Portugal e a Ásia: Relações Interculturais

Documentos relacionados
Portugal e a Ásia: Relações Interculturais

PORTUGUESES EM TERRAS

CURSO DE FORMAÇÃO CONTÍNUA MISSIONÁRIOS JESUÍTAS NA CHINA MING/QING ISABEL MURTA PINA

Portugal e a Ásia: Relações Interculturais

«ARTE CHINESA E A CULTURA DE MACAU»

CURSO LIVRE HISTÓRIA DO ENSINO ARTÍSTICO EM PORTUGAL PROGRAMA Francisco da Holanda e a sua perspectiva sobre o ensino artístico.

UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA ESCOLA DAS ARTES

TÓPICO ESPECIAL: IMPÉRIOS IBÉRICOS NO ANTIGO REGIME

A Tradição Islâmica I Século XVI

A Igreja em Reforma e Expansão: o caso do Atlântico Português

Curriculum vitae Curriculum vitae

Museu Nacional da Arte Antiga

ESCOLA SECUNDÁRIA DR. SOLANO DE ABREU ABRANTES. Análise de informação do manual. Filmes educativos

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular HISTÓRIA DIPLOMÁTICA DE PORTUGAL (MEDIEVAL E MODERNA) Ano Lectivo 2014/2015

O candidato deverá demonstrar uma visão globalizante do processo transformacional

Amparo Carvas. Publicações. Musicólogos portugueses

Dia 7 Local: auditório do prédio anexo do MAST

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA QUINTA DO CONDE Escola Básica Integrada/JI da Quinta do Conde. Departamento de Ciências Humanas e Sociais

TEMA E EXPANSÃO E MUDANÇA NOS SÉCULOS XV E XVI

OPÇÕES 1.º Ciclo

LUÍS REIS TORGAL. SUB Hamburg A/ ESTADO NOVO. Ensaios de História Política e Cultural [ 2. IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

OPÇÕES. 1.º Ciclo

ES C O L A S U PERI O R A G RÁ RI A

A partir da década de 70 do século XVII e durante quase cinquenta anos, importaram-se dos Países Baixos conjuntos monumentais de azulejos.

Ficha de Unidade Curricular (FUC) Unidade Curricular: DIREITO CONSTITUCIONAL

PORTUGUESA. Programa Curricular CULTURA. Docente Responsável Prof. Auxiliar Eduardo Duarte. Ano Lectivo > CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR GEOGRAFIA

Plano Anual de Atividades Departamento de Ciências Humanas

Museu de Artes Decorativas Portuguesas Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva Lisboa

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS JOAQUIM ARAÚJO MATRIZ DOS EXAMES DE HISTÓRIA CURSOS VOCACIONAIS DE DESIGN DE MODA e HORTOFLORICULTURA E JARDINAGEM

SOCIOLOGIA OBJECTO E MÉTODO

Total aulas previstas

Estrutura da Prova. Classificação Final

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular HISTÓRIA DA ARTE MODERNA Ano Lectivo 2011/2012


História. baseado nos Padrões Curriculares do Estado de São Paulo

CURRICULO SIMPLIFICADO DE MARIA MARGARIDA VAZ DO REGO MACHADO

OPÇÕES 1.º Ciclo

CURRICULUM VITAE. Licenciatura em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa ( ) com média final de 16 valores.

