingetty tty12 # Run xdm in runlevel 5 # xdm is now a separate service x:5:once:/etc/x11/prefdm -nodaemon Listagem do arquivo /etc/fstab (pontos de montagem) /dev/hda5 / ext3 defaults 0 0 /dev/hda6 swap swap defaults 0 0 /dev/hda7 /home ext3 defaults 0 0 /dev/hda8 /usr ext3 defaults 0 0 /dev/cdrom /mnt/cdrom iso9660 defaults,user,noauto,ro 0 0 /dev/fd0 /mnt/floppy auto defaults,user,noauto 0 0 none /proc proc defaults 0 0 none /dev/pts devpts gid=5,mode=620 0 0 /dev/hda1 /mnt/winxp vfat user,owner,exec,dev,suid,rw 1 1 DICA: No sistema Linux a maioria dos arquivos de configuração de programas/aplicações costuma terminar com rc e criam diretórios que começam com., que são arquivos invisíveis no sistema Linux. Outra macete, tudo no sistema Linux é tratado como arquivo até mesmo os dispositivos de hardware. Equivalência nas portas de comunicação Alguns usuários mais técnicos que estão acostumados com as portas COM do MS-DOS acham estranho a nomenclatura usado no sistema Linux, mas é isso mesmo cada um tem a sua particularidade. Veja o quadro seguinte a qual nos mostra os dispositivos e portas de comunicação do Linux. MS-DOS WINDOWS LINUX DESCRIÇÃO A: /dev/fd0 Unidade de disquete. B: /dev/fd1 Unidade de disquete. C: /dev/hda1 Somente uma das partições do disco rígido. D: /dev/hdc ou /dev/cdrom Unidade de CD-ROM. E: /dev/sda4 ou /dev/zip Unidade de zip drive. LPT1 /dev/lp0 Impressora. LPT2 /dev/lp1 Impressora. LPT3 /dev/lp2 Impressora. COM 1 /dev/cua0 ou /dev/ttys0 Porta de comunicação 1. COM 2 /dev/cua1 ou /dev/ttys1 Porta de comunicação 2. COM 3 /dev/cua2 ou /dev/ttys2 Porta de comunicação 3. COM 4 /dev/cua3 ou /dev/ttys3 Porta de comunicação 4. 20

Você percebeu aqui é diferente mas não é difícil. Por exemplo o comando dir a: lista os arquivos do disquete em um ambiente MS-DOS/Windows e no sistema Linux poderá ser feito assim, supondo-se que o disquete está montado: ls -ls /dev/fd0. Calma que com o decorrer da leitura do livro você vai aprender tudo direitinho. Equivalência de comandos Alguns comandos do Linux são semelhantes aos do MS-DOS. Esses comandos fazem também, coisas semelhantes, como você já sabe tem os comandos do pacote mtools e agora temos também os comandos comuns. Mas eu já vou lhe avisando, use os comandos do Linux pois são muito mais práticos e poderosos. Com os comandos do sistema Linux você poderá montar shell scripts poderosos que poderão lhe ajudar no dia-a-dia. Isso do jeito que o Linux faz o MS-DOS nunca fez e nem vai fazer e no sistema Windows você vai ter que ter um programinha para cada coisa, ou seja vai entupir seu Windows de shareware e coisas desse tipo e depois não vá dizer que eu não avisei. Veja no quadro seguinte alguns comandos semelhantes do MS-DOS com Linux. MS-DOS LINUX DESCRIÇÃO backup tar -Mcvf Faz cópias de segurnança. cd cd Entra e sai de diretórios. copy cp Faz cópias de arquivos, também faz em modo recursivo. del rm Apaga arquivos. deltree rm -R Apaga arquivos em modo recursivo. dir ls, dir, vdir ou echo Lista diretórios. edit vi Executar um pequeno editor de arquivo texto. format fdformat, mformat, kfloppy ou gfloppy Formatação de disquetes. help man Executa a ajuda para um determinado cmando. md mkdir Cria diretórios. move mv Move arquivos ou renomeia arquivos (Linux). nul null Redirecionamento nulo. prn lpr Manda para a impressao. rd rmdir Apagar diretórios vazios. ren mv Renomeia arquivos (Linux). restore tar -Mxpvf Faz restauração das cópias de segurança. type less, more ou gless Permite ver conteudo de arquivo texto. win starx, kde, gnome ou xdm Executa o modo gráfico do sistema. Equivalência de redirecionamentos Assim como no MS-DOS, o sistema Linux também permite que você mande alguma coisa para algum lugar e isso pode ser um arquivo que poderá ser mandado para uma impressora, ou uma listagem do comando ls que irá para um arquivos de log etc, entendeu? O Linux trata o funcionamento dos recursos de direcionamento de entrada e saída do sistema de forma mais eficaz que o sistema MS-DOS e tem até mais recursos. O direcionador > Ele simplesmente redireciona a saída de um programa, comando ou script para algum dispositivo ou arquivo, em vez do dispositivo de saída padrão que é o seu monitor. Quando é usado com arquivos, esse redirecionamento cria ou substitui o conteúdo do arquivo. 21

