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MOÇAMBIQUE Perspectiva de Segurança Alimentar Julho a Dezembro de 2015 Seca e condições de seca contínua contribuem para condições de estress no sul DESTAQUES A maioria das famílias rurais no país encontra-se actualmente com Mínima insegurança alimentar aguda (IPC Fase 1). As famílias conseguem satisfazer as suas necessidades alimentares básicas através duma contínua disponibilidade de alimentos nos mercados, acesso a uma variedade de alimentos de produção própria, bem como alimentos da produção pós-cheias, e em alguns casos da produção da segunda época. No entanto, as famílias muito pobres em algumas das zonas afectadas pela seca em partes das províncias de Inhambane, Gaza e Sofala enfrentam condições de estresse de insegurança alimentar aguda (IPC Fase 2) e necessitam de assistência humanitária para a protecção das suas formas de vida básicas. A época de escassez está prevista a começar em algumas zonas do país, em Setembro, um mês mais cedo do que a média. De Julho a Dezembro, a situação de estresse de insegurança alimentar aguda (IPC Fase 2) persistirá em partes da região sul. O rendimento proveniente de ganho-ganho e outras actividades de subsistência não será suficiente para a cobrir as necessidades alimentares e não alimentares básicas. As famílias muito pobres expandirão as suas estratégias típicas de formas de vida para satisfazer as suas necessidades alimentares, mas com preços dos alimentos a níveis acima da média, estas famílias poderão continuar a enfrentar défices na protecção das suas formas de vida. PERSPECTIVA NACIONAL Resultados actuais de insegurança alimentar aguda, Julho de 2015. Fonte: FEWS NET Este mapa representa resultados de insegurança alimentar aguda relevantes para tomada de decisão de emergência. Não reflecte necessariamente a insegurança alimentar crónica. Visite aqui para mais detalhes sobre esta escala. Situação actual Actualmente, a maioria das famílias rurais em todo o país encontra-se relativamente com a segurança alimentar garantida e no geral a condição de insegurança alimentar aguda é Mínima (IPC Fase 1). Nas zonas afectadas pelas cheias, a maioria das famílias afectadas já regressaram para as suas casas e outras estão sendo reassentadas em zonas mais seguras enquanto recuperam as suas formas de vida. A assistência humanitária à população afectada pelas cheias em forma de alimentos terminou em Abril, quando o alerta laranja foi desactivado pelo governo. Desde o início do ano, grande parte da região sul do país recebeu menos de 50 por cento da precipitação normal, o que afectou a produção agrícola global e reduziu-a para níveis abaixo da média. As zonas mais afectadas incluem o interior das províncias de Gaza e Inhambane, particularmente na Zona de Formas de Vida Semi-árida de Cereais e Gado do Sul (zona 22), onde as famílias muito pobres enfrentam uma situação de estresse de insegurança alimentar aguda (IPC Fase 2) uma descrição mais detalhada das condições prevalecentes e projectadas de segurança alimentar e impacto dos choques é apresentado mais abaixo na secção de área de enfoque. FEWS NET MOZAMBIQUE mozambique@fews.net www.fews.net FEWS NET é uma actividade financiada pela USAID. O conteúdo deste relatório não reflecte necessariamente o ponto de vista da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional ou do Governo dos Estados Unidos da América

Em Maio, o Grupo da Análise de Vulnerabilidade (GAV) do Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN), incluindo outros parceiros e organizações, com o apoio da SADC/RVAC levou a cabo uma avaliação de segurança alimentar. O lançamento do relatório final desta avaliação está agendado para Julho. A avaliação cobriu zonas em dez províncias que foram afectadas por choques deste ano e os resultados finais de segurança alimentar para essas zonas foram classificados de acordo com a Classificação de Segurança Alimentar por Fases (IPC) com o apoio da Unidade Global do IPC. Os resultados desta avaliação são relevantes para o período de Junho a Agosto. Os resultados preliminares da avaliação do GAV indicam que cerca de 138.000 pessoas enfrentam actualmente uma situação de estresse de insegurança alimentar aguda (IPC Fase 2) e necessitam de assistência humanitária para a ajudar a proteger as suas formas de