Perspectivas Setoriais São Paulo, 13 de Junho de 2016

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21,7 15,5 10,2 213,0 4,2

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CONTAX UNIT Setor Call Center Preço Alvo: R$ 10,20 Up Side: 25,2% CTAX11 1,40 Última Cotação Volume Médio (90 dias) R$ 8,15 R$ 0,9 milhões

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Pertence ao Novo Mercado Preço Alvo / R$ 50,70 Up Side de: 27,8% SMLE3 3,40

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Revisão de Projeção. Analista Felipe Martins Silveira (CNPI) Preço Alvo R$ 36,60. Potencial de Valorização 15,1%

Transcrição:

jan/12 abr/12 jul/12 out/12 jan/13 abr/13 jul/13 out/13 jan/14 abr/14 jul/14 out/14 jan/15 abr/15 jul/15 out/15 jan/16 abr/16 Perspectivas Setoriais São Paulo, 13 de Junho de 2016 Definitivamente o contexto político é a bola da vez no Brasil, e isso tem sido sinônimo de volatilidade e insatisfação na indústria. Em reflexo á turbulência política, os fundamentos das companhias outrora deixados de lado pelo mercado, provavelmente voltarão a ser determinantes daqui pra frente. No exterior, a situação só não é melhor por conta de resquícios das instabilidades econômicas que assistimos ao longo dos últimos anos, mas em linhas gerais, Zona do Euro, EUA e outros emergentes tem se saído melhor do que o Brasil. Quando tratamos do setor de bens de capital, o desempenho tem seguido a mesma lógica. O quadro geral doméstico não sugere grande desempenho setorial ao longo de 2016, sobretudo porque a demanda (correlacionada com o dinamismo econômico interno e intenção de investimentos produtivos) deve continuar fraca. Estatísticas da CNI apontam que apenas 74% das empresas realizaram investimentos em 2015, sendo este o menor patamar desde o início da série histórica (2010). Dessas empresas, cerca de 60% não cumpriram seus planos de investimentos como inicialmente planejado, fato que não tem sido novidade pra nenhum outro setor. Para um melhor entendimento da dinâmica setorial em 2016, indicadores como o nível de utilização de capacidade instalada, expectativa de demanda, de exportação, bem como o consumo aparente 65 60 55 Indicadores da Indústria de Máquinas e Equipamentos 95% 90% 85% 80% de máquinas internamente e propensão à realização de investimentos produtivos são de 50 75% fundamental importância. Nesse sentido, é relativamente simples entender porque a situação deve 45 70% continuar ruim. No gráfico ao lado pode-se observar a perversa dinâmica que deve se perpetuar: emprego industrial em baixa refletindo o baixo nível de utilização de capacidade, que por sua vez, é consequência do baixo nível de demanda (que deve continuar abaixo dos níveis anteriores a 2014). Ainda assim, dois aspectos continuam se sobressaindo: I) Empresas com maior atenção ao mercado externo serão beneficiadas, tanto pela demanda externa quanto pelo câmbio; e II) o Nível de Utilização de Capacidade Instalada está realmente muito baixo, sugerindo que a resposta da oferta à uma variação de demanda (que pode ocorrer pela reversão de expectativas de empresários 40 35 30 65% 60% 55% 50% sobretudo com relação ao contexto político) deve ser bastante rápida e não implica investimentos adicionais. Em termos de oferta e demanda de crédito para o segmento de bens de capital junto ao Evolução N de empregados Expectiva exportação Expectiva demanda NUCI (eixo direito) BNDES, as consultas ao banco de fomento recuaram quase 50% em 2015 e desembolsos recuaram Fonte: Confederação Nacional da Indústria -CNI e LCA Consultoria