CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ Aula 12:

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Transcrição:

Aula 12: Pessoal, o assunto da aula de hoje merece uma atenção especial, pois é um tema pouco estudado pelos concurseiros em geral. Ele passa ali despercebido, escondidinho entre a parte principal do Legislativo e o Poder Executivo. Vamos estudar hoje a Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária, os famosos "controles externo e interno das contas públicas". Vambora: FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA: Este tema está no art. 70 ao 75 da Constituição e em algumas jurisprudências e doutrina. A esmagadora maioria das questões trata da literalidade do art. 71. É imprescindível a leitura atenta, principalmente, do art. 70 e 71 da Constituição. Ok? É essencial! Noções iniciais sobre o tema: CF, art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder; CF, Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União(...). Deve-se ter atenção a estas disposições, elas são muito cobradas, assim, a fiscalização ocorre quanto à: Legalidade; Legitimidade; Economicidade; Aplicação das subvenções e renúncia de receitas. Sobre as subvenções e renúncias de receita, podemos entender, grosso modo, como aqueles incentivos oferecidos pelo governo, injetando recursos ou deixando de tributar alguma entidade ou setor da economia. Podemos compilar e entender o dispositivo citado da seguinte forma: o controle será capaz de analisar todos aqueles deveres, que mediante lei, os agentes públicos estão obrigados a cumprir, aqueles 1

atos que se revestem de forma vinculada. No entanto, não caberá a analise de atos discricionários, ou seja, atos que dependem da mera avaliação de conveniência e oportunidade do administrador público para serem realizados. Art. 70, Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. Ou seja, qualquer um que estiver se envolvendo com algum recurso público estará sujeito à prestação de contas. Precisamos saber que: 1- O controle das contas públicas pode se dar por duas formas: Controle Externo Quando um Poder fiscaliza as contas do outro Poder. Controle Interno Quando o próprio poder instituiu meios de controles de suas contas. 2- O controle externo é exercido pelo Poder Legislativo (Congresso Nacional), ou seja, o Congresso Nacional é que fiscaliza as contas dos demais Poderes. 3- O Tribunal de Contas da União (TCU) é o órgão que auxilia o Congresso Nacional no controle externo. 4- Embora o TCU tenha o nome de "tribunal" ele não pertence ao Judiciário, está vinculado ao Legislativo. Assim, o TCU é um órgão "técnico" e não "jursdicional" - suas decisões, por conseguinte, são decisões administrativas e não judiciais, logo, podem ser revistas pelo Poder Judiciário, devido ao princípio da inafastabilidade do Judiciário. 5- O controle interno deve ser feito por todos os Poderes dentro de sua própria estrutura interna. 6- Todos que, de alguma forma, forem responsáveis ou receberem verbas públicas estarão sujeitos ao controle externo do Congresso Nacional. OBSERVAÇÃO: Discute-se doutrinariamente se o TCU é órgão integrante ou não do Poder Legislativo. Para concursos, as bancas entendem que o TCU integra o Poder Legislativo, embora não esteja subordinado a tal poder, apenas vinculado. Exceção se faz à banca CESPE que não 2

considera o TCU como integrante do Legislativo, constituindo-se em órgão autônomo sui generis tal como o Ministério Público. Veja algumas questões que outras bancas já fizeram: (FGV/Fiscal - SEFAZ-MS/2006) Qual é o órgão de controle externo integrante do Poder Legislativo Federal? a) Conselho Nacional de Justiça. b) Advocacia-Geral da União. c) Conselho de Contribuintes. d) Tribunal de Contas da União. e) Secretaria de Controle Federal. Gabarito: Letra D. (FUNRIO/FURNAS/2009 - Adaptada) O Tribunal de Contas da União integra o poder legislativo, competindo-lhe exercer a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas. (Correto). Agora veja o CESPE: (CESPE/Juiz Substituto - TJ TO/2007 - Adaptada) Os tribunais de contas são órgãos integrantes da estrutura do Poder Legislativo, com competência para auxiliá-lo no controle externo. O CESPE deu o gabarito como "errado", colocando os TC s fora da estrutura do Poder Legislativo. Sabendo dessas noções gerais, vamos treinar um pouco: 1. (FCC/AJAJ-TRT8ª/2010) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida a) pelo Supremo Tribunal Federal, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno pela Comissão Nacional de Justiça. 3

