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Transcrição:

Fls. 1 Coordenação-Geral de Tributação Solução de Consulta nº 209 - Data 11 de julho de 2014 Processo Interessado CNPJ/CPF ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP EMENTA: PESSOA JURÍDICA PREPONDERANTEMENTE EXPORTADORA. REGIME SUSPENSIVO. SERVIÇO DE TRANSPORTE. APLICAÇÃO DO REGIME A CRITÉRIO DA PESSOA JURÍDICA HABILITADA. A pessoa jurídica preponderantemente exportadora devidamente habilitada ao regime suspensivo da incidência da Contribuição para o PIS/Pasep estabelecido pelo art. 40 da Lei nº 10.865, de 2004, poderá, a seu critério, contratar serviço de transporte interno sem aplicação do mencionado regime. Ineficácia parcial da consulta. Dispositivos Legais: Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004, art. 40; e Instrução Normativa nº 595, de 27 de dezembro de 2005. ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL (COFINS) EMENTA: PESSOA JURÍDICA PREPONDERANTEMENTE EXPORTADORA. REGIME SUSPENSIVO. SERVIÇO DE TRANSPORTE. APLICAÇÃO DO REGIME A CRITÉRIO DA PESSOA JURÍDICA HABILITADA. A pessoa jurídica preponderantemente exportadora devidamente habilitada ao regime suspensivo da incidência da Cofins estabelecido pelo art. 40 da Lei nº 10.865, de 2004, poderá, a seu critério, contratar serviço de transporte interno sem aplicação do mencionado regime. Ineficácia parcial da consulta. Dispositivos Legais: Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004, art. 40; e Instrução Normativa nº 595, de 27 de dezembro de 2005. 1

Fls. 2 Relatório A pessoa jurídica acima qualificada formula consulta nos termos do art. 48, 1º, I, da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, e art. 2º, III, da Instrução Normativa nº 740, de 2 de maio de 2007. 2. Inicialmente a consulente aduz que Buscamos, (...), a segurança jurídica aos nossos representados, conferindo certeza do direito, i.e., exata determinação do conteúdo jurídico aplicável. 3. Em seguida informa que pretende através desta consulta obter o significado da norma jurídica inserida no texto prescritivo dos 6º-A a 9º, art. 40 da Lei nº 10.865, de 2004, atribuindo a necessária segurança jurídica do conteúdo normativo ao aplicar a norma in concreto. 4. O texto legal aduzido pela consulente é o seguinte: Lei nº 10.865, de 2004 - art. 40, 6ºA a 9º 6º-A. A suspensão de que trata este artigo alcança as receitas de frete, bem como as receitas auferidas pelo operador de transporte multimodal, relativas a frete contratado pela pessoa jurídica preponderantemente exportadora no mercado interno para o transporte dentro do território nacional de: I - matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem adquiridos na forma deste artigo; e II - produtos destinados à exportação pela pessoa jurídica preponderantemente exportadora. 7º Para fins do disposto no inciso II do 6 o -A deste artigo, o frete deverá referir-se ao transporte dos produtos até o ponto de saída do território nacional. 8º O disposto no inciso II do 6 o -A deste artigo aplica-se também na hipótese de vendas a empresa comercial exportadora, com fim específico de exportação. 9º Deverá constar da nota fiscal a indicação de que o produto transportado destina-se à exportação ou à formação de lote com a finalidade de exportação, condição a ser comprovada mediante o Registro de Exportação - RE. 5. Segundo a consultante A simples leitura do texto normativo denota a busca da desoneração tributária, direta e indireta, quando da exportação de produtos nacionais ao exterior. Em que pese transparecer com clareza este objetivo, na prática, os associados desta entidade, de forma generalizada, encontram dificuldade em sua aplicação ao caso concreto, visto que a norma em questão, está inserida num contexto normativo amplo, onde interagem inúmeros contribuintes com interesses e situações diferentes. 6. A consulente apresenta os seguintes questionamentos: 1) A tomadora do serviço tem poder discricionário para recusar a aplicação do Instituto da Suspensão, quando simultaneamente for preponderantemente exportadora e estiver contratando serviço de transporte de mercadorias destinadas a exportação? 2) A Transportadora poderá aplicar o instituto da suspensão quando contratada por empresa que não possuí ato declaratório junto à Receita Federal do Brasil, mas seu balanço contábil demonstra receita de exportação igual ou superior a 70% do total das receitas no ano imediatamente anterior e o serviço é de transporte de produtos para exportação? 2