Elaboração Análise Coinvalores algo como 30%. O destaque nesse tema foi o encerramento do PSI, alinhado com a redução dos gastos do governo. Ainda assim, o encerramento do programa não intensifica a retração do setor, pois desde 2014 (ano em que as condições de financiamento eram melhores do que hoje) as consultas e desembolsos já mostravam recuos. Fica claro desta forma, que o problema não tem sido a oferta de crédito, mas sim a demanda por tais recursos ao longo dos últimos trimestres. Ainda nesse contexto, não esperamos aumento/continuidade das atuais condições vigentes em termos de subsídios/incentivos á indústria. Logo, a reação pode ocorrer a reboque da melhora de expectativas, contudo, é pouco provável que vejamos grandes alterações nos resultados das companhias ao longo deste ano. Comparativos do Setor Resultado Líquido (R$ MM) P/L 2016 (P) 1 trim/15 1 trim/16 21,2 21,2 0,0-1,8-10,0 14,8 EV/EBITDA 2016 (P) 17,1 12,6 245,9 Cot./VPA 3,9 282,4 1,5 0,2 Fonte: Economatica e Projeções Análise Coinvalores. 1

INDÚSTRIAS ROMI ON Preço Alvo R$ 2,50 Up Side / 33,7% ROMI3 / R$ 1,87 em 10/Junho/16 Breve Descritivo A Romi é líder no mercado brasileiro de máquinas e equipamentos industriais além de importante fabricante de peças fundidas e usinadas. A companhia possui plantas em Santa Bárbara D Oeste e Turim, na Itália, que totalizam 11 unidades fabris. Os principais produtos comercializados pela empresa são: (i) Máquinas-Ferramenta (máquinas e equipamentos para trabalhar metal por arranque de cavaco), (ii) Máquinas para Plásticos (máquinas e equipamentos para moldar plástico por injeção e por sopro), e peças de ferro fundido. A companhia tem forte presença em setores como: automotivo, máquinas agrícolas, bens de capital, de consumo e segmentos do setor de energia distribuídos principalmente no Brasil e em países europeus como Itália, Espanha e França. Composição Acionária: Principais Acionistas 07/Abr/2016 Com Voto Sem voto Todos tipos Fenix Empreendimentos S/A (*) 41,4% -x- 41,4% Petros - Fund. Petrobras de Seg. Social 10,7% -x- 10,7% Genesis Asset Managers, Llp 7,8% -x- 7,8% Fidelity Invest Trus Latin American Fund 2,7% -x- 2,7% Verde Master FII Multimercado 1,0% -x- 1,0% Outros 14,9% -x- 14,9% (*) a Fenix Empreendimentos S.A. pertence às famílias controladoras Guimarães Chiti e Romi. Projeções em MM 2015 2016e 2017e 2018e 2019e 2020e Receita Líquida 606,6 594,5 619,4 638,7 666,5 708,4 EBITDA 32,4 20,9 25,7 36,9 40,3 48,1 Lucro Líquido 6,3 (4,3) 5,6 14,9 19,0 27,4 Histórico Indicadores 2015 2016e 2017e 2018e 2019e 2020e COT/VPA Projetado 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 EV/EBITDA 1,6 10,6 6,4 3,1 2,4 1,7 Preço/Lucro 19,6 -x- 21,8 8,2 6,5 4,5 Dividend Yield -x- 0,0% 1,1% 3,0% 3,9% 5,6% Pay Out -x- 0,0% 25,0% 25,0% 25,0% 25,0% Dívida Líquida (R$ MM) 72,1 7,1 5,7 -x- -x- -x- % de Curto Prazo 59,4% 55,1% 63,6% 34,4% 12,5% 14,3% Part. De Capital de 3ºs 44,8% 38,4% 29,2% 23,6% 22,7% 23,1% ROE (%) 0,9% -0,6% 0,8% 2,2% 2,7% 3,8% Margem EBITDA 5,3% 3,5% 4,1% 5,8% 6,0% 6,8% Margem Líquida 1,0% -0,7% 0,9% 2,3% 2,9% 3,9% Conclusão Dentro de um ambiente pouco propício a investimentos, a Romi tem perdido margens ano após ano. Levando-se em consideração os primeiros meses de 2016 e dos últimos dois anos identifica-se a redução de margem operacional, destacadamente por conta da queda de margens na divisão Máquinas Romi, que contribui de modo significativo para a contração do ROE da companhia. Com relação aos outros componentes do retorno sobre o patrimônio líquido, observa-se relativa manutenção