b) pela Comissão Nacional de Justiça, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno do Supremo Tribunal Federal. c) pelo Superior Tribunal de Justiça, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno da Comissão Nacional de Justiça. d) pela Advocacia Geral da União, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. e) pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Questão literal do art. 70 da Constituição, que dispensa maiores comentários. O controle das contas públicas é feito mediante controle externo - realizado pelo Congresso com auxílio do TCU - e pelo sistema de controle interno que todo Poder (inclusive o próprio Legislativo) deve instituir. (P.S - Essa questão - bem como suas variações - se repete algumas dezenas de vezes, seja para nível médio ou superior, área jurídica ou administrativa) Gabarito: Letra E. 2. (FCC/AJAJ-TRT24ª/2011) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida, mediante controle externo, pelo a) Ministro da Justiça. b) Advogado Geral da União. c) Chefe da Casa Civil. d) Supremo Tribunal Federal. e) Congresso Nacional. Mais uma questão literal do art. 70 da Constituição. Gabarito: Letra E. 3. (FCC/AJ Enfermagem-TRT9ª/2010) Em relação à fiscalização contábil, financeira e orçamentária, é certo que o controle externo a cargo do Congresso Nacional será exercido com o auxílio a) do Tribunal de Contas da União. b)dos órgãos de controle interno de toda a federação. 4

c) da Controladoria-Geral da União, dos Estados e Municípios. d) dos Conselhos de Contas e demais órgãos de controle interno. e) dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal. Questão muito direta e simples. O órgão auxiliar do Congresso Nacional para a realização do controle externo é o TCU (CF, art. 71). Gabarito: Letra A. 4. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) O controle externo, a cargo exclusivo do Senado Federal, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União. O controle externo fica a cargo do Congresso e não do Senado, nos termos do art. 71 da Constituição. 5. (FCC/Defensor-DP-SP/2009) Os membros dos Tribunais de Contas são subordinados ao poder ao qual pertencem, eis que praticam atos de fiscalização sob seu comando e controle. Questão doutrinária. Entende-se que os Tribunais de Contas fazem parte do Poder Legislativo, mas não estão subordinados a nenhum órgão do referido poder, mas sim, permanecem apenas com uma "vinculação", resguardando a sua autonomia. 6. (FCC/Defensor-DP-SP/2009) O Tribunal de Contas é órgão do Poder Judiciário de extrema relevância, pois cabe-lhe aplicar sanções aos entes da Administração que causarem dano ao patrimônio público. Como vimos, embora o TCU tenha o nome de "tribunal" ele não pertence ao Judiciário, está vinculado ao Legislativo. Assim, o TCU é um órgão "técnico" e não "jursdicional" - suas decisões, por conseguinte, são decisões ADMINISTRATIVAS e não judiciais. 5

7. (FCC/TJAA-TRT9/2010) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e de suas entidades, exercida pelo Congresso Nacional e por parte de cada Poder NÃO abrange aspectos de a) economicidade. b) aplicação de subvenções. c) instituição de tributos. d) legitimidade. e) renúncia de receitas. Vocês têm que gravar bem os objetos da fiscalização, que segundo o art. 70 são: Legalidade; Legitimidade; Economicidade; Aplicação das subvenções e renúncia de receitas. Gabarito: Letra C. 8. (FCC/Assistente- TCE - AM/2008) Compete ao Tribunal de Contas da União, dentre outras atribuições, auxiliar o Poder Judiciário no exercício do controle externo da Administração Pública. Quem realiza o controle externo das Administração Pública é o Congresso Nacional, e não o Poder Judiciário. Assim, o TCU auxilia o Congresso e não o Judiciário. 9. (FCC/Procurador - Recife/2008) Estão excluídas da apreciação do Poder Judiciário os atos praticados pelos Tribunais de Contas. Os tribunais de contas são órgãos administrativos de natureza técnica. Desta forma, eles não possuem definitividade em seus julgamentos, que poderão ser revistos pelo Judiciário em caso de ofensa aos ditames da lei ou da Constituição. 6

10. (CESPE/FINEP/2009) Realizar a fiscalização contábil, financeira, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, mediante controle externo, é uma função típica do Congresso Nacional. Todos os poderes possuem funções típicas e atípicas. As funções típicas do Poder Legislativo são legislar e fiscalizar, e com atípicas temos as funções de julgar e administrar. No uso de sua função típica de fiscalização, caberá ao Congresso, segundo o art. 70 da CF, realizar a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, mediante controle externo. Gabarito: Correto. 11. (CESPE/TCE-AC/2009) As decisões proferidas pelo TCU quanto à aplicação de multas a administradores públicos têm natureza de ato jurisdicional. O TCU não é órgão do poder judiciário e sim órgão sui generis vinculado ao Poder Legislativo, assim, o STF decidiu que suas atividades tem caráter técnico e não jurisdicional. 12. (CESPE/Técnico-TCU/2009) As funções exercidas pelo TCU situam-se no âmbito do controle externo, como um dos aspectos da fiscalização da administração pública, prerrogativa constitucional do Poder Legislativo. O controle externo é exercido pelo Congresso Nacional, e este recebe o apoio do TCU nesta função, nos termos da Constituição em seu art. 70. Gabarito: Correto. 13. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Compete aos tribunais de contas dos estados o controle de economicidade para verificar se cada órgão procedeu, na aplicação da despesa pública, de modo mais econômico. Trata-se da aplicação da simetria federativa ao art. 70 da Constituição, que outorga ao Congresso com auxílio do TCU a competência para a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, 7