vida. Estas pessoas encontram distribuídas pelas províncias de Gaza (72 mil pessoas) e Inhambane (66.000 pessoas) e foram afectadas por uma seca prolongada na época agrícola 2014/15 até o final da estação chuvosa em Abril. As estimativas preliminares da produção agrícola do Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar (MASA) indicam que a produção de cereais (incluindo milho, mapira, mexoeira e arroz) para a campanha 2014/15 foi de cerca de 2.510.000 toneladas. A produção total de milho é estimada em cerca de 1.880.000 toneladas representando mais ou menos o mesmo nível de produção do ano passado, com um pequeno aumento de 1 por cento. A produção de leguminosas a nível nacional é estimada em 655.700 toneladas, um decréscimo de 9 por cento em relação ao ano passado. A produção da mandioca foi de 8,1 milhões de toneladas, um ligeiro aumento de 2 por cento relativamente a época anterior. A folha de balanço nacional que vai mostrar a disponibilidade de alimentos e défices, bem como as importações/exportações projectadas durante o período de consumo de 2015/16 ainda foi publicada. A intensificação e aumento da dependência da produção agrícola da segunda época (depois da colheita principal) é uma estratégia de formas de vida normalmente utilizada pelos agregados familiares em algumas zonas para mitigar o défice da época principal. No entanto, desde o início do período da segunda época, em Abril, as condições continuam a ser muito mais secas do que o normal. Além disso, as temperaturas médias deste ano foram muito mais elevadas quando comparadas com a média histórica. De acordo com uma análise rápida da temperatura média do ar realizada pela FEWS NET com base em dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), a temperatura média de Maio de 2015 em Maputo (Observatório) esteve acima da média histórica (1984-2013) em cerca de 1,5 C. Estas temperaturas mais altas, combinadas com chuvas abaixo da média afectaram negativamente as condições de desenvolvimento das culturas, limitando a produção agrícola. Resultados projectados de insegurança alimentar aguda, Julho a Setembro 2015. Resultados projectados de insegurança alimentar aguda, Outubro a Dezembro 2015. Fonte: FEWS NET Este mapa representa resultados de insegurança alimentar aguda relevantes para tomada de decisão de emergência. Não reflecte necessariamente a insegurança alimentar crónica. Visite aqui para mais detalhes sobre esta escala. Desde o começo da colheita principal em Abril, os preços do grão de milho têm seguido as habituais tendências sazonais decrescentes. No entanto, os preços actuais têm estado a baixar a um ritmo muito mais lento do que o habitual. De Maio a Junho os preços do grão de milho baixaram 10 por cento em Chókwe (região sul) e em 7 por cento em Tete e Maxixe 2

(regiões centro e sul respectivamente). Relativamente aos mercados da Beira, Chimoio e Pemba, as quedas de preços de Maio a Junho foram de menos de 3 por cento. Enquanto em Nampula e Maputo os preços do grão de milho estabilizaramse durante este período. Por outro lado, os preços do grão de milho subiram em Mocuba por cerca de 12 por cento, em consonância com a tendência sazonal e do ano passado. A comparação entre os preços do milho de Junho deste ano e a média de cinco anos e do ano passado mostra que a maioria dos preços do grão de milho é superior aos preços do ano anterior e mais próxima da média de cinco anos. Em Mocuba e Nampula, os preços deste ano estão 26 por cento acima da média de cinco anos. Em Pemba e Chókwe, os preços encontram-se a cerca de 20 por cento acima da média, e 12 e 10 por cento acima da média em Tete e Maxixe, respectivamente. A excepção a estas tendências acima da média, são os preços do milho dos mercados da Beira, Gorongosa, Maputo, e Pemba, que são iguais ou inferiores aos preços do ano anterior. Em comparação com o ano passado, os preços do grão de milho em Chókwe estão mais do que 100 por cento acima do ano anterior. Isto acontece porque, em Junho de 2014, os preços do grão de milho atingiram níveis historicamente baixos por causa da disponibilidade acima da média de milho como resultado da boa produção da época de 2013/14. Pressupostos A Perspectiva de Segurança Alimentar para o período de Julho a Dezembro de 2015 será baseada nos seguintes pressupostos a nível nacional: Agroclimatologia