do giro dos ativos além de bom comportamento da alavancagem financeira. Ainda que seja uma análise restrita ao primeiro trimestre (de 2014, 2015 e 2016), observa-se o mesmo no consolidado de 2014 e 2015. Nesse contexto, no intuito de encontrarmos o momento de melhora desse componente específico (margem operacional) na composição do retorno sobre patrimônio (ROE) e que, mantidas as condições dos outros componentes (que entendemos que devem se manter) representa a melhora dos resultados da companhia, focamos nossa análise na rentabilidade dos negócios da companhia. No retrato do 1º trim/16 temos maior pressão sobre as margens por conta de alterações no mix (unidade Fundidos e Usinados com menor margem de contribuição aumentou sua participação de forma significativa nas receitas), bem como redução do volume de vendas de Máquinas Romi que acabaram sobrepujando o aumento de volume na divisão Máquinas Burkhardt+Weber e a desvalorização da moeda brasileira (que apenas aliviou a queda da receita líquida no Brasil graças à competitividade cambial frente aos produtos importados). A Romi tem operado com grande nível de ociosidade, mas tem conquistado participação de mercado, diminuiu custos e despesas e continua com perspectivas de expansão de dois dígitos para o faturamento das exportações (em moeda forte). Nesse contexto, entendemos que a melhoria do ambiente macroeconômico interno, que gera aumento de volume para Romi se refletirá em expansão da utilização de capacidade instalada da companhia sem investimentos adicionais (diluindo custos fixos e melhorando margens) sugerindo uma reação bastante interessante. Contudo, ainda não vislumbramos a proximidade de tal momento sendo a recomendação para carteiras diversificadas e investidores com maior apetite ao risco. Bruno Piagentini (CNPI). ROMI3 x IBOVESPA na base 100 2

WEG ON Preço Alvo R$ 18,30 Up Side / 27,7% WEGE3 /R$ 14,33 em 10/Junho /16 Breve Descritivo A é uma companhia especializada na produção de bens de capital e atua através de um diversificado modelo de negócios e produtos, que inclui: (i) equipamentos eletroeletrônicos industriais, que representam algo em torno de 54% de suas receitas (ii) geração, transmissão e distribuição de energia, com 30% das receitas, (iii) motores para eletrodomésticos (11%) e tintas e vernizes (5%). Além da importante diversificação de negócios, é bom lembrar a forte atuação da no mercado externo, que já representa mais da metade das suas receitas e a presença nos cinco continentes. A é controlada, majoritariamente, por três grupos familiares e possui um free float em bolsa de 35,2%. Projeções em MM 2015 2016e 2017e 2018e 2019e 2020e Receita Líquida 9.760,3 11.419,6 13.267,5 15.456,6 18.006,9 20.764,7 EBITDA 1.477,6 1.924,2 2.439,4 2.998,1 3.490,8 4.189,1 Lucro Líquido 1.156,1 1.090,3 1.426,9 1.875,3 2.261,9 2.803,0 Composição Acionária: Principais Acionistas 09/Mai/2016 Com Voto Sem voto Todos tipos WEG Participações e Serviços (*) 50,1% -x- 50,1% Voigt Schwartz Administradora Ltda 1,8% -x- 1,8% Si Voigt Administradora Ltda 1,6% -x- 1,6% Outros 35,4% -x- 35,4% (*) a WEG Participações e Serviços pertence às famílias controladoras Voight, Silva e Werninghaus. Histórico Indicadores 2015 2016e 2017e 2018e 2019e 2020e COT/VPA Projetado 3,8 3,4 3,1 2,7 2,4 2,1 EV/EBITDA 13,1 11,9 9,2 7,2 5,9 4,6 Preço/Lucro 20,0 21,2 16,2 12,3 10,2 8,3 Dividend Yield -x- 2,4% 3,1% 4,1% 4,9% 6,1% Pay Out -x- 50,0% 50,0% 50,0% 50,0% 50,0% Dívida Líquida (R$ MM) 718,2 -x- -x- -x- -x- -x- % de Curto Prazo 24,9% 19,3% 48,9% 72,5% 44,2% 