Centro Científico e Cultural de Macau, I.P. MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR

NAVEGAÇÃO, COMÉRCIO E RELAÇÕES POLÍTICAS: OS PORTUGUESES NO MEDITERRÂNEO OCIDENTAL ( )

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS SÓCIO-ECONÔMICAS E HUMANAS DE ANÁPOLIS

In A Minha segunda Casa.Lisboa: I.P.M., Cecília de Sousa Átrio de edifício na Av. Estados Unidos da América, Lisboa 1957

ATLAS UNIVERSAL DE FERNÃO VAZ DOURADO / ATLAS VALLARD / ATLAS MILLER /

PORTEFÓLIO. » eventos. Museu de Lamego Largo de Camões Lamego

Curso de Mestrado em Arquivos, Bibliotecas e Ciências da Informação Ano Lectivo de 2006/2007- Ramo Bibliotecas

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de São Paulo. Curso null - null. Ênfase. Disciplina LEM1714T1 - História da Música Brasileira

Acervos Patrimoniais: Novas Perspetivas e Abordagens CAM

PLANEJAMENTO DE GEOGRAFIA

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular HISTÓRIA DA CULTURA PORTUGUESA Ano Lectivo 2015/2016

Cabral Moncada Leilões. LEILÃO DE PINTURA, ANTIGUIDADES, OBRAS DE ARTE, PRATAS E JÓIAS LEILÃO , 16 e 17 de Dezembro de 2008

Relatório de Gestão. Instituto Português de Corporate Governance

Curso de Formação Con/nua ISABEL MURTA PINA. Parte I: 7 a 28 de Setembro de 2017 Parte II: 8 a 29 de Novembro de 2017 COORDENAÇÃO

PORTUGAL-CHINA: ENCONTRO DE CULTURAS

EXERCÍCIOS SOBRE RENASCIMENTO

MUSEUS Casa Fernando Pessoa Casa Museu João da Silva Casa Museu Dr. Anastácio Gonçalves Centro de Arte Moderna Convento dos Cardaes Museu Antoniano

EXPANSÃO EUROPÉIA E CONQUISTA DA AMÉRICA

A terceira via universitária: Usos do marketing turístico no contexto de internacionalização do ensino superior

TOURING CULTURAL produto estratégico para Portugal

PROGRAMA DE GRADUAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL. História da Administração Pública no Brasil APRESENTAÇÃO

ADMINISTRAÇÃO. REVISTA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DE MACAU, MACAU, ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DE MACAU

DOIS MUNDOS EM UM PLANETA

Executive MBA, e auniversidade de Oxford, que. conquista um terceiro lugar em Gestão, um

(professora Elisabete A MATEMÁTICA NA CHINA NOS DIFERENTES PERÍODOS

Curriculum Vitae. 1.Dados Pessoais 1. Personal Data. Nome completo Full name. Pedro Lage Reis Correia. Local e data de nascimento Birth Place and date

22/08/12 A CIDADE É O PRINCIPAL LUGAR DE REALIZAÇÃO DA ARQUITETURA ARQUITETURA CIDADE ARQUITETURA CIDADE ARQUITETURA CIDADE PUC GOIÁS PROJETO 1

EMBAIXADA DO JAPÃO ::: notícias Julho 2010

FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE MACAU RELAÇÕES ECONÓMICAS REGIONAIS

AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2015/2016 PLANIFICAÇÃO ANUAL

Pós-Graduação. Mercados Internacionais e Diplomacia Económica. 1ª Edição

Ensaio sobre o Conceito de Paisagem

PLANEJAMENTO ANUAL 2014

CURRICULUM VITAE. 1 - Dados pessoais

CONTEXTO HISTORICO E GEOPOLITICO ATUAL. Ciências Humanas e suas tecnologias R O C H A

CÓDIGO: APL008 Concepções e manifestações artísticas da pré-história ao início da idade moderna. (renascimento europeu).

MUSEU DO AZULEJO APRESENTAÇÃO

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular INTRODUÇÃO AO ESTUDOS DE MÚSICA POPULAR Ano Lectivo 2014/2015

Conteúdos/conceitos Metas curriculares Atividades Calendarização

Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO

DISCIPLINA: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

ENCICLOPÉDIA VERBO LUSO-BRASILEIRA DE CULTURA EDIÇÃO SÉCULO XXI

Sistema de Controle Acadêmico. Grade Curricular. Curso : RELAÇÕES INTERNACIONAIS. CRÉDITOS Obrigatórios: 136 Optativos: 24.