Segundo as previsões fornecidas pelo Instituto Internacional de Pesquisa de Clima e Sociedade (IRI), há uma grande probabilidade para a continuidade do evento El Niño até o início de 2016. Historicamente, o principal impacto de El Niño em Moçambique é sentido durante a segunda metade da época agrícola (Janeiro a Março). Com base na análise de dados pluviométricos de 1981 a 2013, há maiores probabilidades de ocorrência de precipitação abaixo da média de Outubro a Dezembro (<75% da precipitação média) durante anos de El Niño em partes do sul e centro de Moçambique. Isto significa que o início da época principal e sementeira poderão ser retardados. Por outro lado, durante anos de El Niño o período de Outubro a Dezembro no norte de Moçambique tende a registar chuvas acima da média podendo atingir níveis acima de 125 por cento da média em alguns eventos do El Niño. No entanto, é importante notar que os outros factores climáticos locais e regionais também podem afectar o clima e alterar os impactos esperados. Mercados e comércio Nesta altura do ano, os mercados estão bem abastecidos pela recente colheita principal da época de 2014/15. Durante o período do cenário a combinação de reservas do ano passado e a produção abaixo da média deste ano, trará a disponibilidade de milho para níveis mais próximos da média. Nas zonas localizadas afectadas pelos choques deste ano, é provável que as reservas de cereais esgotar-se-ão como resultado da produção abaixo da média, obrigando as famílias a dependerem de compras no mercado mais cedo do que a média. Em média, as famílias começam a depender dos mercados a partir de Setembro/Outubro, mas este ano a sua dependência poderá começar em Julho e Agosto. Com base em tendências históricas, em Julho os preços da maioria dos alimentos poderão começar a subir na maioria dos mercados devido a diminuição gradual das reservas alimentares dos agregados familiares. Presume-se que os preços dos alimentos seguião uma tendência sazonal normal durante o período da perspectiva, mas permanecerão acima da média de cinco anos. Em relação ao arroz, uma vez que este produto é importado, o seu preço não é influenciado pela sazonalidade e normalmente permanece estáveis ao longo do ano. No entanto, uma procura acima da média por parte dos agregados familiares, particularmente nas zonas afectadas pela seca no sul e em partes da região centro, vai provocar uma subida dos preços para níveis acima da média de cinco anos e níveis do ano passado. O milho e feijão são os produtos cujos preços são mais suscetíveis a aumentos. Novos aumentos de preços durante o período da perspectiva poderão reduzir o poder de compra das famílias muito pobres e pobres que precisam de comprar alimentos nos mercados para as suas necessidades alimentares básicas. Usando a abordagem integrada, as projecções de preços da FEWS NET indicam que os preços do milho devem seguir a tendência sazonal. Assim, os preços permanecerão estáveis até Agosto antes de começar a aumentar em Setembro e 3

atingir o pico em Janeiro/Fevereiro. A análise mostra que os preços em Junho foram 10 por cento abaixo dos preços projectados. Os preços do milho ainda poderão permanecer nos níveis baixos entre agora e Agosto, e em Setembro os preços vão começar a aumentar com a diminuição das reservas dos mercados e o aumento da procura por parte dos agregados familiares. Durante o período do cenário, o fluxo de produtos alimentares básicos poderá seguir o padrão normal. Essencialmente, as zonas mais produtivas da região centro continuarão a ser importantes fornecedores de milho dos mercados do sul, enquanto as zonas produtivas da região norte farão o mesmo para os mercados do norte. No entanto, até agora o mercado de Chókwe ainda não começou a receber milho da região centro estando a ser abastecido com o milho provenientes dos distritos vizinhos (principalmente Guijá). Trabalho Agrícola De Julho a Setembro, as oportunidades de trabalho agrícola para a colheita da segunda época serão reduzidas na maior parte da região Sul dadas as condições de seca. De Outubro a Dezembro, as oportunidades de trabalho (incluindo a preparação da terra e cultivo) deverão começar a aumentar com o início das chuvas para a próxima época agrícola. No entanto, há uma probabilidade de um início tardio da época, dada a previsão