operacional e patrimonial será quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas. Gabarito: Correto. 14. (CESPE/TJAA-STF/2008) A função de um ministro de Estado que, nessa qualidade, realiza atividades fiscalizatórias dentro do órgão administrativo não se confunde com a atuação do TCU. A atuação do TCU é uma atribuição decorrente do controle externo a cargo do Congresso Nacional, enquanto a atuação do ministro decorre do controle interno ínsito a cada Poder. A fiscalização dos órgãos se faz de duas formas: mediante o controle externo a cargo do Congresso com auxílio do TCU e mediante controle interno que é feito dentro de cada um dos Poderes por eles próprios. Gabarito: Correto. 15. (ESAF/Analista-SUSEP/2010) As atribuições do Tribunal de Contas da União têm assento constitucional e é possível constatar alguns tipos de fiscalização a serem desempenhadas por aquela Corte de Contas. É correto afirmar que não é tipo de fiscalização: a) o controle da legitimidade. b) o controle da legalidade. c) o controle de conveniência política e oportunidade administrativa. d) o controle de resultados, de cumprimento de programa de trabalho e de metas. e) o controle de fidelidade funcional dos agentes da Administração responsável por bens e valores públicos. Questão teoricamente simples. O Tribunal de Contas é capaz de analisar a legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas. Podemos dizer então que o TC irá ser capaz de analisar todos aqueles deveres, que mediante lei, os agentes públicos são obrigados a cumprir, de forma vinculada. Não cabe ao TC, no entanto, analisar atos discricionários, ou seja, atos que dependem da mera avaliação de conveniência e oportunidade do administrador público para serem realizados. Gabarito: Letra C. 8

16. (ESAF/ANA/2009) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Perfeita literalidade do art. 70 da Constituição Federal. Gabarito: Correto. 17. (ESAF/AFC-CGU/2008) Deve prestar contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. Qualquer um que seja responsável por bens ou valores públicos deve prestar contas. É o que está disposto no art. 70, parágrafo único, da Constituição Federal. Gabarito: Correto. 18. (NCE/Secretário de Procuradoria - MPE-RJ/2002) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta será exercida mediante o controle externo: a) do Ministério Público Federal; b) do Tribunal de Contas da União. c) do Congresso Nacional; d) do Senado Federal; e) da Câmara dos Deputados. Questão literal do art. 70 da Constituição. Gabarito: Letra C. 19. (NCE/Técnico Sup. Administrativo - MPE-RJ/2007) Considerando as normas constitucionais relativas à fiscalização contábil, financeira e orçamentária, assinale a afirmativa correta: 9

a) o exercício do controle administrativo, financeiro e orçamentário interno é facultativo para o Ministério Público, tendo em vista sua autonomia administrativa e financeira; b) o exercício do controle administrativo, financeiro e orçamentário interno tem como objetivo evitar o controle externo do Tribunal de Contas; c) a manutenção de controle interno, facultativa por força do princípio da separação de poderes, destina-se a apoiar o controle externo do Poder Legislativo; d) a manutenção de controle interno, obrigatória por determinação constitucional, destina-se a apoiar o controle externo do Poder Legislativo; e) o controle interno destina-se a avaliar o cumprimento das metas orçamentárias, enquanto o controle externo visa à responsabilização criminal dos gestores públicos. A resposta correta é a letra D, o controle externo é uma obrigação de todo o Poder Público, como forma de auxiliar o controle externo em sua missão institucional. No art. 74 da Constituição Federal, encontramos as tarefas do Controle Interno, mas todas elas são basicamente um apoio prestado ao controle externo, feito internamente na estrutura de cada órgão. Gabarito: Letra D. 20. (NCE/Técnico Sup. Administrativo - MPE-RJ/2007) Acerca da fiscalização contábil, financeira e orçamentária, assinale a alternativa correta: a) o Poder Legislativo possui como funções atípicas a fiscalização política-administrativa e a fiscalização financeira-orçamentária; b) a fiscalização externa contábil, financeira e orçamentária do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, quanto à legalidade, legitimidade e economicidade foi atribuída pela Constituição do Estado ao Poder Legislativo Estadual; c) o Poder Legislativo tem a competência de exercer o controle financeiro externo das instituições públicas, exceto do Ministério Público e do Poder Judiciário, tendo em vista o princípio da separação de poderes; d) o constituinte de 1988, ao instituir o sistema de controle interno de cada Poder, afastou a competência ordinária do poder legislativo para o controle externo; e) a fiscalização externa contábil, financeira e orçamentária do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, quanto à legalidade, 10

