USO DA TERAPIA FLORAL NA REDUÇÃO DOS SINTOMAS DAS MULHERES NO CLIMATÉRIO

Documentos relacionados
PERFIL DE USUÁRIOS DE PSICOFÁRMACOS ENTRE ACADÊMICOS DO CURSO DE FARMÁCIA DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO DO SUL DO BRASIL

Contribuição das Práticas Integrativas Complementares na Qualidade de Vida

PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES CLÍMATÉRICAS ATRAVÉS DO MÉTODO PILATES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

CLIMATÉRIO E AUMENTO DE PESO

ACUPUNTURA NAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: UMA REVISÃO NARRATIVA

Depressão em mulheres

Práticas Fisioterapêuticas na Atenção Primária

A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FRENTE ÀS TRANSFORMAÇÕES NO CORPO DA MULHER DURANTE O CLIMATÉRIO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

ASSISTÊNCIA INTEGRAL À MULHER NO CLIMATÉRIO

O USO DOS FLORAIS DE BACH NOS ÚLTIMOS 10 ANOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

PROJETO DE LEI Nº 310/2017

22/03/2018 EXISTE UMA DISCIPLINA DA GRADUAÇÃO DA UFJF QUE ABORDA O TEMA? QUAL A SITUAÇÃO NO BRASIL? Sintoma comum a muitas doenças

PERFIL DOS ENFERMEIROS ATUANTES NA ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER CLIMATÉRICA

IDENTIFICAÇÃO DE DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM EM MULHERES CLIMATÉRICAS

Ansiedade Generalizada. Sintomas e Tratamentos

Patologias psiquiátricas mais prevalentes na atenção básica: Alguns sintomas físicos ocorrem sem nenhuma causa física e nesses casos,

15/08/2018 EXISTE UMA DISCIPLINA DA GRADUAÇÃO DA UFJF QUE ABORDA O TEMA? QUAL A SITUAÇÃO NO BRASIL?

FORMULÁRIO PADRÃO PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS

INTRODUÇÃO. maior que 50 anos. A Organização das Nações Unidas (ONU) considera o período

O que acontece com o corpo da mulher quando entra na menopausa

TÍTULO: GRUPO DE PROMOÇÃO À SAÚDE DA MULHER: UMA ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO À SAÚDE.

Prática Integrativas no Cuidar em Enfermagem

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

Guia da Menopausa: tudo que você sempre quis saber sobre o assunto

1. Trata dores de cabeça

Sumário. FUNDAMENTOS DA PRÁTICA DE ENFERMAGEM 32 Capítulo 1 Introdução à Enfermagem 34. Capítulo 6 Valores, Ética e Defesa de Direitos 114

III Mostra Nacional de Produção em Saúde da Família 5 A 8 DE AGOSTO DE 2008

OFICINA EM PICS. Coordenação Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (CNPICS DAB) Ministério da Saúde

QUALIDADE DE VIDA NO CLIMATÉRIO E MENOPAUSA: PROJETO DE EXTENSÃO BEM ESTAR MULHER

26ª Reunião, Extraordinária Comissão de Assuntos Sociais

VIVÊNCIAS PRÁTICAS FISIOTERAPÊUTICAS EM UM GRUPO DE MULHERES NO CLIMATÉRIO

PALAVRAS-CHAVE: Menopausa. Fitoestrógeno. Isoflavona. Estrógeno. Climatério.

ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE PORTO BELO

Nosso objetivo: Exposição de casos clínicos, compartilhar conhecimentos e ampliar as possibilidades de atendimentos no seu dia a dia profissional.

