ABORDAGEM DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL SOBRE A PESQUISA: ATIVIDADES PRÁTICAS EM SALA DE AULA. 1

Documentos relacionados
REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO PELA PESQUISA SEGUNDO PROFESSORES DO ENSINO MEDIO POLITÉCNICO 1

ENTENDIMENTOS DE PROFESSORES SOBRE A FUNÇÃO DA PESQUISA NA FORMAÇÃO DE ESTUDANTES DE ENSINO MÉDIO 1

A docência no ensino superior: a formação continuada do professor-formador e a reflexão crítica da sua ação docente

Caracterização do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação CEPAE/ PROGRAD/ UFG

09/2011. Formação de Educadores. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)

Acadêmica do curso de graduação em Pedagogia da UNIJUÍ e bolsista PIBIC/CNPq, 3

ENSINO MÉDIO INOVADOR: AS EXPERIÊNCIAS NA COMPREENSÃO DA BIOLOGIA

UTILIZAÇAO DA DINÂMICA POLÍMEROS SINTÉTICOS EM IMAGENS COMO ESTRATÉGIA PARA FACILITAR APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DE POLÍMEROS SINTÉTICOS

O ENSINO DA MATEMÁTICA E AS DIFICULDADES NA RESOLUÇÃO DE SITUAÇÕES PROBLEMAS. Autora: Lisangela Maroni (UNINTER) 1.

Plano de Ensino. Curso. Identificação UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO. Câmpus de Bauru. 1604L Física.

O ESTÁGIO EM ENSINO DE BIOLOGIA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: fitoterapia e chás naturais

A PERCEPÇÃO DOS ALUNOS, PROFESSORES E GESTORES SOBRE AS AÇÕES DE LICENCIANDOS DE QUÍMICA DA PUCRS EM ESCOLAS DE ENSINO MÉDIO

MATEMÁTICA, AGROPECUÁRIA E SUAS MÚLTIPLAS APLICAÇÕES. Palavras-chave: Matemática; Agropecuária; Interdisciplinaridade; Caderno Temático.

Plano de Ensino. Curso. Identificação UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO. Câmpus de Bauru. 1604L/1605L Física.

A IMPORTÂNCIA DA OBSERVAÇÃO NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA II

O ESTÁGIO DE DOCÊNCIA NO PROCESSO FORMATIVO DE PROFESSORES DE CIÊNCIAS: IMPLICAÇÕES NO ENSINO 1

UNIJUI UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO I: ENSINO EM CIÊNCIAS I

O USO DO CINEMA COMO RECURSO DIDÁTICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Plano de Ensino. Curso. Identificação UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO. Câmpus de Bauru. 1604L/1605L Física.

Palavras-chave: Formação docente. ensino de História. metodologia. técnica de seminário.

ENSINO INTEGRAL: MELHORIAS E PERSPECTIVAS NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

ABORDAGEM HISTÓRICA DA TABELA PERIÓDICA NO 9º ANO: PERCEPÇÔES NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO III

Licencianda do curso de Ciências Biológicas da UNIJUÍ. Bolsista de Iniciação Científica PROBIC/FAPERGS. 3

MONITORIA DA DISCIPLINA SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA:

FORMAÇÃO DOCENTE: O PIBID E A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES 1

A SITUAÇÃO DE ESTUDO (SE) ARTICULADA A INTERAÇÕES SOCIOCULTURAIS MEDIADAS POR CONCEITOS DA ÁREA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA1 1

UNIJUI UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DC VIDA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA

LDB Lei de Diretrizes e Bases

Subprojeto Química A PRÁTICA DOCENTE INICIAL APLICADA AO ENSINO DE QUÍMICA E A FEIRA DE CIÊNCIAS. Bolsista de ID: Aline Florentino da Costa

A CONSTRUÇÃO DA RETA REAL POR ALUNOS DO ENSINO MÉDIO CONSIDERANDO A METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO MATEMÁTICA: ALGUMAS REFLEXÕES1 1

ALUNO DIGITAL Formação para Estudantes Monitores do PROUCA Ensino Fundamental 6º, 7º e 8º 30 horas Erechim, maio de 2014.

