Aplicacation rapidaassessment protocol for vharacterization of environmental quality of stock captation (Rio Pequeno) in the City of Linhares, ES

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Transcrição:

Copyright mar-abr 2015 do(s) autor(es). Publicado pela ESFA [on line] http://www.naturezaonline.com.br Oliveira FM, Nunes TS (2015) Aplicação de protocolo de avaliação rápida para caracterização da qualidade ambiental do manancial de captação (Rio Pequeno) do município de Linhares, ES. Natureza on line 13 (2): 86-91. Submetido em: 15/02/2015 Revisado em: 20/03/2015 Aceito em:05/04/2015 ISSN 1806 7409 Aplicação de protocolo de avaliação rápida para caracterização da qualidade ambiental do manancial de captação (Rio Pequeno) do município de Linhares, ES Aplicacation rapidaassessment protocol for vharacterization of environmental quality of stock captation (Rio Pequeno) in the City of Linhares, ES Fernando M Oliveira¹ e Tatiana S Nunes² 1. Biólogo, especialista em Gestão Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Linhares Av. Comendador Rafael, 1743 Centro, 2. Mestre em Biociências e Biotecnologia pela Universidade Estadual Norte Fluminense - Av. Comendador Rafael, 345, Aviso, Linhares ES *Autor para correpodência: fernandoabel@ig.com.br Resumo Protocolos de Avaliação Rápida (PAR s) são ferramentas que realizam a análise integrada dos ecossistemas lóticos por meio de uma metodologia de fácil aplicação, que através de uma inspeção visual da área captam as características do habitat para a valoração do grau de impacto medido em escores pré-estabelecidos, determinando a qualidade ambiental. Neste trabalho foram aplicados protocolos de avaliação rápida em um manancial de captação (rio Pequeno) pertencente à bacia Hidrográfica do Baixo rio Doce no município de Linhares-ES, onde 11 trechos foram selecionados de acordo com critério ecomorfológicos dos cursos d água, condizentes com os parâmetros propostos no PAR utilizado, para serem avaliados durante o período seco e chuvoso. Foram atribuídos para os protocolos valores referentes às características da vegetação, da qualidade da água e das características sedimentológicas do canal fluvial, que atuam diretamente no estabelecimento de comunidades aquáticas e na qualidade do habitat. Durante os períodos apenas 2,27% dos trechos foram avaliados como naturais, 86,37% como alterados e 11,36% como impactados. Os resultados obtidos através da aplicação dos PAR s revelaram que o manancial de captação, passam por fortes impactos antrópicos decorrentes do uso e ocupação do solo que prejudicam a qualidade ambiental, refletindo diretamente na má qualidade da água. Palavras-chaves: gestão de recursos hídricos, corpo hídrico, avaliação de impacto ambiental. Abstract Rapid Assessment Protocol (RAP s) are tools that perform integrated analysis of stream ecosystems through a methodology easy to implement, which through a visual inspection of the area, capture the characteristics of the habitat for rating the degree of impact measured in set scores, determining environmental quality. In this work the rapid assessment protocols were applied to a wealth of captation (rio Pequeno) belongs to the hydrographic basin of the Baixo rio Doce in Linhares-ES, where 11 excerpts were selected according to criteria Ecomorphological watercourses, consistent with the parameters proposed in RAP used for assessment during the dry and rainy season. Were allocated to the protocols values for the characteristics of the vegetation, water quality and sediment characteristics of the river channel, which act directly on the establishment of aquatic communities and habitat quality. During periods only 2.27% of the segments were evaluated as natural, as amended 86.37% and 11.36% as impacted. The results obtained through application of RAP s revealed that the source of funding, undergo strong human impacts from the use and occupation of land that undermine environmental quality, reflecting directly the poor water quality. Keywords: water resources management, hydride body, environmental impact assessment. Introdução A água é um composto químico indispensável à manutenção da vida em todo o planeta, isso a torna insubstituível e indispensável para todas as atividades humanas. Os impactos causados pelo homem ao ambiente natural vêm, ao longo do tempo, dificultando sua utilização do ponto de vista sustentável, e consequentemente diminuindo sua disponibilidade. Os processos que interferem nas condições naturais