20,0% Part. De Capital de 3ºs 56,8% 53,8% 50,5% 44,5% 39,6% 38,6% ROE (%) 18,8% 16,2% 19,0% 22,0% 23,3% 25,0% Margem EBITDA 15,1% 16,9% 18,4% 19,4% 19,4% 20,2% Margem Líquida 11,8% 9,5% 10,8% 12,1% 12,6% 13,5% Conclusão Mesmo num ambiente pouco convidativo ao investimento produtivo, a tem apresentado bons números. Tem sido lugar comum destacar aspectos como a resiliência operacional da companhia e vantagens da exposição no exterior, que em última instância lhe conferem flexibilidade operacional sustentando tais resultados. Ainda assim, é importante frisar que esses aspectos devem se verificar novamente ao longo de 2016, sobretudo quando observadas tendências de crescente importância da eficiência energética e também das fontes alternativas de energia, cuja relevância tem representado interessantes oportunidades às empresas produtoras de motores elétricos e industriais. Por falar nisso, a representatividade de receitas do segmento eólico, que é o principal propulsor da divisão de componentes para a indústria de Geração, Transmissão e Distribuição de energia (GTD - atingiu 30,7% da receita consolidada no 1º trim/16) e a fatia de exportações (58,8% da receita consolidada no 1º trim/16) serão fatores presentes nos próximos anos. Esperamos bom desempenho das unidades no exterior, com evolução média de faturamento de dois dígitos, com destaque para Espanha, Colômbia, México, África do Sul e China. Adicionalmente, acreditamos que os esforços da companhia em maior gestão de capital de giro e reengenharia de produtos tendem a reforçar o equilíbrio de seus números. A continua com guidance de faturamento de R$ 20 bilhões em 2020, reforçando um cenário de crescimento médio anual de dois dígitos até lá (incorporado em nosso modelo), devendo ser favorecida por melhores condições em outros mercados/ regiões. Nesse contexto, a companhia deverá continuar apresentando bom desempenho, com ganhos de margem nos próximos anos. Ponto importante incorporado em nosso modelo é o encarecimento das dívidas em 2016 e 2017, por conta das condições setoriais menos alvissareiras, mas que em pouco afetaram a projeção pela companhia ser pouco alavancada. A continua como interessante alternativa, mesmo apresentando potencial de alta mais modesto. WEGE3 x IBOVESPA na base 100 Bruno Piagentini (CNPI) 3

EQUIPE COINVALORES >> Mesa de Operações / Bovespa Tel: 11 3035-4160 Anderson dos Santos Antonio Cláudio Bonagura Carlos Alberto de Oliveira Ribeiro Gênesis Rodrigues João Pinto Braga Filho João Paulo de Souza Angeli Dias José Antonio Penna Leonardo Antonio Sampaio Campos Luiz Carlos Camasmie Gabriel Marco Antonio Siqueira Mario Ruy de Barros Mauricio Gomes de Souza Sergio Aparecido da Costa Paulo Cesar Pinto da Silva >> Aluguel de Ações - BTC Tel: 11 3035-4154 Wagner Soares de Andrade Marcelo Milani anderson.santos@coinvalores.com.br bonagura@coinvalores.com.br cribeiro@coinvalores.com.br genesis@coinvalores.com.br zito@coinvalores.com.br joaopaulo@coinvalores.com.br penna@coinvalores.com.br lcampos@coinvalores.com.br lalo@coinvalores.com.br tulli@coinvalores.com.br mario.ruy@coinvalores.com.br mauricio.souza@coinvalores.com.br sergio.costa@coinvalores.com.br paulo.pinto@coinvalores.com.br wagner.andrade@coinvalores.com.br marcelo.milani@coinvalores.com.br >> Atendimento Home Broker Tel: 11 3035-4162 Jaime Nascimento jaimejr@coinvalores.com.br Marcio Espigares mespigares@coinvalores.com.br Deborah Bloise deborahbloise@coinvalores.com.br Cristiano Batista Ribeiro cristiano.ribeiro@coinvalores.com.br >> Gestão de Investimentos Tel: 11 