O ENSINO NA CONSTRUÇÃO DE COMPETÊNCIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA

PESQUISA COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA EDUCAÇÃO BÁSICA ATRAVÉS DO PIBIC-EM 1

A PRODUÇÃO DE MAQUETES COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO PARA O ENSINO DE MODELOS ATÔMICOS

JOGO DIDÁTICO COMO FERRAMENTA LÚDICA PARA O ENSINO DO CONCEITO DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS DURANTE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO

ENSINO DE CIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) FORMAÇÃO INICIAL DE UM DOCENTE

CURSO: PEDAGOGIA EMENTAS º PERÍODO DISCIPLINA: CONTEÚDO E METODOLOGIA DO ENSINO DA ARTE

MATEMÁTICA ATRAENTE: A APLICAÇÃO DE JOGOS COMO INSTRUMENTO DO PIBID NA APRENDIZAGEM MATEMÁTICA

OFICINA TEMÁTICA: A EXPERIMENTAÇÃO NA FORMAÇÃO DOCENTE

A linguagem no processo de constituição humana: implicações na formação de professores de Química

Sérgio Camargo Setor de Educação/Departamento de Teoria e Prática de Ensino Universidade Federal do Paraná (UFPR) Resumo

VISÃO DOS ALUNOS SOBRE O SEMINÁRIO INTEGRADO NUMA TURMA DE 1º ANO DO ENSINO MÉDIO 1

PORTFÓLIO - DO CONCEITO À PRÁTICA UNIVERSITÁRIA: UMA VIVÊNCIA CONSTRUTIVA

IDENTIDADE E SABERES DOCENTES: O USO DAS TECNOLOGIAS NA ESCOLA

A CONCEPÇÃO DE LICENCIANDOS DO 7º SEMESTRE DO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DA FACEDI-UECE SOBRE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO INICIAL.

Palavras-chave: Ensino de Química; Contextualização; Laboratório de Química; Conceitos Científicos; Experimentação. 1. INTRODUÇÃO

Professor ou Professor Pesquisador

MODELOS DE ENSINO E SUAS IMPLICAÇÔES NOS PROCESSOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM 1

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA NPGECIMA

A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DOS EXPERIMENTOS DEMONSTRATIVOS NAS AULAS DE QUÍMICA

UM NOVO OLHAR SOBRE O ENSINO DE QUÍMICA NA PERSPECTIVA DO ENSINO MÉDIO POLITÉCNICO

APLICAÇÃO DO LED NO ENSINO DE FÍSICA

A DISCIPLINA DE DIDÁTICA NO CURSO DE PEDAGOGIA: SEU PAPEL NA FORMAÇÃO DOCENTE INICIAL

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: A VIVÊNCIA DA CORRIDA DE ORIENTAÇÃO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

A EXPERIMENTAÇÃO NO COTIDIANO DA ESCOLA PLENA DE TEMPO INTEGRAL NILO PÓVOAS EM CUIABÁ-MT

REGULAMENTO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

QB77J Instrumentação Para O Ensino De Química 2 Nota/Conceito E Frequência

PIBID: Química no ensino médio- a realidade do ensino de química na escola Estadual Professor Abel Freire Coelho, na cidade de Mossoró-RN.

O DIGITAL NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: JUSTIFICAÇÃO PARA O DIAGNÓSTICO SOBRE A PERCEPÇÃO DE GESTORES, PROFESSORES E ALUNOS

A FORMAÇÃO CONTINUADA DA PROFESSORA/DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA E OS REFLEXOS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA

ESTÁGIO CURRICULAR: ESPAÇO PARA APRENDIZAGEM E REFLEXÃO

COMPREENSÕES DE PROFESSORES DE ENSINO MÉDIO SOBRE A EXECUÇÃO DA PESQUISA 1

Universidade Federal de Sergipe Pró-reitoria de Graduação Departamento de Apoio Didático-Pedagógico (DEAPE)

LABORATÓRIO DE MATEMÁTICA: UMA FONTE DE CONHECIMENTOS PRÁTICOS. Apresentação: Pôster

Escola Superior de Educação João de Deus

NÚCLEO DE APOIO PSICOPEDAGÓGICO AO DISCENTE

PROJETO DE EXTENSÃO ALFABETIZAÇÃO EM FOCO NO PERCURSO FORMATIVO DE ESTUDANTES DO CURSO DE PEDAGOGIA

ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO INVESTIGATIVO COMO FERRAMENTA PARA O ENSINO EXPERIMENTAL DE QUÍMICA

SITUAÇÃO DE ESTUDO EM AULAS DE QUÍMICA: SOLUÇÕES QUÍMICAS E SIGNIFICAÇÃO CONCEITUAL DA ELETRONEGATIVIDADE 1

LETRAMENTO DIGITAL: A INFORMÁTICA NA ESCOLA. Jarbas Oliveira (UFCG); Wilho da Silva Araújo (UFCG)

JOGOS GEOMÉTRICOS: UMA MANEIRA DIFERENCIADA DE SE APRENDER MATEMÁTICA

PRÁTICA DE ENSINO E O ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA.