87 dos recursos hídricos estão relacionados, principalmente, à urbanização e exploração do solo e subsolo pela mineração e agropecuária. O uso e ocupação do solo de uma bacia hidrográfica e consequentemente, os usos múltiplos da água alteram as características físico-químicas e ambientais não apenas dos corpos hídricos, mas também de suas margens e do seu entorno. Sendo assim, são poucos os cursos fluviais que ainda mantêm suas condições naturais preservadas (Vargas e Júnior 2012). A alteração dos ambientes de água corrente pela atividade humana tem longa e antiga história, produzida pela evolução das civilizações. Associa-se isso ao prejuízo causado pelo desmatamento ao meio ambiente, sem considerar que esse é provocado pela colonização humana e pela agricultura, os reais causadores das modificações das paisagens e da hidrografia da maioria das regiões (Allan e Flecker 1993, Minatti-Ferreira e Beaumord 2004). A manutenção e a preservação de ecossistemas de rios e riachos são necessidades urgentes requeridas pela sociedade moderna, porém ainda são escassos os estudos feitos nesse sentido, especialmente no Brasil (Beaumord 2000). Neste contexto se inserem os Protocolos de Avaliação Rápida de Rios (PARs), instrumentos utilizados na mensuração da qualidade ambiental e, que levam em consideração a análise integrada dos ecossistemas lóticos através de uma metodologia simples e de rápida aplicação (Rodrigues et al. 2008). Os PARs permitem avaliar os níveis de impactos em trechos de rios e constituem uma importante ferramenta nos programas de monitoramento ambiental (Callisto et al. 2001, Vargas e Júnior 2012). Estes protocolos avaliam a estrutura e o funcionamento dos ecossistemas aquáticos contribuindo com o manejo e a conservação, tendo como base parâmetros de fácil entendimento e de utilização simplificada. Essa avaliação consiste em uma inspeção visual do ambiente que substitui ou que agrega indicadores aos resultados das tradicionais análises físico-químicas e bacteriológicas de qualidade da água. (Callisto et al. 2002, Vargas e Júnior 2012). Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo, avaliar o grau de impacto ambiental sofrido pelo manancial de captação, rio Pequeno, situado no município de Linhares, por meio da aplicação de um protocolo de avaliação de rápida. Métodos A área de estudo está localiza no Município de Linhares, aos aproximadamente 28 metros do nível do mar. O Clima é classificado como tropical úmido segundo o sistema de Köppen, com média anual de precipitação de 1.093 mm, sendo os meses de outubro a fevereiro os mais chuvosos (Drago 2003). As médias anuais de temperatura e umidade relativa do ar são 23,3ºC e 82,6%, respectivamente e a vegetação pode ser classificada como Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas (Veloso et al. 1991, Peixoto et al. 1995). Figura 1 Representação cartográfica da conexão da lagoa Juparanã com o rio Doce, por meio do rio Pequeno. Adaptado de Cavati e Fernandes (2008). No município está concentrado elevado número de lagoas, aproximadamente sessenta e nove, destacando-se a lagoa Juparanã, a maior do Estado em extensão, que recebe as águas dos rios São José e São Rafael, desaguando no rio Doce através do rio Pequeno, como pode ser obervado na Figura 1 (Gonçalves 2005). O rio Pequeno possui aproximadamente 7 km de extensão e é o principal manancial que abastece o município de Linhares. Apresenta fluxo bidirecional dependendo do nível hidrológico da lagoa Juparanã e do rio Doce. Ao longo de sua extensão a ocupação das margens é bem diversificada, podendo ser relatado desde ocupação urbana à agropecuária (Moraes 1974). O