O Processo de Unificação Italiana. Apresentação cedida, organizada e editada pelos profs. Rodrigo Teixeira e Rafael Ávila

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Transcrição:

O Processo de Unificação Italiana Apresentação cedida, organizada e editada pelos profs. Rodrigo Teixeira e Rafael Ávila

Itália: Uma Península Historicamente dividida Habsburgos: Reino da Lombardia-Veneza e Ducados de Parma, Módena e Toscana. Bourbons: Reino das Duas Sicílias O Papa: Estados Pontificais (02 Estados) Dinastia Italiana: Reino da Sardenha e Piemonte

Os Antecedentes da unificação Italiana (o Rissorgimento) O Grupo Jovem Itália de Giuseppe Mazzini (1831): Tentativa de acabar com os governos reacionários na península Itálica e de expulsar a interferência Austríaca Esse ideais foram incorporados posteriormente ao movimento conhecido como Rissorgimento. As escaramuças entre nacionalistas italianos e a Áustria se estenderam por mais de 2 décadas.

A Busca por um governo Ideal para a Itália Unificada Jovens Idealistas: seguiam os ideais de Mazzini. Patriotas de orientação religiosa: Acreditavam em uma federação italiana sob a presidência do Papa. Nacionalista mais moderados: Monarquia constitucional sob o controle do Reino da Sardenha. Apresentação cedida, organizada e editada pelos profs. Rodrigo Teixeira e Rafael Ávila

A Ascensão do Reino da Sardenha Em 1848, o Rei da Sardenha-piemonte, Carlos Alberto, lidera um movimento de unificação, que pegará a Áustria de surpresa. Ocorre um primeiro recuo Austríaco. Após as derrotas italianas nas Batalhas de Custoza em Julho de 1848 e de Novarra em março de 1849, o rei Carlos Alberto Abdica o seu trono ao seu filho, Vítor Emanuel II, que foi obrigado a aceitar as condições Austríacas. Fim do primeiro movimento de Unificação Italiana.

Início dos Movimentos para Unificação Italiana Pós 1848 Ascensão de Vítor Emannuel II no Reino da Sardenha- Piemonte (1849): Nomeação do Conde de Cavour para Primeiro Ministro em 1852. Lança as bases da Unificação Italiana Aliança com a França na Guerra da Criméia para obter apoio estrangeiro contra provável reação Austríaca à Independência Italiana Tratado Secreto entre França de Napoleão III e o Reino da Sardenhapiemonte do Primeiro Ministro Cavour (Janeiro de 1859): A França apoiaria o Reino de Sardenha-Piemonte em troca dos condados de Nice e Sabóia.

A Aliança Franco-sardo-piemontesa (1859) Início da guerra entre a aliança Franco-sardo-piemontesa contra a Áustria (maio de 1859) Vitória na Lombardia (as batalhas de Magenta e Solferino). Reação Prussiana e de católicos franceses fizeram Napoleão III recuar e assinar a paz em separado com a Áustria. A guerra continuou entre sardo-piemonteses e Austríacos até a derrota da Áustria e a anexação da Lombardia. Veneza continuava sobre o controle Austríaco Grande impacto das Campanhas de 1859 para o restante da Itália.

Movimentos secessionistas nos Ducados Italianos Início de Movimentos secessionistas nos Ducados de Módena, Parma e Toscana. Posterior União com o Reino da Sardenha-piemonte. O Reino dobra de tamanho, e sua influência é cada vez maior na região. Apresentação cedida, organizada e editada pelos profs. Rodrigo Teixeira e Rafael Ávila

Garibaldi e o Controle do Reino das Duas Sicílias Giuseppe Garibaldi, um dos seguidores de Mazzini, liderou um grupo de nacionalistas italianos conhecidos como Os Mil Camisas Vermelhas, em 11 de maio de 1860, no desembarque na ilha de Sicília. Garibaldi possuía o apoio do Rei da Sardenha Vítor Emanuel II e do Primeiro Ministro Cavour. As tropas de Garibaldi expulsam as tropas do Reino de Nápoles (Reino das duas Sicílias) da Ilha.

Garibaldi e o Controle do Reino das Duas Sicílias (Cont.) Garibaldi Utiliza da Ilha como base para ação posterior no continente. Em agosto de 1860, As tropas de Garibaldi iniciam suas operações na Itália continental. Em 13 de fevereiro de 1860 o porto de Nápoles é controlado por Garibaldi e o Reino das Duas Sicílias se rende. A família Bourbon é deposta.

A Independência Italiana Quando Cavour morre (1861), a Unificação Italiana está quase consolidada. Em 17 de março de 1861 Vítor Emannuel II se Declara Rei dos Italianos. Restavam somente os Estados pontifícios e Veneza para consolidar o processo de unificação italiana. Apresentação cedida, organizada e editada pelos profs. Rodrigo Teixeira e Rafael Ávila

A Conquista de Veneza Guerra entre Áustria e Prússia (Guerra das sete semanas de 1866): a Áustria sai perdedora. A Itália se alia à Prússia. A Áustria é forçada a entregar Veneza aos Italianos (após um plebiscito). Apresentação cedida, organizada e editada pelos profs. Rodrigo Teixeira e Rafael Ávila

Os Estados Pontifícios Garibaldi tentou por várias vezes controlar os Estados Pontifícios: Agosto de 1862: governo italiano derrota Garibaldi 1866: Aproveita-se da ausência das tropas francesas e mais uma vez fracassa, pois não têm o apoio do governo, que teme a reação francesa 1867: Nova tentativa de controle dos Estados, mas acaba sendo derrotado e capturado pelas tropas francesas Após a de Mentana, quando é capturado, e solto posteriormente, Garibaldi encerra suas campanhas na Itália

Os Estados Pontifícios (Cont.) Perda da proteção de Napoleão III após o início da Guerra Franco-prussiana (1870-1871). Em 20 de setembro de 1870, uma tropa com 60.000 soldados italianos invade e controla a cidade de Roma. Roma passa a ser a nova capital do Estado Italiano, em detrimento de Florença.

Os Estados Pontifícios (Cont.) O papa Pio IX se auto intitula prisioneiro do Vaticano. O Papa não aceita negociar com os Italianos. A questão será resolvida somente em 1929, pelo Tratado de Latrão, onde será criado o Estado do Vaticano. Apresentação cedida, organizada e editada pelos profs. Rodrigo Teixeira e Rafael Ávila

Consequências Regionais da Unificação Italiana O apoio francês às pretensões de Cavour contra a Áustria permitiu que ocorresse um desequilíbrio entre as potências da Europa centro-oriental, isto é, o enfraquecimento da Áustria que controlava os Estados Germânicos e o norte da Itália favoreceu o surgimento de uma outra grande potência, a Prússia, ou melhor a futura Alemanha Unificada.