CARTOGRAFIA COMO POSSIBILIDADE DE METODOLOGIA INTERDISCIPLINAR

A ATUAÇÃO DO PIBID/QUÍMICA/UFMT NA ESCOLA PLENA: FOMENTANDO AS PRÁTICAS EDUCACIONAIS

Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Pará, Servidora Pública do Estado:

O MEIO LÚDICO COMO ESTRATÉGIA EM SALA DE AULA: JOGO EDUCATIVO SOBRE FONTES DE ENERGIA NO COTIDIANO

I FÓRUM DE LICENCIATURAS DA UESPI REFLEXÕES SOBRE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA ESCOLA. Profª Dra. Emanoela Moreira Maciel

PALAVRAS-CHAVE: Ensino de ciências, Metodologias, Palestra educativa.

CONSTRUÇÃO DE JOGOS E/OU ARTEFATOS POR ALUNOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA E SUAS IMPLICAÇÕES NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO. Licenciatura EM educação básica intercultural TÍTULO I DA CARACTERIZAÇÃO

A PROFISSIONALIDADE DO BACHAREL DOCENTE NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

LDB Lei de Diretrizes e Bases

PLI E FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: IMPACTOS DE UMA EXPERIÊNCIA DE INTERNACIONALIZAÇÃO NO CONTEXTO DE UM INSTITUTO FEDERAL

PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR DE UM ALUNO COM SÍNDROME DE DOWN EM UMA ESCOLA PÚBLICA MUNICIPAL DA CIDADE DE REMÍGIO.

Palavras-chave: Educação matemática; Anos iniciais do Ensino Fundamental; Formação continuada; PNAIC.

PERCEPÇÃO DE PROFESSORES QUANTO AO USO DE ATIVIDADES PRÁTICAS EM BIOLOGIA

UMA REFLEXÃO SOBRE AS CONCEPÇÕES DE ESTÁGIO CURRICULAR E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O FUTURO LICENCIADO EM CIÊNCIAS AGRÍCOLAS.

PLANO DE ENSINO. Curso: Pedagogia

SEDUC SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MATO GROSSO ESCOLA ESTADUAL DOMINGOS BRIANTE ELIANE CALHEIROS

RELATÓRIO E REFLEXÃO SOBRE A EXPERIÊNCIA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NO DECORRER DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO III: ENSINO DE CIÊNCIAS III 1

DIDÁTICA DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE MATEMÁTICA

ELETROMAGNETISMO: UMA AULA PRÁTICA COM USO DA EXPERIMENTAÇÃO PARA ALUNOS DO 3º ANO DO ENSINO MÉDIO

59. As perguntas dos estudantes sobre reações químicas e os livros didáticos: uma análise comparativa e compreensiva

A UTILIZAÇÃO DE JOGOS DIDÁTICOS COMO FERRAMENTA DE APOIO NO ENSINO DE BIOLOGIA

O JOGO COMO RECURSO METODOLÓGICO PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS

PERSPECTIVAS DO PLANEJAMENTO NO ENSINO FUNDAMENTAL PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES

APOIO AO ESTUDO 1º CICLO LINHAS ORIENTADORAS 2015/ INTRODUÇÃO

ISSN do Livro de Resumos:

Transcrição:

ABORDAGEM DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL SOBRE A PESQUISA: ATIVIDADES PRÁTICAS EM SALA DE AULA. 1 Aline Giovana Finger 2, Maria Cristina Pansera De Araújo 3. 1 Pesquisa realizada no Estágio Supervisionado no Ensino em Ciências 2 Acadêmica do curso de Ciências Biológicas e bolsista de iniciação Científica PIBIC/CNPq- UNIJUÍ. aline.finger@hotmail.com. 3 Professora Doutora em Genética, integrante do Departamento das Ciências da Vida, e do Gipec-UNIJUÍ. pansera@unijui.edu.br. Introdução A origem do trabalho experimental nas escolas foi, há mais de cem anos, influenciada pelo trabalho experimental que era desenvolvido nas Universidades. Tinha por objetivo melhorar a aprendizagem do conteúdo científico, porque os alunos aprendiam os conteúdos, mas não conseguiam colocar como aprendizagem para o cotidiano (GALIAZZI, 2001). Em pesquisa realizada por Kerr (1963) na época de grande difusão das atividades experimentais nas escolas no mundo todo, professores apontaram dez motivos para a realização de atividades experimentais na escola. Esses motivos vêm, repetidamente, sendo encontrados em pesquisas mais recentes e são: 1)- Estimular a observação acurada e o registro cuidadoso dos dados; 2)- Promover métodos de pensamento científico simples e de senso comum; 3)- Desenvolver habilidades manipulativas; 4)- Treinar em resolução de problemas; 5)- Adaptar as exigências das escolas; 6)- Esclarecer a teoria e promover a sua compreensão; 7)- Verificar fatos e princípios estudados anteriormente; 8)- Vivenciar o processo de encontrar fatos por meio da investigação, chegando a seus princípios; 9)- Motivar e manter o interesse na matéria; 10)- Tornar os fenômenos mais reais por meio da experiência (Hodson, 1998c, p. 630, citado por GALIAZZI, 2001). Com base na importância das atividades experimentais através a aprendizagem do aluno, o interesse para que desperte a busca de novos conhecimentos e saberes essenciais para a formação como cidadãos são indispensáveis tanto para professores quanto aos alunos. Entendendo que o aluno é o sujeito do conhecimento e precisam ser qualificadas para a cidadania, as atividades experimentais também tem a função de preparar para a vida e capacitar para a aprendizagem permanente não somente para o fundamento científico-tecnológico, mas buscando resgatar o conhecimento empírico e contribuir para uma formação étnica desenvolvendo um raciocínio crítico com autonomia para o aprimoramento pessoal (LANGNER, 2014). O presente artigo é uma análise dos questionários realizados com uma turma de sétima série do ensino fundamental sobre Atividade Prática em Sala de Aula, elaboradas durante o período de Estágio Supervisionado III: Ensino de ciências I, pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul- UNIJUÍ no curso de Ciências Biológicas. Para auxiliar durante o estágio, elaborou-se uma Situação de Estudo (SE) que segundo Maldaner et al (2001) visa romper

com a forma linear dos conteúdos escolares, desenvolvendo compreensões intercomplementares e interdisciplinares, partindo do cotidiano dos estudantes. Os conteúdos planejados através da Situação de Estudo são entendidas como uma situação prática que considera a vivência dos estudantes e permite abordar os objetos em sua complexidade e torna possível estabelecer interações e intermediações que constituem aprendizados de saberes interrelacionais e Inter complementares na constituição do saber escolar segundo Maldaner (2001). De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais ao passar dos anos as atividades práticas passaram a representar importante elemento para a compreensão ativa de conceitos. Uma das maiores dificuldades vivenciadas em sala de aula por professores em formação inicial e continuada é a desmotivação dos alunos com as aulas de ciências. O ensino baseado no modelo tradicional muitas vezes torna as aulas cansativas e monótonas e a falta de um laboratório de ciências torna-se desculpa de alguns docentes para evitar as práticas. Através da Situação de Estudo elaboramos um trabalho baseado em atividades experimentais e teóricas relacionados ao conteúdo estudado na 7ª série do ensino fundamental nas aulas de ciências. Com o intuito de verificar se as aulas práticas auxiliam no processo de ensino e aprendizagem e procurando buscar formas mais atrativas para os estudantes nas aulas. Materiais e Métodos Para tanto, optou-se pela pesquisa qualitativa (BOGDAN e BIKLEN, 1994), iniciando com a elaboração de um questionário semi-estruturado com 4 questões, entregue para 24 alunos de Ensino Fundamental de uma escola no município de Chiapetta, que frequentaram a sétima série, no período de estágio. Neste artigo, as questões analisadas foram: 1) O que você acha sobre as aulas práticas de ciências?; 2) Cite um exemplo de alguma aula prática que você gostou?; 3) Você consegue aprender o conteúdo de ciências com as aulas práticas? 4) Considera importante para o seu estudo estas atividades? E, outros dados do questionário que não interessam para o presente trabalho. Resultados e Discussões A partir do questionário desenvolvido com a turma de sétima série do ensino fundamental obtiveram-se as seguintes respostas (tabela 1).