protocolo de avaliação aplicado neste estudo foi composto por duas partes que avaliam o sistema por meio de um conjunto de 22 parâmetros distribuídos em categorias e pontuadas de 0 a 4 na primeira parte, de acordo com o modelo proposto pela Agência de Proteção Ambiental de Ohio (EUA) (EPA, 1987), e de 0 a 5 na segunda parte, de acordo com protocolo modificado de Hannaford et al. 1997 apud Callisto et al. 2002. A primeira parte avalia as características de trechos da drenagem e nível de impactos ambientais decorrentes de atividades antrópicas, dando maior ênfase à qualidade da água e do substrato e atribuindo menor peso a erosão e à cobertura vegetal das margens. A segunda parte avalia a complexidade do habitat e o seu nível de conservação, atribuindo maior importância às características do fluxo d água e ao tipo de substrato para o estabelecimento de comunidades aquáticas, e menor pontuação à estabilidade das margens e à presença da mata ciliar e plantas

88 Tabela1 Intervalos de pontuação para cada situação ambiental do Protocolo de Avaliação Rápida proposto por Callisto et al. (2002). Pontuação Situação ambiental 61 100 pontos Natural 41 60 pontos Alterado 0 40 pontos Impactado aquáticas (Vargas e Júnior 2012). A primeira parte do protocolo corresponde a 40% da pontuação e a segunda parte a 60%. O valor final do protocolo de avaliação foi obtido a partir do somatório dos valores atribuídos a cada um dos parâmetros. As pontuações refletem o nível de preservação dos trechos do rio estudado (Tabela 1) e quando reunidos esses trechos indicam a situação ambiental do rio como um todo (Vargas e Júnior 2012). Para a consolidação da metodologia utilizada foram realizadas quatro aplicações do PAR. Duas no período seco (Março e Abril - 2014), onde o fluxo hídrico do rio Pequeno é descendente, indo da lagoa Juparanã para o rio Doce, e duas no período chuvoso (Outubro e Novembro - 2013), onde o fluxo é ascendente, indo ao inverso, do rio Doce à lagoa Juparanã. Em cada uma das duas estações do ano, os PAR s foram aplicados ao longo do rio Pequeno em onze pontos georreferenciados em WSG84, como pode ser observado na Figura 2. As coordenadas podem ser observadas na Tabela 2. Os critérios utilizados para seleção dos trechos analisados basearam-se nas características ecomorfológicas dos cursos d água, as quais incluem geologia local, vegetação e relevo, condizentes com os parâmetros propostos no PAR utilizado, bem como pela facilidade de acesso aos trechos. Em cada trecho estudado, o PAR foi aplicado conjuntamente por dois avaliadores previamente treinados. Os resultados encontrados após a aplicação dos PAR s foram classificados de acordo com a proposta de Callisto et al. (2002), e processados estatisticamente por meio do desvio padrão amostral e da linha de tendência linear para verificar a existência Tabela 2 Pontos de aplicação do protocolo georeferrenciados em WGS 84. Pontos Amostrais mn me de variações significativa entre as estações seca e chuvosa. Resultados e discussão 1 0387640 7854048 2 0387001 7854701 3 0387132 7855212 4 0387214 7855802 5 0387003 7856449 6 0386741 7857318 7 0386373 7857955 8 0386021 7858366 9 0385987 7858933 10 0385992 7859215 11 0385828 7859415 A avaliação realizada no do rio Pequeno revelou que dos 11 pontos avaliados em um período de 4 (quatro) meses, apenas 2,27% foram classificados com pontos naturais, 11,36% foram classificados como pontos impactados e 86,37% foram classificados como pontos alterados. Conforme pode ser observada na Tabela 3, a avaliação realizada pelo estudo apresentou resultados negativos, tendo em vista a obtenção de elevado percentual de ambientes classificados como alterados e impactados de acordo com a classificação de Callisto et al. (2002), os quais juntos corresponderam a 97,2% dos trechos analisados. Após o cálculo das médias e do desvio padrão de todas as estações amostrais de cada período avaliado, não foi possível verificar variações significativas entre as amostragens realizadas no período chuvoso e seco. A Figura 3 mostra que as médias dos valores obtidos durante a aplicação do PAR em cada período correspondente encontram-se dentro do desvio padrão calculado para cada período, sendo assim não foi possível verificar variações significativas entre as duas estações do ano, muito menos entre Tabela 3 Valores das observações realizadas em onze pontos amostrais no manancial do rio Pequeno. Pontos Amostrais Out/2013 Nov/2013 Mar/2014 Abr/2014 Figura 2 Localização dos pontos de aplicação do protocolo no Rio Pequeno. Kosmo SIG, Ortofotomossaico, IEMA, 2008. 