Fls. 3 3) Se a empresa exportadora que não tem ato declaratório junto à Receita Federal afirmar verbalmente que está enquadrada no permissivo legal, como sendo preponderantemente exportadora, e a Transportadora mediante esta afirmação, dispor no CTRC que o serviço está sendo prestado com suspensão de PIS e COFINS conforme disposição legal do artigo 40 e parágrafos da lei 10.865, de 2004, estará agindo de forma ilícita? 7. Finalizando, discorre que Não se encontra sob procedimento fiscal iniciado ou já instaurado, para apurar fatos que se relacionem com a matéria objeto da consulta; não está intimada para cumprir obrigação relativa ao fato objeto da consulta; O fato nela exposto não foi objeto de decisão anterior, proferida em consulta ou litígio em que foi parte. Fundamentos 8. O juízo de admissibilidade da consulta foi realizado pelo Chefe da Divisão de Tributação (Disit) da 8ª Região Fiscal, conforme Despacho de Encaminhamento constante do presente processo. 9. A consulente, através desse expediente, pretende que esta Coordenação-Geral de Tributação () se posicione em relação a dúvidas existentes entre seus representados acerca de questões relacionadas com a suspensão da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, prevista no art. 40 da Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004, no tocante a transporte interno de insumos e de produtos acabados, tomado por empresas preponderantemente exportadoras. 10. Deseja com isso que seus representados tenham a certeza do direito e a exata determinação do conteúdo jurídico aplicável à matéria objeto da consulta. 11. Reproduz-se logo abaixo o teor vigente do art. 40 da Lei nº 10.865, de 2004, base para a demanda em voga: Art. 40. A incidência da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS ficará suspensa no caso de venda de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem destinados a pessoa jurídica preponderantemente exportadora. (Redação dada pela Lei nº 10.925, de 2004) 1º Para fins do disposto no caput, considera-se pessoa jurídica preponderantemente exportadora aquela cuja receita bruta decorrente de exportação para o exterior, no ano-calendário imediatamente anterior ao da aquisição, houver sido igual ou superior a 50% (cinquenta por cento) de sua receita bruta total de venda de bens e serviços no mesmo período, após excluídos os impostos e contribuições incidentes sobre a venda. (Redação dada pela Lei nº 12.715, de 2012) 2º Nas notas fiscais relativas à venda de que trata o caput deste artigo, deverá constar a expressão "Saída com suspensão da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS", com a especificação do dispositivo legal correspondente. 3º A suspensão das contribuições não impede a manutenção e a utilização dos créditos pelo respectivo estabelecimento industrial, fabricante das referidas matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem. 4º Para os fins do disposto neste artigo, as empresas adquirentes deverão: 3