Treinamento Linux Administração, Redes e Serviços Vejamos um exemplo: ls -laf /etc/rc.d/ > scriptslocais.txt A saída do comando ls -laf será enviada para o arquivo scriptslocais.txt, e quando usar o comando cat scriptslocais.txt, verá (nesse exemplo): total 56 drwxr-xr-x drwxr-xr-x drwxr-xr-x -rwxr-xr-x -rwxr-xr-x -rwxr-xr-x drwxr-xr-x drwxr-xr-x drwxr-xr-x drwxr-xr-x drwxr-xr-x drwxr-xr-x drwxr-xr-x drwxr-xr-x 11 60 2 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 4096 4096 4096 2875 785 1493 4096 4096 4096 4096 4096 4096 4096 4096 Set 10 12:03./ Set 29 11:16../ Set 11 00:35 init.d/ Fev 6 2003 rc* Fev 6 2003 rc.local* Mar 26 2003 rc.sysinit* Set 11 00:35 rc0.d/ Set 11 00:35 rc1.d/ Set 11 00:35 rc2.d/ Set 11 00:35 rc3.d/ Set 11 00:35 rc4.d/ Set 20 21:18 rc5.d/ Set 11 00:35 rc6.d/ Set 10 12:03 rcs.d/ O mesmo comando pode ser redirecionado para uma segunda console, ou seja, um terminal virtual, por exemplo /dev/tty5, assim ls -laf /etc/rc.d/ > /dev/tty5, então o resultado do comando ls -laf será mostrado no /dev/tty5. Agora, combine CONTROL+ALT +F5 e você verá o conteúdo lá. Mas lembre-se esse terminal deverá aceitar entradas nele. O direcionador >> Esse redirecionador faz a mesma coisa que o anterior, só que ele não apaga o conteúdo do arquivo, caso esse arquivo já exista; o que ele faz é adicionar o resultado na saída do arquivo. Vejamos um exemplo: ls /etc/rc.d/ >> scriptslocais.txt A saída do comando ls será adicionada ao final do arquivo scriptslocais.txt e quando você usar o comando cat scriptslocais.txt, verá (nesse exemplo): total 56 drwxr-xr-x drwxr-xr-x drwxr-xr-x -rwxr-xr-x -rwxr-xr-x -rwxr-xr-x drwxr-xr-x drwxr-xr-x drwxr-xr-x drwxr-xr-x drwxr-xr-x drwxr-xr-x drwxr-xr-x drwxr-xr-x init.d rc rc.local rc.sysinit rc0.d rc1.d rc2.d rc3.d rc4.d rc5.d rc6.d rcs.d 11 60 2 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 4096 4096 4096 2875 785 1493 4096 4096 4096 4096 4096 4096 4096 4096 Set 10 12:03./ Set 29 11:16../ Set 11 00:35 init.d/ Fev 6 2003 rc* Fev 6 2003 rc.local* Mar 26 2003 rc.sysinit* Set 11 00:35 rc0.d/ Set 11 00:35 rc1.d/ Set 11 00:35 rc2.d/ Set 11 00:35 rc3.d/ Set 11 00:35 rc4.d/ Set 20 21:18 rc5.d/ Set 11 00:35 rc6.d/ Set 10 12:03 rcs.d/ 22

O direcionador < Esse redirecionador direciona a entrada padrão de arquivo/dispositivo para um comando. Esse comando faz o contrário do anterior, ele envia dados ao comando. Vejamos um exemplo (o resultado será o mesmo de que cat scriptslocais.txt): cat < scriptslocais.txt O direcionador O pipe, pronuncia-se paipe, também é chamado de duto, simplesmente envia a saída de um comando para a entrada do próximo comando para continuidade do processamento. Os dados enviados são processados pelo próximo comando, que mostrará o resultado do processamento. Vejamos uns exemplos: locate html more ou locate html less locate find grep bin/ more Você poderá usar mais de um comando de redirecionamento <, >, em um mesmo comando para atingir um melhor resultado. Qual é a diferença entre o e o >? É muito simples, a diferença entre o e o > é que o pipe envolve processamento entre comandos, pois comandos trabalham juntos para atingir um resultado, ou seja, a saída de um comando é enviado a entrada do próximo, e o > redireciona a saída de um comando para um arquivo e/ou dispositivo. O comando tee Outro exemplo de direcionamento, o comando tee é muito interessante pois enquanto você vê o resultado no monitor, ele já vai gerando o arquivo com a saída vista no monitor, e o comando teve deve ser usado com o pipe. Vejamos alguns exemplos: locate html tee todos_html.txt tar -zxpvf teste-1.0.i386.tar.gz tee install_teste.log Exemplo de uso o redirecionadores O modo mais usado de redirecionamento é quando vamos criar um log do resultado da saída de um programa ou quando vamos imprimir um arquivo via linha de comando. Acompanhe alguns exemplos: cat musica.mp3 >/dev/sound, cat arquivo1.txt > /dev/lp0 cat < arquivo1.doc > /dev/lp0 cat arquivo1.txt tee /dev/lp0 car arquivo1.doc lpr, make tee make.log dmesg lpr, cat /etc/passwd gless Particularidades do sistema Linux O sistema Linux é um sistema multiusuário mesmo que ele esteja instalado em um único computador. Depois de instalado poderá ser configurado para ter mais de um IP, você poderá fazer login várias vezes no sistema, poderá fazer ftp e telnet em você mesmo, poderá aprender a fazer invasão em você mesmo treinando assim suas aptidões para hacker etc. Podemos executá-lo remotamente onde o processo pesado é feito pelo servidor e é nos enviado apenas a tela do sistema, isso é útil quando usamos micros fracos e servidores parrudos. Podemos até mesmo imprimir remotamente pela Internet em qualquer lugar do mundo e também podemos fazer ripagem de CD s via Internet a partir de qualquer lugar do mundo. Depois que você instalou o Linux e a máquina for reinicializada, você deverá escolher um sistema operacional, acho que no seu caso você terá o Windows (95/me/xp/2000) e o Linux. Que permite que você escolha esse sistema operacional ou é o LILO Linux Loader ou o GRUB Grand Unified Boot Loader que são responsáveis pelo carregamento dos sistemas operacionais. 23