1 44 47 39 38 2 50 52 47 47 3 52 43 40 41 4 46 51 57 45 5 43 49 47 45 6 50 53 40 42 7 47 51 45 45 8 47 42 32 41 9 59 57 52 50 10 61 47 47 45 11 53 53 52 50

89 Figura 3. Médias dos períodos em que foi realizada a aplicação dos PAR s. O ponto representa à média aritmética do período e os traços o desvio padrão amostral. as amostragens dentro da mesma estação. Esses dados sugerem que as estações do ano não interferiram significantemente nos valores obtidos durante a aplicação dos protocolos, em divergência com os resultados encontrados por Rodrigues et al. (2012) no rio Gualaxo do Norte, onde este verificou que a aplicação dos PAR s em diferentes estações do ano poderiam criar viesses tendenciosos, principalmente no quesito sedimentos. O aumento no nível do rio, devido às chuvas, tende a descaracterizar os cursos d água alterando, principalmente, sua coloração, o fluxo hídrico, a quantidade de sedimentos nos leitos, e modificando os tipos de espécies vegetais aquáticas presentes ao longo do rio. Alterações nessas variáveis poderiam causar diferenças nas avaliações dos dois períodos, o que não foi constatado nesta pesquisa. É importante considerar que o rio Pequeno é um curso d água uniforme, quando comparado com outros rios de mesmas características. Sua profundidade varia muito pouco durante toda sua extensão e possui corredeiras muito lentas (Tose e Nunes 2005). Além disso, a topografia da região onde está inserido não apresenta grandes variações, sendo predominantemente plana. Todas essas peculiaridades contribuem para que haja poucas modificações fitoecológicas durante o período chuvoso, o que torna difícil registrá-las visualmente. Isso faz com que a influência do período do ano não interfira de maneira significativa na aplicação dos PAR s no rio em estudo, que por consequência acaba dando maior ênfase às alterações causadas pelo homem no corpo hídrico em particular. Por meio da Figura 4, são apresentadas as linhas de tendência Figura 5 Ocupação das margens junto ao canal que liga o manancial ao rio Doce. linear dos pontos avaliados. Foi possível observar que boa parte dos pontos considerados alterados quando se distanciam da interligação do rio Doce apresentaram valores mais próximos à classificação natural, isso revela uma tendência à redução da qualidade ambiental ao longo do rio Pequeno até o encontro com o rio Doce. É comum que a qualidade ambiental diminua ao longo dos trechos avaliados, principalmente se estes estiverem inseridos em áreas urbanas no decorrer do seu percurso (Callisto et al. 2002, Rodrigues et al. 2008, Vagas e Júnior 2012). Esse resultado já era esperado, pois o local onde o rio Pequeno encontra com o rio Doce é uma área inteiramente urbanizada com forte intervenção humana sobre seu leito. A maior parte da população que reside na região marginal ao rio Pequeno está localizada na foz junto à comunicação do manancial com o rio Doce. Logo, impactos como lançamento esgoto doméstico, lixo domiciliar, desmatamento da vegetação ripária com a finalidade de ocupação colaboram significativamente para que a qualidade ambiental nesta área seja reduzida (Figuras 5 e 6). Em relação às atividades antrópicas observadas ao longo do rio Pequeno e avaliadas pelo PAR, a mais comum foi o desmatamento da vegetação do entorno para a criação de áreas de pastagens. Poucos Figura 4 Pontuações obtidas por meio da aplicação do protocolo de avaliação rápida. As linhas contínuas no gráfico representa a linha de tendência linear. Figura 6 Ocupação das margens junto ao canal que liga o manancial ao rio Doce.