legitimidade e economicidade são atribuídas pela Constituição Federal ao Tribunal de Contas da União. Letra A Errado. A fiscalização é uma função típica do Legislativo e não atípica: Poder Função típica Função Atípica Executivo Administrar Julgar e Legislar Legislativo Judiciário Julgar Legislar e fiscalizar através do controle externo Julgar Administrar Legislar Administrar e e Letra B Correto. O Poder Legislativo é sempre o responsável pelo Controle Externo, seja ele Federal, Estadual ou Municipal. Letra C Errado. O controle externo das contas incide sobre todo o Poder Público, não estão fora desse contexto o Judiciário e o Ministério Público. Letra D Errado. Cada poder deve exercer o seu controle interno, esse controle interno deve auxiliar o controle externo por parte do Legislativo e não afastá-lo. Letra E Errado. O MPE-RJ como órgão estadual, tem seu controle externo realizado pela Assembleia Legislativa (Poder Legislativo Estadual), com auxílio do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Gabarito: Letra B. Competências do TCU: Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: Parecer sobre as contas do Presidente: I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; 11

Veja que o TCU apenas aprecia as contas, e emite um parecer em 60 dias. Não cabe ao TCU julgar as contas do Presidente, esse julgamento será feito pelo Congresso Nacional. CF, art. 84, XXIV Dentro de 60 dias após a abertura da sessão legislativa, o Presidente deve prestar as suas contas ao Congresso Nacional, para que o TCU emita este parecer prévio (também em 60 dias). Caso o Presidente não faça a prestação de contas, caberá à Câmara dos Deputados promover a tomada de contas, como já visto. 21. (FCC/Oficial de Justiça - TJ-PA/2009) Compete ao Tribunal de Contas da União apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento. Esta competência é atribuída pela Constituição Federal, em seu art. 71, I. Perceba que o TCU apenas aprecia as contas, e emite um parecer em 60 dias. Não cabe ao TCU julgar as contas do Presidente, julgamento este que será feito pelo Congresso. Gabarito: Correto. 22. (FCC/Auditor - TCE - AL/2008) Compete ao Tribunal de Contas da União julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo. O TCU não tem competência para julgar as contas do Presidente, apenas "apreciá-las" e emitir um parecer prévio. A Competência para o julgamento será do Congresso Nacional, bem como a apreciação dos relatórios sobre a execução dos planos de governo (CF, art. 49, IX). 23. (CESPE/Técnico - TCE-TO/2008) Compete ao Tribunal de Contas da União (TCU) apreciar e julgar as contas do chefe do Poder Executivo. O TCU não tem competência para julgar as contas do Presidente, apenas "apreciá-las" e emitir um parecer prévio. A Competência para o julgamento será do Congresso Nacional. Lembrando que da abertura da sessão legislativa o Presidente terá sessenta dias para apresentar contas ao Congresso, que passarão por um parecer prévio 12

do TCU. Se decorrido este prazo de sessenta dias e o Presidente não apresentar suas contas, caberá à Câmara dos Deputados tomar as contas do Presidente. (CF, art. 51, II). Julgamento das contas dos demais responsáveis: II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; Agora, o termo usado já foi "julgar", deve-se atentar a isto. 24. (FCC/Oficial de Justiça - TJ-PA/2009) Compete ao Tribunal de Contas da União julgar as contas dos administradores responsáveis por dinheiros e serviços públicos da administração direta e indireta, excluídas as fundações e sociedades mantidas pelo Poder Público Federal. Segundo a Constituição em seu art. 71, II, o correto seria "incluídas as fundações e sociedades mantidas pelo Poder Público". 25. (CESPE/AJAA - TRT 5ª/2009) As contas dos responsáveis por recursos públicos no TRT da 5.ª Região são julgadas pelo TCU. Trata-se de competência atribuída ao TCU pelo art. 71, II da Constituição que confere ao órgão o poder de julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público. Gabarito: Correto. 26. (CESPE/Técnico-TCU/2009) A CF conferiu ao TCU a competência para julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, porém não atribuiu a esse tribunal competência para 13

aplicar sanções aos responsáveis quando constatada a ocorrência de ilegalidade de despesa ou de irregularidade de contas, por se tratar de competência exclusiva do Congresso Nacional. A Constituição é expressa ao prever em seu art. 71, VIII que cabe ao TCU aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário. 27. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) Nos termos da Constituição, compete ao Tribunal de Contas da União - TCU julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público Federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público. Quando o constituinte utiliza a expressão "julgar as contas", ele quer dizer que a natureza das decisões proferidas pelo TCU são jurisdicionais. As decisões são administrativas, já que o TCU é um órgão técnico que não exerce a jurisdição no sentido estrito. Desta forma, não existe também definitividade jurisdicional em suas decisões. 28. (ESAF/ANA/2009) No exercício do controle externo, ao Congresso Nacional compete julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo poder público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público. Trata-se de competência do TCU encontrada no art. 71, II da CF. Apreciar a legalidade da admissão de pessoal: III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e 14

mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório; Apreciará a legalidade e não o mérito dos atos de admissão de pessoal e, em se tratando de cargos em comissão, estas nomeações não serão apreciadas. Apreciará também as concessões de aposentadoria, reformas e pensões, mas não apreciará as melhoras que porventura vierem a ocorrer que não alterem o fundamento legal do ato de concessão. Organizando: O TCU aprecia para fins de registro: a legalidade da admissão de pessoal na administração pública; as concessões de aposentadoria, reformas e pensões. Não aprecia: Nomeação de cargos em comissão; Melhorias posteriores que não alteram o fundamento legal da aposentadoria, reforma ou pensão. Súmula Vinculante nº 3 Nos processos perante o TCU asseguramse o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão. 29. (FCC/Oficial de Justiça - TJ-PA/2009) Compete ao Tribunal de Contas da União fiscalizar a legalidade dos atos de admissão de pessoal, exclusivamente na administração direta, especialmente as nomeações para cargo de provimento em comissão e as concessões de pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que alterem o fundamento legal do ato concessório. Pelo art. 71, III da Constituição, percebemos que: O TCU aprecia para fins de registro: - a legalidade da admissão de pessoal na administração pública; - as concessões de aposentadoria, reformas e pensões. Não aprecia: - Nomeação de cargos em comissão; 15

- Melhorias posteriores que não alteram o fundamento legal da aposentadoria, reforma ou pensão. 30. (FCC/Auditor - TCE - AL/2008) Compete ao Tribunal de Contas da União apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, inclusive as nomeações para cargo de provimento em comissão. Errado. As nomeações de cargo em comissão não são apreciadas (CF, art. 71, III). 31. (CESPE/TCE-AC/2009) São apreciados pelo TCU para fins de registro ou reexame a admissão de pessoal nas empresas públicas. Segundo o art. 70, III da Constituição, compete ao TCU apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório. Gabarito: Correto. 32. (CESPE/TCE-AC/2009) O TCU aprecia para fins de registro ou reexame as nomeações para cargo de provimento em comissão na administração direta. Segundo o art. 70, III da Constituição, compete ao TCU apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório. Desta forma não existe tal apreciação quando se fala de nomeação de cargos em comissão. 16

33. (CESPE/TCE-AC/2009) O TCU aprecia para fins de registro ou reexame as melhorias posteriores em aposentadorias que tenham alterado o fundamento legal da concessão inicial. Segundo o art. 70, III da Constituição, compete ao TCU apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório. Gabarito: Correto. 34. (CESPE/Procurador-BACEN/2009) O TCU, ao apreciar a legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, deve assegurar ao servidor o exercício do contraditório e da ampla defesa, sob pena de nulidade do procedimento. A questão cobra o conhecimento sobre a Súmula Vinculante nº 3, que diz que: nos processos perante o TCU asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão. 35. (CESPE/Técnico-TCU-2009) No exercício de suas competências constitucionais, o TCU deve observar, em todo e qualquer procedimento, o princípio constitucional do contraditório e da ampla defesa. Segundo o disposto na Súmula Vinculante nº 3, nos processos perante o TCU asseguram-se o contraditório e a ampla defesa, mas essa garantia deve ser observada quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão. 17

36. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Compete ao Tribunal de Contas da União apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de concessão de aposentadorias, reformas e pensões, bem como a legalidade dos atos de concessão de melhorias posteriores, mesmo que delas não decorra alteração no fundamento legal do ato concessório. Segundo o art. 71, III, o correto seria: apreciar para fins de registro as concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório. Ou seja, ele aprecia sempre a legalidade das concessões, mas no caso de melhorias posteriores que não afetem o fundamento da concessão, está dispensada a apreciação. Inspeções e auditorias: IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II; Veja que as inspeções e auditorias podem ser realizadas de ofício (iniciativa própria) ou mediante provocação, que pode ser de alguma das Casas Legislativas ou de comissão. 37. (FCC/Auditor - TCE - AL/2008) Compete ao Tribunal de Contas da União realizar, desde que a pedido de uma das Casas do Congresso Nacional ou de suas comissões, inspeções de natureza contábil nas unidades administrativas dos três Poderes da União. Não precisa ser "a pedido", já que tais inspeções poderão também ser feitas de ofício (iniciativa própria), por força do art. 71, IV. 38. (CESPE/Técnico-TCU/2009) Apesar de ser órgão que auxilia o Poder Legislativo no controle externo, o TCU pode realizar, por iniciativa própria, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. 18