Treinamento Linux Administração, Redes e Serviços :: GRUB Permite a escolha do sistema operacional. :: LILO Um dos mais populares, também permite a escolha do sistema. Se você não escolher um sistema operacional que vai usar o GRUB/LILO automaticamente poderá carregar o Linux ou o Windows dependendo de como você o configurou. Antes de você entrar no sistema, acho que você já percebeu que aparece uma serie de informações sobre o que o Linux está fazendo. Algumas coisas dão OK, outra PASSOU e outras FALHOU, não se preocupe com isso, pois é apenas o reconhecimento de hardware que ele está fazendo em seu computador. Por exemplo se sua placa de rede estiver funcionado e você configurou para ser levantada junto com a inicialização, o Linux testa isso e poderá aparecer OK ou FALHOU. Se você quiser dar uma olhada nessas informações mais tarde use o comando dmesg. DICA: Em algumas distribuições existe um mecanismo de segurança que te alerta sobre eventuais tentativas de entrada no sistema por intrusos usando seu login, faça um teste: entre com seu login e digite a senha errada, na segunda vez entre com a senha correta no sistema. Na penúltima linha das mensagens aparece uma mensagem "1 failure since last login", o que quer dizer "1 falha desde o último login". Isto significa que alguém tentou entrar 1 vez com seu nome e senha no sistema, sem sucesso. Diretórios No sistema Linux os diretório são identificados por uma / e não por uma \ como acontece no MS-DOS. Para entrar no diretório /adilson do diretório home digite o comando cd /home/adilson. Os comandos são case-sensitive, letras maiúsculas são diferentes de letras minúsculas minúsculas. Como o sistema Linux oferece recursos multiusuário pois ele nasceu sobre o TCP/IP, como a Internet, então você poderá logar no seu sistema de qualquer parte do mundo, desde é claro que isso esteja configurado. 24

Terminais Virtuais Os Terminais Virtuais simulam outro computador, com login e tudo para isso use a combinação de tecla CONTROL+ALT+Fn, onde n é uma das 12 teclas de função. Caso você já tenha aberto vários terminais poderá fazer assim ATL+ð e ATL+ï para mudar rapidamente de um para outro. Reinicializações Para reiniciar o computador, você pode pressionar CTRL+ALT+DEL (como usuário ) ou digitar o comando shutdown -r now. Porém é possível combinar essa combinação para fazer outras ações no sistema Linux. Para sair do modo gráfico e voltar ao modo texto ou voltar ao login do modo gráfico você poderá combinar CONTROL+ALT+ BACKSPACE. Porém se você tiver uma torre ATX dessas modernas, seu computador será desligado sem dó em menos de 1 segundo. Ou então usar a seqüência normal para desligar o computador pelo modo gráfico ou digitar shutdown -h now e esperar o aparecimento da mensagem Power Down agora mete o dedo no botão desligar do seu computador. Como pedir ajuda no mundo Linux? Bom, há 4 (quatro) maneiras de se pedir ajuda. Quer saber? 1. A primeira é você mesmo... faça as perguntas e se vire, corra atrás, RTFM, ou seja, leia as páginas de manual. 2. A segunda é perguntar para seu amigo do lado ou o vizinho. :) 3. A terceira é a Internet com suas listas, chats, forums, how-to s e minis, receitas de bolo etc. 4. A quarta é a que eu lhe aconselho pois você está lendo esse livro que foi feito pensando em você (posso te bajular um pouquinho né?) é pedir ajuda ao sistema. Nesse ponto o sistema Linux é bem nosso amigo sabia? É, tem ajuda para tudo, para comandos, para configuração, para modo texto e modo gráfico, tem tutoriais e mais um monte de coisas legais que você poderá usar. Porém, é claro, você somente terá isso se você instalar esses recursos, com páginas de manuais, tutoriais, how-to s etc. Páginas de manual (man pages) No sistema Linux, quase todos os comando tem sua página de manual, o que é um averdadeira mão na roda pois é muito rápido o aprendizado. Também é possível redirecionar a sáida da ajuda de um comando para um determinado arquivo, para que mais tarde possamos ler com mais calma ou quem sabe fazer o nosso próprio resumo de comandos. Exemplo: man cat colcrt > cat.txt, criamos o arquivo formato texto chamado cat.txt; mais tarde, poderemos formatá-lo do nosso jeito. Esse arquivo texto conté a saída do comando man cat, é útil se nós estivermos fazendo uma apostila ou coisa parecida. Exemplo de ajuda com o comando man cp. CP(1) NOME cp - copia arquivos e diretórios SINOPSE cp [opções] arquivo caminho cp [opções] arquivo... diretório Opções POSIX: [-fiprr] Opções GNU (forma reduzida): [-abdfilprsuvxpr] [-S SUFFIX] [-V {num-bered, existing,simple}][ sparse=when] [ help] [ Version] DESCRIÇÃO cp copia arquivos (ou, opcionalmente diretórios). Você pode copiar uma arquivo para um destino fornecido, ou copiar arbitrariamente muitos arquivos para um diretório destino. Se o último argumento de nome é um diretório existente, cp copia cada arquivo origem para aquele diretório (com o mesmo nome). De outraforma, se somente dois arquivos são fornecidos, ele copia o primeiro para o segundo. É um erro se o último argumento não for um diretório e mais que dois argumentos serem fornecidos.... Para que você entenda melhor essa idéia do comando man você poderá observar que o diretório /usr/man é diretório com a documentação do sistema (normalmente em inglês) e a documentação de praticamente todas as distribuições está organizada dessa forma, em subdiretórios da seguinte forma: 25