de El Niño. No entanto, a disponibilidade de oportunidades de trabalho agrícola é susceptível de permanecer próxima do normal na região sul e centro, como resultado de várias tentativas de plantio que normalmente acontecem em épocas más. Na região norte, as oportunidades de trabalho agrícola permanecerão em níveis normais. Assistência Humanitária Os níveis de assistência humanitária estão próximos ou abaixo da média de cinco anos (260 mil) no país. De acordo com a recente avaliação de segurança alimentar (Maio) existem cerca de 138.000 pessoas afectadas pela seca que enfrentam uma situação de estresse de insegurança alimentar aguda (IPC Fase 2) e que necessitam de assistência humanitária para a protecção das suas formas de vida básicas e evitarem o uso de estratégias de sobrevivência prejudiciais nas províncias de Gaza e Inhambane. Dada a produção abaixo da média na maior parte da região sul, a disponibilidade de sementes e outros insumos agrícolas é necessária e deverá ocorrer em Agosto e Setembro. A distribuição destes insumos é importante para ajudar as famílias como preparação da principal época que se avizinha especialmente para as famílias mais vulneráveis que foram afectadas pelos choques deste ano. Resultados Mais Prováveis de Segurança alimentar De Julho a Setembro, a maioria das famílias rurais continuará a satisfazer as suas necessidades alimentares através de reservas da produção da época principal, bem como pela combinação das colheitas da produção pós-cheias e da segunda época. O acesso aos alimentos através de compras no mercado continuará sendo normal embora os preços ligeiramente acima da média possam limitar a capacidade das famílias de comprar mais alimentos nos mercados. As famílias em zonas localizadas nas províncias da Zambézia, Nampula e Cabo Delgado, que foram afectadas por cheias moderadas a severas e chuvas torrenciais em Janeiro e Fevereiro enfrentarão uma situação de insegurança alimentar aguda Mínima (IPC Fase 1). Durante este período, continuarão a recuperar as suas formas de vida básicas, enquanto consomem a produção das sementeiras pós-cheias e compras no mercado. Nas áreas da Zona de Formas de Vida Semi-Árida de Cereais e Gado do Sul, as famílias mais pobres afectados por condições prolongadas de seca desde o início deste ano enfrentarão uma situação de estresse de insegurança alimentar aguda (IPC Fase 2) vide a descrição detalhada na secção da Área de Enfoque abaixo. De Outubro a Dezembro, o país vai entrar no período de escassez, onde a maioria das famílias, especialmente as muito pobres e pobres, terão esgotado as suas reservas alimentares e quando a oferta local é baixa e os preços dos produtos são altos. Durante este período, as famílias começarão a expandir as suas estratégias de formas de vida para satisfazerem as suas necessidades alimentares. No geral, a situação de estresse de insegurança alimentar aguda Mínima (IPC Fase 1) poderá continuar na maior parte do país durante este período. Algumas das estratégias que as famílias pobres começarão a empregar durante este período incluem a redução de despesas em itens não alimentares para conseguirem comprar alimentos básicos, intensificação do fabrico e venda de bebidas tradicionais alcoólicas, corte e venda de estacas e produtos naturais tais como o capim, lenha e carvão, e procura de trabalhos ocasionais (tais como a preparação da terra e sementeira). Oportunidades 4

de trabalho agrícola poderão aumentar com a aproximação da campanha agrícola. Mesmo com a perspectiva de chuvas irregulares e/ou início tardio da época em particular nas regiões sul e centro, no geral as oportunidades de trabalho agrícola estarão próximas da média como resultado das múltiplas sementeiras que geralmente ocorrem durante anos maus. No geral, o início das chuvas em Novembro criará condições para a disponibilidade de uma variedade de alimentos silvestres e sazonais que melhoram gradualmente o consumo de alimentos pelas famílias pobres até que os alimentos verde se tornem disponíveis em Fevereiro de 2016. Nas zonas afectadas pela seca e condições secas, a situação de estresse vai continuar com as famílias pobres a expandirem algumas das estratégias de formas de vida para satisfazer as suas necessidades alimentares (vide a secção de Área de Enfoque abaixo para mais detalhes). ÁREA DE ENFOQUE