Fobia Específica. Simpósio de Terapia Cognitivo Comportamental Instituto Brasileiro de Hipnose IBH

Definições e bases conceituais da Medicina Complementar ou Vibracional

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

USO DOS FLORAIS DE BACH PARA O TRATAMENTO DE ANSIEDADE E ESTRESSE DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

Profa. Ana Carolina Schmidt de Oliveira Psicóloga CRP 06/99198 Especialista em Dependência Química (UNIFESP) Doutoranda (UNIFESP)

TERAPIA COGNITIVA BRASÍLIA

TÍTULO: FIBROMIALGIA NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE. SUBÁREA: Enfermagem

CENÁRIO ATUAL DO ENSINO DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA DE PERNAMBUCO

LEVANTAMENTO DE ESTUDOS REALIZADOS COM FLORAIS DE BACH SOB A PERSPECTIVA DA PROMOÇÃO, RECUPERAÇÃO E PROMOÇÃO EM SAÚDE HUMANA E ANIMAL

A Terapia Floral como PIC

Unidade: Atuação do enfermeiro em Terapias complementares. Revisor Textual: Profa. Dr. Patricia Silvestre Leite Di Iorio

ESPIRITUALIDADE, PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE: REFLEXÕES E PRÁTICAS HUMANIZADAS DO ENSINO NA PÓS GRADUAÇÃO

ACUPUNTURA CONSTITUCIONAL COREANA

A SAÚDE DO MÉDICO. Antonio Pereira Filho Conselheiro do Cremesp

Os Benefícios da Atividade Física no Tratamento do Transtorno no Uso de Drogas

O REIKI COMO FORMA TERAPÊUTICA DE RESTAURAÇÃO DA SAÚDE

Estresse: Teu Gênero é Feminino... Dr. Renato M.E. Sabbatini Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP

Rastreamento da depressão perinatal

IMPACTO DE UM PROGRAMA DE HIDROCINESIOTERAPIA NA SINTOMATOLOGIA DEPRESSIVA DE MULHERES MENOPÁUSICAS

MANEJO DO ALCOOLISMO ENCERRAMENTO E AVALIAÇÃO

Grupo Bem-me-quero: Intervenção para pais na APAE em Juiz de Fora/MG

de medição baseados em escala de avaliação e questionários, possui a denominação de Psicometria (Erthal, 2003; Pasquali, 2003). Para que se assegure

Medi e Perspectivas NO SUScina TradicioNal ChiNesa: CoNtexto Histórico. Medicina Tradicional Chinesa: contexto histórico e Perspectivas no SUS

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SANTA CATARINA

Nosso objetivo: Exposição de casos clínicos, compartilhar conhecimentos e ampliar as possibilidades de atendimentos no seu dia a dia profissional.

PERFIL DA AUTOMEDICAÇÃO ENTRE IDOSOS USUÁRIOS DAS UNIDADES DE SAÚDES DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE CUITÉ-PB INTRODUÇÃO

INSERÇÃO DE PROCEDIMENTOS COM PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO DE FORTALEZA

EDITAL. Fisioterapia na Saúde da Mulher DIS Estágio Supervisionado I DIS

I Simpósio de Farmácia Clínica Homeopática, CRF-RJ 10/03/17. Prescrição Farmacêutica em Homeopatia

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES EM CUIDADOS PALIATIVOS NO GRUPO INTERDISCIPLINAR DE SUPORTE ONCOLÓGICO

O TRANSTORNO DEPRESSIVO PUERPERAL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Nosso objetivo: Exposição de casos clínicos, compartilhar conhecimentos e ampliar as possibilidades de atendimentos no seu dia a dia profissional.

Transversalidade entre as Políticas de Saúde Mental e Saúde da Mulher: Uma nova abordagem da Pesquisa em Enfermagem

PERFIL DAS MULHERES USUÁRIAS DE TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL DO MUNICÍPIO DE IJUÍ/RS 1

AUTOPERCEPÇÃO DE SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA GLOBAL DE USUÁRIOS DE UM AMBULATÓRIO DE FONOAUDIOLOGIA

Guia para a Hemovigilância no Brasil ANVISA Profª. Fernanda Barboza

SERVIÇOS DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERAPIA NO BRASIL: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Consultório Farmacêutico e Serviços de MTC/Acupuntura Dra. Carla Matsue

Saúde da mulher no climatério. Jefferson Drezett

ANEXO 10 Quadro 9. Previsão das Práticas Integrativas Complementares nas Políticas do Ministério da Saúde e Respectivas Ocupações Profissionais

Nosso objetivo: Exposição de casos clínicos, compartilhar conhecimentos e ampliar as possibilidades de atendimentos no seu dia a dia profissional.