Ensino Técnico Integrado ao Médio FORMAÇÃO GERAL. Ensino Médio

Joana Margarida Gonçalo Ferreira de Oliveira

EMBARQUEM NUMA AVENTURA E NUMA AULA DE HISTÓRIA VIVA!

DIAS, Joana Isabel Lampreia de Almeida

HISTORIA DE PORTUGAL

Arte e Medicina - Representação do Corpo Humano na Colecção Ceroplástica do Museu Sá Penella, Hospital dos Capuchos

ÍN D IA ", "A N TIG O ISLA,PÉRSIA, ARÁBIA, ESPANHA", "C H IN A ", "JAPÃO".

Palácio de Versailles. Amanda Mantovani Douglas Gallo Gilberto Nino Julia Coleti

Curso(s): Licenciaturas em Engenharia Total de horas Aulas Teórico-Práticas 60 h

Paula Almozara «Paisagem-ficção»

OLHARES DA LÍNGUA PORTUGUESA

Museu Nacional de Soares dos Reis Porto

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular HISTÓRIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS Ano Lectivo 2015/2016

CENTRO CULTURAL DE BELÉM. PALESTRAS SOBRE HISTÓRIA DE PORTUGAL Janeiro Março de Segunda Parte Época Moderna

SOB O DOMÍNIO DE NAPOLEÃO

Cite e analise UMA SEMELHANÇA e UMA DIFERENÇA entre a religião muçulmana e a religião cristã durante a Idade Média.

Transcrição:

Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa 1º ciclo: Estudos Asiáticos Ano letivo 2014/2015 Portugal e a Ásia: Relações Interculturais Docente: Prof. Luís Urbano Afonso (luis.afonso@letras.ulisboa.pt) OBJECTIVOS Desenvolver competências na análise das relações interculturais entre Portugal e a Ásia, sobretudo a partir das obras de arte produzidas entre os séculos XVI e XVIII. Discutir o potencial dessas relações na atualidade, de forma fundamentada, crítica e criativa. PROGRAMA I. QUESTÕES INTRODUTÓRIAS Tempos e espaços. Culturas e relações interculturais: Portugal/Portugueses nas Ásias da Ásia e as Ásias da Ásia/Asiáticos em Portugal. As Ásias de relacionamento intercultural intenso com Portugal: Ásia do Sul (Índia- Índico); Ásia Oriental (China, Japão). As Ásias de relacionamento menos intenso com Portugal: Ásia do Sueste, Pérsia- Arábia. II. INTERAÇÕES ARTÍSTICAS: TEORIAS, PADRÕES, ESPECIFICIDADES Padrões de hibridização artística nos primórdios do processo de mundialização: a) minorias culturais; b) parcerias culturais; c) contactos culturais controlados; d) colisões culturais; e) núcleos da globalização (metrópoles cosmopolitas e cidades portuárias intercontinentais). A apropriação simbólica do mundo através dos objetos exóticos: a) a dimensão política da dádiva e da circulação destes objetos no palco da diplomacia europeia; b) a dimensão cultural e científica destes objetos nas cortes humanistas. Dos tesouros medievais às Kunstkammern e Wunderkammern. O mundo num gabinete: continentes/oceanos, orgânico/mineral, natural/artificial. Arte, civilização e eurocentrismo: para uma revisão do conceito de arte do renascimento (H. Belting, Florenz und Bagdad, 2008). A mimetização pictórica do real na tradição europeia e na tradição da Ásia oriental. Cânones europeus e cânones chineses no domínio da pintura e da caligrafia. A divergência europeia em relação às imagens: iconoclastia protestante e reação católica (H. Belting, Bild und Kult, 1990). Implicações do modelo católico ibérico sobre os espaços ultramarinos. A obra de arte total no mundo português : dos primórdios do modelo na época manuelina (Charola de Tomar) às igrejas chãs barrocas (igreja do Convento dos Cardais, 1

