Saúde e Desenvolvimento Sustentável. Paralelos Convergentes



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Transcrição:

Saúde e Desenvolvimento Sustentável Paralelos Convergentes

Conceitos Fundamentais (Axiomas!) Tudo que faz bem à Saúde faz bem ao Meio Ambiente Tudo que faz bem ao Meio Ambiente faz bem à Saúde A promoção da saúde e o desenvolvimento sustentável com justiça social são as bases do único futuro possível para o planeta e seus habitantes Está mais do que na hora de unirmos as pontas e começarmos a trabalhar ambos os campos de forma integrado.

Worldmapper Source of data used to create map: United Nations Development Program, Human Development Report 2004. AIDS: Um Mapa da Prevalência Global

Worldmapper Source of data used to create map: United Nations Development Program, Human Development Report 2004. E um Mapa dos Gastos Públicos em Saúde

Greenhouse gas emitters the carbon footprint of the poorest 1 billion people on the planet is around 3 percent of the world s total footprint. (HDR, 2007) Density-equalling cartogram. Billion tonnes of carbon equivalent, 2002 Patz et al, 2007

Deaths attributable to climate change between 1970s and 2000 Density-equalling cartogram. 4 health outcomes malaria, malnutrition, diarrhea, inland flooding fatalities Patz et al, 2007

Saúde e Sustentabilidade A convergência entre saúde e sustentabilidade se dá em muitos níveis: Científico: conexões epidemiológicas entre saúde humana e o meio ambiente: de infecções até diabetes e câncer, da água à mitigação dos desastres da mudança climática; o exemplo do vegetarianismo; Interdisciplinaridade: por exemplo, a importância do urbanismo e design inteligente sustentável para a saúde na cidade; Cultural: natureza como uma força poderosa que une pessoas e coletividades ao planeta; uma nova ideologia, abraçada pelas gerações mais jovens, que une ecologia e justiça Natureza como um recurso precioso para a saúde; Nova cidadania: decisões fundamentais que cada um de nós precisa tomar pela sua saúde e pela sustentabilidade, de nosso papel como cidadãos, pais, trabalhadores e consumidores; Global estamos aprendendo a relacionar nossa saúde não apenas ao meio ambiente local mas à ecologia global e às questões de governança e equidade ligadas a ela. Participação: a convergência exige a participação, e oferece oportunidades para ela - individual, coletiva, redes virtuais

Programas de Urbanização de Favelas Consenso é efetivo e tem bom custo benefício; Consenso - deve ser: Participativo; Intersetorial Integrado Descentralizado Deve incluir, além de abertura de ruas e estradas, água e esgoto, iluminação e moradia e destinação adequada dos resíduos sólidos: Educação infantil, fundamental, ensino médio e profissional, fortalecimento da organização comunitária / empoderamento, grupos d poupança Acesso a esporte e cultura Acesso a um meio ambiente saudável e prazeroso Formalização da cidadania, da propriedade e da atividade econômica; Geração de trabalho e renda Atenção à Saúde Programas para grupos mais vulneráveis e juventude

Uma nova história do lixo Conceitos Fundamentais: Sucata tem valor econômico (material reciclável = capital) Pode ser usado para gerar riqueza, atividade econômica e emprego Pode ser usado para gerar saúde Parte do valor deve ser revertido para quem recicla

Eixo da proposta: Coleta de material reciclável em áreas de zoneamento urbano, de caráter participativo e distributivo dos benefícios, com ênfase em comunidades pacificadas e seu entorno.

Conceitos Fundamentais: geração de ocupação e renda prioritariamente para moradores de comunidades pacificadas, com envolvimento prévio em atividades ligadas ao extinto tráfico armado de drogas, e a egressos do sistema prisional; aumento da circulação de riqueza em comunidades populares proveniente da coleta seletiva; redução de 80% (meta) do resíduo sólido gerado nos locais de atuação e transformação de 80% do que é reciclado em riqueza utilizável na comunidade. benefícios ambientais e de saúde imediatos, concretos e mensuráveis nas comunidades envolvidas e para a cidade em geral; moeda social ancorada em lixo reciclável melhora o meio ambiente à medida que aumenta sua circulação o contrário do que costuma acontecer com dinheiro na economia formal. integração entre comunidades populares e a cidade formal.

Objetivos 1. Gerar ocupação e empregos formais para jovens de camadas populares e de grupos excluídos (como aqueles previamente envolvidos com trafico de drogas e egressos do sistema prisional) em comunidades populares; 2. Dar destinação adequada de resíduos sólidos, com melhoria do meio ambiente e aspecto físico da cidade do Rio de Janeiro em geral e das comunidades em particular, promoção da autoestima e bem estar dos moradores;

Objetivos 3. Promover o estímulo à reciclagem e destinação adequada do lixo através da utilização de moedas sociais parciais gerando: Descontos nas contas de luz de moradias agora formalizadas; Acesso a alimentação saudável, melhorando a saúde dos moradores em eixo vital (prevenção de doenças crônicas hipertensão, infarto, câncer e diabetes); 4. Fortalecer a rede social nas comunidades e integrá-las aos bairros circunvizinhos, com melhoria do meio ambiente para todos. 5. Promover a educação sanitária e ambiental nas comunidades envolvidas; 6. Posteriormente, ampliar uso de moeda social com com aumento da empregabilidade local e da atividade econômica formal e informal, de modo solidário;

Atores Proponentes do edital Consórcio: ONG + empresa de reciclagem / indústria recicladora + Associação Comunitária + Incubadora de Cooperativas Parceiros: Governo do Estado do RJ (Casa Civil + Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos), UPPs, associações comunitárias, comércio local e do entorno. Outros participantes: Secretaria de Saúde, Secretaria de Agricultura (CEASA), COMLURB, CEDAE, Light, empresas de diferentes portes como fornecedoras de material reciclável.