Treinamento Linux Administração, Redes e Serviços man1: man2: man3: man4: man5: man6: man7: man8: man9: manl: mann: Comandos de usuário Chamadas do sistema Chamadas de bibliotecas Dispositivos Formatos de arquivo Jogos Diversos Comandos do sistema Chamadas internas do kernel Comandos SQL Comandos Tcl/Tk Para visualizar o conteúdo da documentação pode-se usar os comandos man como nós já vimos ou o comando groff. Por exemplo, para obter informações sobre o comando ls, usamos o comando man ls ou então o comando groff -Tascii -man /usr/man/man1/ls.1 less. Outros lugares onde você encontra os arquivos de ajuda do sistema é: /usr/man/pt_br: É o diretório com a documentação em português do Brasil. /usr/man/es: É o Diretório com a documentação em espanhol. /usr/man/fr_fr: É o Diretório com a documentação em francês. Páginas de informação (info pages) Esse método é semelhante ao das páginas de manual, mas é usada navegação entre as páginas de informações. Use ENTER sobre uma palavra em destaque, para que a info page carregará a ajuda necessária. A info page é útil quando sabemos o nome do comando e queremos saber para o que ele serve. Ajuda on-line do sistema No sistema Linux, quando nós precisamos de ajuda para um determinado comando, fazemos mais ou menos com no MS-DOS, ou seja, digitamos o comando com um parâmetro para ajuda, como exemplo cat --help ou cat -h, isso vai trazer a ajuda do comando cat. Mas fique atento pois nem todos os comandos lhe fornecerão ajuda através desse método. Você só vai saber quais são no decorrer do uso do sistema. Documentos HOWTO s do sistema Os documentos how-to s são os documentos em formato texto, html, etc, que tem salvado muita gente de dores de cabeça porque que nos ensinam como fazer determinada tarefa ou como um programa funciona. Eles fornecem explicações detalhadas desde como usar o o interpretador de comandos até sobre como funciona o modem winmodem (o que ultimamente tem sido muito procurado) ou como montar um servidor Internet/Intranet completo. Os HOWTO s podem ser encontrados no diretório do projeto de documentação do GNU/Linux (LDP) em ftp://metalab.unc.edu/pub/linux/docs/howto/ ou traduzidos para o Português pelo LDP-BR em http://ldp-br.conectiva.com.br//comofazer. Caso tenha optado por instalar o pacote de HOWTO's de sua distribuição Linux o que já vem na instalçao quando você os marca podem ser encontrados em: /usr/doc/how-to. Documentação dos programas A documetação de programas, eu acho que nem seria necessário lembrar, né gente? São os manuais em formato.txt,.doc,.rtf,.htm e.pdf os quais ninguém lê e depois ficam que nem uns loucos (no bom sentido, é claro) perguntando para meio mundo como que faz isso, como é que faz aquilo etc. FAQ s do sistema A FAQ são as perguntas e respostas mais freqüentes e que são fáceis de serem entendidas. É uma boa idéia sempre que você puder dar uma olha nas FAQ s (desde que você as tenha instalado). Por exemplo: Como faço para formatar um disquete? Isso seria uma FAQ ou seria um How-to? Bom, quem perguntou primeiro fui, então se vire? :-) Ajuda pela internet Agora vem o lado mais maravilhoso, ou o que uma amiga minha que também é fera em Linux costuma falar: O lado sugão da força!. Bom, opiniões a parte, na Internet, se você quiser disciplinas e coisa séria para aprender tem um monte de gente disposta a lhe ensinar e de grátis. Você tem os chats, lista de discussão, news group, enfim um monte de lugar. Experimente usar o www.google.com.br, e digite ali uma pequena dúvida e você verá centenas de links sobre aquele assunto. Não tem como não aprender. Também com mais de 10.000 (dez) mil 26

servidores espalhados pelo mundo até eu. Quer algumas listas? OK! linux-br@unicamp.br, dicasl@unicamp.br etc. Vá com calma na hora de assinar uma lista senão você vai boa parte de seu dia lendo a lista ao invés de usá-la de um modo mais eficiente. Você também encontrará vasto material para pesquisa e estudos em: Antispam BSD LinuxIT Bytes e Artes CIPSGA ComLinux Comunidade Linux DBTH Debian-CE Dicas-L DicasLinux Elevador ForumNordeste FreeCode BR Freshmeat GentooBr Gildot GuaraLinux Guia fo hardware GULSAP IGLU Linux na Rede Linux Single Linux Today Linux Weekly News Linux World LinuxAyuda LinuxBH LinuxBSD LinuxClube LinuxDicas LinuxFacil LinuxHard LinuxInfo LinuxPlace LinuxRapido LinuxSecurity OLinux OpenCode PontoBR Portal do Linux Slashdot UnderLinux VivaOLinux www.antispam.org.br http://bsd.linuxit.com.br www.byteseartes.com.br www.cipsga.org.br www.comlinux.com.br www.comunidadelinux.com.br http://dbth.net www.debian-ce.org