igreja de S. Roque, capela do Palácio de Santos) e sua transplantação intercontinental. Integração das artes, das geografias e das iconografias. III. ÁREAS-CHAVE DAS RELAÇÕES INTERCULTURAIS PORTUGAL- CHINA/JAPÃO/ÍNDIA Cultura intelectual: livros/tradução-interpretação, geografia-cartografia, religião; ideias político-sociais, ciência e técnica, etc. Cultura material: mercadorias de exótico e luxo (sedas, têxteis, veludos, porcelanas, especiarias, mobiliário, papel, escultura, pintura, moeda, plantas e alimentos). IV. O IMPACTO DAS ARTES ASIÁTICAS NA CULTURA MATERIAL E ARTÍSTICA DO MUNDO PORTUGUÊS DURANTE O PERÍODO MODERNO As porcelanas chinesas das dinastias Ming e Qing: características técnicas, tipologias, estilos, mercados. As primeiras porcelanas de encomenda europeia personalizada (os casos de Jorge Álvares e Pero de Faria). Porcelanas imperiais Ming em Santa Clara-a- Velha. Os grandes volumes de importação no reinado Qianlong. O impacto das porcelanas chinesas na produção cerâmica portuguesa de faiança e azulejos (1600-1750). O mobiliário luso-asiático. A chegada dos europeus e as novas tipologias de mobiliário de produção asiática. Tipologias orientais desconhecidas na Europa: o exemplo dos biombos. Os materiais exóticos e o seu impacto na Europa: embutidos (marfim, madrepérola), lacados, tartaruga. Os marfins. Modelos autóctones e modelos de interação euro-asiática. Objetos de prestígio e de aparato, objetos devocionais, objetos litúrgicos. Tipologias e iconografias. O caso do Ceilão. As sedas. A multiplicação da paramentaria em seda. Produto final e produto para incorporação na manufatura europeia. Colchas, panos de armar e frontais de altar. A ourivesaria. Filigranas. Montagens e combinações de materiais. Cofres e crucifixos. Materiais exóticos, preciosos e semipreciosos: jade, coral, conchas, cocos, cristal rocha, pedras preciosas. V. ESTUDOS DE CASO NAS RELAÇÕES INTERCULTURAIS Cidades-chave: Lisboa, Goa, Cochim, Malaca, Macau, Nagasaki. Tipologias de aculturação mútua: asiatizados, aportuguesados, mestiços. Os dicionários. A evolução da Ásia na cartografia portuguesa. A missionação jesuíta e os caminhos da proto-sinologia, da proto-indianologia e da proto-japonologia. VI. PASSADO E PRESENTE: OS PROCESSOS DE RELACIONAMENTO INTERCULTURAL NA LONGA DURAÇÃO (SÉCULOS XV/XVI A XXI) Património cultural/intercultural comum (material e imaterial). Museus, paisagens (urbanas, jardins, etc) com interesse para a investigação/conhecimentos divulgativos, turismo cultural - indústrias culturais. A(s) Ásia(s) apresentada(s) pelos portugueses. Representações asiáticas dos portugueses. 2