3035-4164 Tatiane C.C. Pereira tatiane.cruz@coinvalores.com.br Valéria Landin valeria.landin@coinvalores.com.br >> Fundos de Investimento/Clubes/Carteiras Administradas Tel: 11 3035-4163 Jussara Pacheco jussara.pacheco@coinvalores.com.br Marcelo Rizzo marcelorizzo@coinvalores.com.br Paulo Botelho A. Sampaio Neto paulo@coinvalores.com.br Carlos Eduardo Campos de Abreu Sodré cesodre@coinvalores.com.br Fabio Katayama fabio.katayama@coinvalores.com.br Diego Philot diego.philot@coinvalores.com.br >> Fundos Imobiliários Tel: 11 3035-4161 Maria de Fátima Carvalheiro Russo fatima.russo@coinvalores.com.br >> Diretoria Tel: 11 3035-4151 Fernando Ferreira da Silva Telles Francisco Candido de Almeida Leite Henrique Freihofer Molinari José Ataliba Ferraz Sampaio Paulino Botelho de Abreu Sampaio fernandostelles@coinvalores.com.br franciscoleite@coinvalores.com.br molinari@coinvalores.com.br coin@coinvalores.com.br paulino@coinvalores.com.br >> Mesa de BM&F Tel: 11 3035-4161 Mauricio M. Mendes Paulo Nepomuceno Octavio Sequini Junior Thiago Vicari Jayme Kannebley mauricio@coinvalores.com.br paulo.celso@coinvalores.com.br octavio.sequini@coinvalores.com.br thiago.vicari@coinvalores.com.br jayme@coinvalores.com.br >>Mesa de Renda Fixa >> Fora de São Paulo Tel: 11 3035-4155 DDG 0800 170 340 Mauricio M. Mendes Roberto Lima Natanael Fernandes Luiz Carlos Brandão Emilio Carlos Barbosa de Carvalho mauricio@coinvalores.com.br rlima@coinvalores.com.br natanaelfernandes@coinvalores.com.br lcb@coinvalores.com.br emilio.carvalho@coinvalores.com.br IMPORTANTE Este material foi elaborado em nome da Coinvalores CCVM Ltda., para uso exclusivo no mercado brasileiro, sendo destinado a pessoas físicas e jurídicas residentes no país, e está sujeito às regras e supervisão da Comissão de Valores Mobiliários e Banco Central do Brasil, estando em conformidade aos aspectos regulatórios contidos na Instrução da CVM n 483/10. Destaca-se que os Comentários, Análises e Projeções contidas neste trabalho foram elaboradas de forma absolutamente independente das posições detidas por esta instituição, refletindo a opinião pessoal dos analistas que as avaliam. Este trabalho é fornecido a seu destinatário com a finalidade exclusiva de apresentar informações e os valores mobiliários de que trata, não se constituindo numa oferta de venda ou uma solicitação para compra de ações. As informações utilizadas para sua elaboração foram obtidas de fontes públicas e/ou diretamente junto à(s) companhias(s), objeto da análise. Consideramos tais fontes confiáveis e de boa fé, porém não há nenhuma garantia, expressa ou implícita, sobre sua exatidão. As informações, opiniões, estimativas e projeções contidas neste documento referem-se à data presente e estão sujeitas à mudanças, não implicando necessariamente na obrigação de qualquer comunicação no sentido de atualização ou revisão com respeito a tal mudança. As opiniões aqui contidas a respeito da compra, venda ou manutenção dos papéis das companhias em análise ou a ponderação de tais valores mobiliários numa carteira teórica expressam o melhor julgamento dos analistas responsáveis por sua elaboração, porém não devem ser tomados por investidores como recomendação para uma efetiva tomada de decisão ou realização de negócios de qualquer natureza. Desta forma, a Coinvalores e os analistas envolvidos em sua elaboração não aceitam responsabilidade por qualquer perda direta ou indireta decorrente da utilização do conteúdo deste documento. De acordo com a Instrução CVM 483/10 é declarado que os analistas da Coinvalores CCVM Ltda possuem posições de investimento em cotas de Fundos e Clubes de Investimento administrados e geridos ou não, por esta instituição, os quais poderão sofrer influência indireta das análises e opiniões dos mesmos. A analista Sandra Peres, cônjuge ou companheiro, detêm (na data de publicação deste relatório), direta ou indiretamente, em nome próprio ou de terceiros, ações de emissão das companhias BM&FBovespa (BVMF3), Bradesco (BBDC4), e Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3). 4