Fls. 4 I - atender aos termos e às condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal; e II - declarar ao vendedor, de forma expressa e sob as penas da lei, que atende a todos os requisitos estabelecidos. 5º A pessoa jurídica que, após adquirir matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem com o benefício da suspensão de que trata este artigo, der-lhes destinação diversa de exportação, fica obrigada a recolher as contribuições não pagas pelo fornecedor, acrescidas de juros e multa de mora, ou de ofício, conforme o caso, contados a partir da data da aquisição. (Incluído pela Lei nº 11.051, de 2004) 6º As disposições deste artigo aplicam-se à Contribuição para o PIS/Pasep- Importação e à Cofins-Importação incidentes sobre os produtos de que trata o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.482, de 2007) 6º-A. A suspensão de que trata este artigo alcança as receitas de frete, bem como as receitas auferidas pelo operador de transporte multimodal, relativas a frete contratado pela pessoa jurídica preponderantemente exportadora no mercado interno para o transporte dentro do território nacional de: (Redação dada pela Lei nº 11.774, de 2008) I - matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem adquiridos na forma deste artigo; e(incluído pela Lei nº 11.488, de 2007) II - produtos destinados à exportação pela pessoa jurídica preponderantemente exportadora. (Incluído pela Lei nº 11.488, de 2007) 7º Para fins do disposto no inciso II do 6o-A deste artigo, o frete deverá referir-se ao transporte dos produtos até o ponto de saída do território nacional. (Incluído pela Lei nº 11.488, de 2007) 8º O disposto no inciso II do 6o-A deste artigo aplica-se também na hipótese de vendas a empresa comercial exportadora, com fim específico de exportação. (Incluído pela Lei nº 11.488, de 2007) 9º Deverá constar da nota fiscal a indicação de que o produto transportado destina-se à exportação ou à formação de lote com a finalidade de exportação, condição a ser comprovada mediante o Registro de Exportação - RE. (Incluído pela Lei nº 11.488, de 2007) 10. (Revogado pela Lei nº 12.712, de 2012) 12. Conforme se demonstrará, os comandos legais mais importantes para solução dos questionamentos apresentados pela consulente constam do 4º do citado artigo. 13. Valendo-se das autorizações constantes do art. 87, parágrafo único, II, da Constituição Federal e do art. 100, I, do Código Tributário Nacional, a Secretraria da Receita Federal do Brasil, do Ministério da Fazenda, expediu a Instrução Normativa nº 595, de 27 de dezembro de 2005, disciplinando a aplicação do citado art. 40 da Lei nº 10.865, de 2004. 14. Outrossim, a Lei nº 10.865, de 2004, art. 40, 4º, retro, impõe aos beneficiários da suspensão tributária em voga a obediência aos termos e condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, como requisito necessário para a fruição do incentivo tributário. Dessa forma, a Instrução Normativa nº 595, de 2005, atua, no caso, como uma longa manus da Lei. 15. Transcrevem-se alguns artigos da Instrução Normativa nº 595, de 2005, considerados importantes para o deslinde das indagações feitas pela consulente: 4

Fls. 5 Instrução Normativa nº 595, de 2005 Arts. 2º, 6º, 8º e 14 Art. 2º Somente a pessoa jurídica previamente habilitada ao regime pela Secretaria da Receita Federal (SRF) pode efetuar aquisições de MP, PI e ME com suspensão da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins na forma do art. 1º. (grifou-se) Art. 6º A habilitação será concedida por meio de Ato Declaratório Executivo (ADE), emitido pelo Delegado da DRF ou da Derat, publicado no Diário Oficial da União. (grifou-se) Art. 8º A suspensão da exigibilidade das contribuições ocorrerá, em relação às MP, aos PI e aos ME, quando de sua aquisição por pessoa jurídica preponderantemente exportadora habilitada ao regime de que trata esta Instrução Normativa, observado que: I - a pessoa jurídica adquirente deve declarar ao vendedor, de forma expressa e sob as penas da lei, que atende a todos os requisitos estabelecidos, bem assim indicar o número do ADE que lhe concedeu o direito; e II - nas notas fiscais relativas às vendas de MP, PI e ME, deve constar a expressão "Saída com suspensão da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS", acompanhada da especificação do dispositivo legal correspondente, bem assim do número do ADE a que se refere o art. 6º. Art. 14. A pessoa jurídica habilitada ao regime poderá, a seu critério, efetuar aquisições de MP, PI e ME fora do regime, não se aplicando, neste caso, a suspensão da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidentes na venda daquelas mercadorias. (grifou-se) Parágrafo único. As MP, os PI e os ME adquiridos sem o benefício da suspensão geram direito ao desconto de créditos apurados na forma do art. 3º da Lei nº 10.637, de 2002, e do art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003. 16. Em relação à primeira pergunta da consultante, esta indaga se a tomadora do serviço de transporte (a empresa preponderantemente exportadora) tem poder discricionário para recusar a aplicação da suspensão. 17. De acordo com o art. 14 da Instrução Normativa nº 595, de 2005, supra, o beneficiário do incentivo fiscal tem, sim, o poder de, a seu critério, efetuar aquisições fora do regime de suspensão. 18. Embora o artigo da Instrução Normativa acima referido não diga respeito especificamente a contrato de transporte, mas à aquisição de insumos, o entendimento, em relação à discricionariedade do beneficiário em transacionar ou não ao amparo do regime, permanece. 19. Isto porque a Instrução Normativa, ao dispor sobre a operação principal (aquisição de insumos), manifestou-se favoravelmente à discricionariedade do beneficiário na aplicação do benefício. Assim, nada mais coerente e razoável que uma operação menor (contrato de transporte), mesmo não fazendo parte explicitamente do conteúdo do ato normativo, por ter sido incluída ao amparo do regime (via Leis nº 11.488, de 2007 e nº 11.774, de 2008) em data posterior à feitura da Instrução Normativa, receba o mesmo tratamento. 20. No que tange à segunda e à terceira perguntas, a consulente questiona se uma empresa transportadora poderá aplicar a suspensão da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins em ocasiões nas quais uma firma preponderantemente exportadora não possui Ato Declaratório Executivo (ADE), ou seja, não está devidamente habilitada junto à Secretaria da Receita Federal do Brasil, porém declara que atende aos termos e às condições exigidos pela legislação. 5