BIBLIOGRAFIA AFONSO, L., 2014. As porcelanas «primeiras encomendas» da coleção Medeiros e Almeida, Artis. Revista de História da Arte e Ciências do Património, 2 (no prelo)., 2014a. Os marfins afro-portugueses e a circulação de gravuras e incunábulos tardomedievais de origem francesa na Serra Leoa, A. Bilotta e A. Miguélez Cavero (eds.), Medieval Europe in Motion, Palermo, Officina di Studi Medievali (no prelo). AFONSO, L., HORTA, J., 2013. Olifantes afro-portugueses com cenas de caça, c.1490- c.1540, Artis. Revista de História da Arte e Ciências do Património, 1, pp. 20-29. BAILEY, G., 2012. Art on the Jesuit Missions in Asia and Latin America. 1542-1773, Toronto, University of Toronto Press (1ª ed. 1999). BARRETO, L. F., 2000. Lavrar o Mar. Os Portugueses e a Ásia, c. 1480 - c. 1630, Lisboa, CNCDP., 2006. Macau: Poder e Saber. Séculos XVI e XVII, Lisboa, Editorial Presença., 2008. A aculturação portuguesa na expansão e o luso-tropicalismo, in Artur T. Matos and Mário F. Lages (eds.), Portugal: percursos de interculturalidade, vol. 1, Raízes e estruturas, Lisboa, pp. 477-503. (ed.), 2012. Europe - China. Intercultural Encounters (16th-18th Centuries), Lisboa, Centro BELTING, H., 1994. Likeness and Presence. A History of the Image Before the Era of Art, Chicago, University of Chicago Press (1ª ed. Munique, 1990)., 2011. Florence and Baghdad. Renaissance art and Arab science, Cambridge, Harvard University Press (1ª ed. Munique, 2008). BITTERLI, U., 1993. Cultures in Conflict. Encounters between European and Non-Euroepan cultures, 1492-1800, Cambridge, Polity Press (1ª ed. Munique, 1986). BROOK, T., 1999. The Confusions of Pleasure: Commerce and culture in Ming China, Los Angeles, University of California Press., 2011. O Chapéu de Vermeer. O século XVII e o nascimento do mundo global, Lisboa, Gradiva. BOXER, C. R., 1992. O Império Marítimo Português, 1415-1825, Lisboa, Edições 70., 1990. Fidalgos no Extremo Oriente, 1550-1570, Macau, Fundação Oriente-Museu e Centro de Estudos Marítimos de Macau., 1989. O Grande Navio de Amacau, 4ª edição, Macau, Fundação Oriente-Museu e Centro de Estudos Marítimos de Macau. BURKE, Peter, 2004. What is Cultural History?, Cambridge, Polity Press., 2011. Cultural Hybridity, Cambridge, Polity (1ª ed. 2009). BURKE, P. & R. HSIA (eds.), Cultural Translation in Early Modern Europe, Cambridge, Cambridge University Press. CARVALHO, P., 2008. Luxury for Export. Artistic exchange between India and Portugal around 1600, Boston, Isabella Stewart Gardner Museum. CHAUDHURI, K. N., 1990. Asia before Europe, Economy and civilisation of the Indian Ocean from the rise of Islam to 1750, Cambridge, Cambridge University Press. CLUNAS, C., 2004. Superfluous Things. Material culture and social status in Early Modern China, Honolulu, University of Hawai i Press (1ª ed. 1991)., 2009. Art in China, Oxford, Oxford University Press (1ª ed. 1997). (ed.), 1987. Chinese Export Art and Design, Londres, Victoria and Albert Museum. COOPER, M., S.J., 1994. Rodrigues, O Intérprete, Um Jesuíta no Japão e na China, Lisboa, Quetzal Editores (1ª ed. 1974). CURVELO, A. (ed.), 2010. Encomendas Namban: Os Portugueses no Japão da Idade Moderna, Lisboa, Fundação Oriente., (ed.) 2013. O Exótico nunca está em Casa? A China na faiança e no azulejo portugueses (séculos XVII-XVIII), Lisboa, MNAz. DELANTY, G. (ed.), 2006. Europe and Asia beyond East and West, Londres, Routledge. DIAS, P., 2004. Arte Indo-Portuguesa. Capítulos da História, Coimbra, Almedina. 3