www.dicas-l.unicamp.br www.dicaslinux.com.br www.elevador.org www.forumnordeste.com.br http://freecode.linuxsecurity.com.br http://freshmeat.net www.gentoobr.org http://gildot.org www.guaralinux.com.br www.guiadohardware.net.br www.gulsap.kit.net www.linuxiglu.cjb.net www.linuxnarede.org http://linux.novatrento.net http://linuxtoday.com http://lwn.net http://linuxworld.com www.linuxayuda.org www.linuxbh.org www.linuxbsd.com.br www.linuxclube.com www.linuxdicas.com.br www.linuxfacil.hpg.com.br http://linuxhard.webcindario.com www.linuxinfo.com.br www.linuxplace.com.br www.linuxrapido.linuxdicas.com.br www.linuxsecurity.com.br www.olinux.com.br www.opencode.com.br http://pontobr.org www.portaldolinux.org http://slashdot.org www.underlinux.com.br www.vivaolinux.com.br DICA: OK! Agora você não pode falar que eu não lhe ajudei, né? Você também poderá consultar o The Linux Manual de autoria do Hugo Cisneiros e o Guia Foca GNU/Linux de autoria do Gleydson Mazioli da Silva em www.cipsga.org.br e também poderá acessar o rau-tu da Unicamp em www.rautu.unicamp.br/linux/, aqui também você aprenderá um monte de coisas sobre o sistema Linux e por último eu lhe indico www.guiadohardware.net do Carlos morimoto, lá você encontrará inúmeras dicas para sair fera no sistema Linux. Como pedir ajuda pelo modo gráfico? Do mesmo modo que você faz pelo modo texto também poderá fazer pelo modo gráfico basta abrir um terminal e digitar os comandos lá dentro ou então se você precisar ler um manual em pdf ou postscript poderá usar o xpdf para ler nesse formato ou o konqueror que ao mesmo tempo é navegador de disco, é navegador de Intermet, e é também leitor de arquivos postcript e pdf. Dependendo de sua distribuição você poderá encontrar um pequeno utilitário chamado xman, que nada mais é do que um leitor de man pages páginas de manual no modo gráfico. Também pela Internet você poderá encontrar outros utilitários feitos para esse fim, mas aí você vai ter que procurar. Caso você encontre um legal, mande-me um email, ou então divulgue-o nas listas ou fóruns. 27

Treinamento Linux Administração, Redes e Serviços O método clássico de pedir ajuda do sistema Windows através do pressionamento da tecla [F1] também existe aqui no Linux, porém não são todos os programas que têm ajuda lembre-se disso. No ambiente KDE quando você pressiona a tecla [F1] ele abrirá uma tela padrão de ajuda, é por ela que você pedirá ajuda para todo o sistema. O konqueror do ambiente KDE tem mil e uma utilidades permite abrir uma série de formatos de arquivos e tem suporte parea vários tipos de plug-ins. O KDE possui um ótimo sistema de ajuda, semelhante ao do Windows, mas para usá-lo por completo você precisará instalar a documentçaõ dos programas, as páginas de manual etc. Pois o que ele faz é ler tudo isso para dentro do sistema de ajuda dele. Experimente abri um aplicativo do KDE e depois pressiona F1 ou use o menu para pedir ajuda. Você vai perceber que ele não está todo em português por o sistema de ajuda de alguns programas está en Inglês, entendeu? O Konqueror é o principal gerenciador de arquivos do Linux ele pode ainda ser usado como leitor de man-pages e páginas info. Para isso basta digitar na barra de localização do Konqueror a palavrachave man: seguida do nome da página de manual que você quer buscar. O Konqueror irá mostrando as opções disponíveis à medida que você for digitando o nome. De maneira semelhante você pode visualizar páginas info dentro do Konqueror. Apenas troque a palavra-chave por info: e informe a página info que deseja. A vantagem de utilizar o Konqueror para visualizar essas páginas é que ele apresenta as páginas em cores e facilita a navegação entre elas. O konqueror também poderá fazer busca para você usando mecanismos de ferramentas de busca na Internet. As principais palavras-chave que já vêm junto com o Konqueror são: 1. 2. 3. 4. 5. av: Para o AltaVista gg / google: Para o Google dj / deja: Para o Deja lycos / ly: Para o Lycos seek: Para o Go.com Para isso basta digitar por exemplo: av:linux tutoriais quando você estiver conectado a Internet que será feita uma busca por linux tutoriais usando o mecanismo do AltaVista. Criação de um banco de dados para obter ajuda do sistema Como já estamos sabendo, o sistema Linux é bastante versátil quando quer nos ajudar, mas nós também precisamos fazer a nossa parte, e isso quer dizer que, para alguns casos, deveremos criar um banco de dados para que o sistema Linux faça pesquisa nesse banco de dados a fim de nos fornecer as informações de que precisamos. O primeiro comando que deveremos usar depois que nossa instalação de um sistema Linux está instalado é o comando updatedb. Esse comando atualiza um banco de dados que contém o local e o nome de todos os arquivos em seu sistema. Esse comando ainda poderá criar o banco de dados dos seus arquivos