Pois a Constituição estabelece em seu art. 71, IV que compete ao TCU realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II (entidades da adm. direta e indireta que recebam verbas públicas). Gabarito: Correto. 39. (ESAF/CGU/2006) O Tribunal de Contas da União só pode realizar inspeções de natureza operacional nas unidades do Poder Executivo, quando solicitado pela Câmara dos Deputados, pelo Senado Federal ou por Comissão Permanente ou Temporária do Congresso Nacional ou de qualquer de suas Casas. Poderá ser por iniciativa própria (CF, art. 71, IV). 40. (ESAF/CGU/2008) O Tribunal de Contas da União não possui competência para realizar, por iniciativa própria, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Ele pode realizar tais inspeções por iniciativa própria de acordo com o art. 71, IV da Constituição. Fiscalizar empresas supranacionais que tenham participação da União: V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; Esse dispositivo é alvo de cobranças muito maldosas, pois existem alguns detalhes que passam despercebidos para maioria dos simples leitores do texto constitucional. Os detalhes são os seguintes nas empresas supranacionais (que exercem sua atividade em diversos países), a fiscalização do TCU só abrange as contas nacionais, não incidindo sobre as contas internacionais; há de se destacar ainda, que esta fiscalização só ocorre nas empresas que tenham participação da 19

União no capital social, mas esta participação poderá ser direta ou indireta (por exemplo, quando a participação é feita por uma empresa pública federal e não pela União diretamente). 41. (FCC/Oficial de Justiça - TJ-PA/2009) Compete ao Tribunal de Contas da União tomar as contas nacionais e internacionais das empresas supranacionais de cujo capital acionário a União não participe, de forma direta ou indireta, desde que aforadas há mais de doze meses. Tudo errado. Pelo art. 71, V da Constituição, a fiscalização ocorre sobre as contas nacionais. As contas internacionais das empresas supranacionais não são fiscalizadas. Além de necessitar da pariticpação acionária da União, ainda que indireta. 42. (FCC/TRE-SP/2006) Compete ao Tribunal de Contas da União fiscalizar as contas supranacionais das empresas nacionais de cujo capital social os Estados ou os Municípios participem com mais de um terço de suas cotas. Muitos erros, o TCU se preocupa com o dinheiro da União, então não está interessado nisso que a questão diz de de cujo capital social os Estados ou os Municípios participem. Outra erro é o fato da fiscalização incidir sobre as contas nacionais das empresas supranacionais e não nas contas supranacionais das empresas nacionais, houve uma inversão dos termos. 43. (FCC/Oficial de Justiça - TJ-PA/2009) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete, dentre outras, fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo. A questão retira seu fundamento do art. 71,V da Constituição. Perceba que a fiscalização ocorre sobre as contas nacionais, as contas internacionais das empresas supranacionais não são fiscalizadas, e estamos falando somente das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, seja esta participação de forma direta ou indireta. 20

Gabarito: Correto. Fiscalização de repasses da União aos demais entes: VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município; Jurisprudência: Segundo o Supremo, não se inclui nesse conceito de repasse para fins deste dispositivo, a participação ou compensação aos Estados, Distrito Federal e Municípios no resultado da exploração de petróleo, xisto betuminoso e gás natural, pois segundo o tribunal, esses recursos são receitas originárias de tais entes federativos, constitucionalmente garantidas (CF, art. 20, 1º), e não uma receita originária da União repassada a eles. 44. (FCC/Auditor - TCE - AL/2008) Compete ao Tribunal de Contas da União fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União, mediante convênio, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município. Esta competência é expressamente atribuída pelo art. 71, VI da Constituição. Gabarito: Correto. 45. (CESPE/Juiz Federal Substituto TRF 5ª/2009) Não compete ao TCU fiscalizar a correta aplicação das receitas que os estados e municípios recebem pela participação ou compensação no resultado da exploração de petróleo, xisto betuminoso e gás natural. Nas palavras do Supremo, "embora os recursos naturais da plataforma continental e os recursos minerais sejam bens da União (CF, art. 20, V e IX), a participação ou compensação aos Estados, Distrito Federal e Municípios no resultado da exploração de petróleo, xisto betuminoso e gás natural são receitas originárias destes últimos entes federativos (CF, art. 20, 1º). É inaplicável, ao caso, o disposto no art. 71, VI, da Carta Magna que se refere, especificamente, ao repasse efetuado pela União mediante convênio, acordo ou ajuste de recursos originariamente federais". Gabarito: Correto. 21

Informações solicitadas pelo Poder Legislativo: VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas; Aplicação de sanções e multas: VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário; Observação: ( 3º) As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo. Ter eficácia de título executivo quer dizer que o Poder Judiciário poderá usar a decisão do TCU para, diretamente, proceder a uma execução contra o devedor, sem que antes precise passar por um processo de conhecimento perante o Poder Judiciário. Ou seja, já se presume que a decisão do TCU é líquida e certa. Agora a pegadinha mais cobrada em concursos: obviamente, estamos falando de um título executivo extrajudicial, pois é produzido pelo tribunal de contas, que é um órgão administrativo, fora do Judiciário. Muitas questões tentam derrubar candidatos falando em título executivo judicial que seria aquele produzido por algum órgão do Judiciário. 46. (CESPE/Analista- TCE-TO/2008) As decisões do Tribunal de Contas da União de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo judicial. A eficácia será de título executivo extrajudicial, já que o TCU é órgão administrativo e não judiciário. 47. (CESPE/TRT-17ª/2009) No tocante à organização do Estado brasileiro, a CF conferiu ao Tribunal de Contas da União a tarefa de julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta da União, sem, contudo, atribuir-lhe a competência para aplicar sanções aos responsáveis, nos casos de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, por ser a referida competência exclusiva do Poder Judiciário, observado o devido processo legal. 22