, 2008. História da Arte Portuguesa no Mundo, 3 vols., Lisboa, Círculo de Leitores (1ª ed. 1999)., 2010. Heráldica Portuguesa na Porcelana da Dinastia Ming, Porto, VOC Antiguidades. ELISON, G., 1973. Deus Destroyed: The Image of Christianityin Early Modern Japan, Cambridge, Mass., Harvard University Press. FERNANDES, A., AFONSO, L. U. (eds.), 2012. Os Leilões e o Mercado da Arte em Portugal, Lisboa, Scribe. FLORES, J., 2007. O Espelho Invertido. Imagens Asiáticas dos Europeus 1500-1800, Lisboa, Centro GERNET, J., 1982. Chine et Christianisme. Action et réaction, Paris, Gallimard. GIPOULOUX, F., 2009. La Méditerranée Asiatique. Villes portuaires et réseaux marchands en Chine, au Japon et en Asie du Sud-Est (XVIe-XXIe siècle), Paris, CNRS. GOODY, Jack, 1996. The East in the West, Cambridge, Cambridge University Press., 2010. The Theft of History, Cambridge, Cambridge University Press (1ª ed. 2006). GRUZINSKI, S., 2004. Les quatre parties du monde. Histoire d une mondialisation, Paris, Éditions de La Martinière. HALLETT, J., PEREIRA, T., 2007. O Tapete Oriental em Portugal. Tapete e pintura. Séculos XV- XVIII, Lisboa, MNAA. HSIA, R., 2010. A Jesuit in the Forbidden City: Matteo Ricci, 1552-1610, Oxford, Oxford University Press. IMPEY, O., MACGREGOR, A. (eds.), 1985. The Origins of Museums. The Cabinet of Curiosities in Sixteenth and Seventeenth-century Europe, Oxford. JACKSON, A., JAFFER, A. (eds.), 2004. Encounters: the meeting of Asia and Europe, 1500-1800, Londres, Victoria and Albert Museum. KAUFMANN, T., 1994. From treasure to museum: the collections of the Austrian Habsburgs, J. Elsner e R. Cardinal (eds.). The Cultures of Collecting, Londres, Reaktion Books, pp. 137-154., 2004. Toward a Geography of Art, Chicago, The University of Chicago Press. LACH, D., 1965-1993. Asia in the Making of Europe, Chicago, Chicago University Press, 9 vols. LEVENSON, A. (ed.), 2007. Encompassing the Globe. Portugal and the World in the sixteenth and seventeenth centuries, Washington, Smithsonian. LEVENSON, A., et. al. (eds.), 2009. Portugal e o Mundo nos Séculos XVI e XVII, Lisboa, MNAA. LOPES, R. O., 2011. Arte e Alteridade. Confluências da Arte Crista na India, na China e no Japão, séc. XVI a XVIII, Tese de Doutoramento em Belas Artes, Universidade de Lisboa. LOUREIRO, R. M., 2007. Na Companhia dos Livros, Manuscritos e Impressos nas Missões Jesuítas da Ásia Oriental, 1540-1620, Macau, Universidade de Macau. MADDISON, A., 2006. Asia in the World Economy 1500-2030 AD in Asian-Pacific Economic Literature, vol. 20, pp. 1-37 (http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1467-8411.2005.00164.x-i1/pdf). MATOS, M., 1996. Chinese Export Porcelain from the Museum of Anastácio Gonçalves, Lisbon, London, Philip Wilson. MENDONÇA, I., CORREIA, A. (eds.), 2010. As Artes Decorativas e a Expansão Portuguesa. Imaginário e viagem. Actas do II colóquio de artes decorativas, Lisboa, Fundação Espírito Santo Silva / Centro MENDONÇA, I., SALDANHA, S. (eds.), 2008. Mobiliário Português. Actas do I colóquio de artes decorativas, Lisboa, Fundação Espírito Santo Silva. MUNGELLO, D., 1989. Curious Land: Jesuit Accommodation and the Origin of Sinology, Honolulu, University of Hawaii Press (1ª ed. 1985)., 2009. The Great Encounter of China and the West, 1500-1800, Lanham, Rowman & Littlefield (1ª ed. 1999).. 4