Fls. 6 21. Quanto a estes questionamento, a mencionada Instrução Normativa nº 595, de 2005, em seu art. 2º, estabelece expressamente que somente a empresa previamente habilitada poderá ser considerada uma empresa preponderantemente exportadora para efeito do regime. Ora, uma pessoa jurídica que não possui Ato Declaratório Executivo (ADE), documento que atesta o atendimento aos termos e às condições estabelecidos para fruição do benefício, não está habilitada ao regime e, portanto, não pode gozar de suas benesses, nem tampouco gerar efeitos benéficos para contribuintes que lhe prestem serviço, como as transportadoras, tanto por desatender aos ditames da lei como às prescrições do ato normativo. 22. Assim, impende declarar a ineficácia da presente consulta quanto ao segundo e terceiro questionamentos em análise (apresentados nos itens 2 e 3 do parágrafo 6), dada a existência de ato normativo que disciplina a matéria e foi publicado na Imprensa Oficial antes de sua apresentação, conforme determina o inciso VII do art. 18 da vigente Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 16 de setembro de 2013, e determinava o inciso VII do art. 15 da Instrução Normativa RFB nº 740, de 2 de maio de 2007, que vigorava à época da formulação desta consulta. Conclusão 23. Diante do exposto, soluciona-se a presente consulta respondendo que a empresa preponderantemente exportadora devidamente habilitada poderá, a seu critério, efetivar contrato de transporte interno fora do regime, não se aplicando nesta hipótese a suspensão da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, prevista no art. 40 da Lei nº 10.865, de 2004. 24. Declara-se ineficaz a presente Solução de Consulta em relação aos questionamentos 2 e 3 relacionados no parágrafo 6. À consideração superior. AYLTON JOSÉ DA SILVA PEREIRA Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (RFB) De acordo. À consideração do Coordenador da Cotex. RONI PETERSON BERNARDINO DE BRITO Auditor-Fiscal da RFB - Chefe da Direi De acordo. À consideração do Coordenador-Geral da. JOÃO HAMILTON RECH Auditor-Fiscal da RFB - Coordenador da Cotex 6

Fls. 7 Ordem de Intimação Aprovo a Solução de Consulta. Divulgue-se e publique-se nos termos do art. 27 da Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 16 de setembro de 2013. Encaminhe-se à Disit da SRRF 8ª RF, para ciência à consulente. FERNANDO MOMBELLI Auditor-Fiscal da RFB - Coordenador-Geral da 7