Zona de Formas de Vida 22 Sul semiárida com cereais e gado (distritos de Massangena, Chigubo, Mabote, Funhalouro, Panda, parte norte dos distritos de Chicualacuala, Mabalane, Guijá, Chibuto e Homoine) Situação Actual As famílias muito pobres nesta zona conseguem satisfazer as suas necessidades alimentares mínimas. Os impactos da recente seca foram minimizados pelo facto de esta época seguir um ano extraordinariamente bom (2013/14), durante o qual a produção agrícola esteve muito acima da média. Informações do campo indicam que até Fevereiro e Março do corrente ano, a maioria das famílias pobres ainda consumia reservas da época anterior. A partir de Junho a maioria das famílias gradualmente foi esgotando as reservas e começou a depender dos mercados locais para a compra de alimentos. Nos mercados locais as famílias pobres compram principalmente a farinha de milho que é mais preferida na falta do grão de milho. A análise histórica dos preços da farinha de milho em Chokwe, o principal mercado de referência na zona de formas de vida, mostra que o comportamento dos preços da farinha de milho normalmente é estável. O milho raramente aparece nos mercados locais (incluindo os distritos de Chicualacuala, Massangena, Chibuto, Chigubo, Funhalouro, Guijá, Mabalane, Mabote e Panda), de tal forma que algumas famílias são obrigadas a viajar para outros mercados dentro e fora desta zona para comprar aquele cereal. As famílias médias e ricas que possuem gado e outros animais são forçadas a se deslocar para outras regiões dentro da zona em busca de água para os seus animais. Estas famílias contratam membros de famílias pobres para cuidar dos seus animais. Esta prática ocorre 1 a 2 meses mais cedo do que o normal. Com base em informações locais, esta prática ocorre anualmente a partir de Agosto até o início das chuvas em Novembro, mas este ano a práctica começou em Junho e Julho. A maioria das regiões dentro da zona enfrentou uma produção abaixo da média como consequência do mau desempenho da precipitação sazonal. Normalmente, a segunda época não é comum nesta zona devido à falta de humidade residual, e este foi o caso também este ano. Mesmo tomando em consideração as reservas de alimentos da época anterior (2013/14), a disponibilidade global de alimentos está abaixo da média nesta zona. Estimativas das autoridades agrícolas distritais e estimativas baseadas no Índice de Satisfação Hídrica (WRSI) apontam para níveis de cerca de 40 a 60 por cento da produção média de cereais. A quantidade estimada de alimentos colhidos pelas famílias muito pobres foi suficiente para cobrir apenas um período de mais ou menos de dois meses, por isso, até Maio/Junho a maioria já tinha esgotado as suas reservas alimentares. A maioria das famílias pobres actualmente dependem das compras no mercado muito mais cedo do que o habitual. Os mercados locais ainda estão bem abastecidos por alimentos tais como farinha de milho, arroz, óleo, açúcar e outros alimentos manufacturados. Os preços destes alimentos ainda são acessíveis uma vez que a maioria estão próximos da média. Para obterem dinheiro, as famílias muito pobres têm ocasionalmente vendendo galinhas. Para além da venda de galinhas, estas famílias conseguem obter dinheiro através de ganho-ganho que inclui actividades tais como a construção e colecta de água. As famílias também recorrem ao auto-emprego que inclui a produção e venda de bebidas tradicionais, a venda de carvão, lenha, capim, estacas e artigos de artesanato. A apanha de alimentos silvestres está a acontecer mais cedo que o normal e devido às condições de seca, a disponibilidade destes produtos da natureza é reduzida. Normalmente, alimentos silvestres (incluindo macuacua, xicutsi e tinhire) são consumidos de Outubro a Abri mas este ano os mais pobres começaram a apanha e consumo destes produtos em Julho. Os mais pobres nestas áreas estão a enfrentar condições de estress de insegurança alimentar aguda (IPC Fase 2). 5