NORTH, M. (ed.), 2010. Artistic and Cultural Exchanges between Europe and Asia, 1400-1900, Aldershott, Ashgate. O'MALLEY, J. et al. (eds.), 2000. The Jesuits: cultures, Sciences, and the Arts, 1540-1773, Toronto, University of Toronto Press (1ª ed. 1999). PARKER, C., 2010. Global Interactions in the Early Modern Age, 1400-1800, Cambridge University Press. PINA, I., 2011. Jesuítas chineses e mestiços da missão da China (1589-1699), Lisboa, Centro POMERANZ, K., TOPIK, S., 2005. The World that Trade Created: Society, Culture, and the World Economy 1400 to the present, Nova Iorque, Sharpe. POMIAN, Krystzoff, 1987. Collectionneurs, amateurs et curieux. Paris, Venise: XVIe-XVIIIe siècle, Paris, Gallimard., 2003. Des saintes reliques à l art moderne. Venise-Chicago. XIIIe-XXe siècle, Paris, Gallimard. ROQUE, M. et al. (eds.), 2012. São Roque. Antiguidades & Galeria de Arte, Lisboa, São Roque. SACHSENMAIER, D., 2011. Global Perspectives on Global History. Theories and approaches in a connected world, Cambridge, Cambridge University Press. SCHIMMEL, A., 2010. The Empire of the Great Mughals: History, Art and Culture, Reaktion Books. SCHWARTZ, S. B. (ed.), 2004. Implicit understandings. Observing, reporting, and reflecting on the encounters between Europeans and other peoples in the early modern era, Cambridge, Nova Iorque- Melbourn, Cambridge University Press (1ª ed. 1994). SERRÃO, V., 2003. História da Arte em Portugal, vol. 4, O Barroco, Lisboa, Presença. SILVA, N. V., 2003. As Colecções de D. João IV no Paço da Ribeira, Lisboa. SILVA, N. V. (ed.), 1996. A Herança de Rauluchantim, Lisboa, Museu de S. Roque. SILVA, N. V., FLORES, J. (eds.), 2004. Goa and the Great Mughal, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian. SOBRAL, L., 1994. Pintura e Poesia na Época Barroca. A homenagem da Academia dos Singulares a Bento Coelho da Silveira, Lisboa, Editorial Estampa. STANDAERT, N., 2002. Methodology in View of Contact Between Cultures: The China Case in the 17th Century, Hong Kong, Centre for the Study of Religion and Chinese Society. STEARNS, P., 2010. Globalization in World History, Londres, Routledge. SUBRAHMANYAM, S., 2012. Courtly Encounters. Translating courtliness and violence in Early Modern Eurasia, Cambridge (Mass.), Harvard University Press., 1993. O Império Asiático Português, 1500-1700 - Uma história política e económica, Linda-a- Velha, Difel. SULLIVAN, M., 1989. The meeting of Eastern and Western art, 1989 (1ª ed. 1973). THOMAZ, L. F., 1997. De Ceuta a Timor, Lisboa, Difel. TRNEK, H., SILVA, N. V., 2001 (eds.). Exotica: The Portuguese Discoveries and the Renaissance Kunstkammer, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian. WELSH, J. e VINHAIS, L., 2009. Arte expansionista: Objectos contemporâneos e posteriores, Londres, Jorge Welsh Books. ZÜRCHER, E., 1990. Bouddhisme, Christianisme et société chinoise, Paris, Julliard. AVALIAÇÃO A avaliação consiste em dois testes presenciais (50% x 2). Cada teste é constituído por várias perguntas de desenvolvimento abrangendo toda a matéria lecionada até ao momento do mesmo. As datas dos testes serão indicadas na primeira semana de aulas. HORAS de CONTACTO As reuniões com o docente têm lugar na sala de aula, nos trinta minutos finais da aula. Sempre que necessário, poderá combinar-se outro horário de atendimento. 5