EQUIPE COINVALORES - ANÁLISE >> ANALISTA CHEFE Sandra Peres (CNPI) sandra@coinvalores.com.br 3094-7873 r. 442 >> ANALISTAS DE INVESTIMENTOS Felipe Martins Silveira (CNPI) felipe.silveira@coinvalores.com.br 3094-7872 r. 443 Bruno Piagentini Caloni (CNPI) bruno.piagentini@coinvalores.com.br 3094-7874 r. 445 >> ASSISTENTE DE ANÁLISE Daniel Cosentino Liberato daniel.liberato@coinvalores.com.br 3094-7871 r. 574 Setores acompanhados: Açúcar e Álcool Sandra Peres (CNPI) Agrícola Sandra Peres (CNPI) Alimentos / Abatedouros Sandra Peres (CNPI) Alimentos / Massas e Farináceos Sandra Peres (CNPI) Aluguel de Frota Felipe M. Silveira (CNPI) e Daniel Cosentino Liberato. Autopeças Bruno Piagentini Caloni (CNPI) Bancos de Nicho Felipe M. Silveira (CNPI) Bancos de Varejo Felipe M. Silveira (CNPI) Papel e Celulose Sandra Peres (CNPI) Bebidas Sandra Peres (CNPI) estrutura Bruno Piagentini Caloni (CNPI) Calçados Sandra Peres (CNPI) Call Center Felipe Martins Silveira (CNPI) Cias Aéreas Felipe Martins Silveira (CNPI) e Daniel Cosentino Liberato. Comércio Farmacêutico Sandra Peres (CNPI) Concessões em Infraestrutura Felipe Martins Silveira (CNPI) Construção Civil Felipe Martins Silveira (CNPI) Distribuição de Óleo e Gás Bruno Piagentini Caloni (CNPI) Educacional Felipe Martins Silveira (CNPI) e Daniel Cosentino Liberato. Eletroeletronicos Sandra Peres (CNPI) Energia / Distribuição Bruno Piagentini Caloni (CNPI) Energia / Geração Bruno Piagentini Caloni (CNPI) Locação Comercial Felipe Martins Silveira (CNPI) Logística / Transportes Felipe Martins Silveira (CNPI) e Daniel Cosentino Liberato. Material de Construção Sandra Peres (CNPI) Material de Transporte Bruno Piagentini Caloni (CNPI) Medicina Diagnóstica Felipe Martins Silveira (CNPI) e Daniel Cosentino Liberato. Metalurgia Bruno Piagentini Caloni (CNPI) Mineração Bruno Piagentini Caloni (CNPI) Petróleo Bruno Piagentini Caloni (CNPI) Petroquímico Bruno Piagentini Caloni (CNPI) Planos de Saúde Felipe Martins Silveira (CNPI) e Daniel Cosentino Liberato. Plataformas de Negociação Felipe Martins Silveira (CNPI) e Daniel Cosentino Liberato. Programas de Fidelidade Felipe Martins Silveira (CNPI) Saneamento Básico Bruno Piagentini Caloni (CNPI) Seguros Felipe Martins Silveira (CNPI) Serviços de Engenharia Felipe Martins Silveira (CNPI) Serviços Financeiros Felipe Martins Silveira (CNPI) Siderurgia Bruno Piagentini Caloni (CNPI) Telecom / Banda larga Felipe Martins Silveira (CNPI) e Daniel Cosentino Liberato. Terminais Portuarios Sandra Peres (CNPI) Turismo Felipe Martins Silveira (CNPI) e Daniel Cosentino Liberato. Varejo de Vestuario Sandra Peres (CNPI) Varejo Geral Sandra Peres (CNPI) Energia / Integradas Bruno Piagentini Caloni (CNPI) Energia / Transmissão Bruno Piagentini Caloni (CNPI) Entretenimento Felipe Martins Silveira (CNPI) Fertilizante Sandra Peres (CNPI) Hardware / Software Felipe Martins Silveira (CNPI) e Daniel Cosentino Liberato. Higiene / Farma / Limpeza Sandra Peres (CNPI) Imobiliárias Felipe Martins Silveira (CNPI) Ind. Aeronáutica Sandra Peres (CNPI) 5