A Constituição é expressa ao prever em seu art. 71, VIII que cabe ao TCU aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário. 48. (ESAF/CGU/2008) O Tribunal de Contas da União possui competência para aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário. É o que está disposto no art. 71, VIII, da Constituição Federal. Gabarito: Correto. 49. (ESAF/CGU/2006) As decisões do Tribunal de Contas da União das quais resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo judicial, quando forem proferidas em sede de processo de tomada de contas especial. Trata-se de título executivo extrajudicial e não judicial, pois o TCU é órgão técnico, suas decisões são administrativas e não jurisdicionais. Assinar prazo para sanar ilegalidades: IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; Sustar atos (não contratos): X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal; Sustação de atos O TCU pode sustar diretamente a execução dos atos impugnados, se não atendido, e deverá comunicar esta decisão à Câmara ou ao Senado. 23

X Sustação de contratos ( 1º) Somente o Congresso pode sustar diretamente a execução dos contratos impugnados, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. Lembre-se: Contratos = Congresso Observação 1: ( 2º) Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de 90 dias, não efetivar as medidas referentes à sustação deste contrato, o TCU decidirá a respeito. Observação 2: O controle feito pelo TCU é repressivo e não preventivo. Segundo o STF, o art. 71 da Constituição não insere na competência do TCU a aptidão para examinar, previamente, a validade de contratos administrativos celebrados pelo Poder Público, e por simetria, o STF também tomou a decisão de declarar que é inconstitucional norma local que estabeleça a competência do tribunal de contas para realizar exame prévio de validade de contratos firmados com o Poder Público. 50. (FCC/AJAJ TRT 23ª/2011) A empresa JJPTO Ltda. firmou contrato administrativo com a União, após participar de processo de licitação fraudulento do qual saiu vencedora, para o fornecimento de cartuchos de tintas para as impressoras das repartições públicas. Segundo a Constituição Federal, no caso desse contrato, o ato de sustação será adotado a) diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. b) pelo Tribunal de Contas da União, mediante controle interno, que solicitará, de imediato, ao Congresso Nacional as medidas cabíveis. c) pelo Tribunal de Contas da União, mediante controle externo, que, após prestar informações ao Poder Executivo, solicitará ao Congresso Nacional as medidas cabíveis. d) diretamente pelo Tribunal de Contas da União, que, após prestar informações ao Poder Executivo, solicitará ao Poder Judiciário as medidas cabíveis. e) diretamente pelo Tribunal de Contas da União, que, após prestar informações ao Poder Legislativo, solicitará ao Poder Judiciário as medidas cabíveis. 24

Questão bem simples se lembrássemos daquela regrinha muito cobrada em concursos, decorrente da combinação do art. 71, X com o art. 71 1º: Sustação de atos X Sustação de contratos O TCU pode sustar diretamente a execução dos atos impugnados, se não atendido, e deverá comunicar esta decisão à Câmara ou ao Senado. ( 1º) Somente o Congresso pode sustar diretamente a execução dos contratos impugnados, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. Gabarito: Letra A. 51. (FCC/Oficial de Justiça - TJ-PA/2009) Compete ao Tribunal de Contas da União sustar a execução do ato impugnado, somente após a autorização de um terço dos membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. A sustação de atos pode ser feita diretamente pelo TCU, sem a necessidade de autorização ou ratificação por qualquer Casa Legislativa. Diferentemente ocorre para a sustação de contratos que só pode ser diretamente feita pelo Congresso Nacional (CF, art. 71 XV c/c art. 71 1º). 52. (FCC/Auditor - TCE - AL/2008) Compete ao Tribunal de Contas da União sustar a execução de contrato impugnado perante o órgão, solicitando ao Poder Executivo a imediata adoção das medidas cabíveis. Sustar contrato é atribuição do Congresso, não podendo o TCU fazer diretamente. Diferente ocorre para a sustação de atos, os quais podem ser diretamente sustados pelo TCU. É o que inferimos da combinação do art. 71, X, com o parágrafo 2º do mesmo artigo. 25