90 Figura 7 Processo erosivo as margens no rio Pequeno. foram os trechos observados nos quais havia presença de mata ciliar nativa e bem preservada. Construções de residências próximas às margens, bem como lançamento de esgotos domésticos e presença de lixo nas margens e no leito do rio foram também observados, porém em menor proporção ao longo dos trechos avaliados. A instabilidade das margens foi o principal aspecto negativo observado em toda a sua extensão, quando aplicado o protocolo de avaliação rápida (Figuras 7 e 8). A agropecuária praticada junto às margens do rio Pequeno é a atividade que mais contribui para os processos erosivos causando assoreamento e aumento da turbidez do corpo hídrico em alguns pontos. Este fato é resultado da substituição da mata ciliar anteriormente existente às margens por pastagens para a realização desta atividade. Com relação ao substrato encontrado no fundo do leito do manancial, em pontos específicos, foi possível observar a presença de substrato argiloso com aspecto mucilaginoso proveniente da decomposição de matéria orgânica e desenvolvimento de alguns tipos de algas. Foi possível observar durante a aplicação do PAR a presença de muitas macrofitas, principalmente do gênero Eichhornia sp., e Figura 9 Macrofitas do gênero Eichhornia sp. encontrados na área de avaliação. coloração esverdeada da água (conforme Figuras 9 e 10) em alguns pontos avaliados. Isso indica, em geral, que a qualidade das águas não é boa e que os usos podem estar comprometidos devido ao excesso de nutrientes em determinados pontos (Pedralli 2003). Esse acúmulo ocorre principalmente nos remansos, regiões onde as águas ficam estagnadas, devido à baixa velocidade das corredeiras do rio, o que favorece o desenvolvimento destas espécies. O excesso de nutriente é proveniente principalmente do esgoto lançado in natura nas margens do manancial. Mas também pode haver contribuição significativa dos fertilizantes químicos aplicados nas lavoras localizadas nas proximidades do corpo hídrico, como descreve Folleto et al. (2013), além da grande quantidade de matéria orgânica proveniente da piscicultura, atividade pioneira na região, e que é praticada em diversos pontos da lagoa Juparanã. No período seco, quando o rio Doce encontra em seu nível mais baixo, a lagoa Juparanã exerce grande influencia sobre o rio Pequeno, pois as águas escoam em sentido ao rio Doce. As chuvas ocasionais que ocorrem nesse período lixiviam os compostos presentes no solo das lavouras próximas a lagoa Juparanã e este são carreados para o corpo hídrico, e seguindo o fluxo característico desse período, são Figura 8 Processo erosivo as margens no rio Pequeno Figura 10 Macrofitas do gênero Eichhornia sp. encontrados na área de avaliação.

91 levados para o rio Pequeno que por sua vez acabam acumulados nos pontos onde a correnteza possui menor velocidade, como nos remansos, por exemplo, e acabam favorecendo o desenvolvimento de algas e macrofitas aquáticas, que são bioindicadores negativos da qualidade ambiental (Folleto et al. 2013). Os resultados obtidos através da aplicação do Protocolo de Avaliação Rápida revelaram que o manancial de captação passa por fortes impactos antrópicos decorrentes do uso e ocupação do solo que prejudicam a qualidade ambiental, que reflete diretamente na má qualidade da água. A partir das análises foi possível verificar a necessidade de adotar medidas que venham pelo menos minimizar os processos de degradação do rio Pequeno, o que poderia ser feito por meio de políticas públicas de saneamento básico e regularização da ocupação do solo as suas margens, com o apoio das autoridades locais envolvidas na questão da gestão de recursos hídricos do município. O desenvolvimento de projetos de recuperação de áreas degradadas às margens do manancial, por meio de condicionantes