Tabela 1: Respostas dos alunos de sétima série do ensino fundamental de Ciências no município de Chiapetta. Com base nas respostas dos alunos nota-se que eles não podem ser meros receptores de conhecimentos teóricos e que as aulas práticas auxiliam e agregam novos conhecimentos. Dessa forma, a aprendizagem nas aulas de ciências através das práticas proporcionou aos alunos condições de participações nas discussões sobre os temas desenvolvidos nas atividades experimentais. Considerações Finais A partir das respostas dos alunos, percebe-se que há uma maior satisfação em aprender o conteúdo quando está voltado para atividade práticas. O simples fato de sair da rotina da sala de aula já desperta um maior interesse nos assuntos em discussão. È possível nesse momento aliar as atividades de prática de ensino com as de pesquisa, transformando os espaços do estágio supervisionado em lugares de ação e reflexão visando ao

desenvolvimento do estagiário como um futuro professor (BUENO, 2007). A área de Ciências Naturais é uma área abrangente e pode explorar bastante as atividades prática. Segundo Axt (1991), a experimentação pode contribuir para aproximar o Ensino de Ciências ao trabalho científico, para aquisição de conhecimentos e para o desenvolvimento mental dos alunos. A função do ensino experimental está relacionada com a consciência da necessidade de adoção, pelo professor, de uma postura diferenciada sobre como ensinar e aprender ciências (JANUÁRIO, 2008). A prática e a teoria devem ser trabalhadas juntas, pois a prática complementa a teórica e vice-versa. Frente a essa complementaridade que se procurou, na medida do possível e dos recursos, realizar práticas que proporcionaram aos alunos vivenciar e enxergar aquilo que estava trabalhando. Palavras chaves: Situação de Estudo. Ensino de Ciências. Educação. Referências Bibliográficas AXT, R. O Papel da Experimentação no Ensino de Ciências. In: Moreira, M. A.; Axt, R. Tópicos em Ensino de Ciências. Porto Alegre: Sagra 1991. p.79-90.sancho, J. M. Para uma tecnologia educacional. Porto Alegre: Artmed, 2001. BOGDAN, Robert C.; BIKLEN, Sari Knopp. Investigação Qualitativa em educação. Uma introdução à teoria e aos métodos. Portugal: Porto Editora, 1994. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Ciências Naturais /Secretaria de Educação Fundamental.. Brasília: MEC /SEF, 1998. 138 p. BUENO, Luzia. A Construção de representações sobre o trabalho docente: o papel do estágio. 2007. Dissertação (Doutorado) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Doutorado em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem. São Paulo, 2007. 220p. disponível em: < http://www.sapientia.pucsp.br/tde_arquivos/19/tde-2007-11-29t08:33:46z- 4449/Publico/Luzia%20Bueno.pdf>. Acessado em 05 de maio de 2014. FRISON, M. D; DEL PINO, J.C EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO ARTICULADORA PARA A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO QUÍMICO ESCOLAR: IMPLICAÇÕES NO ENSINO E NA FORMAÇÃO PARA O ENSINO Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental. ISSN 1517-1256, v. 28, janeiro a junho de 2012. GALIAZZI, Maria do Carmo; MORAES, Roque; RAMOS, Maurivan Güntzel. Educar pela pesquisa: as resistências sinalizando o processo de profissionalização de professores. Revista Educar, n. 21, p. 227-241. Curitiba: UFPR, 2003. JANUARIO, Gilberto. O Estágio Supervisionado e suas contribuições para a prática pedagógica do professor. In: SEMINÁRIO DE HISTÓRIA E INVESTIGAÇÕES DE/EM AULAS DE MATEMÁTICA, 2, 2008, Campinas. Anais: II SHIAM. Campinas: GdS/FE-Unicamp, 2008. v. único. p. 1-8. LANGNER, Joana Marli. O USO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS NO SEMINÁRIO INTEGRADO DO ENSINO MÉDIO POLITÉCNICO. Recanto das Letras. 2014. Disponível em >http://www.recantodasletras.com.br/artigos/4968065> Acessado em 12 de janeiro de 2015

MALDANER, Otávio Aloisio; ZANON, Lenir Basso. Situação de Estudo: uma organização do ensino que extrapola a formação disciplinar em ciências. Revista Espaço da Escola, n. 41, p. 44. Ed Unijuí, 2001.