Pressupostos Para o período da Perspectiva de Segurança Alimentar, a FEWS NET concluiu a análise dos resultados da Abordagem de Economia dos Agregados Familiares (HEA) na Zona Semi-Árida de Cereais e Gado do Sul (22). Além dos pressupostos nacionais descritos acima, os seguintes pressupostos foram considerados para a Zona 22 para o período de Julho a Dezembro de 2015: Embora o pasto esteja disponível, durante o período de cenário, os agregados familiares terão que fazer longas distâncias do que a média em busca de água para os seus animais, devido às condições extremamente secas. Os preços elevados dos alimentos poderão registar-se devido à alta demanda pelas famílias locais depois da colheita abaixo da média. Os preços dos alimentos básicos poderão subir e manter-se acima da média nesta zona de Julho a Dezembro. No geral, espera-se que os preços dos alimentos básicos estejam a níveis de aproximadamente 20 a 40 por cento superiores à média durante este período. De Julho a Dezembro, presume-se que as actividades de auto-emprego realizadas pelos agregados familiares podem aumentar a sua renda durante este período por não mais do que 20 por cento. Algumas destas actividades de autoemprego incluem fabrico de bebidas tradicionais, vendas de palha, estacas e artesanato. Normalmente actividades de auto-emprego nesta zona contribuem para a maior parte do rendimento anual total (90 por cento) que as famílias muito pobres podem ganhar e são importantes durante o período Julho-Dezembro. Além disso, entre Julho e Dezembro, as famílias muito pobres poderão duplicar a venda de galinhas e ganhar algum rendimento através do ganho-ganho na preparação da terra em Setembro, seguido pela sementeira e sacha no período de Outubro a Dezembro. Normalmente, a produção própria representa quase 50 por cento das calorias anuais para as famílias muito pobres. De Julho a Dezembro, a produção própria será suficiente para cobrir <50 por cento de calorias para as famílias muito pobres. As restantes necessidades alimentares terão de ser satisfeitas através de compras no mercado ou ganho-ganho pago em espécie. As actividades acima mencionadas serão essencialmente a principal fonte de geração de renda durante o período da perspectiva. Durante todo o período do cenário, os mercados locais poderão fornecer alimentos básicos, como a farinha de milho e arroz, mas a disponibilidade do grão de milho será essencialmente limitada em alguns mercados em comunidades locais. Embora a época de escassez comece normalmente em Outubro na Zona de Formas de Vida, este espera-se que a época de escassez inicie mais cedo a partir em Setembro. Resultados Mais Prováveis de Segurança alimentar De Julho a Setembro, as famílias muito pobres nesta zona irão enfrentar uma situação de estresse de insegurança alimentar aguda (IPC Fase 2). Durante este período, as famílias muito pobres dependerão principalmente dos mercados para a compra de alimentos. A capacidade de compra de alimentos será limitada pelos preços acima da média (> 20 por cento ou mais). Para cobrir os défices de alimentos e conseguirem cobrir as despesas em bens não alimentares, tais como os cuidados de saúde e custos relacionados com a educação, as famílias muito pobres irão empregar estratégias de sobrevivência mais cedo que o normal. As principais estratégias de sobrevivência que poderão ser usadas pelas famílias incluem o aumento do consumo de alimentos silvestres, incluindo variedades menos preferenciais; aumento da venda de galinhas; aumento da participação em outras actividades de renda não-agrícolas ou auto-emprego, tais como a produção e venda de bebidas alcoólicas, venda de lenha, palha, estacas para a construção de casas e artesanato. Outra estratégia de sobrevivência entre as famílias mais pobres inclui a migração dos homens em busca de trabalho ocasional 1 fora da zona de formas de vida para os centros urbanos e para a vizinha África do Sul. Durante este período, as famílias poderão necessitar de mão-de-obra adicional para deslocar os seus animais para zonas mais distantes em busca de água o que poderá obriga-las a retirar crianças da escola para este efeito. 1 Para aqueles que emigram, trabalho informal é qualquer tipo de trabalho disponível em troca de dinheiro pode ser o trabalho em farmas na África do Sul na colecta de leite de vaca, jardinagem, assistência em obras de construção ou comércio informal, ou trabalhar como mecânicos, etc. 6