Nosso objetivo: Exposição de casos clínicos, compartilhar conhecimentos e ampliar as possibilidades de atendimentos no seu dia a dia profissional.

1986 Portaria SS-CG 003, de : Projeto de Incorporação de Práticas Alternativas de Assistência médica na rede básica da SES.

POLÍTICA NACIONAL DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NO SUS. Denise M. Mancini CNPICS/DAB/SAS/MS 10 de maio de 2018 Brasília / DF

SÍNDROME DE BURNOUT das causas ao cuidado

SEXUALIDADE E SAÚDE DA MULHER: A COMPREENSÃO DESSA INTERFACE POR MULHERES NO CLIMATÉRIO

A ASSISTÊNCIA ÀS MULHERES NO CLIMATÉRIO:

PSICOLOGIA CLÍNICA COM ÊNFASE NA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

Práticas integrativas e complementares em pessoas vivendo com. Dra. Gisele Damian A. Gouveia

ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA EM SAÚDE MENTAL: OTIMIZAÇÃO DE RECURSOS NO SUS RAFAEL SOARES CORRÊA ANDREIA RIBEIRO DE SOUZA

POLÍTICA NACIONAL DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES - PNPIC. Coordenação Geral de Áreas Técnicas Departamento de Atenção Básica - SAS/MS

TERAPIAS NATURAIS, PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NA LEGISLAÇÃO MUNICIPAL E ESTADUAL BRASILEIRA

EFICÁCIA DE UM PROGRAMA DE HIDROCINESIOTERAPIA NA QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES MENOPÁUSICA

1. DIVULGAÇÃO DA CARTA DOS DIREITOS DOS USUÁRIOS DO SUS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PET URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NO HOSPITAL GERAL CLÉRISTON ANDRADE

Fatores associados à depressão relacionada ao trabalho de enfermagem

ATENÇÃO FARMACÊUTICA HUMANIZADA A PACIENTES HIPERTENSOS ATENDIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY

RESPOSTA RÁPIDA 375/2013 Informações sobre Desvenlafaxina e Lamotrigina

Nosso objetivo: Exposição de casos clínicos, compartilhar conhecimentos e ampliar as possibilidades de atendimentos no seu dia a dia profissional.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI. LEI No DE 19 DE ABRIL DE 2002, D.O.U. DE 22 DE ABRIL DE 2002

Transtornos Mentais no Trabalho. Carlos Augusto Maranhão de Loyola CRM-PR Psiquiatra.

ACUPUNTURA: CONHECIMENTO E TRATAMENTO ENTRE USUÁRIOS DA REDE PÚBLICA DE SAÚDE EM TANGARÁ DA SERRA-MT

BURNOUT NA EQUIPE DE SAÚDE: Como lidar? Dra. Patricia Dalagasperina

Prezados(as) gestores(as) e trabalhadores(as),

IMPLANTAÇÃO DA DISCIPLINA PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA

Aspectos Demográficos

Palestrante: Caroline Perin Psicóloga CRP-18/01735

Transcrição:

USO DA TERAPIA FLORAL NA REDUÇÃO DOS SINTOMAS DAS MULHERES NO CLIMATÉRIO Alexsandra Xavier do Nascimento (UPE, docente); Jéssica de Oliveira Agostini (UPE, discente); Felipe de Souza e Silva (HMAR, farmacêutico); Maria Benita da Silva Alves Spinelli (UPE, docente); Eliane Ribeiro Vasconcelos (UFPE, docente) Universidade de Pernambuco, alexsandraupe@gmail.com Introdução: Segundo a organização mundial de saúde (OMS), o climatério é uma fase na vida da mulher que ocorre entre o período reprodutivo e o não reprodutivo, cujo seu ponto chave é a menopausa que corresponde ao último ciclo menstrual. Geralmente ocorre em torno dos 48 aos 50 anos de idade e a mulher só tem a menopausa reconhecida após 1 ano da ocorrência do último ciclo (BRASIL,2008). As mudanças que ocorrem no climatério envolvem aspectos emocionais, físicos e sociais das mulheres. A adaptação da mulher dependerá da compreensão sobre as mudanças existentes nessa nova fase, das necessidades advindas e do cuidado recebido (BRASIL,2008). Historicamente esse período da vida da mulher era frequentemente relacionado a problemas de ordem física e mental. Essa abordagem biologizante e patológica da menopausa persiste ainda hoje. No entanto existe um esforço para a construção de uma linha de cuidado capaz de atender as reais necessidades da mulher de maneira integral (DE LORENZI,2005). Desde 2003 a área técnica incorporou à Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher Princípios e Diretrizes um capítulo específico sobre as mulheres no climatério e também deu início a várias ações de saúde voltadas para esse grupo. Tem-se como objetivo no Plano de Ação dessa política nacional a implantação e a implementação da atenção à saúde da mulher no climatério, visando à ampliação do acesso e a qualificação da atenção com ações e indicadores definidos (BRASIL,2008). Algumas mulheres passam pelo climatério sem necessidade de medicamentos, outras necessitarão de um acompanhamento sistemático. Porém evidencia-se uma alta frequência de prescrição da terapia de reposição hormonal com intuito tanto de prevenir complicações decorrentes das alterações hormonais quanto para tratar sintomas desconfortáveis desse período (BRASIL,2008). Essa medicalização do corpo feminino de forma normativa tem sido criticada, pois parte do princípio que os problemas do climatério estão relacionados meramente a problemas endócrinos menosprezando aspectos psíquicos e sociais envolvidos (BOSSEMEYER,1999). Outras modalidades terapêuticas como a acupuntura, a homeopatia e outras oferecem uma excelente oportunidade de cuidado às

mulheres no climatério apoiando a mulher de maneira eficaz. Essas modalidades são conhecidas no Brasil como práticas integrativas e complementares em saúde (PICS) e vem sendo difundidas no Brasil após a implantação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) em 2006 (BRASIL,2006). Os benefícios do uso das práticas integrativas para mulheres no climatério vêm sendo estudados com o intuito de ampliar o seu acesso a população. Por esse motivo já está prevista como opção terapêutica no manual do climatério produzido pelo ministério da saúde (BRASIL,2008). Embora a terapia floral não esteja inclusa no rol de práticas integrativas descritas na PNPIC, ela parece contribuir para harmonizar o corpo físico e o mental da mulher (YANES, 2005). As essências florais de Bach constituem uma modalidade terapêutica que trata o corpo em todas as suas dimensões física, psíquica e espiritual, contudo esse processo inicia-se pela abordagem das emoções e se desdobram no corpo físico. Ela é aprovada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) desde 1956 e é conhecida em mais de 50 países. Essas essências são utilizadas como instrumento de cura vibracional porque não trabalha pela força dos princípios ativos, mas, através da frequência eletromagnética, a sutileza das flores (MANTLE,1997). As contribuições da terapia floral no climatério vêm sendo estudadas e parecem apontar benefícios nos casos de transtornos psíquicos e fisiológicos (LANDIN, 2002; DOCAL,2006). Nesse sentido o objetivo deste trabalho foi relatar a evolução clínica de mulheres com sintomas relacionados ao climatério em tratamento complementar com os dos Florais de Bach. Métodos: Estudo descritivo tipo relato de caso clínico realizado no período de maio a junho de 2016, em 03 mulheres com sintomas do climatério num ambulatório de práticas integrativas. Foi aplicado um questionário para verificar os desconfortos relacionados a esta fase, se estavam presentes e a intensidade de cada um deles no momento das consultas. A cada atendimento semanal foi realizado a repertorização do floral adequado a cada paciente e a mesma recebeu seu floral para uso domiciliar numa posologia de 04gts 4 vezes ao dia por 04 semanas. Resultados: Em todas as mulheres estudadas foram identificados os seguintes sintomas: depressão, nervosismo, irritabilidade, ondas de calor, palpitação, lombalgia, boca ressecada, pele ressecada, suores noturnos distúrbios do sono, alternância de humor e memória fraca; ansiedade, medo, mialgia, diminuição da libido, artralgia. A dificuldade na concentração ocorreu na maioria das mulheres do estudo. Apenas uma apresentou irregularidade menstrual, as demais já não menstruavam há aproximadamente 01 ano. Em relação a intensidade dos sintomas em geral elas descreveram entre moderado a intenso conforme figura abaixo.