locais e/ou remotos, porém tome cuidado se você for usá-lo em rede com compartilhamentos, pois o seu banco de dados poderá ficar gigantesco e nem sempre (é raro) você precisará ter esse gigantesco banco de dados. Lembre-se também de que a sua partição Windows local também não é interessante estar cadastrada em seu banco de dados, pois raramente você precisará via Linux encontrar um arquivo na partição do seus Windows local. Caso isso venha a ocorrer, nada melhor que o bom e velho comando find para ajudá-lo. Você deverá usar o comando df para saber quais são os pontos de montagem ativos no sistema e saber qual deverá entrar ou não em seu banco de dados. Uso do comando df sem argumentos e com os pontos de montagem: # df Filesystem /dev/hda5 /dev/hda7 /dev/hda8 /dev/hda1 1k-blocks 1510032 248895 37763 7495052 20472816 Used 441328 991996 198282 1522064 4957632 Available 31% 16% 5592252 15515184 Use% Mounted on / /home 22% /usr 25% /mnt/winxp O que percebemos aqui é que os pontos de montagem: /mnt/floppy, /mnt/cdrom, /mnt/winxp etc, pela lógica, não devem ser incluídos nesse banco de dados. Então, como é que poderemos evitar isso? Simples, use assim: 28

# updatedb --prunepaths= /mnt/floppy,/mnt/cdrom Mas isso é se esses pontos de montagem estão montados, caso contrário não será preciso. O argumento --prunepaths é usado para os diretórios que não deverão ser incluídos. O padrão é /tmp, /usr/tmp, /var/tmp. Já o argumento --netpaths é usado para os diretórios de rede (NFS, AFS, RFS etc) que deverão ser incluídos. E, por final, o argumento --output=dbfile refere-se ao arquivo de base de dados que você quer construir como arquivo alternativo. O padrão usado é /usr/local/var/locatedb. Caso você queira personalizar um pouco esse método de pesquisa poderá alterar o arquivo /etc/ updatedb.conf que é responsável por algumas configyrações. Veja a listagem do conteúdo desse arquivo: # Onde começar a base de dados. FROM="/" # Quais diretórios serão excluidos. # O /home e / são automaticamente exluidos. PRUNEPATHS="/proc,/tmp,/var/tmp,/usr/tmp,/net,/afs,/mnt" # Nivel de segurança: # 0 Checagem de segurança desativado, # assim a pesquisa é mais rápioda. # 1 Checagem de segurança ativado. Esse é o padrão. SECURITY="1" # Modo verbose ativado (YES) ou desativado (NO). VERBOSE="YES" # Local que será gavado o banco de dados. DATABASE="/var/lib/slocate/slocate.db" # Quais sistemas de arquivos serão escluidos da pesquisa? PRUNEFS="nfs,smbfs,ncpfs,proc,devpts,supermount, vfat,iso9660,udf,usbdevfs,devfs" Bom, depois de tudo isso, agora você poderá usar o comando: locate para encontrar os arquivos sobre os quais deseja obter informações (caminho, documentos, manuais e compartilhamento). Veja o exemplo de localização da ocorrência do comando locate: # locate locate /usr/bin/locate /usr/bin/slocate /usr/share/doc/html/en/kcontrol/kcmlocate.docbook /usr/share/man/pt_br/man1/locate.1.gz /usr/share/man/pt_br/man1/slocate.1.gz /usr/share/man/man1/locate.1.gz /usr/share/man/man1/slocate.1.gz /usr/share/man/man5/relocated.5.gz /usr/share/man/es/man5/locatedb.5.gz /usr/share/gnome/help/gsearchtool/c/figures/locate.png /usr/share/gnome/help/gsearchtool/c/locate.html /usr/share/gnome/help/gsearchtool/es/figures/locate.png /usr/share/gnome/help/gsearchtool/es/locate.html /usr/share/gnome/help/gsearchtool/it/figures/locate.png /usr/share/gnome/help/gsearchtool/it/locate.html /etc/cron.daily/slocate /etc/postfix/relocated /var/lib/slocate /var/lib/slocate/slocate.db /var/lib/slocate/slocate.db.tmp /var/www/default/manual/mod/mod_php4/function.imagecolorallocate.html /var/www/default/manual/mod/mod_php4/function.imagecolordeallocate.html A grande vantagem é que a pesquisa não é feita em seu disco rígido, e sim no arquivo de base de dados, o que é extremamente veloz. Ok! No entanto, isso não é tudo. Nós já sabemos que o comando man permite acessar ao manuais do sistema, acabamos de aprender a importância da dupla updatedb e locate, porém se não soubermos o nome certo de um comando para pedirmos ajuda estaremos com problemas. 29

Treinamento Linux Administração, Redes e Serviços Então, para isso vamos aprender mais três comandos: 1. makewhatis: Cria um arquivo de dado para ser usado pelo whatis. 2. apropos: Pesquisa base de dados por descrição de função. 