53. (FCC/TCE-SP/2005) No exercício do controle externo da Administração Pública, o Tribunal de Contas pode revogar ato administrativo, diante da sua inconveniência. A análise de conveniência é juizo emitido somente pela administração. O TCU aprecia apenas a legalidade dos atos e não o seu mérito. 54. (CESPE/Técnico-TCU/2009) A função corretiva exercida pelo controle externo manifesta-se por meio de atos tais como a sustação imediata de contratos considerados irregulares, que deve ser comunicada ao Congresso Nacional, para que este determine as medidas cabíveis. A sustação de atos é feita diretamente pelo TCU, a de contratos é feita pelo Congresso Nacional. Quando o TCU susta atos, deve comunicar a decisão à Câmara e ao Senado. Quando o Congresso susta contratos, solicita, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis (CF, art. 71, X c/c 1º). 55. (CESPE/DPE-ES/2009) Compete ao TCU examinar, previamente, a validade de contratos administrativos celebrados pelo poder público. O controle feito pelo TCU é repressivo e não preventivo. Segundo o STF, o art. 71 da Constituição não insere na competência do TCU a aptidão para examinar, previamente, a validade de contratos administrativos celebrados pelo Poder Público, e por simetria, o STF também tomou a decisão de declarar que é inconstitucional norma local que estabeleça a competência do tribunal de contas para realizar exame prévio de validade de contratos firmados com o Poder Público 56. (CESPE/Auditor-TCU/2009) É inconstitucional lei estadual que estabeleça como atribuição do respectivo tribunal de contas o exame prévio de validade de contratos firmados com o poder público. 26

O controle do TCU é repressivo e não preventivo, assim o STF tomou a decisão de declarar que é inconstitucional norma local que estabeleça a competência do tribunal de contas para realizar exame prévio de validade de contratos firmados com o Poder Público. Gabarito: Correto. 57. (ESAF/AFC-CGU/2008) O ato de sustar a execução de contrato ilegal não é de competência do Tribunal de Contas da União porque deve ser adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. É o que está disposto no art. 71, 1º, da Constituição Federal. Note que somente o Congresso pode sustar diretamente "contratos", cabendo ao TCU se limitar à sustação de "atos". Gabarito: Correto. 58. (NCE/Advogado-Eletrobrás/2007) Sobre o controle exercido pelo Tribunal de Contas da União, analise as afirmativas a seguir: I. As multas aplicadas pelo Tribunal de Contas da União têm a eficácia de título executivo. II. O Tribunal de Contas pode revogar e anular atos administrativos praticados pela Administração Pública. III. Compete ao Tribunal de Contas analisar, para fins de registro, o ato de aposentadoria de servidor público federal. São verdadeiras somente as afirmativas: a) I e II; b) I e III; c) II e III; d) I, II e III; e) nenhuma. I Correto. CF, art. 71 3º. Lembrando que se trata de um título executivo extrajudicial. II Errado. Os Poderes do TCU, segundo a CF, art. 71, X, não é para revogar nem anular atos, e sim para sustar a execução desses atos, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal. Lembrando que: 27

Sustação de atos X Sustação de contratos O TCU pode sustar diretamente a execução dos atos impugnados, se não atendido, e deverá comunicar esta decisão à Câmara ou ao Senado. ( 1º) Somente o Congresso pode sustar diretamente a execução dos contratos impugnados, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. III Correto. O TCU aprecia para fins de registro: a legalidade da admissão de pessoal na administração pública; as concessões de aposentadoria, reformas e pensões. Não aprecia: Nomeação de cargos em comissão; Melhorias posteriores que não alteram o fundamento legal da aposentadoria, reforma ou pensão. Gabarito: Letra B. Representação sobre irregularidades apuradas: XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados. Relatório das atividades: CF, art. 71 4º - O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas atividades. 59. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) O Tribunal de Contas da União encaminhará à Câmara dos Deputados, semestralmente, o relatório de suas atividades. Por força da Constituição em seu art. 71, 4º O TCU encaminhará ao Congresso Nacional (e não à Câmara), trimestral e anualmente, relatório de suas atividades. 28

60. (ESAF/Técnico - CGU/2008) O Tribunal de Contas da União encaminhará ao Congresso Nacional, bimestral e anualmente, relatório de suas atividades. Será trimestral e anualmente (CF, art. 71 4º). 61. (ESAF/Analista-TRT 7ª/2003) O tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, mensalmente, relatório de suas atividades. Segundo o 4º do art. 71, será encaminhado o relatório de forma trimestral e anual. Cálculo das quotas dos fundos de participação: CF art. 161 parágrafo único: Compete ao TCU efetuar os cálculos das quotas referentes aos fundos de participação dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, no que se refere às transferências tributárias. Essa competência não está no art. 71, mas sim, no art. 161 parágrafo único, mas achamos oportuno citá-la. No Brasil existe uma repartição das receitas tributárias (faceta do federalismo cooperativo). A União entrega verticalmente parte de algumas receitas tributárias aos Estados, Distrito Federal e Municípios, e os Estados entregam parte de algumas de suas receitas tributárias aos seus Municípios. Algumas dessas receitas não são entregues diretamente aos entes, de forma vertical (União Estado / Estado Município), elas se incorporam a um fundo de participação para depois serem horizontalmente distribuídas, de acordo com as quotas de cada um desses entes. Aí que entra o TCU, calculando estas quotas. 62. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) Compete ao TCU efetuar os cálculos das quotas referentes aos fundos de participação dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. 29