Figura 1 Percepção da intensidade dos sintomas na primeira consulta. Intenso Moderado Leve P1 P2 P3 Pode-se observar na figura abaixo (figura 2) os efeitos do tratamento na intensidade dos sintomas das mulheres cuidadas a cada consulta. Figura 2 - Comparação da evolução da intensidade dos sintomas 1ª semana 2ª semana 3ª semana Intenso Moderado Leve P1 P2 P3 A terapia floral apresentou bons resultados apesar do tempo restrito de acompanhamento. Evidenciou-se uma melhora significativa na ansiedade, irritabilidade, no autocontrole, nervosismo, nos distúrbios do sono e nas alterações de humor, o que deixou as pacientes extremamente satisfeitas com o tratamento. Lopez em 2011, também encontrou resultados promissores as pacientes com sintomas climatéricos devido a sua abordagem holística e de rápida resposta. Outros autores como Landin, 2002 e Docal, 2006 verificaram que a terapia com os florais revelou uma melhora significativa dos sintomas neurovegetativos (sufocos, palpitações, parestesias e

sudorese), psicológicos (irritabilidade, ansiedade, medo, diminuição da libido) e somáticos (mialgia, artralgia, lombalgia, secura na boca) das pacientes tratadas, dando ênfase aos psicológicos pois foram os mais citados pelas mesmas. Conclusão: Os resultados proporcionaram as pesquisadoras a observação da atuação dos florais nas mulheres acompanhadas, na remissão e atenuação dos sintomas. A terapia floral agiu no principalmente nos aspectos emocionais e mentais. No entanto faz-se necessário um maior tempo de acompanhamento para verificar a permanência dos benefícios observados. Descritores: Terapia Floral; Climatério; Terapias Integrativas; Enfermagem. Referências Bibliográficas BOSSEMEYER, R. et al. Aspectos gerais do climatério. In: Climatério Feminino: fisiopatologia, diagnóstico e tratamento. São Paulo: Lemos Editorial, p. 17-33, 1999. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE ATENÇÃO BÁSICA. Política Nacional de práticas integrativas e complementares no SUS-PNPIC-SUS. Ministério da Saúde. Brasília, 2006. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de atenção à mulher no climatério/menopausa. Secretaria de Atenção à Saúde. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2008. DE LORENZI, Dino Roberto Soares; BARACAT, Edmund Chada. Climatério e qualidade de vida. Femina, v. 33, n. 12, p. 899-903, 2005. DOCAL, Bárbara Padilla et al. Terapia floral y climaterio femenino. Rev Cubana Plant Med, v. 11, p. 3-4, 2006. LANDIN MESA, Yosvany; NODA GARCÍA, Teresa Iris. Terapia floral en síntomas climatéricos. Revista Cubana de Obstetricia y Ginecología, v. 28, n. 2, p. 0-0, 2002. LÓPEZ, S. J. et al. La Terapia Floral de Bach en el tratamiento del síndrome climatérico femenino. Mediciego, v. 17, n. S1, 2011. MANTLE, Fiona. Bach flower remedies. Complementary Therapies in Nursing and Midwifery, v. 3, n. 5, p. 142-144, 1997. YANES CALDERÓN, Margeris; ALFONSO ORTA, Ismary. Terapia floral: una alternativa de tratamiento para la mujer de edad mediana. Revista Cubana de Medicina General Integral, v. 21, n. 1-2, p. 0-0, 2005.