3. whatis: Pesquisa base de dados. Suponhamos a seguinte situação, na qual você quer saber quais são os comando/programas que executam a tarefa de compilação em seu sistema. Proceda então da seguinte maneira: # makewhatis # apropos compiler cccp cccp [cpp] compile_et cpp cpp [cccp] g++ [gcc] gcc tic (1) - The GNU C-Compatible Compiler Preprocessor (1) - The GNU C-Compatible Compiler Preprocessor (1) - error table compiler (1) - The GNU C-Compatible Compiler Preprocessor (1) - The GNU C-Compatible Compiler Preprocessor (1) - GNU project C and C++ Compiler (gcc - 2.95) (1) - GNU project C and C++ Compiler (gcc - 2.95) (1m) - the terminfo entry-description compiler Analizando o resultado acima: o comando makewhatis criou a base de dados (semelhante ao comando man -k) e depois usamos o comando apropos compiler para saber quais são, então os comandos/programas que executam a tarefa de compilação. Veja outro exemplo: # apropos tcl catclose [catopen] (3)- open/close a message catalog setclock (8)- sets the hardware clock from the system clock tclsh (1)- Simple shell containing Tcl interpreter Experimente agora usar o comando: apropos copy e você receberá uma lista com vários comandos/programas que trabalham com cópias em seu sistema; compare com o comando whatis cp. O primeiro comando exibe uma lista enorme, e o segundo simplesmente o informará o que faz o comando cp. Compare também o resultado dos comandos: apropos gimp e whatis gimp. Se preferir, crie dois arquivos textos ( gimp-apropos.txt e gimp-whatis.txt ) e depois rode o comando diff sobre eles (diff gimp-apropos.txt gimp-whatis.txt) para comparar quais são as diferenças entre esses arquivos. Para finalizar, vamos aprender mais dois comandos muito úteis: 1. whereis: Encontra arquivos binários, fonte e man page de um comando. 2. file: Informa o tipo de um arquivo. Vejamos os seguintes exemplo: # whereis cp cp: /bin/cp /usr/share/man/man1/cp.1.gz # file /bin/cp /bin/cp: ELF 32-bit LSB executable, Intel 80386, version 1 (SYSV), dynamically linked (uses shared libs), stripped No primeiro exemplo com o comando whereis cp, nós encontramos o executável (binário) cp e os arquivos de páginas de manual (man page). No segundo exemplo com comando: file /bin/cp, descobrimos que ele é um ELF (executável padrão Linux) e outras informações. Veja mais um exemplo: # file /var/www/icons/world2.png /var/www/icons/world2.png: PNG image data, 20 x 22, 4-bit colormap, non-interlaced Aqui descobrimos que o arquivo world2.png é uma imagem.png verdadeira, em tamanho de 20 x 22 pixels que usa 4 bit de cor. Bom, agora você não tem mais desculpas, meu querido amigo leitor; deixe essa timidez de lado e saia pelo sistema afora (ou seria adentro?) pedindo ajuda para aprender mais. 30

Semelhanças do Windows com o Linux Para aqueles usuários que estão acostumados com o ambiente Windows e sempre vêem a mesma cara desse ambiente e quando, no máximo, colocam alguns temas para melhorar a aparência do seu desktop, vão se sentir em casa quando estiverem usando o modo gráfico do Linux com um milhão de vantagens. Imagine se o prompt (modo console) do Linux é muito mais poderoso, quem diria do ambiente gráfico, que na verdade existem vários ambientes para todos os tipos e gostos de usuários e também para micros menos potentes e micros parrudos. Ele tem interface gráfica que roda até em AT-386 com 4 mb de RAM, é mole? Mas há interfaces que você vai precisar de um computador com bastante memória. :: A Área de trabalho do Windows. :: A Área de trabalho do Linux (Gnome) 31

Treinamento Linux Administração, Redes e Serviços Acreditem ou não, meu computador tem 1 GB de RAM e algumas vezes aparece uma mensagem no Windows informado que meu sistema não tem mais recursos e está sem memória, é mole? Em contra partida meu outro micro é um modesto K6II com 64 mb de RAM nunca faltou memória no Linux com ele e eu uso um monte de coisas, é telnet daqui, é ftp dali, é mp3 acolá e o micrinho vai que vai. Mas o que importa é que a partir de um 386, você poderá ter o sistema Linux com modo gráfico e tudo; agora diga-me se é possível instalar o Windows 98 em um 386 com 4 mb de RAM? Então, agora você que começou a ler este livro já deve estar pensando como deve ser poderoso e gostoso de usar um sistema operacional que nos dá tantas possibilidades desse jeito. E isso ainda não é tudo. É possível usar o sistema Linux em micros sem disco rígido. Como assim? Há distribuições que cabem em apenas alguns disquetes ou em apenas um disquete e isso, só para começar, vem até com modo gráfico. Mas calma lá, é claro que o modo gráfico não é um presente, porém é um modo gráfico simples que vai servir para que o usuário possa trabalhar e executar programas simples que estão no disquete. Logo, se o usuário precisar de programas complexos, essas mini distribuições também garantem suporte a rede e o usuário terá todo o poder que um micro com o sistema Linux completo pode fazer. Por exemplo, vamos supor que um usuário qualquer precise executar o programa gimp (semelhante ao Adobe PhotoShop, só que é gratuito e vem no CD-ROM do sistema) para trabalhar com imagens mas não tem o gimp no disquete, ele poderá perfeitamente compartilhar o programa com uma outra máquina conectada em rede e então executar o gimp. Bom, entre os dois sistemas há muitas semelhanças úteis mas quando as vantagens começam a aparecer o Linux leva vantagem pois nós já sabemos que ele