ambientais originadas do processo de licenciamento ambiental de grandes empresas na região, seria uma opção para viabilizar a recuperação da vegetação ripária de forma a tornar estável às margens e controlar assim processos erosivos já presentes na área estudada. Referências Allan JD, Flecker AS (1993). Identifying the major factors that threaten destruction of riverine species and ecosystems. Biodiversity conservation in running waters. Bio Science 43: 32-42. Beaumord AC (2000). The Ecology and Ecomorphology of Fish Assemblages of the Paraná-Paraguay River Basin in Brazil. Ph.D. Dissertation. Santa Barbara, University of California. Callisto M, Ferreira W, Moreno P, Goulart MDC, Petrucio M (2002). Aplicação de um protocolo de avaliação rápida da diversidade de habitats em atividades de ensino e pesquisa (MG-RJ). Acta Limnologica Brasiliensis 14: 91-98. Callisto M, Moreno P, Barbosa FAR (2001). Habitat diversity and benthic functional trophic groups Serra do Cipó, Southeast Brazil. Revista Brasileira Biologia 61: 259-266. Cavati B, Fernandes VO (2008). Algas perifíticas em dois ambientes do baixo rio Doce (lagoa Juparanã e rio Pequeno Linhares, estado do Espírito Santo, Brasil): variação espacial e temporal. Acta Scienciarum Biological Sciences 30: 439-448. Drago WG (2003). Análise das secções transversais do rio Juparanã, no município de Linhares. Monografia. Curso de Graduação em Geografia, Faculdade de Ciência Aplicadas Sagrado Coração, Linhares, ES. EPA (Environmental Protection Agency) (1987). Biological criteria for the protection of aquatic life. Division of Water Quality Monitoring Assessment. Columbus, Ohio, V.1-III, Folletto FA, Feldens MJ, Ferreira ER (2013). Variações sazonais das concentrações de nitrato no trecho médio do rio Taquari / RS. In: XX Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos. Bento Gonçalves, RS. Gonçalves MA (2005). Ecofisiologia de algas fitoplanctônicas na lagoa Juparanã (Linhares ES): variação espacial, temporal e bioindicadores do estado trófico. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-graduação em Biologia Vegetal, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, ES. Minatti-Ferreira DD, Beaumord AC (2004). Avaliação rápida de integridade ambiental das sub-bacias do rio Itajaí-Mirim no município de Brusque, SC. Revista Saúde e Ambiente 5: 21-27. Moraes C (1974). Geografia do Espírito Santo. Vitória, Fundação Cultural do Espírito Santo, ES. Pedralli G (2003). Ecologia e Manejo de Macrófitas Aquáticas. Maringá, EDUEM. Peixoto AL, Rosa MMT, Joels LCM (1995). Diagramas de perfil e de cobertura de um trecho da Floresta de Tabuleiro na Reserva Florestal de Linhares (Espírito Santo, Brasil). Acta Botanica Brasilica 9: 177-194. Rodrigues ASL, Malafaia G, Castro PTA (2008). Avaliação ambiental de trechos de rios na região de Ouro Preto-MG através de um protocolo de avaliação rápida. Revista de Estudos Ambientais 10:74-83. Rodrigues ASL, Malafaia G, Costa AT, Júnior HAN (2012). Adequação e avaliação da aplicabilidade de um Protocolo de Avaliação Rápida na bacia do rio Gualaxo do Norte, Leste-Sudeste do Quadrilátero Ferrífero, MG, Brasil. Revista Ambiente & Água 7: 231-244. Tose BM, Nunes TS (2005) Avaliação Limnológica do rio Juparanã- Linhares-ES: Aspectos Físicos e Físico-Químicos. Monografia. Curso de Graduação em Ciências Biológicas, Faculdade de Ciências Aplicadas Sagrado Coração, Linhares, ES. Vargas JRA, Júnior PDF (2012). Aplicação de um Protocolo de Avaliação Rápida na Caracterização da Qualidade Ambiental de Duas Microbacias do Rio Guandu, Afonso Cláudio, ES. Revista Brasileira de Recursos Hídricos 17: 161-168. Veloso HP, Rangel FALR, Lima JCA (1991). Classificação da Vegetação Brasileira Adaptada a um Sistema Universal. Rio de Janeiro, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.