Uma alternativa seria racionalizar a água particularmente para os animais dando o precioso líquido aos animais de escalonada de 2 em 2 dias e intensificar a busca local de fontes de água nos leitos de rios. Em áreas muito limitadas, uma pequena proporção de famílias vai semear e colher algumas hortícolas tais como repolho e alface usando sementes distribuídas pelas autoridades agrícolas em resposta à seca durante a época de 2014/15. Prevê-se que a época de escassez comece em Setembro. Figura 2. Percentagem da precipitação normal 1 de Janeiro a 10 de Julho de 2015 De Outubro a Dezembro, as condições de estresse de insegurança alimentar aguda (IPC Fase 2) continuarão para os agregados familiares muito pobres. Por esta altura, a zona estará enfrentando uma época de escassez mais cedo do que normal. Os mercados vão continuar a fornecer bens alimentares essenciais, no entanto, preços de alimentos acima da média irão reduzir o poder de compra das famílias. A renda gerada através de diversas actividades, não será suficiente para cobrir todas as suas despesas não alimentares e preservar as suas formas de vida. Para obterem dinheiro para a compra de alimentos durante este período, as famílias muito pobres começarão a intensificar as suas estratégias típicas de sobrevivência. Algumas destas estratégias incluem a redução das despesas em itens não alimentares, a intensificação das actividades de renda não-agrícolas descritas acima, caça e procura de trabalho informal na preparação da terra e sementeiras. No entanto, as actividades relacionadas com a agricultura dependerão da dinâmica da época. Com a probabilidade de ocorrência do evento El Niño durante o verão do hemisfério sul as oportunidades de trabalho na agricultura serão reduzidas, as sementeira em particular, mas uma vez que as famílias vão realizar sementeiras sucessivas sempre que ocorrem chuvas, estas oportunidades estrão próximas da média. Do lado positivo, espera-se que o início das chuvas em Novembro, mesmo que sendo irregulares, criará condições para o surgimento de uma variedade de alimentos silvestres e sazonais que irão melhorar gradualmente o acesso aos alimentos até a disponibilidade dos alimentos verdes em Janeiro/Fevereiro de 2016. Fonte: USGS/FEWS NET OUTRAS ÁREAS PREOCUPANTES Zona de Formas de Vida 19 Centro Semiárido com Ananás e Castanha de Cajú Zona de Formas de Vida 21 Intermédia Sul com Policulturas (Zonas do interior do distrito de Govuro na província de Inhambane e distrito de Machanga na província de Sofala) O interior dos distritos de Machanga e Govuro sofreram condições agro climatéricas semelhantes às das áreas da zona Semiárida de Cereais e Gado do Sul acima descritas. Semelhante a zona 22, estas regiões tiveram rendimentos agrícolas reduzidos e uma produção abaixo da média. Os resultados mais prováveis de insegurança alimentar aguda poderão ser semelhantes aos descritos na secção da Zona de Formas de Vida Semi-Árida de Cereais e Gado do Sul. 7

EVENTOS QUE PODEM ALTERAR A PERSPECTIVA Tabela 1. Eventos prováveis durante os próximos seis meses que podem alterar o cenário mais provável. Área Evento Impacto sobre os resultados de segurança alimentar Regiões Sul e centro Começo pontual das chuvas Poderá beneficiar as sementeiras em tempo apropriado e aumentar acesso antecipado aos alimentos silvestres sazonais o que irá melhorar significativamente as condições de segurança alimentar e estabilizar ou melhorar os resultados de segurança alimentar A nível nacional Zona de enfoque (LHZ 22) Preços a manter se próximos ou mesmo abaixo da média de cinco anos Falta de assistência humanitária Poderão favorecer o acesso aos alimentos para a maioria das famílias em particular as muito pobres e pobres A falta de distribuição de alimentos para proteger as formas de vida dos agregados familiares poderá forçar as famílias muito pobres a usarem estratégias de sobrevivência prejudiciais, tais como a venda de todos os seus animais e níveis extremamente elevados de consumo de alimentos silvestres (com possíveis consequências negativas para a saúde). SOBRE O DESENVOLVIMENTO DO CENÁRIO Para projectar as condições de segurança alimentar ao longo de um período de seis meses, a FEWS NET desenvolve um conjunto de hipóteses sobre eventos prováveis, os seus efeitos e as respostas prováveis dos vários intervenientes. A FEWS NET analisa esses pressupostos no contexto das condições actuais e formas de vida locais para desenvolver cenários que estimam as condições de segurança alimentar. Normalmente, a FEWS NET publica o cenário mais provável. Clique aqui para mais informação. 8