e seus inúmeros aplicativos são desenvolvidos para resolver as necessidades dos usuários e não como mais um produto numa prateleira de livraria, entendeu? Quer um bom começo para saber do que eu estou lhe falando? Você que usa o ambiente Windows, toda hora está usando o Windows Explorer, o qual também sabemos que mudou muito e está bem melhor o seu uso. :: Windows Explorer, gerenciador de arquivos do Windows. No entanto a partir do momento que você começar a usar o Linux em modo gráfico com a interface KDE pode exemplo, vai perceber que a filosofia básica de se trabalhar com janelas é a mesma, porém o Linux apresenta algumas vantagens como por exemplo um simples papel parede ele não precisa obrigatoriamente se copiado para seu computador, você pode usar um papel de parede remoto o qual pode estar localizado na sua rede ou na Internet. O gerenciador de arquivos tem 1001 (mil e uma) utilidades. Com ele podemos gerenciar arquivos locais e remotos, podemos fazer ftp, podemos ler arquivos html e XML, navegar na Internet, ouvir músicas, assistir filmes e copiar até CD s e DVD s. Com o Konqueror podemos trabalhar com nossas pastas com a filosofia de abas, o que torna-se muito mais produtivos quando precisamos navegar por várias pastas para consultas de arquivos. Temos também um mini shell nele onde podemos digitar nossos comandos tendo como acompanhamento a visualização das pastas acima. E ainda no caso do KDE podemo configurá-lo para trabalhar como a filosofia do Mac OS com a mutante de menu no topo da tela. 32

:: Konqueror (KDE), um dos melhores utilitários do sistema. Os gerenciadores de janelas do Linux A ambiente gráfico no sistema Linux, é chamado de X ou X11, e/ou X Window. Pelo amor de Deus, esse Window aí é porque trabalha-se com janelas, viu? Não vá me falar: Ah! Então é igual ao Windows. Por favor não ofenda o Linux de jeito, ele não lhe fez nada, aliá ele poderá fazer tudo para você. Então o que é esse tal de X Window? Simples, ele é um sistema gráfico de janelas que roda em uma grande faixa de computadores, máquinas gráficas e diferentes tipos de máquinas e plataformas Unix e entenda aqui, Linux. Ele pode tanto ser executado em máquinas locais como remotas através de conexão em rede. Uma coisa muito interessante de ser feita e que fica muito legal é que também você poderá impressionar os seus amigos é a seguinte: Executar o modo gráfico usando dois monitores simultaneamente, assim o seu Firefox poderá ficar no monitor direito e os seus trabalhos ficarão no monitor esquerdo, e você passa de um para o outro simplesmente arrastando o mouse para o canto da tela. O Windows não faz isso, pois ele é um gerenciador local de janelas e nem mesmo é servidor de modo gráfico, já começa por aí. Até o modo gráfico do Linux já nasceu como servidor. AfterStep Baseado no FVWM, o Afterstep junta características de vários gerenciadores, como, por exemplo, a área dock do Window Maker, e é totalmente configurável e possui excelentes temas que você poderá baixar livremente da Internet para a sua estação de trabalho. Como o GNOME, possui um monte de temas que, bem escolhidos, podem deixá-lo com um visual muito bonito. Caso você queira a criar temas para o AfterStep veja em www.themes.org e procure por script do AfterStep Também é um gerenciador muito leve e rápido. O gerenciador de janelas Wiundow Maker teve seu inicio inspirado no Aftaer Step e depois tomou outro rumo para ter sua própria filosofia de gerenciamento. BlackBox A grande preocupação dos desenvolvedores dessa interface é a minimização do uso dos recursos da máquina, fornecendo assim uma interface simples e rápida, que suporta também aplicativos do KDE. Por incrível que pareça, ela gasta menos de 1 mb de memória. É extremamente veloz e todos os programas têm um ganho de performance incrível com esta interface. O Black Box é ideal para você usar em redes com micros não muito potentes, pois como ele é leve, todas as aplicações serão carregadas e execuradas mais rapidamente, além do mais existem temas muito bonitos para ele que você pode baixar da Internet e depois é só configurar as máquinas e tudo ficará lindo e maravilhoso. Enlightenment Compatível com o GNOME e com o KDE, este gerenciador possui muitas funcionalidades que agradam aos usuários em geral: configuração de teclas de atalho e de área de trabalho, ferramenta de dicas, suporte a temas, enfim, ele pode ser totalmente configurável. O Enlightenment em sua última versão tem se mostrado mais ágil e mais rápido em seu carregamento além de inúmeros epplets, semelhantes a aplicativos que são executados como ícones e que devolve informações na tela quando clicados. O Enlightenment é o gerenciador de janelas mais bonito que existe para o sistema Linux, quando bem escolhido um tema, é claro. A criação de temas para o Enlightenment é considerada difícil ou trabalhosa 33